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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
O Natal com a família que escolhemos (o Benfica)
"Que Bruno Lage continue, a cada quatro dias, a explicar que há trabalho pela frente mas aqueles três pontos já ninguém nos tira
É uma pena que nem todos os adeptos do Benfica possam visitar o Estádio da Luz na véspera do Natal. Esta segunda-feira havia uma atmosfera especial no ar. Começou logo pela manhã, diferente da que se sente no resto do ano, mas igual à de todos os outros dias. Quem lá esteve percebe. Sinceramente, até o consumismo desenfreado parece mais bonito quando as vítimas são sócios na loja do clube, entretidos a comprar coisas de que ninguém precisa realmente, mas que serão, provavelmente, os melhores presentes da época.
Vale a pena dizer que é mais do que isso. Não me apanharão num centro comercial a gabar as virtudes societais deste acontecimento anual que nos faz convergir nas últimas horas do dia 24 de dezembro em busca de presentes como se as nossas vidas dependessem disso. De resto, entrei há alguns anos numa fase da vida em que detesto a maioria dos ajuntamentos. Consigo apreciar pessoas, mas tem que ser em doses comedidas. Isso não invalida que haja uma exceção à regra, como o que se deu ontem no Estádio da Luz. Há poucas coincidências mais felizes do que jogar em casa no dia 23 de dezembro, com o estádio cheio e uma baliza escancarada para o primeiro lugar da liga, tudo isso à mesma hora em que o novo segundo classificado da liga despede o treinador que tinha acabado de lançar na alta roda do futebol europeu, assume o espetacular embaraço e vai ao mercado buscar outro treinador, para quem a tarefa não será mais fácil. Rui Borges parece um treinador interessante e tem aquilo a que se chama, na gíria, um discurso positivo consubstanciado no jogo jogado das suas equipas. Mas, diz-nos a história da modalidade, é geralmente neste momento que a realidade comunica a um treinador do Sporting que tem outros planos para ele. Perdoem-me, mas dá-se o caso de não ter sportinguistas comigo à mesa no dia de Natal, o que faz com que esta página seja o meu ponto de encontro com a...
Vá, chega de falar do sofrimento dos outros. Este é um tempo de felicidade, comunhão, paz e batatinhas do Amdouni. Entre a cor dominante da época natalícia — o mesmo encarnado das camisolas do Benfica — e uma vitória sem grande discussão, matou-se um pequeno nada daquela fome de liderança que temos atravessada há demasiado tempo. É uma liderança pífia, muito longe de poder ser dada por adquirida. Por enquanto, não serve para grande coisa, mas talvez incomode os adversários se a fizermos durar algum tempo. Quanto à fome, continua a ser mais que muita. Agora, que a liderança é merecida, não há como negar. São precisos dois para dançar o tango e, se é um facto que o Sporting desperdiçou a vantagem com a impetuosidade de um ataque do Gyökeres à área adversária, não é menos verdade que o Benfica soube ser a equipa mais regular durante esse mesmo período.
O entusiasmo do momento, que às vezes sabe bem, não deve fazer-nos perder o contacto com a realidade. Serviria de pouco fingirmos que esta desvantagem pontual foi anulada a jogar o melhor futebol das nossas vidas, mas, às vezes, sabe bem ganhar e pronto. Já aqui o disse e repito: Bruno Lage tem uma responsabilidade e um compromisso para com os benfiquistas, que é o de proporcionar, em conjunto com o plantel desta época — que, não sendo ideal em todos os aspetos, é o melhor da liga portuguesa —, um futebol mais entusiasmante do que temos visto. Mas tem um dever ainda mais importante, que é o de, na pior das hipóteses admissíveis, ir à sala de imprensa a cada quatro dias explicar que temos trabalho pela frente, mas que esses três pontos já ninguém os tira. Podia tentar convencer-me, nestes parágrafos, de que o jogo do dia 29 em Alvalade é a melhor oportunidade para fazer voltar o futebol dos primeiros jogos da era Lage, mas talvez seja pedir demasiado. Não deixo de ter essa esperança, mas vou apostar as fichas no segundo dever do treinador do Benfica: vir de lá com mais três pontos e quatro de vantagem sobre o atual segundo classificado. Lage já mostrou gostar muito destes jogos grandes e saber prepará-los, inclusive nesta época, numa goleada ao FC Porto que desposicionou um dos nossos principais adversários. Se o souber fazer no próximo domingo, frente a um Sporting que deixará tudo em campo, terá boas condições para o que resta da época.
Agora sim, chega de falar da coisa mais importante das menos importantes. Esqueçamos o futebol, esse ópio das nossas sociedades, e falemos de família — essa que se junta no Natal e nos faz apreciar o valor fundamental desta época festiva. Alguém conhece outra família no mundo, repito, no mundo, que tenha juntado sessenta mil quinhentos e setenta e dois membros numa noite fria de dezembro, num estádio de futebol que às vezes aquece, mas não é propriamente uma sala com lareira, e que por lá tenha ficado até ao fim da festa, em efusiva celebração, com outros 60.571 primos afastados que mais não são do que uma família incomparável que cada um de nós escolheu? Pode parecer uma frase feita, mas conhecem mais algum clube assim? A pergunta é meramente retórica. Se por acaso o encontrarem, escusam de me dizer. Não quero saber. Viva o Benfica, e Boas Festas a todos!"
Dois esclarecimentos técnicos sobre o jogo de Barcelos
"A precipitação de André Narciso ao assinalar o pontapé de penálti no Gil Vicente-Sporting e a bola que bateu nas costas do árbitro
I. A maioria conhece a regra, mas nunca é demais repeti-la: os árbitros não devem aplicar a vantagem em lances passíveis de pontapé de penálti. Mas essa recomendação não anula a possibilidade de tentarem fazer um compasso de espera para verem o desfecho do lance. Uma espécie de retardar da decisão, como se o braço estivesse pesado e demorasse algum tempo a levar o apito à boca. Esse delay é sugerido porque, às vezes, acontece um golo imediatamente a seguir à infração do defesa. E assinalar um castigo máximo quando a bola entrou ou está na iminência de entrar na baliza do infrator é mau para todos. É mau para o jogo, é mau para a equipa lesada, é mau para o jogador que marcou e é mau para o próprio árbitro, que percebe que foi infeliz no tempo de intervenção. A questão é que, lá dentro, no calor do jogo e perante lance tão determinante, é muito difícil conter esse impulso, o de querer fazer justiça com celeridade. Ou seja, não é fácil evitar a decisão quando há a perceção clara (ainda que errada) que um defesa comete falta sobre um atacante na sua área. Não se trata de arranjar desculpas ou explicações. É mesmo assim. É aliás quase certo que a maioria dos árbitros mais experientes, aqueles que têm muitos jogos no currículo, já passaram por essa desagrável experiência.
Este esclarecimento surge na sequência do lance da jornada passada, entre Rúben Fernandes e Debast (Gil Vicente-Sporting CP).
Como se recordarão, o árbitro da partida assinalou erradamente um pontapé de penálti, na presunção que o capitão dos visitados tinha derrubado o adversário, de forma irregular. Confesso que, à primeira vista, fiquei exatamente com a mesma impressão. Quando apitou, André Narciso não percebeu que Francisco Trincão tinha ficado de posse de bola e com clara possibilidade de marcar para o Sporting. A boa vontade em tomar a decisão correta o mais rapidamente possível retirou-lhe o nervo necessário para aguentar só mais um bocadinho. Não se pode falar em erro, apenas em precipitação.
Há algo que importa sublinhar a este propósito: assim que o árbitro de Setúbal assinalou o penálti, vários jogadores do Gil Vicente pararam e desfocaram do seguimento do lance (em particular Gbane e Andrew, ambos na zona de ação). A bola entrou sim, mas sem qualquer esboço de reação da equipa defensora. É muito provável que, mesmo assim, a bola entrasse. Só não é certo nem garantido que isso acontecesse. Na verdade, não houve golo anulado, porque o árbitro parou o jogo antes.
Mas estes pormenores não anulam o essencial da jogada que aqui se pretende demonstrar: Debast ganhou o lance a Mutombo sem cometer carga sobre o costa-marfinense; Rúben Fernandes não derrubou o belga na sua área; e o árbitro não esteve bem ao apitar de imediato. De resto, mérito adicional para o VAR, por ter cumprido muito bem o seu papel.
II. No mesmo jogo e em momento menos mediático, bola rematada por um jogador da equipa da casa bateu nas costas do árbitro e saiu diretamente pela linha de baliza do adversário. A este propósito, convém aqui recordar que, quando a bola toca/desvia em algum elemento da equipa de arbitragem (que esteja dentro das quatro linhas) só deve haver lançamento de bola ao solo em três situações: quando, depois desse contacto, há golo numa das balizas; quando, depois desse contacto, é iniciado um ataque prometedor; e quando, depois desse contacto, a equipa que detinha a posse de bola perde-a para os opositores. Em todas as outras situações — nomeadamente nesta, em que a bola saiu do terreno de jogo —, a partida deve recomeçar em conformidade. Neste caso, com pontapé de baliza para o Sporting.
A todos os meus amigos um Santo e Feliz Natal. Boas Festas com muita saúde, amor e alegria."
Benfica-Estoril, 3-0 Águia para voar como líder ainda passou por apertos…
"O resultado é demasiado ‘gordo’ para as dificuldades que os ‘canarinhos’ fizeram o Benfica passar. Bruno Lage continua com problemas de equilíbrio da equipa, cada vez que perde a bola.
Quando, em 1623, William Shakespeare escreveu a peça «Tudo Está Bem Quando Acaba Bem», mostrou o seu génio literário, neste caso altamente pragmático, mas colocou-se na coluna dos resultadistas, que se preocupam pouco com o «como», desde que o final seja feliz. Para algumas áreas da sociedade, pode ser que esta filosofia funcione. Para o futebol, só os incautos apenas dão valor ao «quanto» e esquecem o «como», porque, cada vez que o fazem, renunciam à autocrítica e limitam os meios de evolução.
Serve este introito para lançar o Benfica-Estoril, que terminou com um triunfo folgado dos encarnados, que não traduz a angústia por que tiveram de passar em alguns momentos da partida, quando não revelaram consistência defensiva. Contra os ‘canarinhos’, com o devido respeito por quem foi à Luz sem autocarro nem antijogo, as insuficiências sem bola da equipa de Bruno Lage, foram evidentes, mas acabaram por não causar danos na ‘folha limpa’ de Trubin. Frente a adversários que não perdoem cada vez que encontram espaços a meio-campo, a história será outra, a começar já pelo dérbi agendado para o próximo domingo em Alvalade.
Contra o Estoril, num jogo que valia a liderança natalícia do Benfica na I Liga (quem diria, depois de o Sporting de Amorim vencer em Braga?), o técnico encarnado optou por ser atrevido, prescindindo de Florentino e Barreiro, e entregando o ‘duplo pivot’ a Aursnes e Kokçu, com Beste na esquerda, a ter de vir a zonas centrais ajudar os ex-jogadores da Eredivisie para evitar males maiores, e Arkturkglou nas costas de Pavlidis e Di María na direita.
Frente à equipa da Linha, com jogadores que se dão bem com a bola, e se apresentou em 3x4x3, cedo se viu que a vantagem ia para os ‘canarinhos’, que tinham mais paciência, mais bola e menos angústia que o Benfica, obrigando Trubin, logo aos dois minutos, a aplicar-se a fundo para evitar um golo de João Carvalho. Como não conseguia ligar o seu futebol, qual água mole perante a pedra dura que era a equipa de Ian Cathro, sempre com os setores muitos juntos, o Benfica apenas esteve à beira de marcar após um canto, quando Pavlidis acertou no poste. É verdade que a partir daí houve mais Benfica, graças sobretudo a uma maior velocidade de execução, aliada a mudanças de flanco com muita qualidade (Di María e Kokçu), e o Estoril teve de resguardar-se como ainda não o tinha feito. Chegou então o golo de Pavlidis (28), num bom remate de meia-distância, após assistência açucarada de ‘El Fideo’. A equipa da Linha acusou o toque e precisou do intervalo para tocar a reunir.
DO VAR À TRANQUILIDADE
A segunda parte começou como a primeira, com o Estoril a ter mais jogo e bola. E se na metade inicial foi João Carvalho a incomodar Trubin, na segunda foi Fabrício a ganhar posição sobre Tomás Araújo e a cair dentro da área de rigor, com António Nobre a apontar para os onze metros, decisão que seria revertida após visionamento do lance, a conselho do VAR, Bruno Esteves. A partir daí, Kokçu pegou na batuta e os encarnados encadearam uma série de ataque rápidos de boa qualidade, que não produziram frutos devido à má finalização no derradeiro passe.
Cathro mexeu na equipa, refrescando o ponta-de-lança, e já tardava quando Bruno Lage fez entrar Amdouni e Barreiro (71), que tornaram o Benfica mais incisivo e equilibrado. Dois minutos depois, o internacional suíço marcou, as hostes encarnadas respiraram fundo, e o destino dos três pontos ficou selado, não obstante o reforço atacante tentado por Cathro na fase final da partida. O 3-0, num canto ao segundo poste de Beste que Amdouni não perdoou, já aos 90+3, foi a cereja no topo do bolo-rei do novo líder da I Liga. Domingo há mais…"
Três Pontos Tranquilos Rumo À Liderença
"Benfica 3 Estoril 0
Eu quero é acabar em primeiro, em maio, portanto. Mas como dizem que candeia que vai à frente alumia duas vezes, vamos lá mas é ganhar ao Estoril.
Trubin, Bah, Tomás, António e Álvaro: façam aí as contas à média de idades dos nossos cinco de trás.
02' o primeiro a entrar em ação foi o Trubin.
10' boa entrada do Estoril no jogo.
17' sensação de golo no cabeceamento do Aktürkoglu, mas estava lá a merda do poste. Este turco joga bem também cabeça.
25' o senhor do apito, Nobre de seu nome, sopra a tudo e mais alguma coisa.
28' pois é: Pavlidis arriscou, chutou... e marcou! Vamos Vangelis!!!
31' o Kokcu, se não mete o pé nas bolas divididas, não pode jogar ali...
45+1' Estoril atrevido, 7 remates, tantos como nós. Poucas equipas fazem isto na Luz.
48' penálti?!? O jogador do Estoril é que promove o contacto com o Tomás Araújo. VAR chamou o Nobre. Decisão bem revertida. Ficou o aviso.
55' Kokcu veio outro para a segunda parte.
60' Carreras enche-me as medidas. Mas acho que não é só a mim... Já o Beste joga certinho, não inventa, mas também não sai dali nenhuma bola que ajude a abrir defesas muito fechadas.
65' Malta, isto não está ganho, nenhum jogo está ganho com um a zero. Estoril menos perigoso, jogo mais controlado, mas dá a sensação de que Lage precisa mexer nisto.
70' Lage mexeu, mas continuamos com meio campo a dois. Não seria melhor a três?
73' este golo começa numa receção de bola brutal do Di María, o Aktürkoglu merecia que o golo fosse seu, o guarda-redes não deixou, mas o Amdouni esteve oportuno na recarga. Está lá dentro que é o que interessa.
78' 60.572 descansadinhos com o 2-0. Carrega Benfica!
85' abrandámos a intensidade e eles já andam a aproximar-se da nossa baliza.
89' Tomás Araújo é o melhor central da Liga! Alguma dúvida?
90+4' E ainda mais uma prenda do Amdouni para fechar as contas do jogo. Maravilha, três foi a conta que Deus fez!
90+6' Feito! Somos primeiros! Boas Festas!!!"
Vangelis, Zeki e a conquista do paraíso pelo Benfica antes do Natal
"O Benfica é líder do campeonato após vitória por 3-0 frente ao Estoril no último jogo antes da consoada natalícia. Num encontro pouco inspirado coletivamente e em que os visitantes discutiram quase sempre o jogo, golos de Pavlidis e Amdouni (duas vezes) fizeram cumprir o desejo de Rui Costa
Quem acompanhou a política nacional nos anos 90 não esquecerá, nunca mais, a cavalgada épica em certos comícios, pautados pela música de certo compositor grego. Falava-nos a canção da conquista do paraíso, inspirada pelas viagens de Cristóvão Colombo em modo cinematográfico. E se o paraíso, por estes dias, for o Natal, o Benfica cumpriu-o. Com a ajuda de outro Vangelis, não o da música mas o do futebol, e de um suíço saído do banco.
Um remate de Pavlidis fora da área, bem incomum, acabou dentro da baliza do Estoril ainda na 1.ª parte e Amdouni fechou as contas já na 2.ª com um bis. O primeiro golo apareceu quando o Benfica sofria, o segundo quando o Estoril já esmorecia fisicamente e o terceiro a pedir o fim do jogo. A exibição coletiva dos encarnados dificilmente mereceria tantos presentes do Pai Natal, mas o desígnio de Rui Costa, de ser líder na noite de Consoada, aconteceu - com a ajuda das prendas que vieram do outro lado da 2.ª Circular.
E prendas também ia oferecendo o Benfica ao adversário, mal aproveitadas pelo Estoril, nada dentro do espírito da quadra. O meio-campo Kökçü-Aursnes, pouco apoiado por Aktürkoğlu, deixou amplas clareiras para o Estoril se recrear nos primeiros 10 minutos, salpicadas por pózinhos de bolas perdidas e pouca ou nenhuma ligação do ataque. João Carvalho assustou Trubin ainda nem 120 segundos havia no relógio e a qualidade da linha média do Estoril, com Zanocelo, principalmente, também em bom plano, não encontrava particular oposição de um Benfica em inferioridade naquela zona.
Só a partir dos 15 minutos o Benfica conseguiu estabilizar. Um remate ao poste de Pavlidis após canto, aos 17’, contava uma história pouco verdadeira do jogo, com o Estoril a encontrar sempre maneira de criar calafrios, ainda que não perigo, porque faltou sempre o dom das boas decisões. Fabrício, ala pela esquerda, foi um corrupio para Bah, Marqués e Wagner Pina beneficiaram, à vez, daquela velocidade, mas o último remate falhou. E quando tentou a felicidade individualmente, os remates também saíram mal a Fabrício.
Do lado do Benfica, Beste era então a principal fonte de aproximação, com cruzamentos tensos pela esquerda que não eram aproveitados pela direita, antes do alemão eclipsar-se no que restou do jogo - como fez os 90 minutos só pode ser um mistério de Natal. O golo do Benfica, numa fase em que a equipa encarnada pouco tinha feito por isso, surgiu de um erro individual, de um balão de João Carvalho que Pavlidis agradeceu para fazer o seu primeiro golo no campeonato fora dos limites da área.
O Estoril dividiu o jogo até lhe faltarem as forças e voltou a entrar bem na 1.ª parte, ainda que Trubin tenha tido, tudo colocado em cima da mesa, pouco trabalho ao longo dos 90 minutos. O Benfica procurava um meio-campo debaixo da árvore de Natal, mas continuou a oferecer espaços e oportunidades para o adversário progredir. E no ataque Pavlidis e, principalmente, Aktürkoğlu, batiam de frente com o ato de finalizar. A entrada de Zeki Amdouni, cada vez mais uma espécie de jóquer, atalharia os caminhos para a baliza. Numa fase em que fisicamente o Estoril já era mais de um amarelo desbotado, o avançado suíço foi eficaz num lance em que mais uma vez o turco não o foi - a veia goleadora parece também estar ela um pouco menos colorida do que em outros momentos da temporada para Kerem.
Uma recarga após boa jogada de entendimento pela direita, com Di Maria ao barulho, chamaram a liderança a uma Luz que quase encheu com 60 mil almas. Com nova meia oportunidade, agora num canto já para lá dos 90, Amdouni bisou, num castigo demasiado severo para o Estoril, que tem qualidade, mas a quem parece faltar o faro de baliza."
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