Últimas indefectivações

sábado, 24 de setembro de 2011

Juventude de parabéns !!!

No 1.º dia do Benfica Youth Cup, três jogos, três vitórias, para o Benfica, e os adversários demonstraram bastante valia:



Benfica 2 - 1 Barcelona

Hugo Santos, Pedro Rodrigues


Excelente jogo, contra um Barça que já joga num estilo parecido com a equipa principal!!! Podíamos ter 'matado' o jogo mais cedo, com vários contra-ataques perigosos, faltou 'calma'!!! Ainda tivemos um golo mal anulado ao Benfica, por fora-de-jogo inexistente... Destaco o Pedro Rodrigues, tanto a trinco, como a central, excelente jogador. O Diogo Gonçalves hoje não marcou, mas o talento não engana...



Benfica 3 - 2 Real Madrid

João Gomes, Romário, Monte


Este foi o adversário mais forte da tarde, o filho do Zidane é jogador!!! Mas a equipa do Benfica acreditou na vitória, e esta é provavelmente a nossa melhor equipa na formação Benfiquista, esta época...



Benfica 3 - 1 Fulham

Dino, Cancelo, Hélder Costa


Contra uma equipa tipicamente britânica, com força, velocidade, muito aguerrida, mas algo limitada tecnicamente, o Benfica podia ter resolvido o jogo mais cedo, assim só no último minuto chegou o golo da tranquilidade. Numa equipa com vários Juniores de primeiro ano, depois de um início de época desastrado, parece que a equipa está a evoluir, e a ganhar confiança...

Objectivamente (descarados)

"Basta um empate do FC Porto para que os críticos do costume saiam da toca a reclamar contra tudo e contra todos e até com... árbitros, imaginem!!!

O fanático comentador tripeiro, MS Tavares diz, num dos jornais em que é comentador, que o Benfica «embalado pela arbitragem de Duarte Gomes e pelas 'minudências' de três SUPOSTOS penalties de mão na bola contra o V. Guimarães, também apostaram mais nessa táctica do que em tentar ganhar o jogo pelas vias normais».

É preciso ter muito descaramento! O que é que este sujeito quer? Provocar. Provocar, claro, todos os adeptos do Futebol que têm o mínimo de racionalidade! Ele que não pense que são todos burros e que não sabem ver o que é um penálti num jogo de Futebol!

É claro que eu sei porque é que ele fala assim. Quem anda desde 1974 a servir-se das arbitragens para ganhar títulos atrás de títulos é normal que estranhe, por vezes, que haja um ou outro árbitro que marque um penálti contra os adversários do Benfica. Ele sabe que agora a elite dos Olegários, Sousas, Batistas e Xistras têm mais dificuldades em passar despercebidos que os Garridos, Pratas, Calheiros, Silvanos, Gímaros e Silvas dos gloriosos anos 70, 80 e 90!

E por isso reclama sem vergonha! Ele acha que não foram penalties os lances com o V. Guimarães? Tanta ignorância!

É que ainda ficou um por marcar contra o Vitória de Guimarães e não deve ter visto os minutos finais do jogo com o árbitro a empurrar os vimaranenses com uma série de faltas inexistentes, provavelmente para tentar agradar aos chefes!

Este MST é um provocador que não percebe rigorosamente nada de futebol. Ainda por cima deixam-no dar opiniões fanáticas e estapafúrdias em locais que deviam ser preservados... Nessas 'reservas naturais do Futebol' não deviam entrar certos bichos do mato porque não se dão com nada!!!"


João Diogo, in O Benfica

Obra de arte

"Eles já tinham ameaçado: Nicolás Gaitán, aos 13 e aos 16 minutos, com disparos de fora da área; Óscar Cardozo, aos 19 com um remate encaixado pelo guarda-redes adversário. Mas, aos 24 minutos juntaram-se para realizar uma verdadeira obra de arte, um hino à beleza dinâmica do Futebol.

Nico Gaitán recebeu a bola em cima da linha de meio-campo; Emerson conseguira fazer sobrar para ele de um despique junto à lateral com Fábio e Valencia; o argentino deu dois passos, ajeitando a bola em andamento, tirou Flectcher do caminho e cruzou, com o pé esquerdo, de trivela, para Óscar Cardozo. O paraguaio estava em posição frontal e bem perto da grande área do adversário, pelo que a bola cruzada por Gaitán terá percorrido uns 40 metros, até que Tacuara a parou no peito, de costas para a baliza e com dois adversários à ilharga. O francês Evra foi o primeiro a ficar fora da jogada, com a rotação de Cardozo, e Evans perdeu a oportunidade de chegar à bola, que o ponta-de-lança do Benfica protegeu no seu flanco direito. O defesa norte-irlandês ainda tentou pressionar Cardozo, cobrindo o lado da baliza mas perdeu em velocidade e o número 7 do Benfica atirou, com força, cruzado, a meia altura, de pé direito, às redes de Lindegaard. De nada valeu a estirada para o sítio certo do guarda-redes dinamarquês que, em diversas outras ocasiões, salvou a sua equipa.

Foi uma jogada admirável, um golo magnífico, que só uma comunicação social vesga e dominada pelo ciúme clubista e pela dependência em relação ao Sistema, não glorificou e elegeu como um monumento ao Futebol bem jogado, com arte, espectáculo e eficácia. Tenho décadas de memórias de bom Futebol não vou esquecer este golo."


João Paulo Guerra, in O Benfica

Um Benfica europeu

"O resultado podia ter sido melhor e, caso tivesse sido, corresponderia à preponderância do Benfica frente ao Manchester United no início desta exigente Fase de Grupos. Porém, pode dizer-se que correspondeu ao equilíbrio entre duas grandes equipas europeias em fase de consolidação de forma e de afirmação plena nos planos nacional e internacional.

Vindo o Manchester moralizado por um fulgurante arranque de época, havia quem tivesse expectativas menos optimistas, que felizmente não se confirmaram. O Benfica mostrou estar à altura desta ou de qualquer outra equipa, por ter jogadores de grande nível, soluções tácticas eficazes e, acima de tudo, a convicção de que pode e deve vencer.

Houve, da parte do Benfica, uma intensidade atacante marcada pela criatividade e pela constância que teve na jogada de golo, envolvendo Gaitán e Cardozo, o seu momento cimeiro. E convém que se diga que foi uma jogada soberba, daquelas que são capazes de encher os olhos e o espírito do espectador mais exigente.

Mas houve, para além do relvado, um espectáculo sempre digno de registo e de congratulação de um estádio cheio a torcer pela equipa da casa, com alegria, confiança e força colectiva. É isso que faz do Futebol um poderoso espectáculo de massas que não tem paralelo. E foi bonito de ver, nunca noite quente de final de Verão, famílias inteiras e partilharem a festa, deixando de lado, momentaneamente, as angústias legítimas de um tempo marcado pela incerteza, pela austeridade e pelas dúvidas quanto ao que o futuro nos reserva em termos sociais e económicos. É sabido que o Futebol não está nem poderia estar, à margem dessa realidade inquietante, mas é também sabido que enquanto espaço de partilha e de paixão é gerador de emoções e de momentos de serena exaltação que podem ajudar a elevar o ânimo de quem sofre as dores deste tempo conturbado. Um Benfica vencedor sempre foi e será um antídoto contra o desânimo colectivo."


José Jorge Letria, in O Benfica

Claro que sim

"17 de Setembro, 9h 15, Estocolmo, Suécia. Dia de sorte, dia de feliz acaso, dia do imponderável encontro entre uma estrela de Futebol e o fã vulgar. Saía eu do meu quatro, minutos antes de descer ao piso térreo para fazer o check out no hotel onde estivera hospedado, quando dou de caras com um dos jogadores suecos do Sport Lisboa e Benfica. Pers Anders Andersson, 37 anos, natural de Tomelilla na Suécia, três épocas de 'águia ao peito', ali estava à espera do mesmo elevador que eu, ali tal e qual quando jogava pelo SLB, igualzinho. Ficou a saber que o Clube tem uma televisão quase com três anos de existência, fiquei a saber que vem a Portugal todos os anos, ficou a saber que o Clube está forte e a praticar um Futebol de encher o olho, fiquei a saber que sente falta do público e do relvado da Luz.

«Como dos o Mats (Mats Magnusson), quem joga no Benfica nunca mais esquece. Saudades?! Claro que sim?. Há dias assim, nunca antes tinha estado na Suécia e naqueles minutos especiais de despedida do país logo haveria de dar de caras com um craque de que me lembro perfeitamente de ver jogar, no Benfica e na selecção sueca. A meio da semana Andersson havia estado presente numa emissão especial num dos canais de desporto suecos, a debater o jogo da Liga Europa entre o seu Malmo (derrotado por 4-1) e o AZ Alkmaar.

Bem melhor do que o Malmo esteve o SLB que empatou frente ao Manchester United, o verdadeiro afortunado da jornada inaugural com o inesperado golo de Ryan Giggs. O Sport Lisboa e Benfica foi melhor, merecia ter triunfado e protagonizou ainda melhor exibição frente aos comandados de Pedro Emanuel, a Académica de Coimbra. 4-1, vitória sem contestação no Domingo passado. Bruno César, Pablo Aimar e Nolito foram os artilheiros de serviço e colocaram-nos no topo da classificação do Campeonato. Excelente semana esta, começada às 9h 15 em Estocolmo."


Ricardo Palacin, in O Benfica

Venha o empate

"O FC Porto venceu 85 vezes e o Benfica 82. Empataram 53. Das 101 vezes que foi ao estádio do FCP, o Benfica só venceu 14 e empatou 25. A maior vitória do Porto em casa foi em 1933, com uma goleada de oito a zero. A maior derrota foi em 1952, no dia 28 de maio, em que perdeu dois a oito. Foi na inauguração do Estádio das Antas. Gosto de estatísticas. Dão-nos a ilusão de alguma racionalidade e previsibilidade no futebol. Mas, na realidade, são um amontoado de números mais ou menos inúteis. Basta ver a importância que Carlos Queiroz sempre lhes deu e olhar para as estatísticas da sua carreira para perceber o que valem. Ainda assim, se olharmos para estas, o FCPorto vai vencer amanhã.

Tento então fazer as minhas próprias estatísticas para perceber o que quero. Não tendo feito um levantamento exaustivo, posso garantir que a maioria dos meus amigos são do Benfica, quase todos os meus familiares são do Sporting e conheço, porque sou de Lisboa, pouca gente do FC Porto. Não me cruzo com muitos portistas. Tirando quando gritam que querem ver a minha cidade em chamas e quando tentam vencer na secretaria, não me aborrecem. Nunca estou por eles, nem quando jogam no estrangeiro. Pelo menos até Pinto da Costa ser o seu presidente. Já qualquer resultado do Benfica me traz problemas. Se vencem, ninguém os atura. Se perdem, não tendo um portista à mão, viram-se para este desgraçado. Assim, consultadas as minhas estatísticas pessoais e pensando exclusivamente no meu conforto, apostava num empate. O que, sendo no Dragão, além de improvável (25 por cento de probabilidade, para ser rigoroso), não me livra da arrogância encarnada. Ainda assim, uma arrogância moderada. Se é que isto existe num benfiquista."


Ben-u-ron

"Há já vários anos que assentei a minha vida em Vila Nova de Gaia, e tenho acompanhado de perto os sucessos do Futebol Clube do Porto, e o quanto eles mobilizam os seus simpatizantes, a ponto de alguns esquecerem a noção do que é empatar ou sair derrotado de um jogo. Imaginem, portanto, a semana que passou após a igualdade com o Feirense. Incompreensível a falta de paciência para o desacerto, quiçá falta de talento, para repetir outra época com idêntico sucesso como a do ano transato. Mesmo confessando uma inusitada desconfiança, os adeptos azuis e brancos acorreram em massa a garantir o bilhete, ou a cravar os amigos mais influentes para conseguirem o tão desejado ingresso. Em contraciclo, os adeptos encarnados levantaram a crista. Estão de peito feito, ainda que o recalcamento pela goleada da época passada não lhes largue a memória. Sente-se um fervor social. Nem mesmo o facto de o campeonato só ter visto cinco jornadas disputadas retirou ao clássico o entusiasmo dos confrontos de tudo ou nada. Até os insensíveis deste fenómeno de massas estão a apurar os conhecimentos, e intrometem-se nas picardias dos fiéis de ambos os clubes.

Em conversa com um adepto VIP de um dos clubes envolvidos, discutíamos as recentes incidências do jogo. Acabámos refletindo sobre a importância terapêutica destes momentos. Com tamanhas privações a que estamos sujeitos, imaginando as que aí vêm, e nem sequer supondo o que possa advir, a descarga emocional proporcionada, e a transferência, apesar de momentânea, das preocupações para um mero jogo de futebol contribui para um equilíbrio dos estados de alma de milhões de portugueses. Dir-me-ão que este ópio nos remete para uma letargia, que acentua, após os 90 minutos, a dor a uns, e que serve de antipirético a outros. Somente alivia a dor e não cura a causa da mesma.

Por muito que custe admitir, a paixão que comove milhares de adeptos de todas as cores, jogo após jogo, ano após ano, procede a uma terapia gratuita à população, que qualquer dirigente político respeita e anseia. Mesmo que alguns vândalos persistam em comportar-se como animais, deslocados em rebanho, por não terem a mínima noção do ridículo e de urbanidade. São marionetes ao sabor de extremismos bacocos e provincianos. Felizmente ainda não chegamos às dastricíssimas medidas da federação turca de futebol, que para erradicar a violência dos estádios proibiu os homens de assistir aos jogos das equipas que tenham sido punidas devido a atos violentos dos adeptos. De acordo com o novo regulamento, apenas as mulheres e as crianças com idade inferior a 12 anos serão autorizadas a assistir, gratuitamente, aos encontros dos clubes prevaricadores.

Que o futebol permaneça um escape, com um filtro de partículas de bom senso, para manifestarmos o nosso descontentamento em local certo, longe dos estádios, dando ao mundo um exemplo civilizacional que nos distinga no mundo."