Últimas indefectivações
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Comunicado
"O Sport Lisboa e Benfica expressa o seu repúdio e manifesta a sua perplexidade em face da convocatória da Seleção Nacional de hóquei em patins para o Campeonato da Europa de setembro de 2025.
Três atletas do Clube – João Rodrigues, Pedro Henriques e Gonçalo Pinto – ficaram inexplicavelmente de fora. João Rodrigues, capitão na conquista do Mundial de 2019, foi informado da exclusão por simples telefonema, numa demonstração de total desrespeito por quem tanto deu à Seleção. Questiona-se: estará esta decisão ligada ao seu regresso ao clube do coração?
Pedro Henriques, após uma das melhores épocas da carreira, é preterido sem qualquer justificação desportiva plausível, numa atitude que parece meramente persecutória.
Já Gonçalo Pinto, titular no último Mundial, vê-se agora afastado sem explicação.
Estas decisões revelam um processo de escolha incompreensível e sem estratégia.
A Federação de Patinagem de Portugal continua a tolerar opções do selecionador que em nada contribuem para o desenvolvimento da modalidade, tratando com amadorismo matérias que exigem profissionalismo e imparcialidade.
Vale a pena recordar aqui o caso da seleção feminina, em que o tempo deu razão às críticas então feitas pelo Benfica.
O hóquei em patins nacional precisa de clareza, estratégia e liderança, tudo o que tem faltado ao atual quadro federativo."
Rui Costa, 'pai' de Di María
"Responsável pelo final da história, o maestro tem a batuta do mercado, poder que só cabe ao presidente em exercício.
O Fideo foi-se. Como num drible, esgueirou-se no Mundial de Clubes, deixou o Benfica e o seu futebol partiu para Rosário. O resto ficou. Não com tantos títulos como clube e argentino desejariam, mas, ainda assim, com legado enorme de um futebolista que tocou o topo do futebol mundial. O rendimento de Di María no Benfica pode ser analisado de várias formas. Ele próprio as lembrou na entrevista aos canais do clube. Por exemplo: se já devia ter sido ele a principal aposta de Camacho e Quique Flores; para onde ia no final de uma época 2009/2010 que ficará para sempre na memória coletiva encarnada como um dos expoentes futebolísticos que o clube teve na sua História; o regresso, sabendo-se que perdera capacidades, mas que aquelas que mantinha fariam — fizeram — a diferença.
Já do ponto de vista emocional nunca houve dúvidas na análise. Di María e Benfica amam-se. Mesmo quando a titularidade foi questionada na opinião de bancada — dúvida justa, porque era questão de gestão física e não de talento — a sua dedicação nunca esteve em causa e a relação com adeptos muito menos. Di María concluiu a sua história de jogador no Benfica, mas leva o clube na pele e na alma, como aqueles que o viram jogar o levarão na memória. E é aqui que a História faz uma curva. Com essa ligação emotiva, Di María levará o Benfica por onde quer que passe, falará dele onde estiver, recordá-lo-á de forma positiva, porque esta foi uma relação de sucesso: como o próprio disse, nem sempre com títulos, mas com felicidade.
Afirmou o Fideo que, quando chegou, Rui Costa tornou-se seu ‘pai’. O maestro acolheu-o e foi, também ele depois, responsável pela parte final da história, em que a crítica, talvez, tenha sido por vezes injusta, olhando mais para aquilo que Di María não deu, em vez do que ainda conseguia dar.
Partindo dali, do retorno do Fideo e agora que está prestes a anunciar decisão de uma recandidatura, Rui Costa terá de usar os melhores argumentos para afastar a oposição até outubro. Um presidente deve ser julgado por todo o seu mandato, mas de entre candidatos, só o maestro teve uma carreira de jogador ao mais alto nível e essa será uma diferença que o ‘pai de Di María’ terá de acentuar. Como? Porque só o presidente em exercício o pode fazer, ganhando o mercado. Convencendo Di Marías e Otamendis (no que toca a qualidade internacional) daquilo que ganham em vir para a Luz, seja qual for a idade. E isso pode não ser o dinheiro que ganhariam noutras paragens, pode simplesmente ser uma história de felicidade. Como aquela do Fideo."
E se corre bem no Europeu?
"A Carolina e a Francisca tinham nove anos quando Portugal participou na primeira fase final de uma grande competição feminina e acredito que espreitaram os jogos na televisão.
Nascidas em 2008, pertencem à primeira geração para quem ver jogadoras portuguesas num Euro é exatamente igual a ver jogadores portugueses num Euro. Com exceção do Mundial-2019, a Seleção Nacional esteve sempre presente nas fases finais: 2017 (Países Baixos), 2022 (Inglaterra), 2023 (Nova Zelândia) e agora 2025 (Suíça).
Em 2017, a Francisca fizera uma época no AMCH Ringe, o clube onde começou Vitinha. A Carolina iniciou a prática do futebol no ano seguinte, também num emblema da Associação de Futebol do Porto, o SC Vilar Pinheiro.
Além da idade, do gosto pelo futebol e das memórias das grandes competições da Seleção Nacional, a Carolina Tristão e a Francisca Castro têm mais em comum: foram colegas no SC Braga em 2023/2024, vestem a camisola das seleções de formação e estiveram juntas em duas fases finais. Na época passada pelas sub-17, na Suécia, há uns dias pelas sub-19, na Polónia.
Aos 16 anos, as internacionais Fátima Pinto e Andreia Norton também estavam a chegar às seleções jovens, mas no caso delas só podiam competir nas sub-19. Em 2012 apenas existia essa equipa de formação. Com a mesma idade, a Carolina e a Francisca participaram em mais de 30 partidas cada uma e começaram nas sub-15.
Para criar memórias mais cedo, o percurso internacional das raparigas é semelhante ao dos rapazes. Treinam-se nos mesmos relvados da Cidade do Futebol, quando é possível estagiam na Casa dos Atletas. Tudo igual. Sem surpresa, começam a aparecer resultados do investimento.
Empréstimos são incentivados
Quando a Carolina e a Francisca chegaram aos clubes só havia em Portugal cerca de 9 mil federadas, em 652 equipas, dois terços das quais de formação. Hoje são mais de 20 mil, incluindo o futsal.
Parece bom, mas é curto se comparado com países europeus que descobriram mais cedo o futebol feminino.
O baixo número de federadas tem limitado a construção de competições nacionais adequadas na formação. As raparigas jogam com rapazes, depois em taças nacionais e torneios interassociações. Há vários anos que a FPF comparticipa treinos pelo país e a Festa do Futebol Feminino estimula a relação entre clubes e escolas
As jogadoras mais dotadas sobem cedo ao escalão sénior e competem pelas equipas B na II Divisão ou espalhadas pela III Divisão, no clube da sua terra.
Os quadros competitivos receberam sucessivas afinações na última década, assim como as regras. Os empréstimos são incentivados, as mais novas devem jogar. Carolina Santiago foi do Sporting para o Valadares, aos 18 anos, e tornou-se uma das figuras da Liga BPI e da seleção que atingiu as meias-finais no Euro sub-19.
A imposição de limites de inscrição por plantel obriga a optar. Carolina Correia saiu do Benfica onde jogava pouco, afirmou-se no Torreense, ganhou a Taça de Portugal e foi escolhida por Francisco Neto para o Europeu na Suíça.
Liga BPI com 10 equipas
Em 2024/2025, uma equipa terminou a Liga BPI sem pontos e outra, pelo que é público, não conseguiu o licenciamento. A alteração de formato decidida em março de 2024 foi acertada. Com dez clubes teremos maior competitividade e quase total profissionalismo das jogadoras.
A FPF tem investido cerca de quatro milhões de euros por época para tentar nivelar o que é desequilibrado à partida. O crescimento de Torreense, Valadares e Marítimo parece dar razão à aposta.
Se se confirmar a manutenção do Famalicão, a Liga BPI terá oito clubes que também estão nas competições profissionais masculinas: Benfica, Sporting, SC Braga, V. Guimarães, Famalicão, Rio Ave, Torreense e Marítimo. As exceções serão o histórico Valadares, uma potência na formação feminina, e o Racing Power, clube apenas com equipas femininas.
O calendário foi construído de forma a garantir o número mínimo de jogos indispensável ao crescimento das jogadoras — reforçando a Taça da Liga — e ao mesmo tempo preservar as que competem nas seleções e provas europeias.
Melhorar o produto
Na segunda divisão, pela última vez com 16 equipas (serão 12 em 2026/2027), entrarão o FC Porto e as equipas B de Benfica, Sporting e SC Braga. Aliás, é bem provável que Carolina e Francisca se reencontrem. Estrearam-se este ano nas equipas secundárias, na próxima temporada serão apostas certas. Das colegas que estiveram na Seleção sub-19, oito já têm minutos na Liga BPI.
Pela primeira vez haverá em Portugal uma terceira divisão com 12 equipas e um quarto escalão aberto.
A qualidade de jogo subiu, compete-se em relva e existe VAR. As condições para as jogadoras são hoje muito melhores do que há cinco ou dez épocas. As equipas técnicas e staffs cresceram. Mas o acesso aos estádios principais é escasso, os jogos são nas academias ou longe de casa. O exemplo do Sporting de Braga, que seguiu a tendência europeia de construir um segundo estádio para o feminino, é para já único em Portugal.
Jogada em estádios pequenos, com pouco público e transmissões modestas, a Liga BPI precisa de crescer mais depressa agora que encontrou o número certo de clubes.
O ciclo é conhecido, tem sido trabalho diário de muitos: melhorar o produto, conseguir mais espectadores e fãs, conquistar outros patrocinadores relevantes, logo obter receitas que permitam investir mais.
Ao contrário do que sucede com os homens, os direitos estão centralizados na FPF, o que poderá permitir, a curto prazo, a comercialização embora não seja de esperar um valor que vire o tabuleiro."
O golo que tardou a surgir
"Nené revelou enorme paciência e confiança ao longo da sua carreira, o que foi fundamental para o seu sucesso
Quanto mais novos somos,
menos paciência temos.
Durante a juventude,
quer-se tudo o mais rapidamente possível. Com os anos,
vamos aprimorando a paciência.
Diz-se que é uma virtude, porque
a sua ausência pode levar à frustração. No futebol de formação, é
transmitido aos jogadores que a
sua evolução é particular, pois as
comparações podem levar à descrença nas suas capacidades.
Nené, aos 17 anos, revelava já
enorme paciência. Em fevereiro
de 1967, ingressou no Benfica
e, ao contrário da maioria, não
demonstrou pressa em estrear-
-se pela equipa de honra: “Tenho
idade de júnior e devo jogar dois
anos nessa categoria. Ainda bem
que vim cedo para me poder
ambientar à nova vida, antes de
ser chamado a maiores responsabilidades.”
Mesmo nessa categoria, teve
de aguardar alguns meses para
realizar a sua primeira partida
oficial pelos encarnados. “Interrompido há várias semanas,
devido a inquéritos e recursos
apresentados por vários clubes
concorrentes”, o Campeonato
Nacional de Juniores regressou
apenas em 11 de junho. Nené
não esmoreceu e preparou-se
para esse momento. Frente ao
Olhanense, o avançado encantou: “Alto e bem ginasticado, com
um pé direito que operou ontem,
claro, maravilhas, em dribles
com simulação do corpo, se progredir poderá ser um caso muito
sério dentro de pouco tempo.”
A sua exibição foi coroada com
um golo, que fixou o triunfo em
3-0.
Na temporada seguinte, foi
um dos elementos-chave para a
conquista do Campeonato Nacional júnior. Na final, frente à Académica, quando as equipas ainda
se encontravam empatadas a
zero, construiu um lance de
enorme maturidade e, “com uma
calma impressionante, marcou
o primeiro golo” do encontro,
embalando a equipa rumo à vitória por 2-0.
As suas prestações proporcionaram que se estreasse pela
equipa de honra dos encarnados
no início da época 1968/69. No
entanto, ainda não estava estabelecido nessa categoria, alternando entre participações em
juniores, reservas e honra, situação que se manteve na temporada seguinte.
Na época 1970/71, foi promovido definitivamente à equipa de
honra, ganhando um lugar no
onze benfiquista e tornando-se
cada vez mais influente no processo ofensivo dos encarnados.
No entanto, os avançados vivem
dos golos, sendo apontado muitas vezes o número de tentos que
marcam para medir a sua qualidade. Tinham-se passado dois
anos, e Nené continuava sem ter
marcado nenhum golo em jogos
oficiais no principal escalão.
Apesar de a pressão ir aumentando, o avançado permanecia
paciente e convicto de que o seu
momento ia chegar. Em 31 de
outubro, frente ao Tirsense, Nené
foi um dos jogadores que mais se
destacaram, “o grande impulsionador do ataque benfiquista,
usando a rapidez de movimentos, sempre em jogo e pondo em
jogo os companheiros com cruzamentos e aberturas das quais
resultaram golos”. A goleada por
7-0 teve intervenção direta do
avançado, ao contribuir com o
seu primeiro golo, o terceiro da
equipa. O jejum estava quebrado!
Saiba mais sobre este magnífico jogador na área 23 – Inesquecíveis, do Museu Benfica –
Cosme Damião."
António Pinto, in O Benfica
De luxo
"Depois de uma Liga dos Campeões muito bem conseguida,
que nos proporcionou momentos empolgantes, também o
novo Mundial de Clubes da FIFA
nos está a mostrar um grande
Benfica.
A partida de estreia, contra o
Boca Juniors, teve circunstâncias muito específicas, desde
logo uma arbitragem deplorável, que estragou o espectáculo
e impediu a nossa equipa de
colocar em campo a sua manifesta superioridade.
A goleada ao Auckland City,
pela expressão que teve, talvez
não fosse tão fácil como na
altura se fez crer, e o empate
que os neozelandeses obtiveram na última jornada demonstra-o. Por fim, uma vitória histórica diante do colosso Bayern
Munique, algo que em 13 partidas oficiais anteriormente disputadas nunca lográramos
alcançar. Balanço: 7 pontos e
1.º lugar do grupo.
Se os alemães estavam já qualificados, e de início deixaram
algumas das suas principais
jóias no banco de suplentes, na
2.ª parte, vendo-se em desvantagem, puseram a carne toda no
assador e buscaram incessantemente o golo que lhes permitisse, pelo menos, empatar o
jogo e vencer o grupo. Foi então
a vez de o Benfica mostrar o seu
carácter, a enorme solidariedade entre os seus jogadores, e
segurar com unhas e dentes o
precioso triunfo. Não podendo
deixar de sublinhar aqui, também, a estrondosa exibição de
Trubin – muralha amarela que
tudo deteve.
Agora teremos pela frente o
Chelsea. Outro velho conhecido
a quem nunca ganhámos. Mais
uma oportunidade para escrever história.
Além do (muito) dinheiro envolvido, este Mundial de Clubes é
uma montra dourada para o
futebol internacional, tendo
grande visibilidade não só na
Europa mas também, e sobretudo, nos outros continentes. Chegar aos oitavos-de-final já é
deveras prestigiante. Atingir os
quartos seria colocar o Benfica
nas bocas do mundo.
Vamos a isso!"
Luís Fialho, in O Benfica
O jogo da rua
"É o futebol, sem dúvida, o grande jogo da rua que marca a
infância e a juventude de todos,
praticamente em toda a parte e
há mais de um século. Não é
pouca coisa isso, porque a rua
foi, e ainda é, mesmo nas cidades atuais com as suas limitações, um espaço de encontro e
interação entre todos: o grande
palco da vida coletiva.
É por isso que tem tanto valor
para melhorar a coesão social
dos nossos dias e juntar pessoas. Tudo isto a rua e o futebol
têm em comum, tudo isto, portanto, faz do futebol de rua um
poderoso instrumento de
encontro e de lazer, de edificação pessoal e social pelos valores do desporto, e ainda, preciosamente, de união e de fraternidade de que tanto carecemos.
Não é que o futebol vá resolver
tudo, mas cada um faz a sua
parte, e, quando no futebol se é
Benfica, essa parte pode ser
enorme. É por isso que a Fundação Benfica apoia desde a primeira hora a CAIS no seu magnífico projeto de futebol de rua,
adicionando atratividade e
amplificando a sua mensagem
pública com o poder da nossa
querida marca!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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