Últimas indefectivações

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Torino

A democracia a funcionar

"A disponibilidade manifestada por Rui Gomes da Silva para uma eventual candidatura presidencial ao Benfica só pode ser vista, na Luz, como uma boa notícia. É de alternativas que se faz a vida democrática e é do debate que nasce a dinâmica que impede que as sociedades definhem. Numa fase em que, do ponto de vista desportivo, as coisas não correm de feição aos encarnados - têm ainda um objectivo maior por que lutar, é certo, mas não se trata de um título - e no âmbito judicial o clube (vítima de um crime informático ignóbil) vê-se envolvido em situações, no mínimo, desconfortável, é salutar que surjam vias diferentes que possam fazer parte das escolhas dos sócios do Benfica. Luís Filipe Vieira, no poder desde 2003, foi capaz, especialmente de há meia dúzia de anos a esta parte, de desactivar os movimentos oposicionistas, acolhendo no seio da Direcção e nas áreas limítrofes personalidades que o criticavam com veemência, a saber, por exemplo, José Eduardo Moniz, Varandas Fernandes, Fernando Tavares e Rui Rangel. Esta frente unanimistas precisa de ser agitada, nem que seja para ficar tudo quase na mesma. E muito provavelmente, à imagem do que Rui Gomes da Silva fez, outras alternativas se perfilarão. O contrário, num clube de profunda tradição democrática como o Benfica, é que seria de estranhar. Luís Filipe Vieira, que nos últimos anos viu desmoronar-se o império do BES e teve de encontrar fórmulas que impedissem o arrastamento do Benfica para o abismo, terá sempre uma palavra a dizer, desde que queira, em qualquer processo eleitoral na casa encarnada. E aí será a soberana vontade dos sócios a imperar."

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: Por razões que agora não interessa explicar, nunca votarei em Rui Gomes da Silva, muito provavelmente nas próximas eleições votarei mesmo no Vieira, mas o Delgado tem toda a razão: no Benfica, processos eleitorais de Lista única, sempre me fizeram 'confusão'...!!!

VMOCada

"Bruno de Carvalho, no DN, fez um exercício de publicidade, do meu ponto de vista enganosa, sobre o virtuosismo da sua gestão e da situação financeira leonina em prol do próximo empréstimo obrigacionista da Sporting SAD. Não sou seu correlegionário nem investidor, mas há três passagens merecedoras de comentário.
Saber negociar: Investir em obrigações do Benfica poderá ser mais arriscado que no Sporting (cuja SAD, pela primeira vez na história das SAD, falhará um prazo de reembolso) devido ao possível desinteresse dos bancos em cobrirem um eventual incumprimento, pois o Benfica deixou de ter relação com a banca. Sugere, portanto, que o Benfica, por não ter dívidas à banca, poderá criar maior apreensão aos investidores que as entidades devedoras incluindo, as incumpridoras.
A anedota: Diz que há um risco relativo a questões reputacionais associadas ao Benfica (e-mails). Avisem-no já: Pagar a tempo e horas mitiga o risco de desconfiança dos investidores!
O escândalo: 'Preço de compra de cada VMOC a 30 cêntimos (...) sem aumento das taxas de juros e sem entrega de garantias adicionais aos bancos'.
As VMOC, subscritas pelos bancos por 1€ cada, serão recompradas pela Sporting SAD por 0,30€. Significa isto que existe um perdão implícito de 70% a uma SAD que se gaba de ter um activo que 'ascende a 287M€' e uma 'boa situação financeira'. Por artes mágicas, 135M€ de dívida passam 40. E relembro que um dos intervenientes, o Novo Banco, está intervencionado pelo Estado, tendo anunciado recentemente nova injecção de capital (721M€) por via de empréstimo estatal ao Fundo de Resolução... para cobrir imparidades. Caro contribuinte, seja bem-vindo à Junta de Salvação Leonina!"

João Tomaz, in O Benfica

Sou do Benfica e isso me envaidece

"O desvanecer do penta é angustiante, essencialmente, por um motivo: nós somos o Benfica. Símbolo que habita naquele sagrado inferno, o Estádio da Luz. A impotente Catedral. A casa onde já desfilaram Eusébio e Coluna; Humberto Coelho e Toni; Bento e Chalana; Shéu e Pietra; Rui Costa e Nuno Gomes.
Um benfiquista tem plena consciência da dimensão do brasão que alberga na alma. Como tal, a gigante e singular euforia no momento da glória transforma-se numa não menos gigante e singular desilusão na hora da derrota. Porque o maior nunca deveria sucumbir. Jamais. Na minha cabeça, qualquer campeonato onde não se somem por vitórias o número de jogos, com uma média de cinco golos marcados por jornada, é um ano frustrante. O Benfica de 1972/73, invicto na Liga, foi o que mais se aproximou de cumprir essa natural ambição, apesar dos dois empates consentidos e da escassa média de três golos por jogo.
Olhando para a exigência do adepto, quem representa o Benfica não tem margem de manobra por aí além, como se percebe. É natural, portanto, que passar um ano inteiro sem celebrar seja o que for se torne insuportavelmente doloroso. Há ocasiões, deve confessar,em que invejo a estirpe de adeptos que se regozija, em primeiro lugar, com os fracassos dos adversários. Por exemplo, aqueles que mesmo embaraçados por um sétimo lugar encontram motivação para abrir garrafas de champanhe. Ou outros, cuja invulgar seca de quatro anos não os inibiu de se lambuzarem com a péssima campanha do Benfica na Liga dos Campeões. Azar o meu, ser Benfica e dispor dessa aptidão trata-se de um conjuntura completamente incompatível.
Sou do Benfica aquele que nunca encontrou rival neste nosso Portugal. E isso me envaidece."

Pedro Soares, in O Benfica

É futebol

"Com a inesperada derrota diante do Tondela, o sonho do penta praticamente morreu. Teremos agora de lutar por aquilo que resta, e não é pouco: o 2.º lugar e o apuramento para a Liga dos Campeões.
O balanço da temporada fica para depois, e haverá que fazê-lo a frio, sem dramas, nem precipitações. O Benfica vem de quatro anos extraordinários. Alcançou um inédito tetra, entre tripletes e dodradinhas, numa das melhores sequências de sempre. Alguma vez teria de ceder.
Importa igualmente lembrar que, há apenas três semanas, liderávamos a tabela, e, depois de uma notável recuperação, parecíamos embalados para o título. Duas derrotas deitaram tudo a perder, derrotas essas que - há que dizê-lo também - foram marcadas por gritante falta de sorte.
Na altura decisiva da temporada, lesionou-se o nosso melhor jogador, e aquele que garantia a eficácia junto das balizas adversárias. É impossível olhar para os últimos jogos e não nos lembrarmos dele. Também aí o azar nos perseguiu.
Obviamente que terá havido erros próprios. Só não os comete quem nunca decide, sendo fácil julgá-los a posteriori. Fazem parte do desporto, assim como fazem parte da vida. Teremos de os aceitar a aprender com eles. É também muito importante que, tal como sempre soubemos ganhar, também nesta altura saibamos perder.
É verdade que, por tudo o que se passou ao longo deste ano, talvez o nosso clube merecesse o campeonato. Mas em campo houve quem estivesse melhor, quem fizesse mais pontos, quem merecesse ainda mais a vitória.
Perdemos um campeonato. Já não estávamos habituados. É esta a razão maior do nosso desconforto."

Luís Fialho, in O Benfica

Orgulho

"Tenho imenso orgulho em ser sócio de um clube que não quebra nem vacila perante as contrariedades. Tenho orgulho em ser um dos milhares de Benfiquistas que sempre acreditaram nos projectos de Luís Filipe Vieira. Tenho orgulho em ter votado sempre num homem sereno, sensato e competente. Seja qual for o resultado da nossa equipa principal de futebol, tenho a certeza de que o presidente do SL Benfica será o primeiro a dar a cara e a assumir as suas responsabilidades.
Luís Filipe Vieira, durante os 15 anos de liderança, habituou-nos a isso. E, por isso, é o presidente mais carismático e mais competente da história do nosso centenário clube. O momento não é de consagração, mas de desafio. Desafio este que se analisa agora na passagem urgente da fase já vencida da sucessão de conquistas, à fase, ainda mais longe de esgotada, da real efectivação de novas conquistas. Entre um passado ainda por cumprir integralmente, mas recheado de estimulantes avanços, e um futuro que tem de prevenir-se, inscreve-se um presente do qual pode extrair-se, antes do mais, a persuasão de que a realização concreta de um ciclo que nos leve a um novo tetra é, efectivamente, possível! Vale, por isso, acreditar nele, ampliando-se o esforço para uma sua melhor interiorização que o tornará uma naturalidade do quotidiano que vamos todos sentir, lutar e viver nos próximos meses. É gigantesco o nosso desafio. Porém, um optimismo moderado não constituirá hoje um sentimento gratuito. Vencidas barreiras que ontem se supunham intransponíveis no nosso clube têm um peso importante e decisivo na dimensão do nosso. A nossa palavra de ordem terá de ser só uma - confiança."

Pedro Guerra, in O Benfica

Enorme coração

"É assim o coração dos benfiquistas. É capaz de abraçar a competição no jogo e a solidariedade fora dele. Provam-no a história do Clube, desde muito cedo, e a necessidade que sentiu de criar uma fundação. Estamos sempre lá! Onde precisam mais de nos, e queremos continuar a fazê-lo, porque é isso o Benfica. Mas não é desse coração em sentido figurado que falamos hoje e, sim, de um órgão vital que dita a qualidade da nossa existência. Às vezes esquecem-nos dele, e às vezes, também infelizmente, ele recorda-nos da pior maneira.
Vamos voltar a ter o tema na nossa acção, divulgando a mensagem e realizando rastreios no Estádio da Luz. Tudo o que pudermos fazer uns pelos outros e para melhorar a nossa saúde, prevenindo as doenças cardiovasculares, faremos!
Por isso começamos este mês de Maio a falar de coração, inspirados pela Fundação Portuguesa de Cardiologia e animados pela parceria com a Fundação Benfica a propósito da campanha anual 'Maio, Mês do Coração'. Em anos anteriores colaborámos com gosto e sentido de missão, e por isso neste ano vamos voltar a ter o tema na nossa mente e na nossa acção, divulgando a mensagem e realizando rastreios no Estádio da Luz.
Tudo o que pudermos fazer uns pelos outros e para melhorar a nossa saúde, prevenindo as doenças cardiovasculares, faremos! Porque, se em cada benfiquista bate um enorme coração, então que seja saudável. Afinal, é daí que vem a chama imensa!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Autofagia futebolística

"A atmosfera em redor do nosso futebol está a atingir perigosos níveis de desregulação, inquinamento e poluição.

tempos foi conhecido o anuário da época desportiva de futebol 2016/17, em boa hora surgido de uma parceria Liga de Futebol/EY, Ernst & Young. Nele se refere que esta actividade contribuiu com 456 milhões de euros para o PIB, por via de infra-estruturas, emprego e impostos directos. Seria largamente superior se lhe adicionássemos os impactos indirectos, em sectores como o turismo e a restauração, os transportes, a comunicação e as apostas desportivas. Em qualquer caso, é apreciável o seu quinhão para a FNBpm (“felicidade nacional bruta a preços de mercado”) e o facto de ser uma actividade em que exportamos, com qualidade, vitórias, jogadores e técnicos.
Benfica, FC Porto e Sporting concentraram 76% da globalidade das receitas totais e 79% das despesas globais. Esta assimetria tem-se acentuado em todos os vectores. Aqui apenas destacaria a enorme diferença entre os seus direitos televisivos, que são cerca de 15 vezes maiores dos que são detidos pelos clubes a meio da tabela, conforme nos indicou um também recente relatório da UEFA (em Inglaterra o ratio é de 1,3, em Itália de 3,3 e o mais perto de nós é a Espanha com 4,1!).
Os maiores clubes continuam a ter elevadas dívidas e avultado passivo ou a antecipar proveitos futuros (algumas vezes, bem para além do mandato eleitoral). Alguma opacidade das contas é, não raro, “estratégica”. Houvesse rating e, por certo, ver-se-iam “gregos” na escala “junk” das letrinhas que, implacavelmente, as agências de notação lhes assinalariam.
Em suma, trata-se de uma realidade sobre a qual se deve reflectir profundamente, num tempo em que o poder nos clubes ainda se alimenta de quimeras, emoção e do “chutar para a frente” as dificuldades e as obrigações (literalmente no caso do SCP).
Por outro lado, a atmosfera em redor do nosso futebol está a atingir perigosos níveis de desregulação, inquinamento e poluição.
É lastimável este tempo de necrose desportiva e de patologia destrutiva. E se, a nível de selecções, somos campeões europeus, no plano do ranking das equipas estamos no plano descendente e a cavar o fosso para as principais ligas (ainda que aqui haja outras razões poderosas e financeiras exógenas). 
Vemos, em progressão logarítmica, o efeito nocivo de programas e comentários em certos canais televisivos de notícias. É até confrangedor ver pessoas respeitáveis no meio de touradas de sangue onde só falta o bicho. Ali, com mais ou menos desrespeito ou parlapatice, o que importa é excitar a discussão pela discussão, dar argumentos de ódio para ouvintes mais propensos à acefalia, repetir imagens de “enorme importância” vezes sem conta até se ficar nauseado. Os oráculos que se lêem debaixo de ecrãs, divididos aparvalhadamente em três ou quatro partes, são um pré-incitamento à violência. Propaga-se incontroladamente o mau exemplo, a acendalha lançada para cima de fogo tão artificial, quanto teatral. Pedagogia do bom exemplo é coisa rara, com direito, quando muito, a rodapés ou fugidios momentos.
Entretanto, como no Titanic, canta-se (insulta-se) e baila-se (finta-se) ao som da Ramona, não se dando conta que o desastre de uns ou de outros é o desastre de todos.
Os clubes, no que ao futebol profissional diz respeito, metamorfosearam-se em Sociedades Anónimas Desportivas (SAD), mas estão agora a regredir em aspectos fundamentais de ética desportiva, comunicacional e social. Não são capazes de enxergar que o seu muito competitivo “core business” (vencer) não é incompatível, bem pelo contrário, com a cooperação em aspectos comuns e basilares da sua actividade ou, como agora sói dizer-se, da sua indústria.
Todos os dias, de uma maneira ou de outra, com uns mais do que outros, com réplicas e tréplicas em versão Facebook ou similar, dirigentes, funcionários directores de comunicação ou de outro qualquer ofício insinuam, blasfemam e agridem-se sem a mínima urbanidade e decoro. Alguém imagina noutra qualquer actividade isto acontecer? O que seria, por exemplo, na banca, nos seguros, na distribuição, se todos os dias acontecessem coisas semelhantes?
É bom ter presente um ponto que, só por si, deveria emudecer a fanfarronice e erradicar a irresponsabilidade de quem acha que as SAD são um qualquer “brinquedo”: é que as SAD estão cotadas em bolsa e sujeitas à supervisão da CMVM.
Pois aqui o que excita é o alimento para claques sôfregas, os comentários de tudo menos dos jogos em si, as invectivas de hordas de agitadores de toda a sorte e o carrossel de denúncias ditas anónimas (!), tudo com o estranho silêncio das autoridades públicas, apesar do inglório, ainda que sério, esforço da Federação de Futebol.
Está-se a brincar com o fogo, sabendo-se que uma parte cada vez mais significativa das receitas dos chamados grandes advêm de patrocínios comerciais e de direitos televisivos que, obviamente, pagam um determinado preço contratual em função da reputação, do prestígio e do retorno dos recursos investidos. Fala-se agora de “marcas”, mas não se cuida da sua sustentabilidade."

5.ª da bola...Toni & Seara...

Três coisas que pensávamos que sim mas afinal não

"1. Que Fernando Santos não convocava para fases finais jogadores que não tivessem treinado pelo menos uma vez com o grupo nacional.
«Claro que não vai aparecer no Mundial um jogador que nunca tenha passado pela Selecção. Isso é impossível. Tenho de conhecer os jogadores a nível do treino, a nível mental, a nível grupal», disse Fernando Santos ao MaisFutebol em Outubro.
Mas afinal de contas não.
Nas últimas entrevistas que deu, já esta semana, o seleccionador mudou de opinião e deixou uma garantia que surge virada do avesso.
«Com elevado grau de probabilidade, haverá jogadores no lote de 35 pré-seleccionados que nunca estiveram ao serviço do Selecção. Mais do que um. Falo de jogadores com percurso de selecções jovens mas que nunca chegaram aqui.»
O que mudou, então?
Acima de tudo parece-me ter mudado Rúben Dias. Numa altura em que a selecção passa por uma grave crise de centrais, Fernando Santos sentiu necessidade de mudar as convicções.
O seleccionador queria fazer com Rúben Dias em 2018 o que fez Renato Sanches em 2016: um jovem que foi chamado pela primeira em Março e que foi convocado para a fase final em maio.
A lesão do central, no entanto, impediu-o de estar com o grupo.
Por isso Fernando Santos mudou de opinião e prepara-se para tomar uma opção que tinha jurado nunca tomar. O que é um sinal de inteligência: as circunstâncias exigem sempre uma adaptação e as convicções só são boas enquanto nos servirem. Ou, como diria Pepa, só os burros é que o são a vida toda.

2. Que os jogadores do Sporting tinham aprendido com José Mourinho que era mau sinal visitar torneios de ténis em semana de dérbi.
Afinal de contas não.
O que nos traz à memória o tempo em que o Special One era o treinador do Benfica e venceu por 3-0 o Sporting, no dérbi que instalou a crise em Alvalade e acabou por provocar a saída do campeão Augusto Inácio. Aconteceu em 2000 e o Mourinho contou tudo mais tarde num livro.
«Para aí 75 por cento do plantel do Sporting estava a desfilar no Masters de Ténis. Pensei de imediato: Estes gajos andam aqui na passerelle e eu vou dar-lhes com a marreta... Senti-os demasiado tranquilos. Davam-se ao luxo de andarem por ali a mostrarem-se em vez de pensar no jogo do fim de semana», escreveu Mourinho.
«Disse então para o Mozer: Amanhã aproveitaremos esta situação em nosso benefício e quando chegarmos ao treino vamos envenenar a nossa criançada. Assim o disse e assim o fiz. Quando lá cheguei disse-lhes logo que os jogadores do Sporting tinham passado a vida no ténis, que deviam estar a pensar que nos iam ganhar por meia-dúzia e por aí adiante. Piquei os meus jogadores. Eles sentiram-se desprezados pelo adversário e recusaram ser coitadinhos.»
O resultado já se sabe: o Benfica, que estava em crise, deu a curva no destino e venceu o campeão Sporting por 3-0.
Ora esta semana andaram pelo Estoril Open, pelo menos, Bruno Fernandes, Gelson, Coates, Bryan Ruiz, Podence e Palhinha. É certo que Raul Jimenez também por lá passou. Mas enfim, foi só ele e não é bem a mesma coisa.
Resta saber se Rui Vitória vai saber aproveitar a passagem dos jogadores do Sporting pelo Estoril Open, como Mourinho soube aproveitar: isto nas vésperas de um dérbi importantíssimo.

3. Que os adeptos tinham percebido que os clubes são muito engraçados, sim senhor. Que dão grandes alegrias e acompanham-nos a vida toda. Mas que não colocam comida na nossa mesa, nem pagam o colégio do nosso filho: e por isso não podem mexer no nosso bolso.
Afinal de contas também não.
Por isso ficamos a saber que o Novo Banco e o BCP perdoaram ao Sporting praticamente cem milhões de euros de dívida poucos dias depois do Estado ter anunciado que vai recapitalizar com 450 milhões de euros o Fundo de Resolução. Para quê? Para que este reforce os rácios do Novo Banco, no final de um ano em que o banco teve prejuízo de mais de mil milhões de euros.
Mas quem fala dos quase cem milhões perdoados ao Sporting pode falar da reestruturação da dívida de 400 milhões da empresa de Luís Filipe Vieira. Ou da abertura para renegociar as dívidas das SAD de Benfica e FC Porto.
Os clubes não podem fazer a gestão do dia a dia - contratar jogadores, pagar ordenados, dar comissões - à custa dos nossos impostos. E, já agora, nós não podemos ficar contentes a achar que os dirigentes fizeram um grande negócio. Afinal é o nosso dinheiro: o dinheiro do nosso trabalho."


PS: Podes falar da restruturação da dívida de uma empresa do Vieira, mas nesse caso, não houve qualquer perdão de dívida... e em relação ao Benfica, nenhum Banco se mostrou aberto a renegociar!!! Portanto, não vamos novamente 'meter tudo no mesmo saco'!!!

Isaías mudou o Arsenal

"Bruce Rioch, o antecessor de Arsène Wenger no Arsenal, já tinha o objectivo de trabalhar a ligação dos ataques da equipa. Por outras palavras, era uma questão de eliminar os resíduos do “Boring Arsenal” que subsistiram nas últimas duas, três épocas de George Graham no comando técnico. Lançar a bola na frente para Ian Wright era o plano A, B e C, pelo que, em Highbury, adeptos e direcção queriam mais. E nem a conquista da Taça das Taças de 1994, contra o Parma, em Copenhaga, diminuiu a insatisfação do público com Graham. Foi nesse pressuposto que Bruce Rioch foi chamado, com o propósito de melhorar o jogo combinativo e logo com uma badalada aquisição vinda de Milão: Dennis Bergkamp.
Wenger era uma paixão antiga de David Dein, já dos tempos do Mónaco, e o estratega alsaciano era visto como o homem certo para levar o Arsenal para outro nível. O facto é que Rioch nunca gerou consenso na cúpula directiva do clube, mesmo não tendo feito um mau trabalho, de ter inculcado algumas ideias positivas no futebol do Arsenal e de os jogadores gostarem dele. Posto isto, Wenger foi, então, contratado em 1996 pelos Gunners e o resto da história já é amplamente conhecida.
Aquilo que talvez suscite mais curiosidade é o porquê de a equipa da vigência de George Graham ter ficado com o rótulo de “Boring Arsenal” e de ter desencadeado a chegada de Rioch e de Wenger posteriormente.
Na verdade, o Arsenal das primeiras épocas com Graham até jogava com muita liberdade atacante e entusiasmo. De aborrecido nada tinha. Foi nessa base que foram campeões em 1989 (com o golo de Michael Thomas em Anfield) e em 1991 (com mais 26 pontos que o Man.United), mas algo mudou na cabeça de Graham a partir de 6 de Novembro de 1991. O ponto de viragem aconteceu em Highbury, quando o Arsenal recebeu o Benfica e perdeu por 1-3, com um golo de Kulkov e dois do Profeta: Isaías.
Entendendo o encadeamento dos acontecimentos, Isaías foi um dos principais responsáveis pela mudança de estilo do Arsenal e que, indirectamente, impulsionou a chegada de Wenger ao clube. Com o mesmo armamento com que rachava balizas na Luz, Alvalade, Antas e Bessa, o bombardeiro capixaba colocou a sua impressão digital em Highbury. Bobby Robson, por exemplo, era um dos treinadores rivais que mais admirava o pé-canhão. E a Premier League também o abraçaria mais tarde, quando trocou o Benfica pelo Coventry City com o rótulo de primeiro brasileiro a atuar na PL, ainda antes de Juninho Paulista brilhar em Middlesbrough - Mirandinha, no Newcastle, foi o primeiro brasileiro, em 1987, mas antes da criação da Premier League.
A contextualização é importante no meio desta história da mudança de paradigma táctico do Arsenal. A época de 1991/92 era a primeira em que os clubes ingleses participavam nas provas europeias depois do castigo severo de seis anos imposto pela UEFA na sequência dos incidentes trágicos no Heysel. E não foi por acaso que, depois da sapatada que o Arsenal levou do Benfica, vários protagonistas encaminharam o discurso em sentido idêntico. Tanto Graham como Tony Adams admitiram que o emblema lisboeta (treinado por Eriksson) estava bastante avançado em termos de compreensão colectiva do jogo, apresentando uma base sólida em fase defensiva e denotando mais objectividade nos ataques rápidos que apanhassem o Arsenal desorganizado. Thern e Kulkov davam suporte, Paneira e Rui Costa imaginavam, Isaías fazia um pouco de tudo e Iuran esticava e lutava. 
«Eu já tinha jogado a nível internacional pela Selecção inglesa, mas não a nível de clubes.» O defesa-central do Arsenal descreveu ainda o estilo do adversário: «O Benfica tinha mais técnica do que nós e jogava de forma diferente daquilo a que estávamos habituados, com mais contra-ataques e sabendo guardar a bola.»
A hibernação sem participação regular nas provas europeias desactualizou o Arsenal e os jogadores apanharam um choque quando se depararam com uma equipa muito mais modernizada e rigorosa como era a de Eriksson. Graham digeriu e reconsiderou o modelo, na busca por um registo mais realista. E foi nessa medida que levou ao extremo a demanda pelo equilíbrio, acabando por se chegar a um ponto em que disciplina e retracção se confundiram. A equipa tornou-se mais fechada, inclusive na forma de atacar. Percebia-se que tentavam defender com mais organização na zona recuada do campo e, então, iniciar os lançamentos mais e mais frequentes para Ian Wright. A bola longa era, no entanto, uma solução curta.
O ajuste de Graham nasce de um propósito sensato, mas não resultou em pleno, ainda que o triunfo europeu na capital dinamarquesa, em 1994, com o golo de pé esquerdo de Alan Smith, tenha dado uma alegria relativa à comunidade do Arsenal. São estes ciclos que marcam quem melhor se adapta às tendências, quem melhor convive e se integra. A dada altura, por múltiplos motivos, também passou a ser esse o grande desafio de Wenger, que ontem se despediu ingloriamente das provas internacionais como treinador do Arsenal. E olhando para trás, verdade seja dita que não faltaram ao treinador francês momentos-Isaías para promover reflexões mais extensas."

Não se esqueçam dos "e-sports"

"A legalização dos "e-sports" já é um tema debatido no Parlamento Europeu.

Tudo leva o seu tempo. Em Portugal, esta é uma frase que tende a verificar-se muitas vezes quando falamos de legislação e de regulamentação de actividades que, na prática, já se encontram no mercado nacional. As chamadas "plataformas electrónicas de transporte de passageiros" é o exemplo mais evidente. Mas outros casos existiram de sectores que estiveram num "limbo" legislativo por vários anos, como sucedeu com os jogos e as apostas online.
Depois de quase uma década de debate público, e passadas duas comissões interministeriais dedicadas a este tema, em 2015 o jogo online é, finalmente, legislado e posteriormente regulamentado, havendo assim respaldo legal a uma actividade legal que era uma já prática comum de muitos portugueses.
A há muito aguardada legalização do sector veio trazer maior segurança e integridade ao mercado, uma vez que os operadores são obrigados a atravessar um apertado processo de licenciamento, maior protecção para os menores e jogadores mais vulneráveis, uma vez que a possibilidade de jogar ou apostar está condicionada à verificação da identidade (e da maioridade) dos jogadores e existem mecanismos que permitem aos jogadores autoexcluir-se com segurança e, não menos importante, veio permitir ao Estado arrecadar impostos sobre esta actividade, em benefício de todos nós.
Não será, então, de aproveitar a atenção que o jogo online atraiu do legislador para o lembrar desta realidade que, apesar de ter autonomia, também será de ponderar um olhar mais atento por parte do legislador aos chamados "e-sports"? Há razões para levar a pensar que sim.
Desde logo, porque se trata de uma indústria responsável por um volume de negócios que, em finais de 2016 ascendia a 500 milhões de dólares - talvez pouco comparado com os 30 mil milhões gerados pelo futebol na Europa, mas já um número a ter em consideração - sendo que é responsável por mais de 150 milhões de visualizações. São números a ter em conta e que, de ano para ano, têm vindo consistentemente a aumentar. Não será apenas o facto de ser uma indústria geradora de números consideráveis o motivo para que o sector mereça regulação. No entanto, será importante que sejam definidas regras para, por exemplo, garantir que se proceda a uma melhor distribuição dessas receitas que o sector é capaz de gerar. Desde logo, os praticantes. Neste momento, não havendo qualquer reconhecimento dos "e-sports" enquanto actividade desportiva, aos seus praticantes não é reconhecido qualquer direito ou protecção, à semelhança do que ocorre com qualquer outro desportista profissional. Sim, porque no fim do dia, é de desporto que falamos.
Além dos direitos (e obrigações) dos jogadores enquanto intervenientes num fenómeno eminentemente desportivo, há também que assegurar a sua protecção perante as empresas titulares do software que são, literalmente, os "donos do jogo". Não deixa de ser importante pensar que se trata de uma actividade em que a sua prática está sempre condicionada a um licenciamento de um terceiro. É como se o futebol só pudesse ser praticado num único recinto em que, para jogar, os praticantes teriam de pedir aos donos do espaço a respectiva chave. O que acontecia se, um belo dia, o dono do recinto ordenasse a demolição do recinto?
De outra perspectiva, de que protecção jurídica beneficia actualmente o mesmo titular dos direitos de um jogo praticado em eventos que envolvem o pagamento de ingressos e até patrocínios, em muitos casos envolvendo já avultadas somas de dinheiro? Poderá o titular do software beneficiar da exploração da sua criação? É fácil determinar a sua quantificação?
Não pretendo responder a nenhuma pergunta mas, apenas, dar alguns exemplos de questões que, do ponto de vista legal, este fenómeno pode suscitar. Estas e outras dúvidas poderão e deverão os principais "stakeholders" deste mercado ponderar se não valerá a pena pensar na definição de um quadro legal que, não sendo limitador da actividade, possa criar condições para que criadores de software, praticantes, patrocinadores e demais intervenientes vejam em Portugal o ecossistema perfeito para investir nesta indústria.
Uma coisa é certa: a legalização dos "e-sports" já é um tema debatido no Parlamento Europeu e o Comité Olímpico Internacional já abriu portas para um debate tendente ao reconhecimento desta actividade como desporto. E Portugal, quererá estar na linha da frente no reconhecimento de um fenómeno cada vez mais popular ou, uma vez mais, nada fazer para, uma vez mais, ficar na cauda da Europa?"

A 'esquerda' e a 'direita'...

"Já não o via, há muito. Foi meu colega, nos Armazéns do Arsenal do Alfeite. Onde trabalhei, entre 1952 e 1965. Encontrei-o, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. A alturas tantas da nossa “conversa em movimento”, reteve-me pelo braço e inquiriu: “Na próxima eleição para a Presidência da República, se concorrer o Marcelo, em quem votas tu?”. Desabafei, sem problemas: “Se concorrer o Marcelo, é bem possível que vote Marcelo”. E ele também não tardou a responder, de rosto sorridente: “Digo o mesmo: se o Professor Marcelo concorrer, aposto nele”. E questionou-me; “É um tipo amigo das pessoas, não é?”. Eu prossegui a conversa e acrescentei: “É amigo das pessoas e muito inteligente, que é uma tremenda vantagem! Mas… tu votas no Marcelo só pela sua simpatia? E os méritos intelectuais e morais?”. E ele: “Estou-me nas tintas para as ideias. Se for simpático, para mim, é o bastante”. Aquele meu velho companheiro de trabalho, como quase toda a gente, não parece ter outros critérios válidos, para eleger o Presidente da República Portuguesa, para além dos afectivos. A maior parte dos jornalistas também passam mais tempo a indagar a personalidade dos candidatos às eleições do que a analisar as suas ideias e a sua prática política. Escolhe-se um Presidente da República pela sua simpatia e pelo seu sorriso e pela sua cordialidade. Ninguém ganha eleições por ser um santo. O Padre Cruz seria, com toda a certeza, um péssimo Presidente. E os discursos da Madre Teresa de Calcutá, por mais acesos que fossem pelos afectos, não teriam, de certo, a audiência suficiente, para uma eleição de tamanha responsabilidade. Já o Maquiavel o dizia: não é o mais virtuoso que ganha as eleições, mas quem obtiver mais votos. A política nunca foi filantropia. A moral aponta os fins, a política sublinha os meios. Coisas diferentes, como se vê… No entanto, no tempo em que vivemos, uma certa “esquerda” e uma certa “direita” fazem a mesma política, têm moral idêntica. E porquê? Porque a economia em que acreditam é precisamente igual: a economia capitalista. Não há modelo alternativo ao capitalismo? Embora as certeiras críticas de Marx ao capitalismo, o amoralismo capitalista venceu, para já, o imoralismo das ditaduras ditas socialistas. O capitalismo “é um sistema económico, fundado na propriedade privada dos meios de produção e de troca, com base na liberdade do mercado e no assalariado”. Mas, porque ao capital só lhe interessam os trabalhadores que produzam mais do que recebem (a famosa “mais-valia) há, nele, também uma inequívoca imoralidade: alguns (poucos) podem enriquecer sem trabalhar e a maioria (os trabalhadores) consomem-se a trabalhar e continuam pobres. O capitalismo tem sido, de facto, o modelo económico ideal, mas à custa de uma evidente injustiça social. Deverá lembrar-se que, no mundo actual, que o capitalismo domina, 62 multimilionários possuem a mesma riqueza de 3,5 mil milhões de pobres; que 871 milhões de pessoas sobrevivem, com fome crónica, alimentando-se de ressentimentos e esperando cegamente por amanhãs que nunca virão; que 250 milhões de emigrantes não encontram o conforto de um lar. E os 2400 milhões de dólares que se esfumam, nos paraísos fiscais? E o tráfico de droga, com um volume de negócios de cerca de 300 mil milhões de dólares? Mas será estultícia pretender fazer do capitalismo uma escola moral, ou do mercado uma religião. O capitalismo está-aí, para criar riqueza e… nada mais! E uma questão, a propósito: era moral o socialismo leninista? “Para nós (disse ele) a moral está subordinada aos interesses da luta de classes do proletariado”. Com pensamento único e partido único, sabemos onde desaguou o apotegma: numa ditadura terrível, que se chamou estalinismo.
Confiemos no julgamento da História, que sabe conferir a devida proporção às acções humanas, sejam elas de “direita”, ou de “esquerda”. Poderia citar aqui a conhecidíssima frase de Marx: “São os homens que fazem a sua própria história, não nas condições escolhidas por eles, mas nas condições dadas directamente e herdadas do passado”. Ora, se são os homens que fazem a sua própria história, tanto uma “direita” imbuída dos valores da tradição, mas esclarecida e renovada, como uma “esquerda” que não esqueça a autonomia relativa das superestruturas (recordo A Ideologia Alemã: “Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência”) – tanto na “direita”, como na “esquerda” (e escondo agora a minha simpatia política), mesmo nos momentos de labor honesto e perseverante, há erros a lastimar, há pecados por absolver. Infelizmente, não é o dever que norteia a economia, é o mercado. No futebol, também não é o dever, é a paixão. Kierkegaard, se não estou em erro, chegou a escrever que “só uma grande paixão nos permite viver plenamente”. Desmond Morris, no seu The Soccer Tribe, rematou de maneira lapidar: “Os mais importantes membros da Tribo do Futebol são os jogadores”. Para mim, e desde rapaz, o mais importante membro da Tribo do Futebol é o adepto (o “torcedor”, no português-brasileiro). O profissionalismo e a constante rotatividade de jogadores, nos Clubes, faz do adepto o 12º. Jogador e o que mais amor sente pelo emblema da sua coletividade desportiva e… em tempo integral! O futebolista, ao invés, quando muda de clube, muda também de conduta, pois que tem que “dar tudo”, pelo seu novo patrão. Em conversa com um treinador de futebol, ele aduziu uma série de argumentos para convencer-me que já não tinha clube da sua predileção. Cito este: “Professor, eu não sou treinador do Benfica, ou do Sporting, ou do Porto – eu sou treinador de futebol!”.
O desporto de altos rendimentos, para dar lucro, tem de ser espectáculo interpretado por atletas superdotados e supertreinados, seja o espectáculo promovido e organizado pela “direita”, ou pela “esquerda”. Os reformadores, os especialistas, sabem isto bem melhor do que eu e sabem também que com alguns dos actuais dirigentes não há reforma possível. Precisamente porque estes “agentes do desporto” são o problema, não esperemos portanto que eles saibam (ou queiram) resolver os problemas. Ninguém reforma se, antes, não se reformou. Com dirigentes que apostam no populismo, no messianismo, no economicismo, não há reforma possível. Uma reforma começa, quando o reformador ganhou a coragem de pôr em questão o que diz e o que faz. Como ensinou Paulo Freire: “Um reino de paz imperturbada é impensável na História. A História é sempre um tornar-se; é um acontecimento humano. Mas, em vez de me sentir desapontado e receoso, pela descoberta crítica da tensão em que a minha humanidade me colocou, eu descubro nessa tensão a alegria de ser” (in Brotéria, Fevereiro de 1996, p. 157). É da des-ordem que normalmente nasce uma ordem nova. No laboratório, ou na sala de estudo do cientista, não se escutam sentenças definitivas, não se ostenta a segurança das credenciais, mas o que se descobre é o fascínio da curiosidade e a vontade imparável de conhecer. O racionalismo e o empirismo europeus, donde nasceu a revolução científica moderna (a de Bacon, Copérnico, Galileu, Descartes, Newton e Kant), os Descobrimentos Portugueses e a obra época e lírica de Camões – o racionalismo e o empirismo europeus impuseram-se em luta contra a Inquisição e contra o absolutismo régio. Jesus de Nazaré foi explícito: “O reino de Deus está dentro de cada um de vós!”, ou seja, ressoa, dentro de cada um de nós, um apelo incessante de transcendência. Se não me liberto dos meus vícios, das minhas limitações, das minhas imperfeições, não poderei ser um reformador, o semeador de um mundo novo. Seja de “direita”, ou de “esquerda”…"

Manuel Sérgio, in A Bola

Benfiquismo (DCCCXVII)

Il Grand Torino... a última partida!

Aquecimento... derby