"A Luz respondeu ao repto. O Lokomotiv de Leipzig foi recebido no inferno e viveu uma noite infernal. Ninguém foi capaz de explicar cabalmente como é que o Benfica não foi além do 2-1 e não deu a volta à eliminatória. Uns falaram de feitiço...
Os benfiquistas regressam frustrados de Leipzig. A despeito das baixas, como Torres e Simões, por exemplo, a derrota ferira-os no fundo da alma. 3-1, ainda por cima.
Frio, neve, potência física dos homens do Lokomotiv: nada disse servia de consolo.
Mas havia a Luz!
Havia sempre a Luz!
Cerca de três meses separaram as duas mãos da segunda eliminatória da Taça das Feiras.
Estranhamente Taça das Feiras. O Benfica não estava habituado a jogar esta prova. Afinal já tinha estado presente em quatro finais da Taça dos Campeões Europeus, vencendo duas.
Mas era preciso competir.
E virar o resultado, em Lisboa.
7 de Março de 1967.
Os jornais portugueses gritaram: 'Bruxaria!!!'
'Pode não acreditar-se no bruxedo, mas aquilo que aconteceu ontem à noite, na Luz, tem mesmo parecenças com algo que está próximo do sortilégio. Uma equipa - o Benfica - jogou que se fartou, ao nível das suas gloriosas e sempre recordadas jornadas europeias; exerceu avassalador domínio territorial que chegou a causar aflição; deu trabalho ao guarda-redes Weigang que chegava para toda a árvore genealógica da sua família; marcou dois golos (por Eusébio... quem havia de ser?), um dos quais de penalty e outro de cabeça quando faltavam dois minutos para o final do emocionante encontro. Já os alemães lá do Leste, em vez da sabedoria das suas universidades, trouxeram o feitiço com eles. Na sua bagagem veio o dr. Fausto. Não pôde ser outra coisa!'
Eusébio, sempre Eusébio!
À frustração de Leipzig, juntou-se a frustração da Luz.
Aos 1-3 de Leipzig, apenas 2-1 em Lisboa.
E o Benfica ficava de fora, logo à segunda eliminatória.
'O Lokomotiv devia ter regressado com um comboio de golos!'
Não levou.
Uma tristeza tomou conta da noite.
Frenzel, que já fora uma dor de cabeça no jogo de lá, marcou o golo, alemão aos 35 minutos, na altura dando o empate.
Bem se lançou o Benfica para a frente, sem contemplações.
José Augusto, Coluna, Iaúca, Eusébio, Simões e Nélson formaram uma espécie de 1-5 no ataque.
Ataque, ataque, ataque e ataque! Erros de mr. Syme, inglês, o árbitro.
Erros que enervaram os adeptos ao ponto de lhes fazer comichões na sangue.
A certa altura apontou uma grande penalidade por falta de Pfeufer sobre Raul. Baralhou-se. Voltou atrás e decidiu que seria canto.
Assobios para juiz e para o ferrolho alemão.
O Lokomotiv enfiou a locomotiva em frente da baliza.
Lutavam como podiam, com um companheirismo inexcedível. Era o que tinham para dar.
Era o 'Salve-se quem puder!'
Mas os encarnados falhavam oportunidades umas atrás das outras.
E os homens de Leipzig salvaram-se.
Agora que outro Leipzig regressou à Luz, fica a memória.
A memória que, como dizia Iva Delgado, nunca prescreve.
Não a deixemos prescrever. Mesmo a memória que dói."
"Iniciou mal a época, mas acabou a celebrar a vitória na Taça de Portugal.
Ao longo da sua carreira, Arsénio teve de enfrentar vários desafios. Era um avançado de competição física baixa e magra, oposta aos jogadores da sua posição, o que poderia fazer com que fosse 'presa fácil' para os seus adversários. No entanto, Arsénio superava essas fragilidades com uma capacidade 'muito sua de 'desaparecer' aos seus marcadores e aparecer dentro da 'área da verdade', sempre na melhor posição e a tempo e horas de marcar golos', e pelo 'seu engodo pela baliza, a sua facilidade de pontapé, o seu à vontade na grande área, (que faziam) dele um dos melhores 'pontas-de-lança' do nosso futebol'.
Contudo, a época 1950/51 não corria de feição nem a si nem ao Benfica. Os 'encarnados', à 18.ª jornada do Campeonato Nacional, ocupavam a 8.ª posição, a 13 pontos do líder da competição, o Sporting. A derrota frente ao Sporting da Covilhã fez 'soar os alarmes'. A imprensa teceu duras críticas à prestação de certos jogadores, 'os elevados sacrifícios da equipa perderam-se na ineficácia de alguns elementos'. Arsénio encontrava-se entre os visados, 'foi um elemento nulo em todo o encontro' e 'fartou-se de perder boas aberturas dos companheiros'. Habituado a vencer as dificuldades, deu a volta às críticas ao apontar 15 golos em oito partidas. A sua prestação permitiu que os 'encarnados' subissem na tabela classificativa e terminassem no 3.º lugar do Campeonato Nacional, num percurso invicto até final da época.
As exibições do avançado encantaram adeptos a imprensa, com destaque para o jogo frente ao Estoril, em que marcou cinco golos. 'Proeza na realidade muito bonita, a justificar parangonas e festejos, a querer, enfim, dizer que o pequeno avançado do Benfica está a chamar atenções sobre si. Por duas vezes - com interrupção, apenas, de um domingo - Arsénio faz brilharetes... É preciso começar a olhar para ele com mais cuidado'.
Com a atenção captada, o avançado transportou a boa fase para a Taça de Portugal. Apesar de não ser o tipo de jogador de elevada qualidade técnica ou protagonista de lances soberbos, o seu magnífico sentido de oportunidade tornavam-no letal, 'óptimo a espreitar ocasiões de remate... e de golos'. Marcou em todas as eliminatórias e foi decisivo para que o Benfica terminasse a época da melhor forma, com a conquista da prova rainha, na qual foi o melhor marcador da equipa, com 10 golos.
Saiba mais sobre este brilhante avançado na área 23 - Inesquecíveis do Museu Benfica - Cosme Damião."
"À Benfica! Foi, sem margem para dúvidas, um grande fim de semana para o nosso Clube, repleto de triunfos, alguns dos quais decisivos para a conquista de troféus. O ecletismo tem, no Benfica, um dos seus expoentes máximos a nível mundial, com cerca de uma vintena de modalidades e sem distinção de género.
Começando pelos troféus, foram quatro as taças a darem entrada no Museu Benfica – Cosme Damião, todas galhardamente conquistadas por equipas femininas: Supertaças de futsal e polo aquático; Torneio de Abertura da APL de hóquei em patins; Taça Vítor Hugo no basquetebol (o primeiro título benfiquista ao mais alto nível).
Nos homens, mais concretamente no futebol, além do triunfo ante o Vitória de Setúbal, atingimos o pleno de vitórias na formação. No vólei, vencemos o I Torneio Internacional de Voleibol, disputado no nosso pavilhão n.º 2. Derrotámos, na final, os espanhóis do Almeria. No andebol, obtivemos um triunfo na deslocação ao reduto do Águas Santas, numa partida a contar para o Campeonato Nacional. Em basquetebol, conseguimos deixar uma boa imagem, apesar da eliminação, na visita ao Mornar, do Montenegro. A vitória por 11 pontos foi insuficiente para garantir o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões de Basquetebol e seguir-se-á a participação na FIBA Europe Cup. E, finalmente, a nossa equipa de futsal venceu, por 4-3, o Sporting, na 4.ª jornada da Liga Placard.
A sempre saborosa vitória num dérbi, nomeadamente numa modalidade como o futsal que tem sido dominada, desde há largos anos, por Benfica e Sporting, foi importante e significou o regresso à liderança dos campeões nacionais em título, mas não é, para já, determinante.
Tal como Joel Rocha já havia dito no lançamento da época, falar do Bicampeonato Nacional é ainda prematuro, uma vez que as decisões do título só serão em Maio/Junho de 2020. “Até lá temos objectivos concretos, títulos e competições pela frente em que queremos chegar às finais e vencer. Depois, sim, pensar no Campeonato Nacional, tudo iremos fazer para o conquistar novamente, porque queremos mais, para o Benfica e pelo Benfica”, vincou.
Foi para isso que chegaram também os reforços André Sousa, Fernando Drasler e Célio Coque, para ajudar um grupo já de si muito forte e coeso a conseguir mais relativamente a 2018/19. Além do Campeonato, há uma Liga dos Campeões, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga por disputar e a ambição é grande, pois só assim pode ser para quem trabalha diariamente e veste a camisola do SL Benfica.
No que toca à Formação, refira-se que os atletas André Correia (6.ª época) e Afonso Jesus (3.ª época) são os nomes que permanecem no grupo de elite dos seniores. Cristiano, Silvestre Ferreira, Tiago Fernandes, Jacaré e Bruno Graça são valores que estão a evoluir em equipas da 1.ª Divisão e os Sub-20 contam com Pedro Martinho (8.ª), Martim Figueira (7.ª), Diogo Furtado (7.ª) Edmilson Sá (7.ª) e Rúben Teixeira (6.ª) como os mais conhecedores da realidade encarnada, sempre importante na hora de passar a mensagem a quem chega de novo. #PeloBenfica"
"Há coisa de uma semana, a direcção do clube decidiu aumentar substancialmente os salários dos administradores da SAD. O próprio Varandas veria a sua remuneração subir de 188 mil para 273 mil euros anuais. Isto só não foi para a frente porque um grupo de accionistas contestou a decisão e – fosse por pudor, fosse por prudência – os gestores “abdicaram” do aumento.
O Sporting Clube de Portugal vive um momento particularmente delicado da sua história. Não vence a principal competição nacional há demasiados anos para uma equipa do seu nível e o estatuto de “grande” do futebol português começa a ficar ameaçado. Em poucas semanas, a equipa de futebol teve no comando três treinadores diferentes e a instabilidade deve tornar o ambiente interno dificilmente respirável.
Antes da partida de ontem à noite, nos últimos cinco jogos somava quatro derrotas e um empate. Foi neste contexto pouco brilhante que o presidente do clube, Frederico Varandas, deu uma entrevista à SIC para tentar travar a contestação. Compreende-se que Varandas não pudesse aparecer cabisbaixo e tristonho, mas a sua postura algo emproada, de quem vem dar lições, também é pouco adequada ao momento que o clube (e ele próprio) atravessa.
Desta entrevista retive duas passagens. Na primeira delas, o dirigente falava das “minorias que preferem o caos e outros dividir para reinar”, chamando-lhes “burros” – quando ele próprio tem contribuído e de que maneira para a falta de estabilidade. Na segunda, declarava que o “Sporting é um clube com rigor, muito melhor financeiramente do que há um ano”.
Esta referência ao “rigor” merece um comentário. É que, há coisa de uma semana, a direcção do clube decidiu aumentar substancialmente os salários dos administradores da SAD. O próprio Varandas veria a sua remuneração subir de 188 mil para 273 mil euros anuais. Isto só não foi para a frente porque um grupo de accionistas contestou a decisão e – fosse por pudor, fosse por prudência – os gestores “abdicaram” do aumento.
Que os administradores tenham decidido em causa própria já seria motivo de estranheza. Que isso se passasse numa altura em que o passivo da SAD atingiu o maior valor de sempre só piorava as coisas. E os resultados desportivos recentes da equipa de futebol tornavam o aumento simplesmente escandaloso. Como é que Varandas ainda pode falar de rigor?"
"Já houve quatro jogadores alvo de revisões do painel disciplinar do Mundial por causa de placagens altas, dirigidas à cabeça, ou feitas apenas com o ombro. Três foram suspensos por três jogos, o outro não porque Will Hooley, americano que sofreu a placagem, não a considerou perigosa. Mas há quem se queixe de os árbitros estarem a ser demasiado castigadores contra cargas demasiado elevadas ou, como disse Michael Hooper, capitão da Austrália, de estarem a punir quem leva com "uma técnica de placagem horrível"
Para quem pouco o vê, apenas arranha a superfície das regras ou não sabe, ao certo, como se joga, o râguebi pode parecer um sinónimo de tudo ser permitido. São 15 brutamontes a colidir uns contra os outros, que têm anos em cima a muscular o corpo e dar a força e a proteção possíveis contra um jogo em que o contacto, mais do que inevitável, é quase obrigatório.
A única maneira de parar quem tem a bola é placá-lo.
Usar o peso, o tamanho, a força e o aglomerado de músculos que tenho para me agarrar ao outro, certamente não tímido em tamanho, derrubá-lo para a relva e pará-lo na marcha. Mas, claro, com regras, que não são poucas e contrariam a ideia de que o râguebi parece ser só bater de frente e pronto.
Se assim fosse, a carga agressiva de Piers Francis contra Will Hooley, aos sete segundos do Inglaterra-EUA, logo após o pontapé de ressalto, teria sido uma mera e casual pancada. Apenas uma bruta placagem em que o centro inglês apagou o defesa americano e, por acaso, lhe tirou os sentidos e o fez acordar já na maca, a ser levado para fora de campo.
O jogo seguiu, a memória de Hooley sofreu uns buracos, recorda-se de acordar na maca, de pensar “que bom” por o drop de arranque ir na sua direção - “Entro cedo no jogo”. Voltou ao campo, “não [guardou] rancores” contra Francis, que quis “começar o Mundial em estrondo e foi exatamente isso que fez”. O defesa americano, que na verdade é inglês e naturalizou-se via descendência da avó, “contrariamente à crença popular”, não considera ter levado uma pancada na cabeça.
- “Acreditem em mim, nós sabemos quando isso acontece. Se foi alguma coisa, o contacto pareceu ter sido contra o meu ombro”.
Hooley recusou prestar um depoimento ao Painel de Disciplina do Mundial e concordou com a decisão de não aplicar uma suspensão a Francis. “Fiquei contente”, garantiu, sabendo nós da sua felicidade porque, em plena competição, escreve artigos para o “The Guardian” e atesta à fabulosa liberdade que ainda resiste no râguebi e gera aversão em muita gente de outras modalidades.
O americano é uma raridade por tempo e disposição ter para escrever em pleno Campeonato do Mundo, por ter sido varrido brutalmente, continuado a jogar e, depois, por ter levado outra violenta pancada, aos 78 minutos, essa na cabeça, de Mark Wilson, que fez o que a primeira não causou. Obrigou-o a ir para o hospital e levou-o a apontar uma crítica: “É difícil ignorar a inconsistência de algumas decisões [de arbitragem]”.
Em ambas as pancadas que levou, o árbitro não reviu a jogada, nem perguntou a opinião do vídeoárbitro (TMO - Television Match Oficial), ao contrário do que fez mais tarde, quando John Quill projetou o ombro contra a cara de Owen Farrell e o deixou “sem bocados do nariz”. O jogo parou, a arbitragem viu as repetições e o americano foi expulso.
(ver o vídeo em baixo a partir do 1:32)
Antes de Will Hooley ser um alvo para placagens demolidoras e de Owen Farrell ser abalroado por um ombro de apontado à cara, existem as tais regras.
Não se pode placar um jogador que esteja no ar; não é permitido placar alguém acima do nível dos ombros; um placador deve envolver sempre os braços no adversário e cair com ele; jamais pode ir contra quem tem a bola com os braços para trás, sem intenção de o ‘abraçar’.
Depois, vêm os vários fautores de mitigação, como a World Rugby lhes chama, que podem atenuar as consequências quando há acima do ombro e a equipa que os comete apenas é castigada com uma penalidade ou cartão amarelo, em vez de uma expulsão directa para o jogador infractor.
Na terça-feira, finda a primeira jornada da fase de grupos e antes do Inglaterra-EUA, os árbitros presentes no Mundial fizeram uma mea culpa, em comunicado: “Os árbitros reconhecem que as prestações não foram consistentes com os standards definidos por eles e pela World Rugby”.
Em parte, porque Reece Hodge, o ponta australiano, escapara a um cartão vermelho quando o julgamento popular o considerou merecedor de um, contra as Fiji, quando foi apenas amarelado e disse “não ter conhecido das regras novas”. Como Rey Lee-Lo e Motu Matu'u, ambos da Samoa, que foram suspensos por três jogos pelo painel de disciplina do Mundial após, também, não terem visto cartões vermelhos por placagens altas.
O rigor dos árbitros tem-se aplicado, igualmente, às cargas de quem corre bom bola. No domingo, Samu Kerevi esticou o braço contra o pescoço de Rhys Patchell, que o abordou de frente, sem grande flecção de joelhos e com os apoios sem amparo.
O centro australiano embateu de frente no abertura galês e, ao empurrá-lo, acertou meio com o cotovelo no adversário, que não se queixou da carga.
O árbitro apitou uma penalidade contra a Austrália o capitão, Michael Hooper, deu-lhe a opinião. "Portanto, já não podemos correr contra placagens? Foi apenas uma técnica de placagem horrível", disse, com a queixa a ser audível pelo estádio e transmissão televisiva fora. Sam Warburton, o já retirado galês, que capitaneou a selecção no último Mundial, tão pouco viu qualquer falta, defendendo que a carga de Kerevi se deveu "apenas à forma como ele carrega a bola".
Questionado sobre a carga, um desolado Kerevi disse que, "vendo a direção" que o râguebi está a tomar, "mais vale" juntar-se "à NRL no próximo ano", aludindo, com maior ou menos pitada sarcástica, ao campeonato australiano de Rugby League, outra variante de râguebi, em que não há rucks, apenas seis placagens são permitidas por cada posse de bola e o contacto físico entre brutamontes a sprintarem é limitado para (suposto) bem do espectáculo.
Ver matulões a colidirem, caírem, erguerem-se e repetirem o processo, uma e a outra vez, tem cada vez mais limites à mistura. E, com mais regras, está a aparecer mais polémica."
"A propaganda do Porto investiu forte na extrapolação dos processos e-toupeira e e-mails. Criou a ideia pretendida: para esta época o Benfica não pode ser campeão porque isso significaria a impunidade... de quem afrontou os membros do Conselho de Arbitragem conotados com o Porto! O Benfica tem ziguezagueado entre um convívio institucional com os poderes de facto - ilícitos - do futebol e a sua denúncia e combate incondicionais. Ora somos a referência do futebol que temos, ora, quando prejudicados, queremos ser a referência do futebol que gostaríamos de ter. É demasiado ambíguo este posicionamento porque permite ao bloco de influência constante do Porto reforçar posições e poderes. A continuidade em funções de Carlos Xistra, o fim de carreira de Jorge Sousa (com total liberdade de actuação), a ascensão de Tiago Martins e Luís Godinho, a regência de Soares Dias, com tutela sobre Rui Costa, Vasco Santos e Luis Ferreira são sinais de uma influência arbitral que já está a marcar a competição. E vai continuar a fazê-lo. Isto acontece porque o Presidente do Conselho de Arbitragem se apresenta manietado, na secção profissional, por maiorias formadas por Paulo Costa e Bertino Miranda. Este exército tem um poder de fogo assinalável e consegue, entre apitos e comunicações à distância, moldar o jogo, através da interpretação das suas regras. O VAR tem sido, essencialmente, mais um instrumento de coação sobre uma arbitragem independente do que um apoio à verdade desportiva. Aparentemente, o Benfica está acantonado na denúncia "pós-erro" e comunicação para os seus adeptos. Pergunto se não será altura de interpelar a A.F. de Lisboa e questionar o seu papel em defesa do futebol junto da FPF. No limite, a transposição das ocorrências para o processo penal. A proliferação de portistas em lugares chave da FPF e da Liga leva a que os erros da arbitragem e da disciplina se cristalizem em suporte a novos erros (vide o mea culpa de Vasco Santos enquanto catalizador de novos erros). O Benfica isolado contra tudo e contra todos revela-se insuficiente para contrariar este poder. Ainda para mais com campanhas de fragilização do seu Presidente, do seu treinador, da sua legitimidade de campeão. Até a presença dos seus adeptos nos estádios é neutralizada com condições de ingresso discriminatórias. Espero que a pausa competitiva do campeonato sirva para que o Benfica reflicta sobre a sua comunicação institucional, o seu posicionamento na Liga, a sua intervenção associativa na A.F. Lisboa e FPF. O Benfica dentro de campo e fora dele não está suficientemente forte para dispensar uma táctica de contra-ataque. A estratégia da hegemonia recuperada está a ser contrariada com o tráfico de influências usual. Está na hora de reagir."
"Na Liga #Portoaocolo todos os pormenores contam e nada é deixado ao acaso. Para os mais atentos, facilmente se percebe a prática comum dos tempos de compensação dos jogos do FC Porto serem atribuídos de acordo e em função do resultado do jogo. É um tema que abordaremos brevemente e que reitera um padrão por demais evidente.
Exemplos de tempos de compensação desproporcionais quando o resultado é desfavorável, não faltam. Mas o inverso também acontece, como prova este jogo de Vila do Conde.
Só para análise VAR ao lance do golo anulado ao Rio Ave FC foram utilizados cerca de 5 minutos, tendo o árbitro da partida Nuno Almeida, numa altura em que a equipa da casa pressionava em busca do empate, concedido apenas 6 minutos de compensação, num jogo que para além deste acontecimento, teve ainda 6 substituições e diversas paragens.
Ainda no tempo de compensação, o jogador do FC Porto, Pepe, obrigou a uma paragem superior a 40 segundos por alegada limitação física...Nuno Almeida assinalou o apito final a 2 segundos de cumprir os 6 minutos (já de si curtos) atribuídos. Qual a razão para tanta pressa?
Os tempos de desconto à medida são uma situação padrão e não um caso meramente isolado, basta analisar e comparar com o jogo da jornada anterior, onde o #Portoaocolo conquistou os 3 pontos aos 98´.
Também por aqui se desvirtua (e muito) a verdade das competições. Para a Torre das Antas, tudo conta!"
"A falência do futebol Português comprovada no mesmo fim de semana em dois lances iguais.
Num, a favor do Calor da Noite, é falta e amarelo para o jogador que faz a falta.
Noutro, a favor do Benfica, é...nada.
Impossível lutar numa competição onde as decisões dos árbitros são tomadas de forma tão descaradamente tendenciosa e criminosa a favor de um clube.
Não chega disto? Não estão enojados? O que é demais cheira mal. Quanto tempo permanecerá mais Fontelas Gomes à frente do CA? Quanto tempo mais vão permitir a esse ex-árbitro de futebol de praia andar a prestar este serviço nojento à arbitragem e ao futebol Português?"
O que se passou na Luz é demasiado grave para ter sido completamente 'lavado em lixívia' pelos habituais avençados jornaleiros!!! A encomenda foi por demais evidente, não houve incompetência, nem 'azar', houve premeditação clara...! E a prova daquilo que estou afirmar, nem foram os lances mais 'gravosos': o Amarelo ao Ody, e a mentira descarada no relatório, provam má-fé... Se foi 'comprado' ou 'intimidado' a comportar-se desta maneira, isso já não sei...
Recordo que o Tiago Martins, apitou o decisivo Braga - Benfica da época anterior, onde assinalou bem, dois penalty's a favor do Benfica (apesar de outros erros), e esta época depois do Marítimo - Sporting da 1.ª jornada, nunca mais tinha sido nomeado para os 'grandes' (transformou aquilo que seria uma derrota dos Lagartos nos Barreiros, num empate!), se calhar alguém o 'encostou'!!!
O Bruno Esteves (o VAR) deste jogo, estreou-se nesta jornada nos jogos com os 'grandes'. Curiosamente, o 'ano passado' foi um dos VAR mais utilizados, e na minha opinião um dos 'melhores', mas como 'prémio' ficou 6 jornadas na 'jarra'...
Este tipo de 'intimidações' acabam por ter um efeito igual ao da 'compra' dum árbitro!!!
Os jogadores do Benfica, têm quase sempre um comportamento bastante passivo em relação às decisões dos árbitros. Aliás são 'formatados' para tal... e bem, há bastante tempo!!! Até o Fejsa, 'perdeu' a cabeça com o Lagarto Martins, neste jogo!!!
Foi um conjunto inacreditável de decisões, mesmo na 1.ª parte onde foi mais discreto, mas deixou passar variadas faltas sobre os nossos médios (Pizzi e Gedson principalmente...), algumas muito perto da área do Setúbal... Foi cúmplice no anti-jogo do Setúbal, prometendo dar descontos, e acabou por dar 1 minuto, quando o jogo esteve parado mais de 4 minutos, só na primeira parte!!!
O Semedo devia ter ido para a Rua, por acumulação de Amarelos; o Mansila devia ter levado Vermelho directo, pela entrada sobre o Rafa; o penalty sobre o Rafa é escandaloso, não existe 'carga de ombro', o jogador entra na 'perpendicular', sem intenção de jogar a bola, e coloca o ombro e o braço, no peito do Rafa...; a expulsão do Taarabt é absurda... é uma disputa de bola, dura, admito o Amarelo por negligência, mas nunca o Vermelho...
O Amarelo ao Ody é inacreditável: o Ody levou Amarelo após 10 segundos de 'queima' de tempo, o guarda-redes do Setúbal marcou cerca de 7 pontapés-de-baliza quando estava empatado, e em todos, demorou sempre mais de 15 segundos para pontapear a bola... Sendo que numa jogada onde agarrou a bola, após um cruzamento, ficou com a bola na mão mais de 15 segundos, quando por Lei só o pode fazer por 6 segundos!!!
Impossível ser incompetência...
Pagava, para ouvir as conversas entre o árbitro e o VAR!!! Tenho a ligeira 'suspeita' que o Bruno Esteves, o terá 'avisado' dos erros e ele ignorou-o!!! É só uma suspeita, mas gostaria que me provassem que estou errado!!!
Uma nota ainda sobre o Rafa: neste momento, ninguém sabe se o Rafa vai jogar na Quarta, na Rússia. O 'ataque' ao Rafa é a nova modalidade do Tugão! Gostaria que me provassem que não existe um 'bónus' para quem conseguir lesionador gravemente o Rafa...
Em todos os jogos o Rafa tem sofrido 'entradas' assassinas!!! O facto de não se ter lesionado gravemente é um verdadeiro milagre!!!
ADENDA: Tantas tropelias, que até me esqueci dos minutos de desconto no final da partida: dá 5 minutos, depois decide aumentar mais 2 minutos, sem qualquer justificação para tal... e depois acaba o jogo aos 96, quando aparentemente passou-lhe alguma, vergonha, nos 'ouvidos'!!!
Em Vila do Conde, mais do mesmo:
Corona, devia ter sido expulso aos 55 minutos: 2.ª Amarelo. Não era Vermelho directo, porque não foi de propósito, mas seria 2.ª Amarelo...
Em relação ao golo anulado ao Rio Ave:
A PorkosTV ou o VAR (não faço ideia), tiveram quase 5 minutos, para colocar uma 'linha virtual', no sítio errado!!! Afirmando mentirosamente que o avançado do Rio Ave, estava 64 centímetros em fora-de-jogo, quando não estava!!!
A 'linha' foi colocada no pé do Manafá, quando devia ter sido colocada no pé do Alex Telles... A 'linha' correcta, mostra que os pés do Alex Telles e os pés do Medhi estão 'paralelos', mas como o corpo do Iraniano está inclinado para a frente, até posso admitir que está fora-de-jogo, mas nunca pela distância que foi colocada na televisão...
Sendo que a 'distância' é importante!
Já afirmei aqui, em jornadas anteriores, que esta tecnologia das 'linhas virtuais' está a ser levada demasiado a 'sério'!!! Esta tecnologia tem uma 'margem de erro' que ninguém admite!!!
Em Inglaterra, um adepto, por sua 'conta e risco' calculou a margem de erro, usando 'simples' cálculos matemáticos: com a distância entre frames, a margem de erro é 'pelo menos' de 20 centímetros!!! Isto quer dizer que as linhas virtuais do VAR (o software é mesmo em Portugal e em Inglaterra), não deviam ser usadas para situações com menos de 20 centímetros...
Neste caso especifico, não sabemos e provavelmente nunca saberemos se a 'distância' foi ou não inferior aos tais 20cm, porque ninguém nos vai esclarecer, nem sequer admitir que a 'linha virtual' foi mal colocada!!!
Esta noite na Vila das Aves, tivemos duas nomeações extraordinárias: das duas vitórias desta época do Sporting, o Xistra já tinha estado em Portimão, onde fez uma arbitragem execrável!!! O António Nobre já vai com 3 nomeações para VAR em jogos dos Lagartos (em 7 jogos) e agora com duas consecutivas!!!
O jogo não teve 'grandes' Casos. O penalty 'salvador' é mesmo penalty, curiosamente o ano passado no Sporting - Benfica da Liga (2-4), houve um praticamente igual (creio que sobre o Seferovic), mas nessa altura, praticamente ninguém o 'viu'!!!
Destaco ainda o Dragarto Inácio, treinador do Aves!!!! Sim, até o Inácio, verificou que a protecção que é dada ao Inimputável do Bruno Fernandes é inacreditável!!! O cão raivoso, faz faltas, abre os braços a protestar, e o árbitro marca falta a favor do Sporting!!! Sim, isto acontece... em todos os jogos!!!
Enquanto no Benfica, o nosso jogador mais desequilibrador anda a ser 'caçado' impunemente em todos os jogos... nos Lagartos, ninguém pode tocar a 'prima-dona'!!! E até o anti-Benfiquista primário Inácio, vê isso...!!!
Anexos (I): Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(5-0), M. Oliveira (L. Ferreira), Prejudicados, (6-0), Sem influência
2.ª-B SAD(f), V(0-2), Veríssimo (Xistra), Prejudicados, (0-4), Sem influência
3.ª-Corruptos(c), D(0-2), Sousa (Almeida), Prejudicados, Impossível contabilizar
4.ª-Braga(f), V(0-4), Almeida (Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (1-4), Sem influência
5.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Pinheiro (L. Ferreira), Nada a assinalar
6.ª-Moreirense(f), V(1-2), Soares Dias (Mota), Nada a assinalar
7.ª-Setúbal(c), V(1-0), Martins (Esteves), (2-0), Sem influência
"No momento em que se pode fazer o balanço das sete primeiras jornadas do campeonato da Primeira Liga, para além da melhoria da qualidade e competitividade da maioria das equipas, um outro dado voltou infelizmente a estar em destaque: a existência de diversos erros incompreensíveis, sempre a favorecer a mesma equipa.
Decisões, nos jogos com Vitória de Guimarães, Portimonense e Santa Clara, tão evidentes e tão claras, que mais escandalosas se tornam quando se verifica que o próprio VAR conseguiu não ver o que toda a gente viu. Erros que valem pontos e erros que, a exemplo do ano passado, vêm das mesmas equipas de arbitragem que permitiram que o FC Porto fosse beneficiado em pelo menos dez pontos.
Mas os sinais preocupantes aumentaram muito este fim de semana com aquilo a que se assistiu na Luz: uma dualidade de critérios chocante com factos que importa questionar.
Qual o motivo por que Odysseas foi admoestado com um cartão amarelo num primeiro lance de suposta demora na reposição da bola em jogo e o guarda-redes do Vitória de Setúbal, em pelo menos seis reposições demoradas, não o foi?
Qual o motivo para a expulsão de Taarabt e o mesmo não ter acontecido num lance muito mais indiscutível como foi o da entrada faltosa sobre Rafa?
Qual o motivo para o prolongamento do tempo adicional?
E qual a justificação para a grande penalidade sobre Rafa não ser assinalada, bastando ver o que se passou no V. Guimarães – Paços de Ferreira, onde o juízo ao lance que dá a marcação da grande penalidade foi correctamente outro?
Mas o pior ainda estava por vir...
Fomos ontem confrontados com a informação de que o árbitro do encontro terá escrito no seu relatório ter sido atingido por uma moeda que lhe terá provocado um hematoma.
Ora esse facto é de enorme gravidade. Porque, tal como as imagens podem comprovar, essa informação é falsa, até porque, pelo que se vê, nem sequer o árbitro foi atingido, nem em momento algum houve qualquer tipo de reacção compatível com essa denúncia existente no relatório.
Inventar supostas agressões com uma moeda de cinco cêntimos, causadoras de hematomas, envergonha uma classe em que existem excelentes profissionais que todos os fins de semana, em vários campos do País, têm de enfrentar, aí sim, por vezes momentos de enorme tensão.
Importa que, de uma vez por todas, o Conselho de Arbitragem assuma as suas responsabilidades.
A invasão do centro de treinos da Maia e as constantes ameaças e coação sobre árbitros e seus familiares levaram a que, no deve e haver, no final da época e em tempos de balanço, uma equipa seja sempre a beneficiada.
Esta época, pensem bem, com quem aconteceram erros que, por unanimidade, se reconheceu serem difíceis de entender? E quem foi sempre beneficiado nessas situações?
A paragem do Campeonato que seja aproveitada para uma profunda análise e reflexão. O pior que poderia acontecer seria, para além de uma equipa ser beneficiada, agora, no nosso caso, termos arbitragens que qualquer observador independente reconhece ter critérios difíceis de entender. E – só faltava – com relatórios com informação ficcionada e a existência de segundas moedas inventadas.
P.S.: Este fim de semana ficou marcado por muitas vitórias das nossas equipas, em particular as femininas, cuja inegável competência e habitual empenho inexcedível foram determinantes para a conquista de quatro troféus, que se seguem ao brilhante triunfo na Supertaça de futebol há três semanas.
As nossas futsalistas, que ganharam todos os troféus nacionais em disputa nas últimas três temporadas, acrescentaram mais uma Supertaça ao palmarés benfiquista, vencendo o Novasemente. No hóquei, as heptacampeãs nacionais derrotaram o Sporting por 6-0, garantindo mais um Torneio de Abertura da Associação de Patinagem de Lisboa. No Polo Aquático, a época começou como a anterior, com a vitória na Supertaça, dando o primeiro passo para repetir o triplete conseguido na temporada transacta. E, finalmente, no basquetebol, o triunfo na Taça Vítor Hugo tratou-se do primeiro título conquistado ao mais alto nível pelo Benfica.
O Benfica afirma-se, cada vez mais, como o clube português que mais aposta e mais sucesso tem na vertente feminina do desporto, cuja tendência de crescimento, a nível mundial, quer ao nível de praticantes, quer de espectadores, é sobejamente conhecida."
"1. Terminou ontem uma bela semana de Benfiquismo, com assobiadela monumental no final de jogo da Taça da Liga, tarjas de protesto no Seixal e Vieira a agredir um sócio na AG... se um marciano aterrar hoje em Lisboa, vai pensar que o Glorioso não é campeão há 18 anos e está falido.
2. Tiago Martins falsificou o relatório do Benfica - Vitória, escrevendo que ficou com um hematoma por ter sido atingido por uma moeda, atirada por adeptos do Benfica... não coloco em causa o hematoma, mas pela forma como conduziu o jogo, se recebeu algumas moedas, certamente não foram enviadas por benfiquistas.
3. O Benfica venceu ontem o Sporting por 4-3 em jogo a contar para o Campeonato de Futsal... contudo a grande notícia é que ninguém agrediu Miguel Albuquerque.
4. Luís Filipe Vieira vai liderar a comitiva do Benfica a St. Petersburg... depois da habilidade de 6ª feira à noite e com uma paragem competitiva à porta, é possível que ele aproveite a viagem à Rússia para fazer uma peregrinação a Volgograd.
5. Devido à violenta entrada de Mansilla no tornozelo do Rafa durante o Benfica - Vitória, que apenas foi sancionada com cartão amarelo, o extremo ribatejano está em dúvida para o Zenit - Benfica... estupidamente, o Glorioso ainda não emitiu um comunicado a colocar em causa a honestidade do argentino ou do seu clube de formação."
"Com mais de meia hora para jogar. Já com amarelo. Corona faz isto a Nuno Santos. Amarelo? Vermelho? Nada. O Ferrari Vermelho, preciosamente ajudado pelo Super Dragão Sousa no VAR, nada fez. Tudo controlado pelos vermelhos esta merda!
Siga a Liga Calor da Noite! Lá vai o jornal do Calor da Noite ter que chamar novamente amanhã à primeira página um Tribunal Unânime favorável ao seu clube. E continua esta vergonha sem uma única palavra do Presidente do Benfica, mais preocupado em apertar pescoços a sócios do Benfica."
"Desde há uns anos para cá, André Almeida tem sido dono e senhor da lateral direita encarnada. Quererá isso dizer que será sempre dele enquanto estiver no Sport Lisboa e Benfica?
Há novos talentos a emergir no Caixa Futebol Campus, entre eles Tomás Tavares, que mira o lugar ocupado por André Almeida como um objectivo. O jovem defesa de apenas 18 anos procura seguir as pisadas de outros jogadores que contam com passagens pelo glorioso e que agora brilham em altos palcos pela Europa fora, como Bernardo Silva, João Cancelo ou João Félix.
Ora, se o “faz tudo” (a.k.a. André Almeida), com os seus 29 anos, já demonstrou qualidade suficiente para merecer o lugar no onze, Tomás Tavares ainda tem um longo caminho a percorrer. Não dizendo que não tem a qualidade suficiente ou até a maturidade pedida, o “pequeno” Tavares ainda tem muito para provar.
Está claro que a experiência se ganha com jogos, mas sendo o Benfica um clube de topo e com uma reputação a manter, tem de usar a sua experiência para ganhar jogos. É neste parâmetro que Tavares sai prejudicado. O risco de apostar num jogador novo é ser arriscado (perdoem-me a redundância).
Não sou, nem nuca fui, daqueles que gostam de ficar na sua zona de conforto e nunca experimentar coisas novas, mas o que acontece à velha máxima “em equipa que ganha, não se mexe”? Parece-me que Tomás Tavares, ainda que seja um lateral muito veloz no drible, e que quando sobe no terreno de jogo se torna preponderante no plano ofensivo (uma vez que desequilibra por completo a equipa adversária), tem mesmo de esperar pela sua vez.
Contudo, esta é uma faca de dois gumes! Ainda que André Almeida seja merecedor da lateral direita encarnada, sou apologista de dar aos mais novos as oportunidades merecidas, e Tomás Tavares tem mostrado que merece, pelo menos, uma oportunidade.
Ainda no início da temporada, Bruno Lage deu a responsabilidade de defender o corredor direito a outro jovem prodígio, também Tavares – de seu nome Nuno. Defesa esquerdo de raiz, Nuno Tavares adaptou-se bem às suas novas funções, ainda que temporariamente, tendo até marcado um golo.
O técnico encarnado tem um grande não-problema em mãos. André Almeida perfila-se como o homem para a posição, mas são vários os defesas direitos que espreitam pela janela de oportunidade. Nuno Tavares e Tomás Tavares já pularam, com sucesso, pela janela. Todavia, Ebuehi e João Ferreira mostram-se também como alternativas. Uns mais viáveis que outros, claro está, mas todos com a qualidade exigida.
Resta ver como Lage vai gerir esta situação e até que ponto se torna benéfico para o Benfica ter tantas opções para a mesma posição do onze inicial. O Sport Lisboa e Benfica e Bruno Lage principalmente, têm uma boa dor de cabeça. Por um lado, o treinador quer um plantel curto, mas ter uma formação de ouro não o permite."
"Foi contratado para a época 2017/2018, onde sob o comando de Rui Vitória começou como um titular goleador, mas rapidamente foi perdendo espaço e minutos de jogos. Arranca 2018/2019 como dispensado, mas com o decorrer dos jogos acabou por voltar a ganhar a titularidade e terminou a época como o melhor marcador do campeonato português. Agora, lança-se à nova temporada como titular, mas com constantes exibições desapontantes, o que tem levado ao aumentar da crítica dos analistas e dos próprios adeptos.
Não tenho qualquer dúvida sobre a qualidade de Seferović. Nunca foi um goleador, mas sempre foi um avançado com boa qualidade técnica, boa leitura de jogo e muita inteligência. Um avançado forte, que não se prende a zonas de finalização, servindo a equipa nos vários sectores de ataque. As minhas dúvidas prendem-se na sua força psicológica. Parece-me um jogador que rapidamente se deixa afectar por momentos de menor confiança, o que o leva a tão inconstantes desempenhos.
Neste momento, temos um Seferović a quem as coisas não correm bem. Nunca foi um finalizador, mas enquanto ponta de lança não pode desperdiçar a quantidade de oportunidades que tem. Contudo, o que mais me tem surpreendido são as más decisões que tem tomado, os movimentos não tão bons, as combinações imperfeitas e a pior leitura dos lances – o que resulta por exemplo em constantes foras-de-jogo.
Além da falta de confiança, temos a falta de discernimento. Esta última é resultado daquilo que a equipa técnica lhe tem proposto fazer em campo. Basta ouvir o treinador do SL Benfica falar sobre os quilómetros percorridos pelo suíço. Quando é pedido a um jogador que corra quilómetros atrás de quilómetros ao longo de 90 minutos, é normal que no momento de decidir, executar e finalizar, este não apresente o mesmo discernimento. E também é compreensível que um jogador que tanto corre e se esforça reaja mal às criticas e assobios – os jogos não lhe estão a correr bem mas dá tudo o que tem e não sente esse esforço reconhecido.
Um jogador com fraco equilíbrio emocional, desgastado física e psicologicamente, que surge coroado como o melhor marcador do campeonato e se esforça como nenhum outro e mesmo assim é assobiado. Neste contexto surge a reacção após o golo ao Leipzig. Seferovic, no fundo do seu desespero, marca contra os críticos. O problema é que os principais críticos são aqueles que vão preenchendo as bancadas do Estádio da Luz.
Seferovic corre, Seferovic falha, Seferovic é assobiado, Seferovic marca, Seferovic manda calar os adeptos, Seferovic é assobiado, Seferovic decide em Moreira de Cónegos e Seferovic volta a ser criticado. Esta montanha russa vai sendo a época do suíço.
Haris Seferovic, o avançado suíço que trocou o relógio do seu país natal pela montanha das terras frias da Rússia. Uma inconstante emocional que clama por banco."
"Drei Wochen ist der letzte Blogeintrag schon her, mit dem ich mich in die Ferien verabschiedet habe. Die Reise habe ich mit dem guten Vorsatz angetreten, auch im Urlaub über die Spiele der Adler zu schreiben. Viermal stand Benfica seitdem auf dem Platz, auf dem Papier ist die Bilanz von drei Siegen in der Liga und einer Niederlage in der Champions League ziemlich passabel.
Allein, die rechte Lust zum Schreiben wollte nicht aufkommen. Das liegt zum einen natürlich daran, dass ich in schöner Regelmäßigkeit schon nach wenigen Tagen an den Stränden der Algarve zur Faulheit neige. Hinzu kommt jedoch, dass Benfica nach dem 4:0 in Braga in keinem Spiel mehr überzeugen, geschweige denn begeistern, konnte.
Für das Heimspiel gegen Gil Vicente sind wir eigens die 270 Kilometer von der Algarve nach Lissabon zurück gefahren. Ein Eigentor direkt vor dem Pausenpfiff und ein Treffer von Pizzi kurz nach Wiederbeginn genügten, um den Aufsteiger, der noch in der Vorsaison in der 3. Liga spielte, mit 2:0 zu schlagen. Viel mehr bleibt von diesem Pflichtsieg nicht in Erinnerung. Höhepunkt des Spieltags waren eindeutig die Stunden vor dem Anpfiff an der Megabar, wo sich vor jeder Partie viele nette Menschen treffen. Endlich konnte ich dort auch Alfredo und Cristiano vom US-Benfica Podcast persönlich kennen lernen.
Drei Tage darauf der erste Auftritt des Rekordmeisters in der Champions League gegen RB Leipzig, der nichts gutes verhieß. So sagte ich im Interview mit der Leipziger Volkszeitung die 1:2-Heimniederlage leider exakt voraus. Es ist mittlerweile zum echten Ärgernis geworden, dass Benfica ausgerechnet in der Königsklasse seine Spieler für die Meisterschaft schont. Nur 46.000 Zuschauer im Estádio da Luz sprechen Bände über die Erwartungshaltung der Benfiquistas auf internationalem Parkett.
Immer öfter macht die Theorie die Runde, dass die Adler die europäische Bühne nutzen wollen, um die neuesten "Produkte" aus ihrer Akademie in Seixal zu präsentieren. Ein bekannter twitterte dazu, eigentlich habe nur noch eine kleine Präsentation der jungen Spieler durch Berater Jorge Mendes nach der Begegnung gefehlt. Was an dieser Theorie dran ist, kann ich schwer beurteilen. Fakt ist aber, dass bei Benfica gegen den Tabellenführer der Bundesliga alles andere als die stärkste Elf auf dem Feld stand.
Nach der verdienten Niederlage geht es beim nächsten Spiel in St. Petersburg schon fast um alles. Es braucht nicht viel Phantasie um vorauszusagen, dass die Adler in dieser ausgeglichenen Gruppe am Ende auf Rang 3 oder 4 landen werden. Das von Präsident Luís Filipe Vieira immer wieder gebetsmühlenartig beschworene „Benfica Europeu“ liegt jedenfalls in weiter Ferne.
Wer glaubte, die in der Königsklasse gesparten Körner würden einen überzeugenden Auftritt bei Moreirense ermöglichen, wurde enttäuscht. Die erste Hälfte war so langweilig, dass ich froh war, bei strömendem Regen in einer gemütlichen Bar in Armação de Pêra genügend Gesprächspartner zu haben. Nachdem die Gastgeber kurz nach der Pause in Führung gegangen waren, sprach fast alles für die zweite Saisonniederlage der Adler. Dass Benfica in den letzten fünf Minuten das Spiel doch noch drehen konnte, spricht zumindest für die Moral der Mannschaft, womit dann auch alle positiven Aspekte der Partie in Nordportugal genannt wären.
Einen Tag vor dem Heimspiel gegen Vitória Setúbal stand am Freitag eine Mitgliederversammlung an. An sich eine Formsache, doch wie schlecht die Stimmung im Verein trotz vieler sportlicher wie wirtschaftlicher Erfolge mittlerweile ist, wurde am Freitagabend sehr deutlich. Nachdem mehrere Mitglieder Kritik an Präsident Vieira geübt hatten, ging dieser einem Redner buchstäblich an den Kragen und musste von Sicherheitskräften gebändigt werden. Alles andere als ein souveräner Auftritt des 70-Jährigen, der seit 2003 im Amt ist.
Die Serie der schwachen Auftritte der Mannschaft setzte sich gestern fort. In einem über weite Strecken uninteressanten Spiel sorgten vor allem einige umstrittene Schiedsrichterentscheidungen für Aufregung, wie der Platzverweis für Taarabt zehn Minuten vor dem Spielende. Zu dieser Zeit hatte bereits Vinícius nur vier Minuten nach seiner Einwechslung eine der raren Chancen des Rekordmeisters zum Siegtreffer genutzt.
Weiter geht es für Benfica am Mittwoch mit dem zweiten Spieltag der Champions League. Die Begegnung bei Zenit St. Petersburg beginnt um 21 Uhr und wird von DAZN live übertragen.
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SL Benfica - Gil Vicente 2:0
Liga NOS, 5. Spieltag
Samstag, 14. September 2019, 19 Uhr
Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 54.706 Zuschauer
"Os portugueses estão a caminho de quarenta e seis anos de vivência em Democracia. Na história mais recente da República, já vivemos mais tempo em Democracia do que em ditadura. E no entanto, à boleia da liberdade de expressão, da ligeireza de abordagem das realidades e da amplificação das redes sociais, o insulto gratuito prolifera, com uma espantosa protecção.
Há uma incapacidade doentia para não conseguir afirmar um ponto de vista, a defesa de uma ideia, de uma instituição ou de um projecto, sem ser pelo ataque dramatizado, desqualificado ou insultuoso. Há uma incapacidade de aduzir factos e argumentos para sustentar a sua posição perante o outro ou quem pensa diferente. A proliferação de sinais de sectarismo e de intolerância está presente em quase todas as realidades que implicam interacção entre diferenças, na política, no desporto e na sociedade, sendo uma preocupante epidemia social. Estamos a alimentar uma sociedade do insulto gratuito, meio tribal, meio intolerante e demasiado antidemocrática. Não qualificamos o pensamento e a acção, não geramos espaço de diálogo civilizado sem insulto e adensamos as condições para a emergência de uma cultura de intolerância e confronto. É claro que a quem se limita a replicar argumentos mais ou menos institucionalizados, num impulso tribal, pouco importa o próprio e o outro, o relevante é cumprir o papel social de megafone, mas é uma deriva preocupante. Sem exigência com as nossas realidades, com que autoridade cívica e democrática poderemos ser assertivos, rigorosos e minuciosos com os outros?
É certo que existe presunção de inocência, que a justiça deveria de investigar sem condenar previamente com violações do segredo de justiça e que são muitos os interesses que se expressam numa campanha eleitoral, mas é aceitável que um titular de cargo público tenha conhecimento de uma farsa ilegal, que dê conhecimento do conhecimento em mensagens com outro político e nada tenha feito para pôr cobro à situação? Há tribalismo que se possa sobrepor à gravidade da evidência não negada, aliás de um protagonista que nos tempos da ERC perguntou a um assessor de imprensa se falava com jornalistas? Não será intelectualmente insultuoso aceitar que um titular de cargo político tenha este comportamento, não desmentido por nenhum dos intervenientes, e que esforço empreendido tenha sido proclamar o “não assunto da coisa”?
Aos quarenta e cinco anos de Democracia, há permissividade com a intolerância e tolerância com a imposição das narrativas de grupo, mesmo que insultuosas, gratuitas e sem nexo com a realidade.
Andamos nisto na política e em outras manifestações da sociedade, em que os grupos de interesses projectam perspectivas tribais, não em função da afirmação das suas realidades, mas em destruição das perspectivas e projectos dos outros. O foco nunca é a afirmação positiva do contributo individual, comunitário ou do grupo de interesse. O foco é quase sempre a destruição, o insulto e a intolerância em relação ao outro, sem ter em conta o contributo social, económico e cultural do outro para o país. O drama é que a coberto da liberdade de expressão, quem deveria intervir para moderar o insulto gratuito, faz muito pouco, e este prolifera de forma epidémica, em Portugal e no mundo.
Quando jogo após jogo os benfiquistas são insultados por cânticos persistentes de claques, em casa, fora e quando nem sequer o Benfica é adversário directo, e a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol fingem que não se passa nada, estão a alimentar a existência de factores de promoção do ódio para os quais só despertarão quando existir uma catástrofe grave.
Quando a UEFA permite a existência de cânticos racistas num jogo a norte, documentados em áudio e audíveis na transmissão televisiva, como já tinha permitido faixas de ataque a outra instituição desportiva em competições europeias, está a proclamar que o insulto gratuito é tolerado pela organização do futebol europeu a alguns. Bem podem fazer campanhas “ No to racismo”, que nunca deixarão de ser ridículos e sem autoridade.
A política e o futebol são a fonte de muitas expressões desta sociedade do insulto gratuito em que Portugal se transformou. Se não houver um esforço de todos para mudar comportamentos individuais e comunitários, o mais certo é entrarmos numa escalada de intervenções insultuosas que acabarão em expressões radicais de intolerância. Podendo estar na órbita da esfera individual mudar, é preciso que quem tem poder regulador regule pelo exemplo e não pela complacência irresponsável.
Domingo 6 de Outubro, é dia de votar, não em função do que nos dizem ou dos outros, mas da nossa avaliação sobre a sociedade que temos e a que queremos ter. Intolerância não é certamente um pilar que queremos para os quarentas e seis anos de Democracia e para os desafios que se colocam a Portugal na sustentabilidade das opções, no respeito pela diversidade e na construção de melhores condições de vida. Com ou sem insultos, se não quer que outros decidam, vote.