Últimas indefectivações

domingo, 28 de setembro de 2025

Goleada...

Benfica 8 - 0 Damaiense


Finalmente, uma goleada... o Damaiense está muito mais fraco, a expulsão ajudou, mas pelo menos as jogadoras pareciam felizes!!!
Primeiro minutos da última contratação Carissa Boeckmann.

Quase remontada!!!

Benfica 3 - 3 Torrense


Jogo que começou morno, com poucas oportunidades e que acabou a todo o gás, com o Benfica a recuperar dum 1-3 aos 90', para um 3-3, que até podia ter acabado com uma remontada total!!!

Vários 'reforços' da equipa A: Leandro, Oliveira, Prioste e o Veloso! O problema é que além de neste momento não treinarem com a B, estes jogadores vêm a estes jogos, tentar recuperar o ritmo perdido, por não jogarem na A! Isso notou-se hoje, principalmente no Prioste...

Benfica a assumir o jogo, o Torrense a jogar no erro, e o Benfica a errar e a dar vantagem ao adversário... até que o Olívio se 'chateou'!!!

Mais um pontinho, mas faltam as vitórias... estamos a ficar numa posição complicada!

Vitória...

Póvoa 33 - 38 Benfica
17-21

Estamos a marcar muitos golos, mas também estamos a sofrer demasiados... e a culpa não é dos guarda-redes!

Péssimo sinal...

Benfica 55 - 67 Quinta dos Lombos
12-16, 15-13, 10-23, 18-16

Derrota na Supertaça, o primeiro teste a sério da época, com um plantel que ainda não está completo, mas que deu um péssimo sinal. A revolução no plantel, foi um risco, e para já parece que estamos mais fracos!

Pré-época: Elite Cup - Meias-finais...

Descubram as diferenças. 👉 APAF

😍 O sonho da Caetana!

Entrevista: José Mourinho

Aursnes não serve para isto


"Mourinho queixa-se do cansaço para justificar as paupérrimas exibições. Estará longe de ser só isso ou de ser só isso misturado com a pressão. Falta algo que Bruno Lage percebeu logo

Não se deixem iludir pelo título. Aursnes é um dos melhores jogadores da Liga. Man, I Love Fredrik. Vê-se numas t-shirts nas redes sociais, que acredito que fiquem sempre bem a quem as vestir. A sua clarividência, leitura tática, solidariedade e, quase sempre, desempenho é bem acima da média. Só que o norueguês não pode ser o 6 ou sequer o 8 de uma equipa que joga ao ataque nas principais competições. Bem sei que era precisamente aí que jogava no Feyenoord e para aí que foi contratado, mas mantenho. E o cenário ainda fica pior com alguém como Ríos ao seu lado, graças a muitos gestos imperfeitos que também o colombiano comete.
Não é à toa que Enzo Barrenechea é essencial no meio-campo do Benfica. A sua distribuição é superior a qualquer dos outros médios. Aursnes, que invariavelmente toma boas decisões, tem uma definição no passe que deixa a desejar. E, quando é alvo de pressão, fica extremamente desconfortável. Viu-se nas poucas vezes em que aí foi utilizado. Viu-se também o quanto brilha em terrenos mais adiantados, onde consegue simplificar-se a si e a muitos ataques. A diferença está no sítio onde se perde a bola, onde o risco é diferente, mas também no espaço que se abre nas costas das defesas ou nas distâncias entre os vários setores. Futebol.
Acredito que para Mourinho, diante do Gil Vicente, fosse a decisão mais natural, ainda mais não tendo a experiência dos técnicos anteriores com o norueguês. No entanto, os encarnados acabaram por fracassar em termos futebolísticos — com sorte, não no resultado —, precisamente aí e ainda na fraca disponibilidade em recuar para entre os centrais e ajudar a construir, algo que não está nas suas rotinas. Toda a defesa ficou amarrada e exposta. Sobrou tudo para António SIlva — excepto o passe longo para Lukebakio — e o português cometeu erros.
Se se diz que uma das coisas que Lage começou por fazer bem, ainda que me pareça que se distorceu um pouco a imagem para favorecer a ideia, foi colocar os jogadores nos sítios certos, então Mourinho terá de começar por aí. Tal poderá passar por Aursnes estar mais à frente, Ivanovic ser um 9 de ataque à profundidade e não extremo ou sequer falso extremo com Pavlidis a possuir a liberdade para evoluir também como um elemento de ligação, e ainda desencontrar de flanco Dedic e Lukebakio, impedindo que o belga anule o bósnio, que gosta de ser profundo na direita. Sim, há o cansaço. Mas há mais e... também há jovens a querer mostrar valor. É preciso confiar."

BF: Jogo horrível, valeu os 3 pontos!

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Benfica sem chama, identidade… Mas ainda há Pavlidis

BI: Entrevista a João Diogo Manteigas...

SportTV - Primeira Mão - 🌧️ OS JOGOS COM TEMPO INACREDITÁVEL: FC Porto, Benfica e Sporting

O elogio da estupidez


"«Não é estúpido por ter sido o segundo cartão amarelo, é estúpido mesmo que ainda não tenha recebido nenhum cartão amarelo. Se eu marcasse um golo como ele marcou esta noite, virar-me-ia para Chiesa e diria: 'É tudo graças a ti, Federico - excelente assistência, excelente corrida e eu não tive de fazer muito'.»
Arne Slot, treinador do Liverpool, sobre a expulsão de Ekitiké contra o Southampton

Nunca joguei futebol a sério, talvez por isso não perceba o conceito de tirar a camisola quando se marca um golo.
No basquetebol, um jogador que marque um triplo em cima do final para dar a vitória é mais provável que celebre como Cantona (mas sem gola levantada, que as camisolas não as têm), a olhar em redor durante dez centésimos de segundo antes de ser esmagado pelos companheiros de equipa.
No andebol, no voleibol, no râguebi, no hóquei em patins, ninguém tira a camisola para celebrar. E quando o festejo vale cartão amarelo obrigatório, não posso deixar de concordar com Arne Slot, treinador do Liverpool: é uma estupidez.
Mas, convenhamos, há diferentes graus de estupidez. Uma coisa é já ter um amarelo, como Ekitiké contra o Southampton, e empurrar a bola para a baliza a cinco minutos do final; outra é fazer o que William Gomes, do FC Porto, fez em Salzburgo. Marcar um golo daqueles, ao terceiro minuto de compensação, pede uma celebração especial.
Seria boa ideia pensar numa que não envolvesse ver um cartão amarelo? Claro. Mas caramba, tirar a camisola é assim algo tão grave? Ofende alguém? Custa tempo? Não será altura de FIFA e International Board mudarem a regra e deixarem de castigar a alegria?"

Abel não dorme


"Abel Ferreira tinha razão quando, após a vitória por 4-1 sobre o Fortaleza no fim de semana passado, usou um fator novo, o sono, para criticar um problema antigo, o calendário? «Nós chegamos [do duelo na Argentina com o River Plate] à academia para tomar o pequeno-almoço às 7h00, sem sequer dormir, qual é o impacto que isso vai ter? Não sei. Falem com os especialistas», pediu.
Cá vai a opinião, especializada, de duas. «O sono é fundamental para a recuperação física, cognitiva e emocional do atleta», começa Cynthia Gobbi, fisioterapeuta pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Desportiva e da Atividade Física. «A privação parcial ou total do sono está associada a alterações fisiológicas como o aumento de lactato, marcadores inflamatórios, redução da imunidade e maior tempo de recuperação muscular, além de desequilíbrio autonómico, como o aumento da atividade simpática e redução da parassimpática, o que favorece fadiga, stress e dor aumentada.»
Traduzindo, os jogadores podem revelar excessiva sonolência diurna, fadiga, irritabilidade, défice de atenção e memória, alterações de humor, ansiedade e maior percepção de dor. «Estudos mostram que até 64% dos atletas de elite relatam insónia», diz ainda a especialista.
«E os fatores psicossociais e ambientais, como viagens frequentes, jet lag, fusos horários, horários de treino inadequado, stress competitivo, perfeccionismo e ansiedade, influenciam diretamente na qualidade do sono.»
Para Carla Tavares, Head de Medicina da Volt Sports Science, plataforma de saúde e performance para atletas do futebol de elite, «quando o atleta dorme menos tempo ou tem a qualidade do sono pior do que necessita, podem surgir impactos importantes para a performance». «Estudos demonstram que jogadores que dormem menos de oito horas por noite podem ter até 1,7 vezes mais risco de lesão.»
Mas há solução? Para Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, no atual estado de coisas, não. «Como o Brasil é um país continental, exige deslocações como as da Champions League e distribuídas em três meses a menos do que seria possível por conta dos estaduais.» «Jogos na Europa a cada três dias e em países menores do que estados brasileiros geram um desgaste acumulado muito menor do que o de uma rotina de viagens do Ceará ao Rio Grande do Sul, ou mesmo de Salvador a Cuiabá», completa.
Ouvidos os especialistas, a conclusão é que Abel tem, pois, razão. Apurado desde esta semana para a quinta meia-final da Taça dos Libertadores em seis anos, o português está sempre bem desperto."

Central - 2013: O Ano em que Perdemos Tudo no Fim

Central - Benfica: O Dia da Fundação!

Central - O Benfica de Vale e Azevedo!

Central - Vítor Baptista: O Rapaz do Brinco

Central - Benfica - Milan (1963) | A Final que Quebrou o Sonho do Tri

Central - A Maldição de Béla Guttmann: Mito ou Verdade?

Kanal - Tamos Juntos - Gil Vicente...

Terceiro Anel: Bola ao Centro #152 - Uma luta de Aves!

Estatística preocupante...!!!

Valdano...

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica desafia, uma vez mais, o Conselho de Arbitragem a uniformizar os critérios que regem a atuação dos árbitros.
No último jogo com o Rio Ave, o Benfica viu um golo anulado por um pretensa faltinha, sem significado. Hoje, o primeiro golo do Gil Vicente tem, na sua génese, uma entrada de sola no tendão de Aquiles de António Silva e nada foi assinalado.
Que consequências vai o Conselho de Arbitragem retirar desta dualidade de critérios em apenas 3 dias?
Estas atuações que têm sido de um sistemático prejuízo para o Benfica não podem continuar impunes."

Critérios. 👉 APAF

Doença mental?!

Na circolândia do Coroado

Conselho de arbitragem temos que falar!!


"Podem explicar porque raio o golo do Gil Vicente foi validado? O VAR não tem que analisar a jogada toda que antecede o golo?"

Como é ingrato o futebol.


"Benfica 2-1 Gil Vicente

O Gil Vicente vem a Luz, apresenta um futebol de ataque, positivo que domina o Benfica em todos os aspectos do jogo…resultado?
Perdeu, porque a nossa qualidade individual conseguiu resolver o jogo sem o merecer…no entanto nos jogos anteriores mesmo a jogar mal fomos superiores mas perdemos pontos…é assim…se o futebol fosse uma ciência exata a coisa era fácil.
Sobre aquilo que se passa, por norma as equipas vão em crescendo até meados de Dezembro e depois quebram para ter novo pico de forma de final de janeiro até Maio…o problema é que nós não tivemos, por culpa própria e terceira (arbitragens) espaço para folgas e ainda tivemos de fazer um pré época na qual ao invés de poder correr o risco de irmos crescendo fisicamente nos jogos, não…tivemos que estar a 100% desde o primeiro jogo da temporada…o preço está a ser pago agora…só que havia aqui uma nuance…estes 4 jogos deviam ter sido os de “descompressão” antes de ciclo duro, só que o empate contra o Santa Clara abriu as portas do inferno e não deixou margem de manobra…as más exibições que nunca permitiram um jogo em que se pudesse fazer alguma gestão de esforço do 11 base também não ajuda nem um bocadinho…agora é resistir, trabalhar mentalmente para aguentar mais um pouco fisicamente!
Depois é preciso acreditar nos miúdos, vão ter de crescer on job…não há margem nem soluções para mais, e lança-los e seja o que os deuses do futebol quiserem…isto apesar de eu achar que não temos propriamente das melhores formadas jovens disponíveis, mas há ali talento que se acreditar em si puderá fazer nascer alguma estrela!
Agora é recuperar, analisar, respirar e seguir viagem para o próximo jogo…
Parabéns ao Gil Vicente, jogo e futebol positivo, certamente que irá cair porque o ritmo que imprimiu hoje não será fácil de manter, mas ao menos deu outro brilho a este campeonato!
Melhor em campo…
Trubin, percebo a escolha de Pavlidis, porque os golos dão a vitória…mas as inúmeras defesas + a barra foram o garante dos 3 pontos!
Nota a análise de Mourinho é perfeita e exata. Isso é meio caminho para retificar e melhorar."

UFAAAA, QUE ACABOU!!!


"BENFICA 2 - 1 Gil Vicente

Pré-jogo 1 - jogo em casa antes de visitar, de seguida, Stamford Bridge e Dragão. É absolutamente obrigatório ganhar: porque não nos podemos atrasar mais na tabela e porque o moral das equipas alimenta-se e faz-se de vitórias.
Pré-jogo 2 - primeiro garantir os três pontos, depois, se possível, o espetáculo. Ninguém diria que vimos de três jogos sem ganhar em casa. Que ambiente!
Pré-jogo 3 - conheci pessoalmente o amigo José Gabriel, comigo na segunda foto, grande Benfiquista dos Açores, que veio ao Continente e, claro, veio ao jogo e veio participar connosco no pré-jogo na fanzone.

BORA LÁ AO JOGO (do meu lugar de sempre na Catedral)
01 parece que ainda nem começou e já devemos uma defesa de golo feito ao Trubin. O que seria darmos já um de avanço a estes gajos com equipamentos que parecem abelhas. Obrigado, Trubin!
10 falta a nosso favor, sobre o António, e não marca, a jogada segue e já marca falta contra nós, bem perigosa por sinal. A bola acabou dentro da nossa baliza, culpas para a barreira? Zero-um, pkp.
15 ainda não atinámos com o jogo, que está mais, e mais perigo, no nosso meio-campo.
17 PA-VLI-DIIIIIIIIS! Caído do céu? E o que é que isso interessa? Não vale o mesmo? Faz de conta que começou agora.
24 bem, isto é um penálti do tamanho do mundo, um duplo penálti, assim é que é! Quatorze: PA-VLI-DIIIIIIIIS!!! Dois-um! Virámos! Nenhum amarelo para os faltosos?
30 quantos duelos aéreos já ganhou hoje o Otamendi em meia-hora? Alguém contou?
34 e vai o segundo remate cruzado do Lukebakio a dar a sensação de golo. Ao terceiro é para entrar!
39 estas abelhas estão a fazer um grande jogo aqui. Não estivéssemos a ganhar e nem posso imaginar os assobios que por aqui já não iam.
42 Lukebakio é reforço, penso que ninguém que o vê jogar tem duvidas
45+4 afinal não foi à terceira: mais uma do Lukebakio que passou a rasar o poste direito da baliza deles
45+5 fui espreitar as estatísticas do SofaScore, é melhor ficar só na dos golos: dois-um para nós. Se acabasse assim, para mim estaria bem 46 a segunda parte começa como a primeira: com o Trubin a safar-nos. E já levámos uma na barra. Nossa senhora!
48 e já está dois-dois. O três deles partiu o Dedic todo, boa jogada concluída no segundo poste. Parece que há ali um ombro fora de jogo, vê-se no telemóvel do vizinho... e o VAR confirma. Tudo na mesma. Vamos lá pegar no jogo, crl!
54 toma lá mais uma defesa do Trubin...
60 isto acalmou um bocado para o nosso lado
65 alguém que explique ao povo estes critérios de arbitragem, não são fáceis de entender, e eu já vejo futebol há dezenas de anos
75 este Gil Vicente é a melhor equipa que aqui passou nos últimos tempos
80 quase só vejo o Gil a jogar
85 bem, se sairmos daqui com os três pontos podemos agradecer não sei a quem, eu não agradeço a Deus porque não sou crente, mas quem é que agradeça por mim
90 porra, mais sete minutos...
90+7 A-CA-BOU!!! Valeu o resultado, valeram os três pontos, este já está!"

Um Benfica de detritos foi menos do que o Gil em tudo, menos no resultado


"Os números, às vezes, dizem tudo: o Benfica acabou o jogo com menos oportunidades, remates, bola, passes e cantos do que o Gil Vicente, que foi a equipa mandona e a tomar conta da iniciativa do jogo na Luz. Mas, graças a dois golos de Pavlidis, os encarnados sobreviveram (2-1) à terceira partida em seis dias enquanto procuram, no meio do esforço, um fio que liga uma equipa, por enquanto, sem nexo

O Benfica vive uma curiosa confluência de tempos.
Acabou de chegar José Mourinho, retornado 25 anos volvidos, é por demais cedo aferir a sua mão na equipa e com quantos dedos lhe tocou, nunca seria em uma semana, ainda menos uma com três jogos, que se notaria o tato de um treinador saído meteoro de Portugal, supersónico e com rasto de fogo na ascensão. Só que ele aceitou vir para um clube, se nos cingirmos aos resultados, sem grande urgência de um novo rumo, afinal os encarnados estão vivos em todas as provas, mas apressado em querer emendar o palpável com os olhos, o futebol praticado, a sensaborona amostra que nem nas Aves ou na Luz, perante o Rio Ave, com o novo técnico, foi capaz de alegrar.
Não ajudou, ao regressar perante os seus de gargantas ao alto, a entoarem papoilas saltitantes enquanto os jogadores do Gil Vicente cumprimentavam os do Benfica, ainda com o breu no estádio destas modernices de iluminação antes dos jogos, que a equipa deixasse, ao fim de 24 segundos de jogo, Murillo receber um passe sozinho na área e com estilo rematar a bola que Anatoly Trubin, mais estiloso ainda, defendeu com uma manápula à andebol. Só ao minuto e meio de jogo os encarnados conseguiriam despachar o adversário da sua área, nervosos e precipitados, a bola a escaldar em pés gelados como as voltas ao relógio seguintes o provaram.
Ao vê-la sem o suspenso Enzo Barrenechea, despida do seu médio pensante, o sagaz Gil carregou sobre um Aursnes devolvido à origem para ser o meiocampista mais próximo dos centrais e apertou a equipa do Benfica tal e qual Mourinho disse, à chegada a Lisboa, querer os encarnados a apertarem os outros. Qualquer receção do norueguês de costas era pressionada, os atacantes adversários também encostavam nos centrais, empurrando as saídas de bola para a aflição de António Silva ao ser incomodado. Os encarnados emperravam, perdiam uma bola atrás da outra na sua metade do relvado, não ligavam cinco passes seguidos.
Uma delas acionou o pronto-socorro de uma falta feita de imediato, era a pressa a espreitar à entrada da área para acudir a uma falência. Luís Esteves assumiu o livre, bateu para o lado de Trubin e o golo (12’) vindo do talentoso vagabundo, em quem o Gil pensava quando atraía a pressão à sua área para libertar os laterais, lançar longo num deles e, a partir daí, colocar os médios no jogo com futebol apoiado, fazendo avançar a equipa junta e as coisas fluírem com método. O Gil viera à Luz jogar porque quer sempre jogar e marcava no quarto remate à baliza.
Os de Barcelos mantiveram a intenção mesmo quando o Benfica, aos repelões e solavancos, sem que as suas posses de bola decorressem sem lombas, empatou à primeira vez que encontrou alguém entre linhas, por dentro. Com Schjelderup aberto na esquerda, Dahl apareceu ao centro, recebeu um passe de Aursnes e deu um no norueguês, cujo cruzamento, transformado em ressaltos e interceções, acabou no golo esforçado Pavlidis (18’), o sexto da época para o grego que não curou os encarnados das suas intermitências.
Os problemas na saída de bola prevaleceram porque Dedic e Dahl, abertos na génese das jogadas, não davam soluções para a equipa ludibriar a pressão que tapava o caminho por Aursnes, mantinha Ríos a tocar na bola nos trejeitos em que é limitado - de costas para o adversário - e obrigava o Benfica a recorrer a lançamentos longos, nunca para o marginal Sudakov, assim afastado da bola. Incapaz de conviver, pela relva, com a pressão alta de que o Gil Vicente não abdicou, o truque foi sugar a gasolina de Dodi Lukebakio.
Mourinho falara que no depósito do belga não caberiam muitos quilómetros, mas ser fugaz não equivale a ser frugal e pelo canhoto encostado à direita o Benfica, com insistência, alcançou a baliza de Andrew. Foi uma diagonal sua, respeitado por um passe longo de Otamendi, que forçou o penálti para Pavlidis (26’) ir ao sétimo golo da temporada. Virado o resultado, não virou a toada, o Gil prosseguiu com os pitons das chuteiras cravados na iniciativa do jogo que os encarnados, se não propositadamente, pelo menos concederam por não terem como ser de outra forma.
O Gil prosseguiu com os pitons das chuteiras cravados na iniciativa do jogo que os encarnados, se não propositadamente, pelo menos concederam por não terem como ser de outra forma e remetidos ficavam a lançarem contra-ataques rápidos nas bolas que tinham. O alvo esteve sempre em Lukebakio, veloz a correr atrás de passes que lhe deram um par de remates ambulantes, com ele em alta velocidade. Nunca acertou na baliza, só quando Schjelderup lhe serviu a bola mansa, à entrada da área, aí para o belga a receber com um remate murcho. Estava sintonizado com a exibição do Benfica.
Sentindo a palidez, quem viajara de Barcelos ressurgiu do intervalo insuflado pela inversão de papéis: o visitante a ser grande contra um adversário que parecia pequeno. A segunda parte emulou o arranque da primeira, em segundos o Gil ligou uma jogada com fim na área do Benfica e Santi Garcia rematou, cheio de força, para Trubin defender e ainda ter de se livrar da recarga de Luís Esteves. No canto, o mesmo espanhol atirou a bola contra a barra. Nem frugal, nem fugaz, os gilistas reaparecem fulgurantes e marcariam um golo quando Joelson, lançado para a esquerda, curvou um cruzamento direitinho ao pé de Pablo que seria anulado por fora de jogo.
O brasileiro, carga de trabalhos para Otamendi e António Silva ao segurar bolas de costas, era o avançado que tocava mais na bola perto da baliza. Os pézinhos de lá de Pavlidis recuavam, mostravam-se atrás, tentavam segurar bolas, passavam-nas rumo à própria baliza quando o conseguiam, apelando à calma. O Benfica era um aglomerar de corpos a resistirem, uma equipa a apalpar-se, um conjunto de jogadores sem um fio coerente a dar-lhes sentido. Uma posse de bola durar 15 segundos era uma raridade, uma que se aproximasse da baliza de Andrew era uma raridade.
Confortável no papel de protagonista, fazendo crer que tem vida feita a ser dominador quase por completo, o Gil Vicente prosseguiu com a sua cara de mandão na Luz. Pela esquerda, Joelson e o lateral Konan foram massacrando Dedic, a quem Mourinho depositou perto a ajuda de um Ivanovic desabituado a estas tarefas, posto na ala e Sudakov empurrado para a outra quanto o combustível de Lukebakio secou e Schjelderup há muito virara um adereço ao jogo. O Benfica já não tinha saída de bola pelos centrais, um médio que filtrasse jogo no meio da pressão, para os derradeiros 20 minutos também ficou sem extremos.
Aí já Murillo rematara à barra, com estrondo, depois Luís Esteves, à beira da área, puxaria do seu jeito na ressaca de um canto para Trubin se ter de esticar todo e resgatar a bola perto do poste direito. Houve uma equipa a mandar na bola, a rematar mais, a ter jogadores seus insistentes no drible, a empurrar os adversários para trás e assim a destratar outra na Luz. A fatura de este ser o terceiro jogo em seis dias não é de ignorar, viu-se como o cansaço dos jogadores agravava o vazio que era o Benfica. Até ao fim seria o Gil Vicente, no papel sem as armas que o Benfica tem nos seus nomes, mas no relvado a encher as balas que tem com mais pólvora.
Nos derradeiros 10 minutos, quando os gilistas quebraram no ritmo - não se viram mais remates -, nem aí os encarnados descobriram alguma calma. Remetidos a serem detritos de si mesmos, restos no meio de remendos entre os quais também já Tomás Araújo, o central cujos pés tanto faltaram para as saídas de bola da equipa, posto a lateral esquerdo, limitaram-se a fazer passar o tempo: aguentaram a bola perto das linhas, mastigavam as posses, demoravam a fazer lançamentos laterais, recuavam passes até Trubin para o guarda-redes os despachar lá para a frente.
O Benfica acabou a urgir o tempo, a querê-lo apressado, que fosse rápido a encontrar o fim, uma equipa que pretende ser campeã remetida a resistir como podia a uma que foi a Luz mostrar o porquê de estar no quarto lugar do campeonato e, em meia dúzia de jogos até ali, apenas ter sofrido golos num deles (contra o FC Porto). Quando o árbitro enfim acabou com a espera, o Gil já com menos um jogador pela expulsão de Hevertton Santos, os encarnados ganharam. E o estádio nem um bruá, nem um assobio, apenas o nada, o ruído ambiente de quem não sabia como reagir - ou suprimia uma reação porque, afinal, o tempo ainda é curto.
O primeiro treino de José Mourinho remonta há nove dias. Fica ardiloso defender que perante o Gil Vicente se viram melhorias face ao que existia pré-aterragem de quem, em tempos, foi um cometa imparável no futebol e agora, devolvido ao contexto de onde descolou, ainda é incerto o quão meteorito voltou. Por enquanto, o ‘seu’ Benfica ainda é feito de detritos, pedaços desgarrados de gente a pular de um treinador para outro, cansada de tantos jogos numa semana. Os números, contudo, são impiedosos: o Gil Vicente acabou com 16 remates na Luz (10 do Benfica, sete defesas de Trubin), 53% da bola, sete cantos (zero dos encarnados) e 395 passes (358) feitos.
Este Gil de César Peixoto é uma equipa valente e valiosa, que sabe jogar, joga bem e jogou na Luz como pouquíssimo vemos alguém jogar se vir da barricada desfavorecida do futebol português assimétrico. O Benfica será mais um interlúdio. Entre quem foi e quem chegou, com eleições à vista, o próprio Mourinho o disse, esta é uma equipa a viver “um bocadinho na zona cinzenta, que não tem identidade”. Nem tempo, afinal."

Seis centímetros e o ferro no grande galo que deu ao Galo


"Benfica somou nova exibição medíocre, em que nada pareceu fazer sentido, desde o onze inicial às decisões tomadas durante a partida. Dizer que o Gil Vicente merecia mais é redutor. Merecia muito mais

O onze inicial de José Mourinho denunciava o que se viria a verificar em campo depois, ainda mais misturado com a pressão dos últimos resultados: um Benfica trapalhão, em que as peças continuam a não ligar entre si e em que o cansaço só por si não justifica.
Aursnes desceu no relvado para ser o 6, no lugar do suspenso Barrenechea, e ficava isolado dos centrais por uma primeira cortina de pressão, sendo depois facilmente pressionável pelos médios minhotos, nas poucas vezes que a bola lhe chegava. Como o norueguês nunca baixava para facilitar a construção, esta era feita apenas por António Silva e Otamendi, com os laterais demasiado cautelosos e próximos, falhando na atração dos extremos para libertar espaço para uma saída limpa — o que obrigava o português a arriscar mais do que devia, e a perdas da posse.
O Gil Vicente, por sua vez, muito bem organizado, a jogar no campo todo, era precisamente o oposto. Conseguia ultrapassar a pressão, ligar os setores e sair rápido na direção de Trubin. O ucraniano, logo no primeiro minuto, assinou a primeira grande defesa perante Murillo. E, aos 11, depois uma falta não assinalada que o próprio tinha sofrido numa dessas aventuras arriscadas pela direita, António Silva derrubou Agustín em zona frontal. Luís Esteves converteu o livre de forma exemplar.
As águias viraram em seis minutos. Aos 18, Aursnes conseguiu finalmente respirar, com um pouco de espaço à frente, e apanhou Dahl na sua rota. Pavlidis recebeu depois na área, perdeu-a, mas ainda conseguiu colocar em Schjelderup. O norueguês cruzou e Zé Carlos, numa tentativa de corte mal sucedida, deixou a bola à frente de Pavlidis. O grego foi lesto a finalizar e bateu Andrew pela primeira vez. Na segunda, na conversão do penálti, aos 24, o guarda-redes brasileiro ainda ficou mais longe de tocar na bola. A originar a falta, um derrube de Elimbi a Lukebakio, isolado por um pontapé longo de Otamendi.
Esperava-se que o Benfica serenasse um pouco, mas os homens de César Peixoto continuavam dentro do resultado, uma vez que Lukebakio, lançado por duas ou três vezes, teimava em não acertar na baliza, fosse com o pé direito ou o esquerdo, o seu preferido.

Águia ainda voltou pior dos vestiários
O intervalo só foi bom conselheiro para os visitantes. O Benfica que regressou dos vestiários foi empurrado para trás pelos de César Peixoto. Trubin fez mais uma grande defesa aos 46 minutos, Santi García acertou na trave pouco segundos depois num pontapé acrobático, aos 49 um golo de Pablo foi anulado pelo VAR por um fora de jogo de seis centímetros e, aos 54, um grande pontapé de Murillo de fora da área voltou a ser devolvido pelo ferro. A Luz estremecia, perante tamanho cenário dantesco.
O Benfica foi uma nulidade no ataque e acabaria mesmo a queimar tempo. Andrew tornou-se mero espectador. A mensagem que vinha do banco, aos 68 minutos, com a entrada de Barreiro para o lugar de Schjelderup, também era nesse sentido. Era preciso fechar a porta, evitar que o Gil Vicente chegasse ao empate. Ivanovic, entrado para o lugar de Lukebakio, era o único que se aproximava da área contrária, mas ainda assim longe de conseguir finalizar.
É normal que Mourinho dê agora valor ao resultado, à quebra do ciclo negativo para poder construir a partir daqui. No entanto, só aí, no resultado mesmo, parece ter sido travado. O futebol encarnado continua mau demais. E sem sinais de melhora, bem pelo contrário."

Lukebakio meteu gasolina super e Pavlidis conduziu até à meta


"Extremo belga teve combustível para 68 quilómetros e algumas acelerações entusiasmaram a plateia; Avançado grego rematou duas vezes e marcou dois golos

O melhor em campo: Pavlidis (7)
Se Lukebakio meteu a gasolina que alimentou o (pouco) entusiasmo dos encarnados, Pavlidis conduziu a equipa à meta, ou seja, ao triunfo. Rematou duas vezes, marcou dois golos. No primeiro, aproveitou um mau desvio de Zé Carlos para disparar forte de pé esquerdo, no coração da área. No segundo, rematou forte com o pé direito na marcação do penálti, a bola foi praticamente para o centro. Matador e avançado de finalização, foi um ponto de referência do ataque sempre muito distante dos companheiros, que raramente lhe entregaram a bola em condições. Sempre marcado de perto, ganhou 10 dos 14 duelos, pelo ar e pela relva, e passou mais tempo a correr atrás da bola, a tentar pressionar os adversários, que a ameaçar Andrew. Fez aquilo que se pede a um avançado e ganhou o jogo.

Trubin (6) — Ao primeiro minuto estava a salvar a equipa, com defesa sensacional com a mão direita após remate de Murilo. Duas defesas também muito boas a remate de Santi e depois a recarga de Luís Esteves no mesmo lance (47). Após um canto desviou disparo de Santi para a barra (47’) e aos 76’ teve de voar para a esquerda para travar remate de Luís Esteves. Mas também poderia ter feito melhor no golo sofrido — ainda tocou com a mão esquerda mas a bola vai para o lado dele.

Dedic (4) — Corte importantíssimo na recarga de Agustín no primeiro minuto. Pareceu sem capacidade física e, por isso, praticamente não ajudou no ataque. Estava a passar despercebido até ser protagonista de dois lances negativos — Agustín deitou-o antes de rematar para defesa de Trubin; perdeu a bola para Agustín em lance perigoso finalizado por Pablo (23’). Na segunda parte, foi batido por Konan na esquerda e depois deixou Joelson cruzar, no lance em que o golo do Gil Vicente foi anulado. Muitas dificuldades com Joelson na segunda parte.

António Silva (4) — Falhou intervenção com a cabeça que permitiu a Pablo isolar Murilo (1’). Perdeu bola para Pablo em lance ofensivo (sofreu falta) e depois derrubou Agustín à entrada da área (10’) — deu golo de Luís Esteves. Intranquilo e inseguro, somou um bom corte de cabeça aos 78’.

Otamendi (7) — Manteve a calma quando ao lado dele, sobretudo no final, muitos tremiam como varas verdes. Grande passe longo a isolar Lukebakio, no lance do penálti que originou o golo da vitória. Ganhou vários lances de cabeça a Pablo, serviu, com serenidade, os companheiros da frente através de lançamentos longos. E prevaleceu numa altura em que outros ameaçavam cair.

Dahl (4) — Mal a sair para o ataque e com muitas dificuldades combinar com Schjelderup. Pouca verticalidade. Esteve envolvido no golo a servir, na primeira tentativa, Pavlidis (18’). Aos 47’ não matou contra-ataque perigoso do Gil Vicente. Aos 49’ deixou Pablo cabecear nas costas para golo que seria anulado. Lance ofensivo interessante aos 57’ quando sofreu falta dura à entrada da área.

Ríos (4) — Aos 90+3' foi batido, por falhar o tempo de entrada, por Konan, que já estava lesionado, lance que resume a desorientação final. Não acertou no tempo e espaço de pressão, até parece que ainda não sabe bem o que fazer e como fazer. Tentou apoiar Lukebakio no ataque e desprotegeu Dedic a defender. Nota positiva para passe a isolar Lukebakio aos 45+3’.

Aursnes (4) — Médio mais recuado, sem capacidade física para se impor aos adversários. E também foi incapaz de iniciar os ataques. No final, foi dos poucos com calma e a jogar mais com razão que com coração.

Sudakov (5) — Remate muito por cima em livre descaído pela esquerda e um bom passe a servir a velocidade foi o melhor que se viu na primeira parte. Na segunda ainda conseguiu libertar-se da teia minhota algumas vezes para ligar o meio-campo com o ataque.

Lukebakio (7) — Não tem gasolina para 90 minutos mas acelerou com gasolina super. Foi o único capaz de criar desequilíbrios individuais e algum entusiasmo na bancada. Nem tudo lhe correu bem, houve cruzamentos errados e dribles falhados, até um passe para trás que causou calafrios aos companheiros. Mas rematou quatro vezes, uma delas com perigo, e ganhou, numa diagonal, vantagem aos defesas minhotos para ser derrubado em falta na área. Penálti e golo do Benfica. Saiu aos 68 quilómetros, ou seja, 68 minutos.

Schjelderup (4) — Dos seus pés saiu o centro para Zé Carlos desviar mal e Pavlidis marcar. Só teve mais uma ação positiva quando serviu Lukebakio à entrada da área, ainda na primeira parte. Pouco intenso a defender, aos 55’ deixou Murilo rematar à barra.

Leandro Barreiro (5) — Entrou para ajudar a pressão, mais do que para ser uma referência na saída para o ataque. Deu energia ao meio-campo.

Ivanovic (5) — Entrou para o ataque e depressa se viu a defender. Somou um remate de longe pé direito ao lado poste direito, um bom corte em momento defensivo, perdeu duas vezes a bola e fez um bom centro.

João Rego (5) — Descaído para a esquerda no ataque combinou uma vez bem com Ivanovic e teve um bom corte.

Tomás Araújo (5) — Foi lateral-esquerdo e, pouco depois de ter entrado, estava no ataque perto da área, mas sem apoio dos companheiros. Deu mais tranquilidade à esquerda.

João Veloso (-) — Entrou e o jogo acabou."

3 Toques - Gil Vicente...

Esteves: Gil Vicente...

Observador: A Força da Técnica e a Técnica da Força - " VAR salvou Mourinho"

Vinte e Um - Como eu vi - Gil Vicente...

Terceiro Anel: Gil Vicente...

BI: Rescaldo - Gil Vicente...

5 Minutos: Gil Vicente...