"Pavlidis, claro, a oferecer o triunfo e a pele; Prestianni e Schjelderup determinantes para a reviravolta encarnada
O melhor em campo: Pavlidis (7)
Sempre disponível para receber e virar-se, sempre disponível para receber e passar, quase sempre de costas para a baliza, sobretudo na primeira parte, teve duas ocasiões para visar a baliza nos primeiros 45 minutos: desvio ligeiro de cabeça para corrigir remate torto de Aursnes aos 26', dois minutos depois atirou de cabeça, mas na direção de Kaique. Generoso, manteve-se em jogo, disponível, correu como poucos para pressionar o Nacional na primeira fase de construção e no aperto do resultado, no momento da verdade, levou a equipa até à baliza madeirense e até ao triunfo. Lance de qualidade aos 63', evitando dois adversários antes de disparar para nova defesa de Kaique, depois trabalhou muito bem o lance que Prestianni tranformaria no 1-1. Foi médio, extremo e ponta de lança e acabaria em merecida glória com o 2-1.
Trubin (6) — Depois de uma primeira parte a ver a bola ao longe, começou a trabalhar aos 53', para deter remate de Chucho Ramirez. Estava tranquilo da vida quando viu, todavia, a bola no fundo da baliza, inesperadamente, pois ninguém adivinharia aquele passe errado de Otamendi. No final, já com a equipa em vantagem, ainda foi ao relvado uma vez mais, segundos antes do apito final.
Dedic (6) — Muito ofensivo, aos 18 não pediu licença e disparou, mas errou o alvo, aos 75' poderia ter visado a baliza com outra qualidade, se não tem dado toques a mais na bola na direção da linha de fundo. Defensivamente, não tinha o que fazer, pelo que se entregou à vertigem atacante no desespero e foi recompensado pelo toque final, simples, precioso, para a cavalgada de Prestianni no 1-1.
António Silva (6) — Começou por sobressair através de um passe de qualidade, 40 metros, logo ao minuto 2, a deixar Dahl em boa posição para atacar a área do Nacional, acabaria por desperdiçar momento de glória quando errou cabeceamento frontal, com tudo para fazer o 1-1, aos 76'. Fez trabalho defensivo competente.
Otamendi (4) — Terminou o jogo a celebrar como se fosse dele o golo do triunfo, sentindo que poderia ter comprometido seriamente as contas do Benfica na Liga. Errou o passe em zona defensiva, um passe com o pé esquerdo de curta distância, viu o Nacional fazer o 1-0 e a partir daí mudou-se praticamente para a área madeirense. Foi precisamente aí que tabelou com Schjelderup antes de o norueguês oferecer o 2-1 a Pavlidis. O toque do argentino nem foi perfeito, mas Schjelderup resolveu.
Dahl (6) — Manteve nível razoável ao longo de toda a partida. E fartou-se de pedir a bola a Sudakov, que teimava em fugir para o meio ou para a direita em vez de dar ao sueco. Atacou e defendeu com segurança.
Aursnes (5) — Em excelente posição, frontal à baliza, aos 26', atirou mal, mais tarde, aos 63', novo remate imperfeito. Seis minutos depois, em jeito, foi mais perigoso mas também não acertou no alvo. Valeu pelo equilíbrio que foi dando no passe e no posicionamento quando todos avançavam.
Barrenechea (5) — Combinou com novo parceiro, Aursnes, e manteve o registo, não correndo muitos riscos. Bom, mas raro, passe de 50 metros aos 34 minutos, aos 58' atirou em boa posição, mas o pé esquerdo não estava calibrado.
Rodrigo Rêgo (4) — O jogo não estava a sair muito bem ao extremo, em estreia pelo Benfica na Liga, mas teve dois bons momentos seguidos: excelente passe aos 27', desaproveitado por Barreiro, aos 28' cruzou bem para a cabeça de Pavlidis. No segundo tempo, um mau remate e falta de soluções, a pedir a substituição.
Leandro Barreiro (5) — Entrou bem e aos 6', no meio de uma floresta de pernas, ainda conseguiu atirar na direção da baliza, aos 10', de fora da área, bom remate, para defesa de Kaique. Aos 27' não teve qualidade técnica para receber belo passe de Rêgo e aos 57' errou, a dois metros da baliza, o desvio fatal, embora, em sua defesa, possa referir que estava adiantado em relação à bola. Correu muito na primeira fase de pressão.
Sudakov (6) — Primeira parte modesta a todos os níveis: na finalização, no drible, no discernimento, no envolvimento no jogo. Na segunda parte, então sim, assumiu e assumiu-se, servindo três companheiros com qualidade: Barreiro, Barrenechea e António Silva. Foi organizador e trabalhador.
Prestianni (7) — Entrou aos 58'e rapidamente construiu bom lance na esquerda. Teria momento de sonho aos 89', quando fez o 1-1, com excelente remate.
Ivanovic (5) — Entrou aos 64', andou perto da baliza, mas o golo nada quer consigo. Não obstante, mexeu com o ataque.
Schjelderup (7) — Entrou aos 77' e acabaria por construir o lance, bonito, do 2-1. Qualidade técnica e nervos de aço."