Últimas indefectivações

domingo, 27 de abril de 2014

A caminho da Glória

Corruptos 0 (3) - (4) 0 Benfica

Já começam a faltar adjectivos para descrever a época desportiva de 2013/14 da equipa profissional do Sport Lisboa e Benfica!!! Estamos a escrever História, daquela que vai ser contada por todos nós, daqui a muitos anos, a quem não teve a sorte de assistir a estas exibições fenomenais, cheias de competência, qualidade, garra, ambição... Independentemente daquilo que acontecer na próxima quinta-feira em Turim, esta época, tenho a convicção, será memorável...
Ao passar pelas televisões neste rescaldo do jogo, parece que todos são unânimes: o Benfica venceu hoje, porque teve sorte, o Marco Ferreira ao expulsar o Steven, obrigou o Jesus a meter o Garay, e assim o Benfica fechou a sua baliza!!! Este Marco Ferreira é um maroto lampião!!!
Uma nota para os elogios ao Marco Ferreira: eu também acho que o Madeirense é dos melhorzinhos, mas... hoje por exemplo, depois de expulsar o Steven, mostrou uma condescendência enorme para os Corruptos, principalmente para o Alex Sandro, Danilo, Fernando e Mangala; isto depois no último Corruptos-Benfica ter perdoado duas expulsões claras a Fernando e Herrera. Mesmo, não sendo tão mau (corrupto) como os outros, parece que não é totalmente imune, ao 'encanto' Corrupto...!!!
Uma última recomendação para os Corruptos: já se tinha visto que com 10 para 11, durante 1 hora, o Benfica ganha; hoje ficou provado que com os habituais suplentes, com 10 para 11, durante 1 hora, o Benfica também ganha; sendo assim, acho que devem alterar a estratégia, quem sabe 9 para 11, ou mesmo 8 para 11 ?!!! Quem sabe, com uma destas combinações, talvez possam vencer...!!!
As opções não me surpreenderam, na minha antevisão do onze, só me enganei no Lima, jogava com o Djuricic... De resto, tudo normal. É óbvio que com estas opções, não podia ser o Benfica a dominar a partida, e/ou criar as grandes oportunidades, mas curiosamente nos primeiros minutos, até gostei da atitude da equipa... mas os Corruptos, começaram a criar perigo, aproveitando algum desacerto posicional na nossa defesa. Com a expulsão do Steven, fomos obrigados a recuar, perdemos capacidade de atacar, mas fomos extremamente eficazes a defender... Mas também temos que admitir: as movimentações ofensivas do nosso adversário, também não são muito fortes, portanto acabámos por fazer a nossa 'obrigação'!!!
Sim, é preciso sorte nos penalty's... mas, mais do que a sorte, é preciso atitude!!! Sim, atitude vencedora. Por isso é que existem equipas (principalmente Selecções!!!) que tradicionalmente perdem sempre nos penalty's!!! É preciso ter uma atitude positiva... porque a este nível, todos os jogadores tem qualidade técnica suficiente para marcar as penalidades... Por isso, desta vez, quando fomos para penalty's estava bastante confiante, enquanto os outros estavam todos com medo de falhar, nós queríamos ganhar... e isso, mais do a sorte, foi decisivo!!! A forma como a equipa reagiu aos falhanços do Garay, e do André Gomes, é outro indicador, tanto do espírito de união do grupo, como a tal atitude vencedora que paira sobre os nossos jogadores!!!
Não vai ser fácil arranjar bilhete para Leira, mas vou tentar arranjar, estive lá em 2009, naquele jogo onde enchemos o Estádio, com uma vitória difícil por 2-1 (com um penalty marcado pelo Jorge Sousa...!!!) perto do final!!! Mas mais uma vez, é preciso relembrar que nenhuma das Taças está ganha. O Rio Ave, tem um plantel competente, e que vai fazer os 2 jogos da vida deles, nestas duas Finais... A vitória por 4-0 na Luz, recentemente, é passado, não vai influenciar em nada os resultados das duas Finais... Um dos factores que vai, de certeza, equilibrar os jogos, é a falta de qualidade dos relvados!!! Podem achar que é um pormenor de menor importância, mas não é... o Benfica faz da circulação de bola, uma das nossas principais armas, e nestes relvados não é fácil passar e receber as bolas...
Depois de Turim, vamos poder definir o nosso calendário até ao fim da época, mas para já, sabemos que em Leiria e no Jamor, vamos pôr toda a carne no assador...; e com o Setúbal na Luz, e no antro Corrupto (novamente), é para rodar e descansar...

Desabafo de um Campeão...

Juniores - 11.ª jornada - Fase Final

Raphael Guzzo
Benfica 8 - 2 Leiria

Goleada das antigas, num jogo que até deveria ter acabado com 9-1 no marcador: já o 1.º golo do Leiria nasce de um penalty inexistente; e o Benfica viu um golo limpíssimo anulado!!! Este apitadeiro, Luís Reforço, já tem um curriculum bastante vasto nos jogos da Formação do Benfica...!!!
Admito que temi o pior quando o Leiria reduziu para 3-2, foi uma espécie de déjà vu do jogo com o Leixões (permitimos o 3-3, após uma vantagem de 3-0)!!! Mas a equipa não perdeu a cabeça, manteve a pressão alta, e os golos foram aparecendo, com os adversários a não aguentarem o ritmo alto do nosso jogo...
Não podia acabar esta crónica, sem dar destaque ao golo do Guzzo e ao golo do Nuno Santos, em pouco mais de 3 minutos, o Benfica marcou dois golos da antologia!!!

Benfica..........26
Braga.............24
Corruptos........21
Sporting.........20
Oeiras............11
Leixões...........8
Guimarães.......7
Leiria..............5

"Embed" fan's !!!

Justo e legítimo

"Jogo com a Juventus foi digno de Champions e mostrou a excelência técnica e táctica do Benfica e a qualidade dos seus jogadores.

1. O Benfica conquistou, com todo o mérito, o seu trigésimo terceiro título nacional. Foi uma conquista justa e legítima. Justa como bem afirmou o Presidente do Conselho de Arbitragem Vítor Pereira. Legítima em razão do momento em que já foi alcançada e em face do conjunto de provas em que está, ainda, envolvido. E se dúvidas existissem - o que não acredito! - elas teriam sido dissipadas depois do enorme jogo da passada quinta feira no Estádio da Luz. Jogo digno da Liga dos Campeões. E que mostrou a excelência táctica e técnica do Benfica e a qualidade dos seus jogadores. Que a Europa está a ver e a rever. Para nossa angústia desportiva e felicidade económica-financeira. Esta terrível contradição destes tempos modernos. O Benfica está a fazer, uma vez mais, uma época extraordinária. Conquistou, repetindo, a presença na final da Taça de Portugal e num ano em que o Estádio Nacional atinge uma idade bem adulta. Merecendo páginas e fotografias, com respeito pelos seus autores, de recordação! Luta, neste domingo, pela presença, outra vez, na final da Taça da Liga. Competição que alguns menorizaram durante alguns anos. E não esquece mesmo (e nada!) que, na próxima quinta feira, Dia do Trabalhador, disputará, em Turim, e frente À forte equipa da Juventus, a presença, o que seria repetente, na final da Liga Europa. O que lhe permitiria o regresso, surpreendente para parte da Europa e da UEFA, a Turim e à mesma Arena! E pelo que lemos e escutamos a partir de Itália, e após a vitória suada na passada quinta-feira, os conhecedores do futebol exigem uma atenção bem mais cuidada do Benfica, seu treinador e seus jogadores. O que eram favas contadas passou para um osso duro de roer. Coisas que o futebol potencia e proporciona em noventa minutos!

2. A festa do Benfica foi bonita. Foi uma festa sentida e partilhada. Vivida e reconhecida. Foi uma festa em múltiplos lugares e com idênticos sentimentos. Foi uma festa bem organizada e com instantes únicos de partilha. Aquela descida do autocarro é um acto de proximidade que toca e que nos leva a acreditar que o prazer é sempre legítimo. Foi uma festa, ainda, e como vimos, com muita alegria e um imenso entusiasmo. E foi uma festa, ainda, e como vimos, com muita alegria e um imenso entusiasmo. E foi uma festa com memória. A evocação por parte de Luís Filipe Vieira, no seu curto e comovido discurso, de Eusébio e de Mário Coluna foi um acto de consciência. E a consciência, como escreveu Quintilliano, «vale por mil testemunhas». Mas ali estavam, em júbilo, muitos e muitos milhares de testemunhas. E muitas delas e muitos deles nunca viram jogar nem Eusébio nem Mário Coluna. Mas sabem bem que foram dois dos maiores jogadores do Benfica e que partiram neste arranque de 2014. E para este Benfica, e ainda bem, «a memória é essencial»!

3. (...)

4. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Uma vitória à campeão

"Benfica começou bem e terminou melhor.
Com o título fresco na bagagem, os encarnados cumpriram o seu primeiro teste nessa qualidade de campeões e fizeram-no com acerto e determinação. Uma vitória sempre importante sobre a poderosa Juventus (2-1), à custa de uma entrada fulgurante e de uma saída também ela heróica. Pelo meio, ficou uma vez mais provado que a formação italiana é concorrente de respeito.
Já de si virado para uma atitude mais ofensiva, o Benfica mais se galvanizou com o golo madrugador de Garay (2'), na sequência de um canto, chegando nesse período inicial a confundir o adversário. Sulejmani e Siqueira, na esquerda, e Markovic, no outro flanco, carrilaram muito jogo atacante e a reacção da Juve, que não contava com tamanho atrevimento, demorou a surgir.
Mesmo sem Fejsa nem Gaitán - já para não falar de Sílvio e Salvio - tinham sido 20/25 minutos de intensidade encarnada. Contudo, o quinteto do meio-campo italiano, bem comandado por Pirlo, passou então a controlar e a subir mais no terreno, com Pogba, sobretudo este, e Asamoah nos flancos e com o apoio mais no meio de Lichsteiner e Marchisio.
Então sim, a Juve deu um ar da sua graça nas acções ofensivas - até aí de fraca monta - através da acção de Vucinic e, em especial, de Tevez, este a assinar um lance de muito perigo anulado in extremis por Artur, numa das raras vezes em que, na primeira metade, o guardião da Luz seria chamado a intervir. Algo que conheceria radical mudança na parte complementar.
De facto, no 2º tempo, os italianos carregaram ainda mais e o Benfica viu-se obrigado a recuar, sentindo cada vez mais dificuldades em anular o opositor. A falência de André Almeida, no meio, trouxe problemas para o seu parceiro de sector, Enzo, e, afinal,para todo o conjunto. À retaguarda, os laterais tentaram compensar, vendo-se então Maxi a flectir com mais frequência para o eixo, desguarnecendo o flanco.
Foi por aí que a Juve apostou no ataque, depois de o ter feito preferencialmente pela direita, na 1ª parte. À segunda vez, o espaço concedido por Maxi naquele corredor permitiu a Asamoah fazer a assistência para Tevez. O argentino, ao seu jeito, ludibriou Luisão e empatou o jogo (73'). Parecia tudo consumado, ainda por cima frente à Juve, cuja retaguarda não tem por hábito facilitar.
Nessa altura, já André Almeida, feito trinco, tinha rendido Sulejmani, reforçando o bloco defensivo, enquanto Lima substituíra Cardozo, na frente. O empate fez soar o alarme e Jesus foi lesto a agir de novo, não tendo dúvidas em apostar ainda mais no ataque. Tirou então André Gomes, que tinha sido desviado para a direita, para fazer entrar Ivan Cavaleiro, que, por seu turno, trocou de flanco com Markovic.
Assim rearrumada, a equipa encarnada ganhou nova alma e voltou a pegar no jogo, enquanto a Juve terá subestimado o adversário. Da conjugação destas duas atitudes nasceu o segundo golo do Benfica, numa assistência de Cavaleiro para o tiro de Lima que fuzilou Buffon. Estava feito o resultado da partida, embora algumas falhas de parte a parte ilustrassem ainda a parte final do ajuste.
Foi um triunfo que o Benfica fez por merecer. Quer na forma como abordou o jogo, quer na maneira como o concluiu, não se deixando abater com o golo da igualdade. Esta capacidade de os encarnados se reerguerem perante a fatalidade que se anunciava, e logo frente a um opositor de peso como a Juve, foi o aspecto que mais marcou a sua actuação.
Um resultado escasso, que, naturalmente, não dá grandes garantias para o encontro da 2ª mão. Tivesse o juiz turco Cakir assinalado uma clara grande penalidade, por falta de Cáceres sobre Enzo, e a tranquilidade seria maior. Mas não se pode ter tudo. Para lá da vantagem de um golo, assim possa o Benfica ter também, em Turim, Fejsa e Gaitán, ou mesmo Salvio. Já era uma boa ajuda."