Últimas indefectivações

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A cópula deles, contra natura.

"Na perspectiva de qualquer Benfiquista consciente, nada ficou decidido com o resultado de anteontem. Apenas se tratou da primeira disputa do campeonato desta época.
Mesmo que tivéssemos perdido, era igual: a viagem é longa e continuam a faltar os mesmos trinta e três desafios programados. Previsível e inevitável, é que, de cada vez que os rapazes voltarem a subir ao terreno de jogo, terão pela frente, pelo menos, as mesmas dificuldades que tiveram de superar na quarta-feira, ou mesmo, inesperados obstáculos ainda bem mais expressivos.
Precisamos ter presente que, se em circunstâncias normais de competição, o que os nossos atletas têm de fazer sobre a relva, em nossa Casa e nos campos dos outros, depende sempre dos índices de concentração, de esforço e intensidade e de comunicação entre si com que se apresentarem em cada jogo, já é absolutamente claro que, está época, tudo vai ser ainda mais difícil e mais complicado dos que nos quatro últimos anos.
Diante da determinação, da competência e da eficácia com que o Benfica impôs a inequívoca liderança desportiva em Portugal, os nossos rivais montarem um esquema de guerrilha anti-Benfiquista nunca antes alcançado. Presumirão até, que, apenas se servindo dessa teia venenosa que teceram com a espessa baba da inveja e do ódio, muito dificilmente poderão vencer a sólida eficiência que a estrutura desportiva do Benfica tem mantido. Por isso não deixarão de recorrer, em todas as sedes, por todos os meios e nas mais constantes ocasiões, aos mais baixos níveis de ataques de toda a espécie, para tentar desgastar a principal razão da nossa força e do nosso sucesso. Mas, digo eu que, à força das circunstâncias do insucesso das suas derrotas e desespero, em podem eles continuar a acasalar-se furiosamente, nesta cópula contra natura...
Nós, pela nossa parte, permanecemos coesos e focados nos estritos termos em que gostarmos de competir e de ganhar: seja onde e quando for, bastarmo-nos a nós próprios, 'a honra aqueles que nos honrarem'. Jogaremos do nosso lugar na bancada, sempre juntos e à Benfica, com as nossas equipas."

José Nuno Martins, in O Benfica

Querido Pai Natal

"Eu sei que ainda falta algum tempo para as noites frias, para as canções natalícias nos centros comerciais e para a corrida às lojas, mas não quero perder tempo. Portei-me muito bem este ano. Não insultei nenhum adversário, não inventei mentiras para denegrir os meus opositores, não preparei uma série de jogos com equipas fáceis para poder dizer que sou o melhor da minha aldeia, não andei a vasculhar nas caixas de email de ninguém.
Também não fiquei nervoso quando a minha equipa jogou menos bem na pré-época, não pedi a cabeça de nenhum treinador, não insultei o presidente do meu clube e não exigi nenhum jogador de qualidade galáctica para substituir os dois defesas e o guarda-redes que foram transferidos de forma milionária para - imagine-se - Barcelona, Manchester City e Manchester United.
Já sei que estamos em tempo de crise e que não posso pedir excesso, por isso concentrei-me naquilo que me parece importante. Querido Pai Natal, quero que o SL Benfica continue a ganhar. Quero que os nossos adversários continuem a errar, a chorar, a lamentar-se e a afundar-se cada vez mais na sua arrogância e falta de educação. E, de preferência, de forma mais silenciosa e sem o compadrio de quem lhes dá tempo de antena.

PS - Já agora, se for possível, Pai Natal, achas que é possível dares uma ajudinha na Champions?"

Ricardo Santos, in O Benfica

Os 12 títulos

"A conquista da 7.ª Supertaça Cândido de Oliveira assentou na mesma receita de sempre - a força dos adeptos conjugada com uma equipa focada na vitória. Esta fórmula tem-se revelado verdadeiramente explosiva!
Digam o que disserem, conquistar 12 títulos em 16 possíveis só está ao alcance dos clubes que têm um projecto sólido, consolidado e estruturado. O que mais me impressionou foi o incessante apoio dos benfiquistas, que, do primeiro ao último minuto, empurraram Luisão e seus pares para mais um triunfo claro e justo. Também registei o espírito de grupo da nossa equipa a cada festejo dos golos, onde foi patente a união dos nossos heróis. No final do jogo, impressionou-me a forma como Bruno Varela foi saudado por Paulo Lopes e Júlio César.
Todos reconhecemos o valor de mais um produto 'made in Seixal'. Bruno Varela provou a razão de ser titularíssimo de um das melhores selecções europeias de Sub-21. A escolha de Rui Jorge, por si só, já seria um atestado de qualidade. Mas o desempenho do nosso jovem guarda-redes em Aveiro dá-nos todas as garantias de uma época que pode ficar na história do Clube. Para que isso aconteça, será imperiosa a união de toda a família benfiquista. No Sport Lisboa e Benfica, todos contam e todos fazem falta. Como frisou, e bem, Luisão na homenagem que lhe foi feita na BTV pela conquista dos 20 títulos de águia ao peito, os adeptos são essenciais.
Saibamos manter este espírito de união, saibamos estar focados no 'objectivo penta' e saibamos, sobretudo, resistir a todas as provocações e mentiras que são diariamente plantadas pelos mesmos de sempre."

Luís Fialho, in O Benfica

O VAR esse canalha

"O inimigo das multidões, o canalha, já não veste de preto, está sentado numa sala. E isso quase que basta para se exigir maior qualidade nas arbitragens.

E assim começou a Liga, já tínhamos saudades e ninguém quis perder o balanço. Um Sporting sem deslumbrar, profissional e cumpridor nas Aves; um Porto demolidor, de ataque (se Aboubakar acertasse em cheio em quantos ficaria?) e rápido a chegar à baliza adversária; e Benfica e Braga que proporcionaram um grande espectáculo.
Três jogos, e sabendo que ainda há muito a melhorar, três vitórias categóricas, para gáudio dos adeptos que assim rapidamente enterraram quaisquer dúvidas que subsistissem oriundas da pré-época. Eu, como aqui escrevi, não as tinha, não lhes dou importância; treinos de preparação não são a competição a doer.
A principal vedeta neste arranque de campeonato chama-se VAR (Video Assistant Referee). Bastava ver as redes sociais ou ouvir algumas conversas de amigos, para se perceber que esta nova realidade, que está a das os primeiros passos, será o tema de muitos debates e polémicas que alimentam a paixão e muitas horas de emissão nas nossas televisões e rádios.
Quando Rui Santos - saúde-se o colunista do Record por ter sido o primeiro paladino desta causa - lançou a ideia da introdução das novas tecnologias não morri de amores pela ideia. Tinha algumas hesitações na altura e tenho a certeza que muitos também as tiveram. Julgava que poderia tirar um dos condimentos essenciais do futebol, sobretudo das suas discussões: o erro do árbitro.
Com uma tomada de decisão quase asséptica, de quem está num gabinete a ver todos os lances ao pormenor, ao contrário do árbitro e assistentes que decidem em milésimas de segundo, muitos pensariam que o jogo perderia ritmo e com a certeza mostrada por todos os ângulos televisivos deixaria de haver espaço para acesas discussões.
Mas há algo mais importante a verdade desportiva. E, essa, vale muito mais do que gritarias, não tem preço e o desporto-rei ganha com ela. Tenho de dizer, curiosamente, que o que me tornou um crente nas virtuosidades do VAR foi o último Campeonato do Mundo de râguebi. Ali, para lá da qualidade dos espectáculos, observámos como não se perde centelha de paixão com as pausas para a eliminação de erros e 'A verdade vence sempre', como diria o filme de Henry Hathaway.
Claro que ainda nem tudo funciona bem, como vimos já em alguns jogos com más decisões evidentes. Porém, com o VAR, existem mais garantias de que as consciências vão dormir mais tranquilas. Há coisas que têm de haver mais transparência na comunicação das decisões.
Mas há algo que é evidente: reparem como o VAR já retirou pressão sobre árbitros e assistentes. Agora, o inimigo das multidões, o canalha, já não veste de preto, está sentado numa sala. E isso quase que basta para se exigir maior qualidade nas arbitragens. Os erros acontecerão inúmeros vezes, porque errar é humano; no entanto, estou convicto que as injustiças serão menores e todos temos a ganhar com isso."


PS: Esta crónica tem muito que se diga, a começar pelo absurdo elogio ao Caracolinhos!!!
Mas mais importante, como se viu esta noite em Alvalade, o VAR (que de facto é uma excelente ideia), está a ser 'manipulado' para servir os interesses de determinados Clubes...
Eu sei que a secção técnica do CA da FPF, vai dizer que a prova vídeo não é suficientemente clara, para reverter a decisão do árbitro principal, mas como é que se justifica não marcar o penalty sobre o Jardel, e depois 'oferecer' a vitória aos Lagartos desta forma?!!!
Se a minha memória não me falha, os Lagartos num dos últimos jogos contra o Barcelona na Europa, sofreram um peanlty idêntico! Recordo-me do 'choro' que foi nos pasquins e nas televisões... Obviamente, esta noite ninguém se lembrará de tal coisa... A minha 'preocupação' com penalty desta noite, é como será daqui para frente! Será que todos lances iguais vão ser penalty?!!!
Esta é uma daquelas perguntas retóricas, porque todos nós sabemos, que o Benfica (e a maioria das outras equipas) nunca irá beneficiar de um penalty deste tipo, muito menos a poucos minutos do fim da partida, com o resultado em aberto!!!!

O VAR precisa de paredes de vidro

"Tenho dito e escrito, desde que se começou a falar na possibilidade da introdução de meios tecnológicos na arbitragem dos jogos de futebol (no Mundial de 1998 já questionei o presidente da FIFA sobre essa matéria...), que estes não erradicariam o erro mais iriam diminuí-lo drasticamente. A primeira jornada da Liga portuguesa deu razão a esta tese, os árbitros apresentaram-se seremos com o respaldo do vídeo e as notas atribuídas assim o comprovam. Porém, neste fase em que a procissão está apenas a sair do adro, há um esforço pedagogico a fazer para além daquilo que foi ensaiado. Tomemos, como exemplo, o caso do lance invalidado ao SC Braga que podia ter dado o 3-2 aos minhotos. Ao longo do dia de ontem as redes sociais foram inundadas com gráficos e linhas, umas paralelas, outras oblíquas, outras manifestamente tortas, que só serviram para aumentar a confusão em nome de um sectarismo que importa desmascarar e chutar para canto.
É imperioso que o VAR de serviço ao jogo da Luz venha explicar, de viva voz, as suas razões. É nesta dimensão de um indesejado secretismo que mais tem pecado esta (positiva) experiência do VAR. No râguebi, por exemplo, é possível ouvir as conversas entre o árbitro principal e o VAR e cada lance é mostrado à exaustão, no estádio e a quem está em casa. A informação e a transparência são amigas dos árbitros e é essa prática que urge implementar em Portugal. Caso contrário, o terrorismo informativo, nestes tempos em que fake news campeiam nas redes sociais, encontrará terreno fértil para fazer medrar os seus propósitos fundamentalistas e sectários."

José Manuel Delgado, in A Bola

O próximo passo

"Os desenvolvimentos tecnológicos são de tal forma evidentes que tornam possível observar uma imagem, estando comodamente sentado, a distância considerável do local do evento. O atraso na recepção da imagem é mínimo. Isto permite uma observação uma observação de tudo o que se passa num jogo de futebol. Esta época deu-se um passo importante com a introdução do videoárbitro. A possibilidade de intervenção em quatro momentos - golos, grandes penalidades, vermelhos e identificação de jogadores - vem ajudar nas decisões do árbitro. Claro que os erros não vão deixar de existir, principalmente porque a interpretação pode ser subjectiva em muitos desses momentos. Como qualificar a intensidade do contacto entre dois jogadores? Este é um desses momentos, por exemplo. Outros, como perceber se houve falta ofensiva antes da falta defensiva, ou se existe ou não fora de jogo antes do golo, são mais factuais. Mesmo assim a interpretação não é unânime, como se tem percebido.
Contudo, esta funcionalidade provoca maior exposição, o que implica que os critérios de análise sejam o mais rigorosos possível por forma a não se criar descredibilização em relação ao processo de decisão. Este é o desafio dos próximos meses. Penso que vamos continuar a evoluir no processo, até na modificação de regras. Estamos perante mudanças importantes, que, estou certo, se tomarão mais profundas brevemente.
A introdução do tempo útil de jogo, o número de substituições, o jogador substituído pode voltar ao jogo, num primeiro momento, e as expulsões temporárias num segundo momento, serão temas que estão ou estarão em discussão. Ter, como exemplo, duas partes de 30 minutos úteis, ou até 3 de 20/25 minutos com o aumento do número de substituições, termina com muitas discussões sobre as perdas de tempo e retira ao árbitro essa decisão. A evolução faz-se, também, com o reconhecimento de erro, sem necessitarmos de unanimidades que retiram credibilidade ao processo."

José Couceiro, in A Bola

Candidatos por igual

"O Benfica tem sido considerado o principal favorito à conquista da Liga pela simples razão de que é o campeão em título. Há vários treinadores a defender esta ideia, mas não só: a maioria dos jogadores, ‘opinion makers’ e adeptos consultados também entendem que o vencedor anterior será sempre, em qualquer circunstância, o principal candidato ao título seguinte. Com todo o respeito, não faz sentido. É tão desajustado esse juízo como fazer ‘sentenças’ durante a pré-época e tirar muitas ilações ainda em Julho ou Agosto.
Benfica e FC Porto tiveram comportamentos muito diferentes nos jogos de preparação. Nota baixa para as águias, nota alta para os dragões. E depois? Que conclusões se podem tirar a partir daquilo que acontece em jogos com 20 substituições, disputados em ritmo baixo, contra equipas de divisões secundárias ou frente a colossos que muitas vezes aproveitam a pré-época para testar um plano B para ocasiões especiais?
O campeão não é mais nem menos favorito ao título do que FC Porto e Sporting. Hoje, dia em que se inicia a 2.ª jornada, o Benfica tem os mesmos pontos e as mesmas possibilidades que os seus rivais de vir a terminar na liderança. O FC Porto ficou em 2.º lugar na última época. Será, por isso, o principal candidato a acabar em 2º? E o Sporting? É o grande favorito a terminar em 3.º?"

O novo regime jurídico dos empresários desportivos

"1. O que mudou com o novo regime jurídico dos empresários desportivos?
Entrou em vigor no passado dia 19 de Julho a Lei n.º 54/2017, de 14 de Julho, que estabelece o regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo, do contrato de formação desportiva e do contrato de representação ou intermediação. Concretiza agora a lei que o contrato de representação ou intermediação é um contrato de prestação de serviço celebrado entre um empresário e um praticante ou uma entidade empregadora. Este tipo de contrato obedecerá a forma escrita, devendo ser definido com clareza o tipo de serviços a prestar pelo empresário desportivo, a remuneração que lhe será devida e as respectivas condições de pagamento. O contrato terá sempre uma duração determinada, que não poderá exceder dois anos. Fica expressamente vedada a representação de praticantes menores de idade por empresários, no seguimento do que já se estabelece no Regulamento de Intermediários da FPF, mas em sentido contrário ao previsto no Regulations on Working with Intermediaries da FIFA, que permite a representação de menores, mas não a remuneração dos seus intermediários.
2. Quais são os novos limites à remuneração dos empresários?
No âmbito de um contrato de representação ou intermediação celebrado entre um empresário desportivo e um praticante desportivo, a remuneração do primeiro não poderá exceder 10% do montante líquido da retribuição do praticante desportivo, mantendo-se o dever de pagamento apenas durante a vigência do respectivo contrato de representação. Contudo, não se estipulou qualquer limite máximo à remuneração a pagar pelos clubes aos empresários. Recorde-se que, na vigência do regime anterior, o montante máximo recebido pelo empresário era fixado em 5% do montante global do contrato, salvo acordo escrito em contrário no contrato inicial. Trata-se, assim, de uma grande alteração face à lei anterior."

Alvorada... com Rui Manuel Mendes

Falar pouco e jogar muito

"O Sport Lisboa e Benfica não alimenta polémicas, não tem dívidas a ex-jogadores e treinadores, não vive sob intervenção financeira da UEFA, não está traumatizado pelo passado, não se esconde por trás de treinadores, não vive obcecado pelos seus rivais, não cria factos falsos para desviar as atenções de falta de resultados, porque está totalmente focado em si próprio e na luta pelas vitórias. 
Conseguimos 12 dos últimos 16 títulos no futebol em Portugal. Com a mesma humildade e respeito por todos os clubes queremos prestigiar o futebol com esta nossa maneira de estar. Falar pouco e jogar muito e fazer de cada jogo uma festa."

Jornal... Super, Luisão & Afins

Antes e depois...

Benfiquismo (DLVII)

Porto Alegre, Beira Rio, 1969

NetPress... ainda o rescaldo

Aquecimento... Arranque

Lixívia 1

Tabela Anti-Lixívia
Benfica.......... 3 (0) = 3
Corruptos..... 3 (0) = 3
Sporting........ 3 (0) = 3

Início de uma nova era na arbitragem. Os erros não vão desaparecer, as polémicas vão continuar, se calhar até aumentar... Até porque poucos estão preocupados em 'estudar' os protocolos e as limitações do VAR... Mas pelo menos os erros mais 'descarados' serão anulados...

Esclareço, que vou continuar a comentar os erros dos árbitros de campo, tal como fiz nas épocas anteriores. Sendo o VAR, um outro 'capitulo'!!! Sendo inclusive possível, defender que o árbitro cometeu um erro, e o VAR não o deve corrigir!!!
Existem protocolos definidos, o VAR só poderá ser usado em determinados lances... E como princípio basilar, o VAR só poderá 'mudar' uma decisão do árbitro de campo, quando existirem provas irrefutáveis do erro... Em lances duvidosos, do 'parece que...' o VAR não deve interferir!

Na Final da Taça no Jamor, e na Supertaça em Aveiro o VAR já tinha sido usado. Nesses dois jogos, acho que o VAR esteve bem... No Jamor, os jogadores do Guimarães, 'jogaram' a bola com o braço duas vezes, mas são sempre lances subjectivos (deliberado ou não...?!); em Aveiro no lance com o Salvio a decisão foi a mesma, num lance idêntico... com o VAR a não alterar a decisão do árbitro de campo...

Após a 1.ª jornada, da nossa Liga principal, dos jogos que assisti (resumos, a maior parte), o único erro grave, foi mesmo o penalty não assinalado sobre o Jardel!
A falta é clara... o Jardel estava a ser agarrado, antes, durante e depois da marcação do Canto! A teoria 'peregrina' que ambos os jogadores se estavam a agarrar, não colhe, pois o 'avançado' (neste caso o Jardel), não quer agarrar ninguém, não estava a fazer um bloqueio, queria disputar a bola de cabeça, se o Jardel empurrou alguém foi numa tentativa de se libertar, ao contrário do adversário, que só mostrou interesse em impedir o Jardel de chegar à bola...
Lance de penalty, o VAR só tinha que indicar ao árbitro de campo, que era penalty!
Curiosamente, este foi a última jogada antes do intervalo, mas como é óbvio, o penalty tinha que ser marcado...
No outro lance onde se 'pediu' a intervenção do VAR, foi no fora-de-jogo do Ricardo Horta. O auxiliar marcou fora-de-jogo, portanto o VAR para alterar a decisão, tinha que ter a certeza absoluta que o avançado estava em 'jogo'... e isso é impossível. As imagens não são claras, inicialmente também fiquei com dúvidas... Depois de ver várias 'fotos', acho que o Horta estava mesmo em fora-de-jogo... mas isso nem é importante na decisão do VAR! Não havendo provas irrefutáveis, o VAR não poderá alterar a decisão de 'campo'!!!
Sendo que este lance ainda tem uma nuance mais 'complicada':
- É que a jogada inicia-se numa falta grave, não assinalada, à entrada da área do Braga, onde o André Almeida é atingido com um pontapé no braço, ligeiramente fora da área! Seria livre directo, e Vermelho directo para o Central do Braga... O problema, é que como foi fora da área, o VAR não pode agir... Mas se a consequência final desta jogada fosse um golo (tal como o Braga queria) então o VAR teria que 'avisar' que a jogada teria começado com uma irregularidade...!!!
No fora-de-jogo ao Hassan, a decisão do auxiliar foi a correcta, o Egípcio estava mesmo em fora-de-jogo, o meu problema é com a intervenção do VAR neste tipo de lances:
- o 'fiscal-de-linha' levanta a bandeirola, antes da bola entrar na baliza, o próprio árbitro apita antes da bola entrar... e depois o VAR vai analisar o lance?! E se o guarda-redes 'parou' antes da bola entrar?! Admito que neste caso específico, tanto a acção dos nossos Centrais, como a acção do Bruno Varela, não 'mudou' (tal como aconteceu no Dragay, no 4.º golo dos Corruptos), mas vão existir lances onde isso não vai acontecer, lances onde a linha defensiva pode 'parar', o guarda-redes não se 'atira' à bola... como é que VAR pode interferir neste tipo de jogadas?!!!

Em relação à actuação do Xistra (extra-VAR), só posso ficar irritado! Critério disciplinar absolutamente absurdo... Muitos Amarelos, perdoados aos jogadores do Braga(e não vale a pena falar do Eliseu... porque o Eliseu se tivesse levado Amarelo mas cedo, nunca teria feito aquela falta premeditada...), e alguns vermelhos... Ridículo, como é que o comportamento anti-desportivo do jogador do Braga, que numa reposição lateral rápida do Almeida, com outra boa na mão, atirou a bola para a zona onde o Benfica conduzia o contra-ataque, e não foi Amarelado...!!! E se o Jonas levou amarelo por 'atirar' a bola contra a relva em protesto, o que dizer do Esgaio que fez o mesmo... e nada se passou!!!
Foi no Benfica-Braga de 2014/15, ainda com o Judas como treinador, que o Benfica beneficiou de uma expulsão, em tempo útil de jogo... e como se viu no jogo de ontem, este 'jejum' vai continuar!


Na Vila das Aves, o VAR não teve influência... as únicas criticas foram para o critério disciplinar, onde o árbitro decidiu 'poupar' nos cartões, para os dois lados! Mesmo assim, nas faltas junto das áreas, o critério foi bastante desigual... qualquer contacto dos defesas Avenses era logo falta, do outro lado, só a partir do 0-2, é que houve 'autorização' para umas faltinhas no meio-campo defensivo dos Lagartos!

No Dragay, houve dois lances potenciais polémicos:
- no 1.º golo dos Corruptos, o Danilo jogou a bola com o braço no início da jogada... mas não me parece uma 'mão' deliberada!
- no 4.ª golo dos Corruptos, o VAR 'corrigiu' e bem uma decisão errada do auxiliar...
Como não acompanhei o jogo, não me posso pronunciar sobre os critérios disciplinares e técnicos...

Anexos:
Benfica
1.ª-Braga(c), V(3-1), Xistra (Verissímo), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Aves(f), V(0-2), Tiago Martins (Pinheiro), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Hugo Miguel (Luís Ferreira), Nada a assinalar

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