Últimas indefectivações
terça-feira, 20 de agosto de 2024
O príncipe e o anti-príncipe
"Na história do Benfica os treinadores têm sido extensões da personalidade dos presidentes. Falar em Sérgio Conceição como escolha de Rui Costa é, por esse prisma, absolutamente absurdo.
Oslo, 10 de Setembro de 2003. No Estádio de Ulleval Rui Costa faz um passe providencial para um remate de primeira de Pauleta. Ao mesmo tempo que o momento mágico de uma vitória que nos fazia tanta falta, três dias após a derrota com a Espanha em Guimarães (0-3) e com as bancadas a insultarem Luiz Felipe Scolari, meu irmão para sempre, Sérgio Conceição dava, furioso, pontapés nas garrafas de água pousadas na linha lateral percebendo que não iria entrar em campo. Nunca mais foi chamado à selecção. Sabia porquê. Mas isso não o impediu de dar entrevistas questionando a razão da sua exclusão. Passo por cima do que aconteceu em seguida no balneário. Estava para lá das minhas funções, fico-me por aqui em relação ao assunto. Sobre a história do Príncipe e o Pobre do velho Mark Twain, sendo que, se a leram, o Pobre não tem nada de negativo em termos de estrutura intelectual, debruço-me em seguida para abordar a notícia com tudo de absurdo que ela tem de Sérgio Conceição ser o homem escolhido para tomar o lugar de um Roger Schmidt que já devia ter saído da Luz há muito tempo.
Mudo, por isso, de capítulo, mantendo os personagens. Ou os seus alter-egos. Faz parte da história do Benfica desde sempre que os treinadores sejam, de alguma forma, uma extensão dos seus presidentes. Foi assim com o príncipe húngaro Béla Gutmann, com o príncipe brasileiro Otto Glória, com o príncipe sueco Sven-Göran Eriksson (que entregou ao menino Rui Costa a camisola 10), e até antes dele com outro príncipe húngaro, Lajos Baroti. Jimmy Hagan e John Mortimore podiam não se príncipes, mas eram cavalheiros por inteiro. Toni era um príncipe apaixonado. Rui Vitória, a despeito das intermitências, era de uma lisura impecável. O treinador mais popularucho das derradeiras épocas bateu certo com o presidente do povo que o Benfica jamais teve: Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira. Isto não é estatística; é a realidade pura e crua.
O anti-príncipe
Não preciso de trazer para aqui a minha amizade antiquíssima com Rui Costa: foi sempre um príncipe – no Benfica, na Fiorentina, no Milan e na seleção nacional. Que pode ligá-lo a um treinador de bofes na boca como Sérgio Conceição que, não esqueçamos, tantas vezes faltou ao respeito aos seus adversários diretos, aos encarnados mais do que todos? Desespero? Roger Schmidt pode não ter condições para dirigir uma equipa como a do Benfica, não tem certamente, mas ainda não lhe caiu completamente o pé para o chinelo. É um alemão aportuguesado, como já o descrevi, ao ponto de ser um portuguesinho conformado com a sua vida-vidinha, encolhendo os ombros a cada derrota como se não tivessem nada que ver com ele, mas não é um bruto. Bruto não é nenhum insulto: é uma forma de estar na vida. Sérgio Conceição terá muitas qualidades mas, provavelmente por ter tido uma vida dura e dorida, é pura e simplesmente desbocado. Salta-lhe a tampa e, como aconteceu nestes anos de FC Porto, passa por cima do clube, dos dirigentes e dos jogadores. O FC Porto de Sérgio Conceição só não foi mais Sérgio Conceição do que FC Porto porque sempre foi um clube que apreciou e acalentou esse tipo de personalidades, ainda que por vezes ultrapassem a falta de educação. Nunca foi assim com o Benfica. Recordem-se: na primeira vez que Roger/Rogério, o alemão mais português da Alemanha, decidiu mandar os adeptos assobiar para um lugar qualquer extremamente pouco germânico, começou a levar com garrafas na cabeça.
Como dizia o jagunço, personagem de Guimarães Rosa, «pãos ou pães é uma questão de opiniães». A opinião é minha e assino-a por baixo. Sérgio Conceição é o anti-príncipe e não o vejo ter um convívio saudável com Rui Costa, ainda por cima à custa de um Benfica que está afundado numa crise de identidade muito profunda que uma vitória sobre o Casa Pia não vai sequer disfarçar. Custe isto muito aos adeptos do clube da Luz, mas para mim a época vai ser um desastre igual à anterior. E já o escrevi vários dias antes da derrota em Famalicão. Receber Sérgio Conceição ao berros e a dar pontapés nas garrafas de água, atirando palavras insensatas sobre adversários e sobre os seus próprios jogadores, exibindo uma personalidade incontornável (que terá os seus apaixonados, pois então) que invade o espaço de quem está acima dele seria contrariar toda a filosofia de um clube que sempre se orgulhou dela. E ver Rui Costa à sombra de Sérgio Conceição, entregando-lhe o futuro como penhora para se manter como presidente, abalaria toda a forma como vejo um e outro. Porque também, com a consideração que tenho por ele, não consigo ver Conceição submeter-se à idiossincrasia benfiquista. Em Portugal é um homem do FC Porto (foi até mais do que o próprio FC Porto nas épocas recentes) e nunca deixará de o ser. Nem por dinheiro nem por ambição. A menos que agora toda a gente já se venda por um prato de lentilhas. Se assim for, já não está cá quem falou. E quem está a mais sou eu."
Conceição no Benfica e o início da guerra civil
"Trazer Conceição para o banco seria o equivalente ao homicídio do arquiduque Francisco Fernando em 1914 ou ao incêndio do Reichstag em 1933: o pretexto para que todas as tensões acumuladas explodissem e o lema E Pluribus Unum se reduzisse a cacos. Dar a Sérgio Conceição a honra imerecida de treinar o Benfica seria o tiro de partida para uma guerra civil. Não um tiro no pé. Um tiro na têmpora com os efeitos de uma bomba nuclear
Para se ter uma ideia do vulcão em que o Benfica está transformado, um Vesúvio sempre à beira da erupção, basta pensar na forma com que a possibilidade de Sérgio Conceição treinar o clube foi recebida por uma franja de adeptos. Não serão a maioria nem serão os mais influentes, mas a sua reação prova que, em certos setores benfiquistas, reina uma febre apocalíptica, um desejo visceral de destruição do velho mundo para que das suas ruínas se possa erguer um perfeito novo mundo.
À falta de uma bomba atómica real, Sérgio Conceição de águia ao peito seria a arma de destruição maciça, a bomba atómica por que muitos esperam por já não confiarem na regeneração prometida pela atual direção, que veem como uma iteração amorfa e decadente do pior do vieirismo. Tal como no passado, em vez de investirem na construção de uma alternativa que parta para as próximas eleições em condições de as vencer, com um projeto sólido e pensado com tempo, só desejam a destruição da atual ordem, uma terraplenagem total, sem reféns nem prisioneiros de guerra, apenas escombros.
É um estranho desespero que se alimenta de si mesmo. Um desespero que se deleita em estar desesperado e que não deriva de uma análise fria dos resultados da equipa principal de futebol nem sequer de uma avaliação rigorosa dos méritos e fracassos da direção liderada por Rui Costa. Mesmo que, desportiva e financeiramente, alguns sinais sejam preocupantes, a situação está longe de ser catastrófica, o que deve frustrar alguns espíritos ansiosos pela catástrofe, por uma guerra civil.
Nesse sentido, trazer Conceição para o banco seria o equivalente ao homicídio do arquiduque Francisco Fernando em 1914 ou ao incêndio do Reichstag em 1933: o pretexto para que todas as tensões acumuladas explodissem e o lema E Pluribus Unum se reduzisse a cacos. Dou um desconto àqueles que acreditam genuinamente que esta seria a solução ideal seja por alimentarem uma nostalgia da ordem, do treinador de chicote na mão, seja por reconhecerem no antigo treinador do Porto uma genialidade que, honestamente, não vislumbro. Mas desconfio que a maioria dos que promovem a ideia queira apenas o tumulto e a guerra dos quais o Benfica, na sua visão das coisas, sairia mais limpo e mais forte.
Na antecâmara da Grande Guerra, o artista italiano Marinetti dizia que a guerra é a única higiene do mundo. Milhões de mortos depois, perdas humanas de um valor incalculável, economias destruídas, sociedades debilitadas, é difícil acreditar nos benefícios dessa limpeza. Porque o objetivo não pode ser o de deitar fora o bebé com a água do banho. Talvez uma guerra ajude a trazer à superfície o lixo que a paz podre tem de esconder. Mas numa guerra aberta não há seletividade de alvos, não há racionalidade. Vem tudo abaixo. Dar a Sérgio Conceição a honra imerecida de treinar o Benfica seria o tiro de partida para uma guerra civil. Não um tiro no pé. Um tiro na têmpora com os efeitos de uma bomba nuclear."
Vuelta em Portugal: o povo saiu à rua para mostrar e beber cultura desportiva
"Venham mais Vueltas ou organizemos nós eventos mundiais desta dimensão!
A partida da Volta a Espanha em Portugal foi um êxito. Gigantesco fenómeno de popularidade, de que só se encontra precedentes, em organização de eventos desportivos mundiais no nosso país, no Europeu de futebol de 2004, os dias portugueses da Vuelta foram promotores não apenas do ciclismo, mas do desporto em geral. Vários fatores contribuíram para esse sucesso.
O primeiro, a quase coincidência feliz com as recentes conquistas do ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos, não apenas pelas medalhas de ouro e a prata que os nossos dois corredores Iúri Leitão e Rui Oliveira conquistaram em Paris, mas pela mistura explosiva de talento e de personalidades tão especiais de ambos, que fascinaram não somente pelo arrebatador desempenho com que triunfaram na competição desportiva mundial mais glorificadora, e também pela alegria, emoção, paixão e humildade com que celebraram com os portugueses a sua glória, fazendo-(n)os sentir parte dessa glória.
O efeito de Iúri-Oliveira e do seu quase desconhecido ciclismo de pista foi levado para a estrada na passagem na Vuelta por Portugal, onde a nossa tradição na modalidade é enorme e há um ídolo em ascensão nos últimos anos, que na ainda curta carreira já roçou o topo, e que tem oportunidade única (pelo menos, privilegiada) de escrever o nome a ouro na história do desporto português, ao lado daqueles dois compatriotas: João Almeida. Se o corredor da UAE Emirates vencer esta Vuelta tornar-se o primeiro do nosso país a fazê-lo numa das três grandes Voltas.
Por isso, a escolha da organização da prova espanhola, de fazer passar o percurso (2.ª etapa) pela região Oeste, aficionada do ciclismo, por Torres Vedras, terra do maior ciclista português, Joaquim Agostinho, e ainda mais meticulosamente, pelas Caldas da Rainha, berço de João Almeida, não terá sido causal, pelo contrário, e resultou em esmagadora afluência de espectadores, entusiásticos, que impressionou os responsáveis da Vuelta. Naquelas cidades, em muitas localidades e até na insuspeita subida de 4.ª categoria do Alto da Batalha, nessa 2.ª etapa, o cenário à beira das estradas parecia os do Tour. Nos últimos anos, em Portugal, só a célebre passagem da Volta a Portugal por Mondim de Basto, antes da subida à Sra. da Graça é-lhe comparável.
Mas não só. A ação de cativação começou em Lisboa, ainda antes da corrida começar, no sábado, na apresentação das equipas, reforçada no dia seguinte, na partida do contrarrelógio, em ambas aproveitando a presença de inúmeros turistas estrangeiros na capital, muitos deles conhecedores e habituados a acolher e a assistir a grandes eventos de ciclismo nos seus países. Esta afinidade e conhecimento desportivos são evidentes no comportamento desse público, na maneira como vive o evento e (até) interage com os protagonistas (os corredores), alguns, os seus ídolos. Nesta partilha de experiências, ao observar e absorver, para nós portugueses há assimilação de cultura desportiva. Venham mais Vueltas. Ou organizemos, nós, eventos mundiais desta dimensão!"
Lixívia (24/25) - 2
Tabela Anti-Lixívia
Sporting.... 6 (0) = 6
Braga...........4 (0) = 4
Corruptos..6 (+2) = 4
Benfica.........3 (0) = 3
Jornada relativamente calma, o único erro relevante, foi a Não Expulsão do Namaso, por agressão a um adversário, com o Veríssimo a marcar a falta, a não mostrar qualquer cartão, e o VAR Rui Oliveira, a ficar calado! O mesmo VAR que minutos depois, chamou o árbitro para expulsar um jogador do Santa Clara!!!
No Bessa, o Pinheiro no VAR ainda tentou 'enganar' o Nobre, mas este manteve a decisão inicial, de assinalar simulação ao Vitor Gomes: o contacto existe, mas a queda é totalmente teatral, boa decisão!
No resto, tudo mais ou menos 'normal', inclusive a total impunidade dos adversários do Benfica! A lista quase interminável de lesionados no Benfica, quase todos por traumatismos, explica-se em alguma parte, pelas cacetadas consecutivas, sem qualquer castigo...
Também estou curioso, para perceber no futuro próximo, se a defesa e o meio-campo do Nacional, vai continuar a marcar com os 'olhos' os adversários! Inacreditável a forma totalmente passiva, digna do campeonato do INATEL como profissionais, em vez de tentarem recuperar a bola, 'afastam-se' do caminho dos adversários!!!
Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), D(2-0), Veríssimo(Malheiro, H. Coimbra), Prejudicados, (2-1), Impossível contabilizar
Sporting
Corruptos
2.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Veríssimo(Rui Oliveira, C. Campos), Beneficiados, Impossível contabilizar
Braga
Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
0/0
Sporting
1/0
Corruptos
3/0
Braga
0/0
Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
-
Minutos:
0+0-0+0=0
Sporting
-
Minutos:
0+0-0+0=0
Corruptos
2/0
Minutos:
18+34-0+0=52 (superioridade)
Braga
-
Minutos:
0+0-0+0=0
B) Amarelos
Contra (antes dos 60m) - Adversários (antes dos 60m)
Benfica
4(3) - 4(0)
Sporting
3(1) - 3(3)
Corruptos
3(2) - 5(4)
Braga
4(0) - 9(2)
Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
-
Sporting
-
Corruptos
C. Pereira - +2
V. Santos - +2
Braga
-
Anexos(V):
Árbitros - Total - (Casa/Fora):
Benfica
Veríssimo - 1 - (0/1)
Vasilica - 1 - (1/0)
Sporting
J. Gonçalves - 1 - (1/0)
Godinho - 1 - (0/1)
Corruptos
C. Pereira - 1 - (1/0)
Veríssimo - 1 (0/1)
Braga
Baixinho - 1 - (1/0)
Nobre - 1 (0/1)
Anexos(VI):
VAR's - Totais - (Casa/Fora):
Benfica
Malheiro - 1 (0/1)
L. Ferreira - 1 (1/0)
Sporting
Nobre - 1 (1/0)
Esteves - 1 (0/1)
Corruptos
V. Santos - 1 (1/0)
Rui Oliveira - 1 (0/1)
Braga
Rui Costa - 1 (1/0)
Pinheiro - 1 (0/1)
Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
H. Coimbra - 1
N. Cunha - 1
Sporting
N. Pereira - 1
N. Pires - 1
Corruptos
J. Bessa Silva - 1
C. Campos - 1
Braga
H. Santos - 1
L. Maia - 1
Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Veríssimo - 1+0 = 1
Malheiro - 0+1 = 1
Sporting
Godinho - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Corruptos
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Braga
Nobre - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 0 + 1 = 1
Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Vasilica - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Sporting
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Corruptos
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Braga
Baixinho - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Pinheiro - 0 + 1 = 1
Anexos(X):
Jornadas anteriores:
Anexos(XI):
Épocas anteriores:
Então...
Artur Soares Dias estava na lista de árbitros para 2024/2025.
— ShadowsNGB (@ShadowsNGB) August 19, 2024
Após a divulgação massiva das suas imagens na piscina de Póvoas, com Pinto da Costa, diz que abandona a arbitragem.
O que se esconde a FPF? Porque encobriu Soares Dias? pic.twitter.com/L0iTq9TiQm
Martínez, Ronaldo e a Seleção
"Depois da irrelevância demonstrada no Euro e do festival de egocentrismo dado na final da Supertaça saudita, este CR7 vai ser uma solução ou um problema para a Seleção?
A poucos dias de nova convocatória de Roberto Martínez para a Seleção Nacional, desta feita de olhos postos na Liga das Nações, o tema Cristiano Ronaldo, adormecido depois dos mínimos realizados por Portugal no Campeonato da Europa, volta à ribalta. Há circunstâncias, que estão presentes no contexto do Al Nassr, que têm a ver com a marca CR7, com as centenas de milhões de seguidores do madeirense nas redes sociais, e com o impacto, não só para o negócio, mas sobretudo para a visibilidade do futebol saudita em todo o mundo, que são levadas em conta e branqueiam alguns comportamentos censuráveis, com o público e com companheiros de equipa, do melhor marcador da história do futebol. Tenho a certeza de que nenhum desses fatores estará presente na mente de Roberto Martínez quando fizer a lista para os jogos com a Croácia e a Escócia. A questão é só uma: apesar de toda a gratidão que sentimos pelo que CR7 fez pela Seleção Nacional nos últimos 21 anos, nesta altura justifica-se, do ponto de vista desportivo, convocá-lo? Porque já se percebeu (Fernando Santos que o diga…) que Ronaldo não é Luca Modric, que está no Real Madrid para ajudar, na medida das suas possibilidades, como se viu na recente conquista da Supertaça europeia frente à Atalanta.
A forma como Cristiano Ronaldo reagiu à derrota na final da Supertaça saudita (1-4 frente ao Al Hilal de Jorge Jesus e Rúben Neves), sacudindo, em pleno relvado, a água do capote para cima dos companheiros, é própria de quem, nesta fase, pensa que «eu ganho, nós empatamos, eles perdem», o que, manifestamente, não serve os interesses da Seleção Nacional.
Aproveito agora para falar de Pepe, que decidiu por fim a uma carreira brilhante, onde apenas não foi campeão do Mundo. Com 895 jogos realizados, 141 dos quais por Portugal, sempre defini Pepe como aquele jogador de quem os adeptos só gostam se estiver a defender as suas cores, caso contrário, odeiam-no. Esse fenómeno tornava-se evidente quando, ao serviço do FC Porto era invariavelmente vaiado na Luz e em Alvalade, estádios onde o vitoriavam e incentivavam cada vez que surgia de quinas ao peito. Pepe, obrigado pelo serviço a Portugal."
É a economia de mercado, estúpido
"Mais do que o que ainda procuram, a preocupação dos treinadores será o que ainda podem perder até final da janela de mercado, já em plena competição. Onde está a justiça deste modelo?
Vamos pela ordem classificativa da época anterior: o Sporting precisa de um avançado; o Benfica quer um guarda-redes, um lateral-direito e desde ontem, provavelmente, um extremo; o FC Porto procura um ou dois defesas-centrais, um extremo e um avançado.
Estamos a duas semanas do final do mercado de verão, ainda há tempo. Aposto, porém, que os respetivos treinadores gostavam, hoje, de ter a certeza de que continuam a contar com os jogadores que planearam ter no plantel durante a presente temporada e ainda podem ser alvos de investidas de mercado por parte de clubes mais poderosos (quase todos os da Grande Europa futebolística ou do Novo Mundo árabe).
As administrações verão as coisas por outro ângulo, e acredito que com a solidariedade absoluta dos técnicos. As SAD precisam de encaixes financeiros e enquanto há vida (leia-se prazo) há esperança.
Dir-me-ão que o mercado de certa forma se autorregula e que os clubes do mundo futebolístico inteiro se habituaram a esta forma de estar e fazer.
Mas a pergunta é: não se autorregularia na mesma se os mercados fechassem antes de se iniciarem as competições? Em final de julho, por exemplo, e mesmo assim com riscos de já decorrerem pré-eliminatórias de provas europeias?
É justo para Amorim poder perder Gyokeres, para Schmidt poder perder António Silva ou para Vítor Bruno poder perder Pepê quando o campeonato já vai em andamento e daqui a pouco já se conhecem os percursos europeus de cada equipa? Os exemplos são aleatórios, poderíamos falar de outros jogadores quaisquer.
É justo, visto pelo lado dos jogadores, ficarem condicionados por eventual participação num jogo europeu que os impeça de atuar, na mesma competição, por outro clube ao qual o seu atual patrão decidir vender os direitos desportivos?
Criaram-se janelas de mercado de verão e de inverno para ele — o mercado — poder funcionar e para clubes e treinadores corrigirem lacunas e suprirem necessidades estruturais (no verão) e pontuais (no inverno). Mas, neste modelo, que treinador, em agosto e a competir ao mais alto nível, sabe as necessidades reais que terá em setembro?
Eu sei a resposta, foi dada pela campanha de Bill Clinton às presidenciais americanas de 1992 nos EUA: «É a economia (de mercado), estúpido!»
Se calhar mais valia nunca fechar."
Direitos televisivos...
Director da @DAZNPortugal na @abolapt pic.twitter.com/VB6vpyZKkN
— Fever Pitch (@Fever_PitchFC) August 19, 2024
Inspiradoras em Santarém
"O tema em destaque nesta edição da BNews é a presença de futebolistas da equipa feminina do Benfica na embaixada do benfiquismo em Santarém.
1. Sessão de autógrafos
A Casa Benfica Santarém acolhe, hoje às 18h30, uma sessão de autógrafos com jogadoras de futebol do Benfica.
E já estão à venda os bilhetes para a final da Supertaça. O jogo é com o Sporting, na próxima sexta-feira, às 20h45, no estádio do Restelo.
2. Vitória da B
A equipa B do Benfica ganhou, por 2-0, na receção ao Torreense. Nélson Veríssimo afirma que ficou "muito satisfeito pela exibição".
3. Informação clínica
Em esclarecimento público, o Sport Lisboa e Benfica informa que há 8 jogadores do plantel profissional lesionados, 7 dos quais devido a traumatismos.
4. Futebol de formação
Os Juvenis venceram, por 5-0, frente à Académica. Os Juniores concluíram a participação na Otten Innovation Cup 2024 no 4.º lugar, sendo eliminados, nas meias-finais, pelo PSV.
Os Iniciados B já iniciaram a preparação para a nova temporada.
5. Certificação Gold
O campo n.º 1 do Benfica Campus recebeu a certificação Gold da Liga Portugal, uma melhoria relativamente à época passada.
6. Regresso a casa
A basquetebolista Mariana Silva está de volta ao Benfica, após duas temporadas em Espanha."
De Paris a Lisboa cabem Enzo e Conceição
"Aconteceu as minhas férias calharem precisamente ao mesmo tempo que os Jogos Olímpicos. Foi mesmo sem querer. Assim, quando a cidade de Paris foi palco de uma cerimónia de abertura à chuva, eu já estava de chinelos; quando (finalmente) apareceu Céline Dion a superar tudo e todos, vestida em Dior e a cantar como só ela sabe, já cheirava a fumo de churrasco. Foi só aí que percebi que poderia acompanhar TODOS os Jogos em streaming no telefone. Não vi tudo, claro, mas o que ele trabalhou.
As provas de natação espreitei à beira da piscina (claro), a ginástica artística feminina vi numa praia fluvial, o madison quando estava a sair da sesta, a canoagem no carro (parado), a final do basquetebol masculino na festa da aldeia. Enfim, momentos que ficaram para trás no regresso ao trabalho. Na retina os locais incríveis que uma cidade como aquelas consegue proporcionar, como o vólei de praia nos pés da Torre Eiffel, a esgrima no Grand Palais, a equitação em Versailles. Boa sorte, Los Angeles, ainda que já esteja a ver a vela nas águas que o mítico nadador salvador Mitch Buchannon patrulhava na série ‘Marés Vivas’ e regresso ao estádio onde há 40 anos Carlos Lopes deu a Portugal o primeiro ouro olímpico.
Outra linda cidade em destaque estes dias foi Lisboa. Creio que ainda não teremos noção da incrível exposição que a passagem de três etapas da Volta a Espanha por Portugal traz ao nosso país. A organização tem-se desdobrado em cuidados para apresentar cada local de etapa – até ontem tinha feito vídeos lindíssimos de Lisboa, Cascais, Ourém, promovido até a Nazaré, que por direito próprio nem precisa. A passagem pelas Caldas da Rainha, terra-natal de João Almeida foi um belo extra.
E enquanto fui e vim de férias, Enzo Fernández passou de investigado internamente e isolado pelos companheiros, devido aos polémicos festejos com cânticos racistas após a conquista da Copa América, a um dos capitães do Chelsea. Prova de que realmente tudo pode acontecer. Mas até Sérgio Conceição treinar o Benfica?"
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