Últimas indefectivações

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lixívia Extra-Forte IX

Tabela Anti-Lixívia Extra-Forte:
Benfica.......23 ( 0)...23
Corruptos..23 (+3)...20

Sporting......20 (0)...20
Braga........18 ( +3)...15


Por uma questão de sanidade só vi o jogo do Glorioso, orgulhosamente voltei a não fazer parte das audiências televisivas Corruptas (e respectivos submissos)!!! Estranhamente no Dragay parece que nada de passou (além do auto-golo!!!), e em Coimbra também não...
Adenda: Tardiamente foi informado, que Kléber agrediu à cabeçada um adversário, o árbitro decidiu dar um amarelo para cada lado!!!


Os Lagartos, embalados pelos choradinhos, lá vão caindo ao som do apito... Não existe penaty sobre o Holandês 'mergulhador': o contacto existe, nas o sportinguista antecipou o contacto. O jogador do Feirense foi anjinho, mas o Lagarto arrastou a perna, provocou o contacto, talvez por falta de experiência começou a cair, antes do contacto com a perna esquerda... Em sentido contrário, devia ter sido penalty sobre o Elias, que só não foi marcado pelo exagero teatro do Brasileiro. Existiram dois foras-de-jogo mal marcados ao Feirense. O amarelo ao Rinaudo é mal mostrado, a falta sobre o Jefren para mim, merecia amarelo, arriscou o vermelho, mas o Jefren saltou, e evitou o contacto... De todos os erros, o segundo amarelo ao Henrique é completamente absurdo, e com um impacto decisivo no resultado do jogo...


Na Luz, tudo 'normal': golo mal anulado ao Benfica; Penalty sobre o Rodrigo, toque do Mexer no pé esquerdo do Rodrigo; falta na meia-lua sobre o Gaitán não marcada, como é habitual (o Cardozo podia marcar o livre...!!!); e um critério disciplinar ridículo, que permitiu sucessivas faltas dos Algarvios sem punição...!!!


Anexos:

Benfica
1ª-Gil Vicente(f) (2-2), João Ferreira, Nada a assinalar
2ª-Feirense(c) (3-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Nacional(f) (0-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4º-Guimarães(c) (2-1), Duarte Gomes, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Académica(c) (4-1), Vasco Santos, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
6ª-Corruptos(f) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Paços de Ferreira(c) (4-1), Bruno Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
8ª-Beira-Mar(f) (0-1), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
9ª-Olhanense(c) (2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado

Corruptos
1º-Guimarães(f) (0-1), Olegário, Beneficiados, (0-0), +2 pontos
2ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Leiria(f) (1-4), Capela, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Setúbal(c) (3-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Feirense(f) (0-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
6ª-Benfica(c) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Académica(f) (0-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
8ª-Nacional(c) (5-0), Cosme Machado, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
9ª-Paços de Ferreira(c) (3-0), Hugo Miguel, Beneficiados, Sem influência no resultado

Sporting
1ª-Olhanense(c) (1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2ª-Beira-Mar(f) (0-0), Fernando Martins, Nada a assinalar
3ª-Marítimo(c) (2-3), Proença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
4ª-Paços Ferreira(f) (2-3), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
5ª-Rio Ave(f) (2-3), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
6ª-Setúbal(c) (3-0), Cosme Machado, Nada a assinalar
7ª-Guimarães(f) (0-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
8ª-Gil Vicente(c, (6-1), João Capela, Beneficiados, Sem influência no resultado
9ª-Feirense(f) (0-2, Gralha, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar

Braga
1ª-Rio Ave(f) (0-0), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
2ª-Marítimo(c) (2-0), Soares Dias, Beneficiados (1-0), Sem influência
3ª-Setúbal(f) (0-1), Hugo Miguel, Beneficiados (0-0), +2 pontos
4ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Costa, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f) (1-1), Pedro Proença, Nada a assinalar
6ª-Nacional(c) (2-0), Xistra, Nada a assinalar
7ª-Leiria(f) (0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
8ª-Feirense(c), (3-0), João Ferreira, Nada a assinalar
9ª-Académica(f), (0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar

O plano anunciado

"No dia 9 de maio, o presidente da Liga de Futebol Profissional assumiu um compromisso: apresentar um plano para o futebol profissional até 30 de junho. “Um plano que engloba um modelo de desenvolvimento, quadros competitivos adequados, recursos financeiros disponíveis e mudanças regulamentarmente necessárias”, disse então Fernando Gomes. Percebemos mais tarde que, afinal, o plano não era para transformar o futebol organizado pela Liga e a sustentação dos clubes associados. Antes era, sem que os incautos o compreendessem, um plano para se transmutar: chegar a presidente da Federação.

Sendo assim, não admira que a Liga esteja parada no carril – para além da propaganda à volta de um “Congresso sobre o Futebol” – e convertida (nas mais diversas variantes, com exceção dos endereços de e-mail) na sede de campanha de “Gomes a Presidente” (numa espécie de “concorrência desleal” em relação à Câmara de Tondela). O que, ao que se aparenta, é aceite e estimulado pelos clubes, que deram a Gomes “mandato” para tal campanha. O que é manifestamente um sintoma de transparência. Nada como a limpidez de se assumir que há muitos meses nada de significativo se faz, a não ser o “mandato” para nomes, reuniões, telefonemas, visitas ao domicílio, sensibilidades, influências, estética, gerontologia e muito… muito “power point”!

Entretanto, em junho, a Universidade Católica entregou à Liga um pertinente estudo sobre as condições de viabilização do futebol profissional. Uma boa medida, mas, por ora, abafada pelas ambições de um “novo ciclo” de “regeneração” – outro, portanto – do futebol e, nesse ciclo, de uma Liga (norteadamente?) decadente…

A investigação concluiu que os instrumentos e as políticas para uma nova estratégia para a indústria do futebol passam por “3 grandes desafios”, que, acrescenta, “são também as grandes oportunidades identificadas para a indústria” aumentar as receitas. A saber: (1) “competitividade desportiva e futebol espetáculo” (bilheteira, direitos televisivos e “merchandising”); (2) “valorização do plantel e do futebolista português”; (3) “alargamento do mercado além-fronteiras e internacionalização”. Para atacar estes desafios seria preciso diminuir a distância entre os clubes de dimensão internacional e os restantes; reestruturar a segunda liga como competição semiprofissional; centralizar a negociação dos direitos televisivos na Liga; gerar na Liga a produção de serviços necessários aos clubes para que estes reduzam custos; criar modelos de apoio aos clubes que descem e sobem nas competições profissionais; estabelecer uma plataforma global de ingresso, valorização e transferência de jogadores estrangeiros jovens; enquadrar as competições “B” para capitalizar a formação do jogador português; alargar as competições aos “mercados” de língua portuguesa; redesenhar em coletivo as linhas de crédito para os clubes mais deficitários e desprotegidos.

No documento, propõe-se isto e mais para fazer. Repito: fazer. Tudo aquilo que Gomes, como “funcionário” mimético a tempo inteiro, não mostra ser capaz. Mudará a sua natureza nos corredores da Federação?"


domingo, 30 de outubro de 2011

Vitória, com golos bonitos...



Benfica 5 - 1 Operário



Tradição cumprida: o Benfica ganhou, e o guarda-redes adversário fez a exibição da sua vida!!!

Nova Luz

"Há oito anos, o povo vermelho rejubilou. O novo Estádio era inaugurado com entusiasmo incontido. A monumentalidade do novo anfiteatro benfiquista correspondia à reabilitação do Clube, após um dos períodos menos edificantes do seu longo historial.

A Nova Luz foi quase um milagre. Um milagre à Benfica. Erigida em tempo recorde, depois de inúmeras e talvez incontáveis peripécias, provou à saciedade o dinamismo espantoso do Benfica. Nenhuma outra agremiação desportiva, nacional ou internacional, quero acreditar, conseguiria erguer semelhante obra num tão limitado espaço de tempo e com recursos financeiros menos palpáveis. Recordo que o processo, desde a sua génese, não foi pacífico. Gente conservadora, ainda que benfiquista, chegou a objectar com ruído. Até Eusébio, símbolo maior, obrigou-se a intervir publicamente, dando o seu aval à demolição do velho recinto e sublinhando a necessidade do Benfica não perder a carruagem da modernidade.

Se na Nova Luz, hoje, é absolutamente consensual e motivo de orgulho de todo o Universo 'encarnado', justifica-se recordar a luta titânica empreendida por Mário Dias, então dirigente, cuja determinação foi imperativa para que o novo Parque Desportivo se tornasse uma realidade. Da mesma forma, no consulado ainda de Manuel Vilarinho, o actual presidente, Luís Filipe Vieira, pode reivindicar, sem qualquer laivo de imodéstia, um papel fundamental na engenharia financeira de todo o processo.

Passaram oito anos. O Benfica cresceu. Cresceu de forma inexorável. Cresceu em termos materiais? Cresceu muito. Cresceu em termos competitivos? Cresceu muito. O Benfica cresceu tanto quanto o registo hodierno impunha. Há uma nova Luz no século XXI. Há um novo Benfica? Há, seguramente, um Benfica que trata por tu a contemporaneidade. Agora, só precisa de andar um pouquinho à frente do futuro."


João Malheiro, O Benfica

Do antigo se fez novo

"Quis uma mente iluminada que o lançamento de um novo livro de Nuno Markl, com ilustrações de Patrícia Furtado, fosse feito na Secundária de Benfica, hoje Escola Secundária José Gomes Ferreira. A edição da 'Caderneta de Cromos' foi apresentada aos fãs no anfiteatro mítico - o das festas de final de período, do arranque da década de 80 e do som dos slows a 45 rotações - no bloco central dos cinco edifícios modernos erguidos em Benfica, em contraste com a vida e comércio típicos do Bairro. Além das linhas de eléctrico na rua que ligava as Portas a Sete-Rios, havia diversos elementos característicos da zona: o Mercado, a Fábrica Simões, o Bairro de Santa Cruz, a Mata, o Nilo, o Califa e o Estádio da Luz, colado à mais recente 2.ª circular, erguida acima ao ainda mais recente centro comercial Fonte Nova.

O Estádio da Luz era gigantesco, monumental, o maior do País e capaz de ser dos maiores da Europa, com três campos de apoio (um deles pelado, acolhia o Hóquei em Campo), uma pista de Atletismo, uma Piscina, dois Pavilhões e vários courts de Ténis. Marcou-me, enquanto sócio que saldava as suas contas em contacto com um cobrador do Sport Lisboa e Benfica que nos visitava em casa mensalmente. Nenhum miúdo daquele tempo imaginaria que uma obra daquelas pudesse vir abaixo. Veio, por uma boa causa. Hoje o centro dos festejos e origem das alegrias é mais moderno, apesar de já não poder albergar 120 mil espectadores. É ainda o maior do País e um dos melhores da Europa. Aqui se entra e daqui se sai em curtos minutos, ao contrário do antigo, havendo motivos de orgulho diferentes dos que foram encerrados no Estádio demolido. Oito anos de Nova Catedral significam outros tantos de dedicação a uma causa, com exemplos de entrega incondicional espalhados pelos diversos sócios fundadores. Pessoas comuns misturadas com os ídolos, juntos ergueram o símbolo adorado por todos quantos fazem o Benfica."


Ricardo Palacin, in O Benfica

Surreal



Benfica 2 - 1 Olhanense



Um jogo que devia ter acabado com uma goleada histórica, acabou em sofrimento, com o Capitão a dar o corpo ao manifesto!!!

Não estamos habituados a gerir vantagens desde do primeiro minuto, é verdade... facilitamos, é verdade... se calhar alguns já estavam a pensar na Champions, é verdade... tivemos o golo da tranquilidade (que podia abrir as 'portas' à goleada), mal anulado, é verdade... o Olhanense nada fez para marcar um golo, é verdade, mas marcou... dito isto, continuo com dificuldades em explicar o que se passou, o nosso grande Viriato fala em masoquismo, se calhar é isso mesmo...


Grande entrada do Rodrigo (temos que começar a recalcular a transferência do Di Maria, semanalmente, após cada golo do nosso Rodri...!!!), temos jogador, como já se 'cheirava', agora nada de exageros, o Rodrigo ainda tem que evoluir muito, principalmente a jogar de costas para a baliza, nas recepções...

Passou despercebido, mas voltou a fazer um excelente jogo. A evolução é enorme. O Matic aproveitou bem os problemas físicos do Javi, já se sabe pocisionar, já joga na antecipação, já mete o pé de outra forma, ainda falta soltar a bola um pouco mais rápido, mas temos jogador...


Não gostei de um comentário que ouvi na rádio, sendo assim esclareço: no golo sofrido a culpa é do Emerson, e do Matic, e do Bruno César, e do Garay, e do Luisão, e do Maxi (o Gaitán até estava na zona da bola, mas a responsabilidade daquela cobertura não é dele)... já estou farto de embirrações teimosas e parvas com jogadores do Benfica!!!

Também pode ficar registado, que o nervosismo que se instalou nos Benfiquistas (no Estádio e em casa), deveu-se essencialmente, ao Benfica... friamente, o Olhanense além do golo, só teve mais uma oportunidade (nos descontos), o Artur não fez uma única defesa... Em Portugal habitualmente elogia-se este tipo de equipas, inventa-se histórias de jogo repartido e mais algumas coisas absurdas... neste jogo chegámos ao cumulo de ter sido o Benfica, a 'apressar' o jogo, mesmo a ganhar, e o guarda-redes Algarvio a perder, ia queimando tempo!!! Só em Portugal....


PS1: Sim, nos últimos 20 anos, este é o melhor arranque do Benfica!!! Sim, com o Jesus!!! Sim, com o Vieira!!! Sim, com sofrimento desnecessário...

PS2: Alerta para Quarta. As previsões são de temporal, chuva e vento!!! Espero que os responsáveis pelo relvado estejam preparados.


Excelente vitória



Fonte Bastardo 1 - 3 Benfica

25-19, 20-25, 26-28, 20-25

Primeira vitória



Benfica 11 - 1 Riba d'Ave



Show de bola, ou show de Viana...!!!

Mais um massacre...



Benfica 41 - 21 Xico Andebol



...este ano em várias modalidades o desequilíbrio em alguns jogos vai ser gritante, falta o carcanhol dos Municípios!!!

Jogo com pouca história, onde o Benfica repetiu a dose dos últimos tempos: entrada a matar, a defender e a contra-atacar (23-9 ao intervalo!!!), e depois, a controlar... e é assim que deve ser sempre.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O homem do fraque

"As Antas estavam às moscas. Ou melhor, às varejeiras. Eles não têm culpa, pobres diabos, vendo bem. O Euro-2004 desorganizou a verdade dos estádios de Portugal - pôs em Leiria um de 25.000 lugares onde só vão 500 macacos; pôs em Aveiro um de 35.000 lugares onde só vão meia-dúzia de apanhadores de moliço; pôs no Algarve um de 20.000 lugares onde não vai quem quer que seja; e pôs nas Antas um de 50.000 lugares que encheu no jogo de estreia do Europeu e só volta a encher quando joga lá o Benfica e saem à rua todos os ordinários das redondezas com as bocas cheias de pedras e de bolas de golfe. Por isso, repito, não é de admirar que lá tenham estado meia-dúzia de gatos pingados.

É o normal. Árbitro não deve ter estado, nem fiscal-de-linha, senão teriam visto aquele golo em fora de jogo, que tão conveniente foi para descansar o clube em que todos parecem andar irritados uns com os outros, vá lá saber-se se por não perceberem ao certo como ganham, se por não perceberem ao certo como não ganham. Lá do alto do seu poiso que, como dizia o Hugo Chávez, deve tresandar a enxofre, o Madaleno controla tudo. Tem mesa marcada na marisqueira de Matosinhos até para o árbitro incompetente que se esqueceu de lá ir. Um envelope ou dois para resolver qualquer problema urgente que a explosão da crise possa ter criado nos últimos dias para os representantes do senhor de cócoras, sempre tão alegremente submisso. E umas meninas de coro para completar o convívio com as facturas da utilização a serem arquivadas na pasta das refeições. O único problema do Madaleno é não saber o que fazer com aquela figura sinistra e muda que, jogo após jogo, se mantém em pé no topo da bancada das Antas: o homem do fraque..."


Afonso de Melo, in O Benfica

A importância de Garay

"A vitória em Aveiro foi mais importante do que os números e os títulos dos jornais fazem supor.

Em primeiro lugar, o Beira-Mar, frágil no ataque, tem uma excelente defesa, depois o jogo sucedia a uma deslocação importante da Liga dos Campeões e o Benfica estava cansado, por fim vencemos uma arbitragem que, sem erros clamorosos, daqueles que fazem manchetes, empurrou nas pequenas faltas, nos amarelos, nos foras-de-jogo, o Benfica para um risco permanente de empatar o desafio. Um bom árbitro que não fez uma boa arbitragem e foi mal auxiliado.

Em suma, sem deslumbrar o Benfica conseguir ganhar e de preferência não passar por tantos sobressaltos. Aqueles livres e cantos no últimos minutos de Aveiro desfazem o coração do mais pacato adepto.

Olhanense, SC Braga e Sporting decidem muito daquilo que será o nosso campeonato. Os próximos três jogos serão decisivos na corrida ao título e não poderá haver deslizes. Parece claro que este ano a corrida será a três, é bom para o futebol que assim seja, e se for leal a competição o vencedor terá ainda mais valor e mérito. Ganhar na batota alegra pouco e poucos. Ganhar com classe e qualidade tem que ser o objectivo de um futebol decente.

Muito se tem falado das contratações mais importantes deste ano no Benfica, Nolito fez títulos no início da época, Artur veio depois ao impor a sua calma e serenidade como atributos decisivos, já poucos regateiam elogios a Bruno César e a Witsel, mas poucos falam de uma das mais decisivas contratações, Garay. Fantástico central, calmo e personalizado, com uma qualidade de passe rara, com um entrosamento com Luisão como se jogassem juntos desde pequenos, uma das mais decisivas compras do Benfica.

Hoje, temos uma das melhores duplas de centrais da Europa, na boa linha de Humberto, Mozer, Ricardo ou Gamarra."


Sílvio Cervan, in A Bola

Vitórias

"1. Categórico (e importantíssima) vitória em Basileia, muito 'tremido' o triunfo em Aveiro, onde não gostei da nossa equipa, que deveria ter 'morto' o jogo a tempo e horas, não nos fazendo sofrer naqueles minutos finais, quando um qualquer lance fortuito poderia dar um triste empate. Mas o importante foi ter-se ganho, mantendo a liderança. Vêm aí jogos (quase) decisivos...


2. Já aqui o disse: pelo seu passado, intimamente ligado à Direcção comprovadamente corrupta de Pinto da Costa no FC Porto, Fernando Gomes, candidato a presidente da Federação, não me inspira confiança. No entanto, a composição da sua lista, nomeadamente com Hermínio Loureiro e Humberto Coelho em postos importantes, deixa-me bem mais descansado. O Benfica, tal como muitos outros clubes, já manifestou o seu apoio a esta candidatura. Mas, entretanto, surgiu uma outra, encabeçada por Carlos Marta e apoiada (nomeadamente) pela Associação do Porto (Lourenço Pinto). Estranhamente, Fernando Seara aparece como presidente da Assembleia Geral.

Lamento (mas já não me surpreende...) que um benfiquista com responsabilidades apareça a 'apadrinhar' uma lista destas. Mais grave ainda é a posição de Luís Duque, com um alto (e bem remunerado) cargo no Sporting e que apoia uma candidatura contrária aquela que o seu clube defende. Mas isso é problema deles...

E quanto ao presidente da Associação de Lisboa, sempre de braço dado com a do Porto, chegou a hora de dar lugar a outro. Li com entusiasmo a notícia de que os clubes da principal associação do País se preparam para correr com ele.


3. O Sporting tem alguma razão de queixa das arbitragens num ou outro jogo das jornadas inaugurais do Campeonato. E tem feito à conta disso uma grande campanha de vitimização, alimentada por alguns jornais. Campanha que incluiu, a dada altura, notícias de desconfiança em relação a João Ferreira, que iria arbitrar um jogo seguinte, facto que agora de tenta esquecer mas que esteve (esse sim) na origem da 'greve' dos árbitros. Curiosamente, não vi salientado o facto de a sua vitória da semana passada frente ao Vaslui ter começado a desenhar-se com um penálti contra não assinalado, com consequente agressão e expulsão de jogador adversário..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

12.º Jogador

"O treinador do Benfica convocou 20 jogadores para o desafio no campo do Beira-Mar e cuidou que não ficasse em casa o 12.º jogador: «A situação do País não está fácil, mas espero que tenhamos um enorme apoio». E a equipa teve «enorme apoio» que o treinador pediu. Estava uma enchente no Municipal Mário Melo Duarte, de Aveiro, e ninguém terá dúvidas sobre quem tinha a maioria absoluta naquelas bancadas. Bastaria ouvir a banda sonora do encontro. Nos anteriores jogos em casa - excluindo a recepção ao Sporting -, o Beira-Mar tivera uma média de 2300 espectadores, média que subiu para 6700 com o Beira-Mar, 0 - Sporting, 0. No jogo com o Benfica era perto de 20 mil, o que elevou a média do estádio de Aveiro para 9900 espectadores.

E é assim com o Benfica, e só com o Benfica, que acontece este milagre, semana som, semana não, de casas cheias por esse País fora, público nas bancadas e dinheiro em caixa.

O Porto precisou do Benfica para levar 49 mil ao estádio. O vice-presidente da SAD do Beira-Mar reconheceu que a visita do Benfica permitiu «resolver questões prementes» do clube aveirense.

Mas do lado do Beira-Mar, independentemente da vontade do clube de Aveiro, que joga o seu futebol defensivo com muita entrega, houve também um 12.º jogador: foi um indivíduo fardado de azul e munido de um apito. Nenhum outro player deste desafio virou tanto jogo contra a baliza do Benfica, apitando por tudo e por nada, com dualidade de critérios, vendo faltas onde elas não existiam e vendo outras ao contrário, apontando livres perigosos à medida que os minutos se aproximavam dos 90. Em Aveiro, como é frequente em diversos jogos e modalidades, o Benfica ganhou contra duas equipas."



João Paulo Guerra, in O Benfica

Onda vermelha

"O Benfica foi jogar e ganhar a Aveiro. Mais de vinte mil benfiquistas nas bancadas ajudaram a trazer vida a um estádio novo e já decrépito, fruto de um investimento mal pensado aquando do Euro 2004, e com uma decrepitude resultante de uma gestão de merceeiro que não permite uma manutenção minimamente digna. Vinte mil benfiquistas serviram de bodo ao Beira-Mar, da mesma forma que vão servindo de bodo a tudo quanto é clube espalhado por este Portugal de mão estendida em busca de esmola.

A chico-espertice de uns quantos dirigentes associada a uma vergonhosa falta de eficaz regulação dos preços dos bilhetes leva a que se aproveitem despudoradamente dos benfiquistas a cada deslocação do nosso clube a casa alheia. Vemos, ano após ano, clubes a subsistirem desportivamente num beija-mão subserviente a um dono alheio que vai satelitizando e parasitando clubes com treinadores, jogadores e até dirigentes e outros homens de trazer no bolso. E vemos que esses mesmos clubes subsistem financeiramente em grande parte graças à receita que conseguem aquando da visita do Benfica.

Na presente época, devido aos bons resultados da equipa, começamos a ver crescer essa onda vermelha que acompanha a nossa equipa para todo o lado. A onda que recentemente mostrou em Basileia como é que, jogando fora na Champions, acabávamos por ter um apoio superior aos da casa é a mesma que em Aveiro demonstrou um apoio massivo e inequívoco à equipa. Desta onda fazem parte os três mil que se deslocaram recentemente, a meio da tarde, ao Estádio da Luz para ver um… treino.

Esta onda vermelha de crença e benfiquismo merece uma equipa vencedora e profissionais dignos e empenhados, mas merece também que quem regula o futebol em Portugal saiba tratar com respeito os que, pela sua presença nos estádios, garantem a subsistência do futebol em Portugal. Infelizmente, nem a Liga nem a Federação nos têm respeitado."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não me venham falar de brechas na organização

"SE, por acaso, estiverem à espera de que venha para aqui tratar mal o Hulk por ter mergulhado a cabeça num balde de lixívia sem ter pedido autorização ao sineiro da Torre dos Clérigos e, pior ainda, se estiverem à espera de que veja nisso um sintoma de brechas na super-organização da super-estrutura do super-FC Porto, nesse caso, não contem comigo.
Temos de ser racionados e defender a liberdade de cada um. E dizer a verdade também faz bem.
E não é verdade que o FC Porto beneficiou muito com a cor do cabelo de Hulk, igualzinha à cor dos equipamentos do Nacional no jogo de domingo passado? Só à conta do cabelo amarelo do Hulk, os fiscais-de-linha deixaram-se confundir maia-dúzia de vezes e dessas ilusões cromáticas - ...mas aquilo é um jogador do Nacional ou é o Hulk? - os campeões nacionais beneficiaram de dois golos nascidos de posições irregulares.
Portanto, não me venham cá falar em brechas na organização.

ANDRÉ VILLAS BOAS foi recebido com fidalguia no Coliseu do Porto por uma plateia que lhe soube dispensar uma ovação de pé. Foi bonito de se ver até porque veio contrariar os prognósticos mais sombrios que pairaram sobre a ocasião.
Mas como em Portugal as homenagens são sempre contra alguém, fica por saber se esta homenagem portista a Villas Boas não é, no fim de contas, uma grande contra-homenagem a Vítor Pereira que tem sido alvo de inusitadas desconsiderações públicas e privadas de cariz técnico-táctico, o que nem se percebe muito bem porquê visto que ainda a procissão vai no adro.
A atribuição do Dragão de Ouro a André Villas Boas só foi possível porque Vítor Pereira não conseguiu dar 5-0 ao Benfica no jogo da 6.ª jornada do campeonato corrente. Com esse resultado, ou com outro parecido e igualmente sonante, teria sido Vítor Pereira a subir ao palco do Coliseu no lugar de Villas Boas e a festa teria sido outra.
Não se duvide, no entanto, do apreço que o presidente do FC Porto tem pelo seu ex-treinador. No Verão passado, quando o treinador que lhe deu quatro títulos anunciou se ia embora, Pinto da Costa afirmou não se sentir dorido porque só se magoava «se caísse de um 7.º andar». Na segunda-feira, no Coliseu, declarou-se disponível e competente para «nos próximos trinta anos» escrever o prefácio da autobiografia de André Villas Boas.
A Pinto da Costa não só nunca se ouviu uma palavra menos polida sobre o actual treinador do Chelsea como também somos levados a crer, pelos exemplos citados, que quando se inspira em Villas Boas, o presidente do FC Porto respira imortalidade.
E não me venham cá falar em brechas na organização.

UMA pessoa inadvertida reflecte sobre o que anda para aí de movimentos para as eleições na FPF e fica sem saber no que reflectir.
Então o Filipe Soares Franco era o candidato do Pinto da Costa? Mas como seria isso possível se o Pinto da Costa foi tão deselegante para o Soares Franco quando este era presidente do Sporting?
E é verdade que o Fernando Gomes se candidatou à corrida sem o aval do Pinto da Costa? Impossível! Mas agora o FC Porto é o novo Sporting das liberdades de voto, onde Godinho Lopes apoia o Fernando Gomes e o Luís Duque apoia o Marta?
Então o Fernando Seara vem agora dizer que não se candidatou a presidente da FPF porque nunca aceitaria sacrificar «a cabeça de um amigo»?
Mas qual cabeça?
E qual amigo?
Vocês querem ver que o Godinho Lopes disse ao Fernando Seara que o Sporting só o apoiaria se o Seara lhe fizesse o favor de levar para a Federação o Luís Duque, por exemplo para vice-presidente das selecções, ou para vice-presidente de qualquer coisa, mas, por favor, que o levasse com ele para longe do Sporting?
Vamos continuar a reflectir...

ESTANDO o país em dificuldades e os trabalhadores numa aflição e sendo o Benfica o clube do povo, não espanta que a tirada de Jorge Jesus, que é treinador do Benfica, sobre as agruras da crise e a classe política nacional tenha ecoado ao longo de todo o fim-de-semana passado, chegando quase a provocar reacções de Estado. «Os nossos políticos se fossem treinadores de futebol estavam muito pouco tempo no lugar», disse Jesus.
Responderam-lhe a sério, e algo sentidos, alguns políticos de maior ou menor carreira e houve até quem lhe lembrasse que os políticos têm de passar por eleições e pelo veredicto popular.
Pois é verdade que sim. Os políticos são eleitos de 4 em 4 anos. Mas os treinadores de futebol têm eleições todos os fins-de-semana e, às vezes, a meio da semana e o veredicto popular, na glória ou na desgraça, funciona sempre e é quem manda, quem põe e quem tira.
Aliás, era precisamente a isto que Jorge Jesus se estava a referir.

NESTA fase das respectivas campanhas europeias saíram ao Benfica e ao Sporting equipas romenas que pouca ou nenhuma luta lhes têm dado. Felizmente, em nome da boa e secular rivalidade, tudo serve para alimentar conversas científicas sobre os poderios dos dois vizinhos da Segunda Circular.
Domingos Paciência não se aguentou e disse com grande sentido de oportunidade que os romenos do Vaslui (os dele) são muito melhores do que os romenos do Otelul (os do Benfica). Parece que não é verdade, em termos de palmarés, porque o Vaslui (os do Sporting) só ganharam em toda a vida uma Taça Intertoto enquanto o Otelul (os nossos) não só ganharam uma Taça Intertoto como também ganhou um campeonato e uma Taça da Roménia.
Que se tratam de dois colossos da Europa da Europa central, sobre isso que não reste dúvidas nenhuma...
Paciência, convém registar, não se saiu com esta do Vaslui ser muito melhor do que o Otelul a propósito de coisa nenhuma. É que o Benfica e o Sporting, para além de terem adversários romenos, também têm adversários suíços nos seus grupos de apuramento.
E a tal conversa científica já vinha de trás, mais precisamente da véspera, com Jorge Jesus a dizer, na Suíça, que o adversário do Benfica, o Basileia, não se compara «a nenhuma outra equipa suíça» e que é «por exemplo, muito melhor do que o FC Zurique», sendo que o Zurique é o adversário do Sporting.
A última jornada do campeonato suíço poderá ter vindo ajudar à clarificação deste imbróglio porque o Basileia do Benfica foi ao terreno do Zurique do Sporting, venceu por 1-0 e saiu de lá com os 3 pontos. Assim sendo é Jorge Jesus quem tem razão porque o Benfica já venceu o Basileia que venceu o Zurique que tinha perdido com o Sporting.
É esta a lógica das discussões de bola. E muda todas as semanas.

NO domingo, o Manchester United levou 6-1 do Manchester City e Sir Alex Fergunson disse: «Foi a pior derrota da minha carreira».
Na segunda-feira, o Gil Vicente levou 6-1 do Sporting e Paulo Alves disse: «Foi a pior derrota da minha carreira.»
Mais tarde, daqui a muitos anos, Paulo Alves poderá sempre contar aos netos que houve uma ocasião em que, no espaço de 24 horas, ele e o Sir Alex Fergunson disseram exactamente a mesma coisa.
E isto não é para todos.

O primeiro golo do FC Porto ao Nacional, da autoria do belga Defour, devia ser atribuído ao Standart de Liège, não devia? É que o Standart de Liège, de acordo com o que se lê, ainda é o único propietário do jogador. Ainda por cima dava-lhe muito jeito para as suas contas este golo de Defour porque o Standart de Liège anda aflito de golos e até tem um goal-avarage negativo de 13 marcados e 15 sofridos.
Tanto nos chatearam, e com razão, com o pagamento do Poborsky e agora, finalmente, podemos responder-lhes na mesma (ausência de) moeda.
Querem ver que há mesmo uma brecha na organização?"

Leonor Pinhão, in A Bola

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A mátria do futebol

"A Inglaterra é a mátria do futebol trazido à luz em 1863. 149 anos volvidos, continua a ser a pátria do futebol. Não porque vença mais, ou porque de lá sejam os melhores jogadores. Mas pela magia do seu football association, que perdura acima da intelectualidade das tácticas e do tacticismo das inteligências.

Os estádios aconchegados, quase intimistas, estão sempre cheios, seja qual for a competição, a meteorologia, a classificação, a notoriedade das equipas, os horários, a transmissão televisiva.

O ambiente é de festa. Apoiam-se as equipas com entusiasmo contagiante, canta-se em sinfonia e harmonia, vencendo ou perdendo. Quanto o Benfica ganhou em Anfield Road por 2-0, os adeptos do Liverpool continuaram a cantar vibrantemente You'll never walk alone.

Um futebol sem manhas e sem manobrismos. Sem chicotadas psicológicas inconsequentes. Em que o árbitro é tão-só o juiz que também erra, mas não é alvo das desculpas para o insucesso.

O fair play é lá mais escrutinado. Na memória, preservo a radicalidade de alguns exemplos. Relembro apenas um: há anos, um jogador do Arsenal, depois de um colega ter sido assistido por lesão, devolveu a bola à equipa do Sheffield. Porém, a arsenalista Kanu ficou com a bola e passou-a Overmars, que fez facilmente o 2-1. No fim, a Direcção do Arsenal e o técnico Arsène Wenger pediram para o jogo que o Arsenal venceu ser repetido.

Só o futebol da Liga inglesa nos brinda com jogos como 8-2 do Manchester contra o Arsenal, ou, como no domingo, em que o United, em casa, perdeu 1-6 com o City! Não esquecendo os golos que se marcam nos últimos minutos porque, nunca se desistindo, o último segundo de jogo é igual ao primeiro!

Assim é um prodígio de desporto!"


Bagão Félix, in A Bola

Que embrulhada rumo à FPF!

"Nas eleições para a FPF, sempre houve absoluto poder das associações dominantes (ficando supostamente na sombra os seus clubes...). A alteração de estatutos anulou o poder absoluto; falta ver se não continuarão a levar a melhor...

Grande novidade: quase todos os clubes do futebol profissional deram o grito de Ipiranga: o nosso candidato a líder da FPF é Fernando Gomes. Os clubes querem; a maioria das suas associações discorda... - e aposta em Carlos Marta. Estranhíssimo (apesar do futebol amador)? Não. Ninguém assume o nó górdio: arbitragem, disciplina e justiça regressam em força à FPF (eleições autónomas da dita principal). Fernando Gomes pretende continuidade de Vítor Pereira à frente da arbitragem. Para muitos (o que inclui árbitros), nem pensar! E na sombra das associações mantém-se importantes clubes...

Alguma vez a AF Porto foi contra a posição do FC Porto? Em Lisboa é que surge o caos - para não variar... Braço-de-ferro entre a AF e os principais clubes. Mas não só... Soares Franco foi candidato, teve apoios a Norte e recusa do seu Sporting. Fernando Seara, que o Benfica apoiava, está na lista pelo Benfica recusada. Sporting oficialmente com Fernando Gomes (porém, reticente a Vítor Pereira); mas Luís Duque, líder do seu futebol, apoia Marta e Seara.

Que resultará desta tremenda embrulhada? Palpites: Fernando Gomes sem o previsto fácil passeio...; e dificilmente Vítor Pereira continuará a liderar a arbitragem. Ironia: na recusa de vários árbitros a um jogo do Sporting também houve sublevação contra Vítor Pereira... - do qual o Sporting (como o FC Porto) não gosta.

Já agora: ninguém fala da presidência da Liga. Sem arbitragem, deixou de ser importante?"


Santos Neves, in A Bola

Nico

O Nico 'golos bonitos' Gaitán, renovou o contrato com o Benfica, é só mais uma 'aninho', mas não deixa de ser uma renovação... existem algumas dúvidas sobre a utilidade deste anuncio, neste momento, pessoalmente, 'cheira-me' a preparação para uma futura venda, se calhar, no final da época!!!

Tenho-o criticado várias vezes, continua a ter demasiadas 'brancas' durante os jogos, e fisicamente demonstra uma irritante falta de resistência, mas num momento para o outro faz tudo bem, acelera, desequilibra, passa, remata, marca golos... neste momento ofensivamente é o nosso grande 'acelerador' de jogo, algo extremamente importante... se a Direcção do Benfica está a 'pensar' na venda, é importante, pensar na sua substituição, e apesar de neste momento termos no plantel bons jogadores, que podem ocupar as faixas ofensivas, nenhum tem as caracteristicas do Nico...

Naval 1º de Maio

Tal como o Portimonense a Naval foi despromovida a época passada para a segunda liga, tal como os Algarvios a Naval está a fazer uma época má: 2 vitórias pela margem mínima, 2 empates, e 3 derrotas. O que tudo somado dá 8 pontos, e o 13ª lugar (em 16), somente mais 2 pontos em relação ao Portimonense...

Dito isto a próxima eliminatória da Taça de Portugal, não vai ser fácil. Mais uma vez por causa do jogo em Manchester (a uma Terça-feira), vamos jogar à Figueira, na Sexta-feira anterior. Isto imediatamente a seguir, a mais uma paragem devido às Selecções. Assim além dos jogadores habitualmente poupados pelo nosso treinador, os nossos internacionais sul-americanos também não vão ser opção, como a Bélgica do Witsel está fora da corrida para o Euro, provavelmente o Belga será a única alteração em relação aos jogadores disponíveis... apesar de em Portimão as coisas terem corrido bem, com as segundas opções, nunca fiando...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Lixívia Extra-Forte VIII

Tabela Anti-Lixívia Extra-Forte:
Benfica.......20 ( 0)...20
Corruptos..20 (+3)...17

Sporting......17 (0)...17
Braga........17 ( +3)...14


Em Aveiro tivemos um Baptista dos velhos tempos, jogou tudo no empate, inventou faltas atrás faltas contra o Benfica, principalmente perto da área do Artur, 'esqueceu-se' de marcar várias junto da área do Beira-Mar (a falta não marcada sobre o Bruno César é difícil de qualificar!!!)... Teve ainda a colaboração dos auxiliares, que nas duas únicas oportunidades 'a sério' dos Aveirenses, não marcaram o fora-de-jogo óbvio!!! (ambas, mais uma vez, censuradas pela PorcosTV!!!)

No antro da Corrupção, mais do mesmo... Além de um adversário pouco motivado, uma direcção silenciosa no final do jogo!!!
O ano passado o Benfica marcou um golo em fora-de-jogo, durante toda a época (só um!!!), em Coimbra (nesse mesmo jogo fomos prejudicados em 2 penalty's)... mas esse golo, serviu como bandeira contra o Benfica, durante o resto da época. Este fim-de-semana os Corruptos marcam 2 golos em descarado fora-de-jogo, e ninguém ficou escandalizado!!! (foi também mal marcado um fora-de-jogo para cada lado...)
Não vi o jogo, outros lances escaparam aos resumos seguramente, mas além dos foras-de-jogo, ficaram 2 penalty's por marcar contra os Corruptos: o primeiro é duvidoso, é uma questão de intensidade, mas o Luís Alberto é tocado; no segundo o Mateus é claramente tocado no momento do remate pelo Álvaro Pereira (que não toca na bola, e deveria ter sido expulso!!!). Sem vergonha de cair no ridículo houve avençados que explicaram este lance como falta do Mateus que pontapeou o adversário!!!! O Danielson também fez penalty sobre o bêbado Romeno. Dissem-me que a falta que dá o 3º golo não existiu. Já agora o golo do Kléber é legal, mas se fosse no ataque do Benfica, seria marcado fora-de-jogo...!!! Assim se constroi uma goleada num momento de grande pressão... tudo dentro da estranha normalidade que já estamos habituados!!!


Também não vi o jogo dos Lagartos, mas nos resumos logo no final do jogo, ficou claro um penalty 'à Corruptos', os tais da intensidade!!! O contacto existe, mas... aceita-se a marcação do castigo máximo. Apesar da goleada, este lance foi muito importante na decisão do jogo, já que a vantagem mínima, era muito perigosa, a partir daqui o Gil 'abriu-se', e as Osgas golearam... Tenho dúvidas num dos golos do Capel (já vi uma repetição, e fiquei sem dúvidas: está em fora-de-jogo), se está ou não em fora-de-jogo, na recarga após uma defesa do guarda-redes...


Não vi o jogo do Braga, mas também ninguém se queixou, mas duvido que a entrega ao jogo dos jogadores do Feirense, tivesse sido igual ao do jogo da Luz...!!!



Anexos:

Benfica
1ª-Gil Vicente(f) (2-2), João Ferreira, Nada a assinalar
2ª-Feirense(c) (3-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Nacional(f) (0-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4º-Guimarães(c) (2-1), Duarte Gomes, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Académica(c) (4-1), Vasco Santos, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
6ª-Corruptos(f) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Paços de Ferreira(c) (4-1), Bruno Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
8ª-Beira-Mar(f) (0-1), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado

Corruptos
1º-Guimarães(f) (0-1), Olegário, Beneficiados, (0-0), +2 pontos
2ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar
3ª-Leiria(f) (1-4), Capela, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Setúbal(c) (3-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado
5ª-Feirense(f) (0-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
6ª-Benfica(c) (2-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
7ª-Académica(f) (0-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
8ª-Nacional(c) (5-0), Cosme Machado, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar

Sporting
1ª-Olhanense(c) (1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2ª-Beira-Mar(f) (0-0), Fernando Martins, Nada a assinalar
3ª-Marítimo(c) (2-3), Proença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
4ª-Paços Ferreira(f) (2-3), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
5ª-Rio Ave(f) (2-3), Hugo Miguel, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
6ª-Setúbal(c) (3-0), Cosme Machado, Nada a assinalar
7ª-Guimarães(f), (0-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
8ª-Gil Vicente(c), (6-1), João Capela, Beneficiados, Sem influência no resultado

Braga
1ª-Rio Ave(f) (0-0), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-0), +1 ponto
2ª-Marítimo(c) (2-0), Soares Dias, Beneficiados (1-0), Sem influência
3ª-Setúbal(f) (0-1), Hugo Miguel, Beneficiados (0-0), +2 pontos
4ª-Gil Vicente(c) (3-1), Rui Costa, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f) (1-1), Pedro Proença, Nada a assinalar
6ª-Nacional(c) (2-0), Xistra, Nada a assinalar
7ª-Leiria(f), (0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
8ª-Feirense(c), (3-0), João Ferreira, Nada a assinalar

O imponderável, da bola oval à redonda

" 'O APOEL não é uma equipa qualquer. São bem organizados, rápidos, perigosos na transição e não dão muito espaços. O Grupo é equilibrado, com equipas muito iguais'

Vítor Pereira, treinador do FC Porto


Na ressaca do empate caseiro frente ao APOEL de Chipre, Vítor Pereira não terá estado no seu melhor. Shakhtar, Zenit e APOEL ao nível do FC Porto? APOEL não é uma equipa qualquer? Alguma coisa não bate certo. Aliás, basta ler o que pensam desta questão alguns portistas notáveis para se perceber como a intuição de Pinto da Costa está a ser posta em causa...


..."


José Manuel Delgado, in A Bola

Talento e dinheiro

"1. O Regime Jurídico das Federações Desportivas dotadas de Utilidade Pública Desportiva consagrou o regime geral de um delegado/um voto e estabeleceu, através dos Estatutos de cada Federação, os procedimentos conducentes à designação do conjunto dos delegados eleitos a par daqueles que, por inerência, e em razão de serem sócios ordinários, integram a mesma Assembleia Geral. Sabemos que o voto é secreto, sob pena da sua nulidade. E sabemos que cada delegado eleito tem o direito de fazer, no silêncio da sua consciência, a sua opção face às efectivas candidaturas que lhe são presentes. Escuto, nos últimos tempos, declarações de algumas personalidades do futebol português, que nem são delegados eleitos, e que se pronunciam como se fossem titulares do poder originário do futebol português. O que o Regime Jurídico em vigor - e cuja alteração já foi anunciada para momento posterior aos Jogos Olímpicos de Londres do próximo ano - quis consagrar foi o princípio da responsabilidade pessoal. O que alguns querem retomar é o voto por procuração ou o voto por solidariedade. Também, nesta sede, valem, com as necessárias adaptações, as declarações de Jorge Jesus acerca da política, dos políticos e da crise de representatividade. É que o futebol, mesmo que alguns o não entendam ou não o queiram entender, é mesmo um verdadeiro teatro de vidas!


2. (...)


3. Todos percebemos a grave crise económica e financeira que nos atinge, perturba e condiciona. Porventura, o Conselho Europeu de hoje não será conclusivo e poderemos ter de esperar por um Conselho Extraordinário na próxima quarta-feira para, no meio da turbulência dos mercados, sentimos que temos uma pequena luz ao fundo do túnel. Mas, ao mesmo tempo que os políticos europeus têm essa responsabilidade, entre nós, o futebol profissional aguarda, com muita ansiedade, uma decisão de uma juíza de um tribunal da cidade do Porto que poderá pôr em causa o contrato entre a empresa de apostas Bwin e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A decisão do tribunal significará, em caso de reconhecimento da não validade do contrato, um rude golpe económico e financeiro para a nossa principal Liga. E só uma solução legislativa, partilhada com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Associação Portuguesa de Casinos, impedirá uma crise que, em certos casos, pode ser fatal para muitos clubes. Mas, aqui, terá de ser a criatividade dos políticos a resolver a crise. Paradoxos dos tempos e dos discursos!


4. (...)"


Fernando Seara, in A Bola

Mentiras

"Todos sabemos que a estratégia comunicacional do FC Porto assenta num chorrilho de mistificações e de mentiras. Já nos tempos de José Maria Pedroto, uma alegada luta do Norte contra um alegado poder centralista do Sul, servia como forma de exacerbar paixões e carneirizar militâncias. Daí para cá a coisa sofisticou-se, mas no essencial ainda bebe muito desses tempos - nos quais, recorde-se, Pinto da Costa chegara ao Departamento de Futebol, levando consigo o ódio e os complexos provincianos de que nunca se iria libertar, com os quais infectou os seus seguidores, de então e de sempre.
Hoje, se um qualquer jornal noticia algo que lhes interessaria esconder, eis a Imprensa 'de Lisboa' a perseguir o FC Porto. Se um juiz decide levar a cabo uma investigação, são as forças ocultas 'do Sul' a tentar atingir o FC Porto. E já nem falo das televisões, todas elas 'do Sul', 'de Lisboa', e, como tal, inimigas do FC Porto. Por trás de tudo é colocado obviamente, o Benfica, enganadoramente confundido, primeiro com a cidade de Lisboa (o que está muito longe de corresponder à verdade, pois o nosso Clube é do país inteiro, estendendo-se inclusivamente a todo o universo lusófono), e depois, com tudo o que se atravesse no caminho sem lei trilhado pelo FC Porto, por este FC Porto, sejam juízes, tribunais, forças policiais, comunicação social ou até os governos. Não falo dos poderes do Futebol, pois esses, de tão alinhados, raramente sofrem contestação (aconteceu apenas com Hermínio Loureiro e Ricardo Costa, na excepção que complementa a regra).
O 'contra tudo e contra todos' é já um clássico. Esse tudo e esses todos, confluem para uma só palavra: Benfica. Foi o Benfica que armou uma cilada para Hulk e Sapanaru (as vítimas) andarem aos pontapés no túnel da Luz; foi o Benfica que encomendou as Escutas que despiram a corrupção no Futebol português, condenaram o FC Porto (e o seu presidente) na justiça desportiva, e que só manobras processuais impediram de condenar também na justiça comum; é o Benfica que, por métodos escondidos, inspira a contestação interna aos técnicos portistas, logo que não ganham dois jogos consecutivos.
Mas este raciocínio vai ainda mais longe. Ao confundir o Benfica com a Capital do País, e ao amarrar esta a uma pretensa exploração económica do Norte em favor do Sul, a política do FC Porto incute nos seus mais débeis seguidores a ideia de que o Benfica é o responsável por todos os males das suas vidas. Se estão desempregados, a culpa é do centralismo de Lisboa, logo, do Benfica. Se vivem com dificuldades, a culpa também é do centralismo de Lisboa, logo, do Benfica. E assim temos um exército de pobres de espírito, fanatizados, e de faca nos dentes para combater o 'mal', personificado estupidamente num clube de futebol. Assim temos idosas às janelas a cuspir sobre os nossos adeptos quando o Benfica se desloca ao Estádio do Dragão. Assim temos emboscadas nos viadutos da A1. Assim temos bolas de golfe atiradas para os relvados. Assim temos toda a confusão entre política, regionalismo e desporto, que, iludindo os destinatários, serve na perfeição os desígnios daqueles que a fomentam.
Temos de saber desmontar tudo isto. É preciso dizer bem alto que o Benfica não é apenas de Lisboa, e nem sequer representa Lisboa (onde, de resto, até existe outro grande Clube), tendo milhares de adeptos no Norte do País, e mesmo na cidade invicta. É preciso dizer bem alto que as eventuais razões de queixa que o Norte, e em particular a cidade do porto, possam ter de um suposto centralismo, não são maiores do que as de outras regiões - nalguns casos bem mais deprimidas e empobrecidas, mas sempre carregadas de benfiquistas -, e nada têm a ver com Futebol. É preciso dizer bem alto que se a imprensa desportiva dá maior destaque ao Benfica, tal deve-se exclusivamente ao seu maior número de adeptos, traduzíveis nas respectivas vendas de papel. É preciso ainda lembrar que o FC Porto, através da sua instrumentalizada Associação de Futebol, dominou a arbitragem durante anos, construindo o sistema que vimos desmascarado nas já referidas escutas. É preciso lembrar que a própria sede da Liga de Clubes está, incompreensivelmente, situada na cidade do Porto. É preciso lembrar que, ao contrário da imprensa 'de Lisboa' 8normalmente muito longe de qualquer laivo bairrista), a do Porto não hesita em alinhar-se fervorosamente com o clube da cidade, coisas que o JN (cujo director se confessa fanático pelo FC Porto) é vivo exemplo.
Ao longo dos anos, a mistificação tem sido a arma com que o FC Porto aglutinou e estimulou as suas hostes. Cabe-nos a nós desmontar toda essa teia de fantasias, não deixando que, com ela, a verdade saia conspurcada. Cabe-nos a nós evitar que o nosso tradicional cosmopolitismo acabe asfixiado pela tacanhez de que nos quer abater."

Luís Fialho, in O Benfica

Feitiçarias

"From: Domingos Amaral

To: Pinto da Costa


Caro Pinto da Costa

Em julho, o senhor desdenhou: “O Atlético Madrid não tem dinheiro para contratar Falcão”. Porém, para espanto geral, em finais de agosto vendeu-o. Muitos, eu incluído, não compreenderam como podia o jogador trocar o mais forte clube de Portugal por um mediano de Espanha. Mas os valores eram galácticos, 30 e muitos milhões de euros, mais uns milhões por objetivos inatingíveis, e a sua aura de mago das finanças a ser glosada pela propaganda portista. “A maior transferência de sempre”, disseram os jornais. E, de caminho, a chave para a estratégia, caríssima mas na aparência bem-sucedida, de “roubar” ao Benfica tudo o que desse pontapés numa bola. Numa exibição musculada de poder económico, o senhor contratou Alex Sandro, Danilo, Defour e Mangala, em quem gastou os mesmos 30 e muitos milhões de euros. Chapa ganha, chapa gasta.

Contudo, as coisas estão a correr para o torto. Há semanas que o Standard Liège se queixa de não ter recebido pela venda de Mangala e Defour. E, surpresa geral, o FC Porto reconheceu em comunicado ainda não ter pago, culpando o Atlético Madrid, porque também não lhe pagou Falcão! “Não nos pagam, não pagamos”: inesperada regra da gestão azul, bem mais habitual em clubes à beira de um abismo financeiro. Já não bastavam as desilusões da equipa e agora isto! De facto, o feitiço parece estar a virar-se contra o feiticeiro. Para quem gozou o Benfica, apelidando a venda de Roberto de “milhões da treta”, deve ser azedo provar este veneno dos calotes. Apetece perguntar: e os seus milhões, serão da tanga?"


Domingos Amaral, in Record

domingo, 23 de outubro de 2011

Mais um susto !!!




CAB Madeira 87 - 92 Benfica



Eu sei que as 'remontadas' são engraçadas, relevam o espírito ganhador da equipa, dão emoção, mas muito sinceramente esta equipa tem a obrigação de ganhar, sem percalços, com vantagens consistentes, e sem sobressaltos... hoje, mais uma vez, tivemos que sofrer, desnecessariamente!!! O 3º período e o início do 4º, foram muito maus... Só algum descontrolo emocional já nos últimos segundos dos nossos adversários, 'facilitou' a nossa vitória...

O Seth foi o melhor marcador da equipa, jogou bem, mas com um plantel tão vasto, não compreendo porque é que ele foi obrigado a jogar os 40 minutos!!! Assim como é estranho a não utilização do Carreira.

O Benfica a nível nacional, inclusive com os Corruptos, tem uma enorme vantagem no jogo interior, em altura e peso!!! Portanto, é de esperar que os nossos adversários em desespero de causa, apostem tudo no seu jogo exterior. Hoje o CAB marcou 17 triplos (uma eficácia de 43%!!!), praticamente 60% dos pontos dos Madeirenses foram triplos, não é fácil defender este tipo de estratégia ofensiva, depende muito da inspiração do adversário, mas o Benfica tem que estar preparado para este tipo de jogo.

Os regresso do Ben e a estreia do Betinho, são excelentes notícias. Estão naturalmente com falta de ritmo, mas rapidamente vão poder exibir o seu melhor jogo...

Gosto de ver equipas, agressivas, com ambição, e vontade de vencer, espero (mas não acredito!!!) que o CAB Madeira se apresente em todos os jogos com a mesma atitude de hoje, inclusive o treinador!!!

Agressividade é bem vinda, mas os árbitros devem aplicar a lei. Hoje, mais de metade das faltas do CAB não foram marcadas. Aplicando a lei, ao intervalo o CAB já teria todos os jogadores excluídos!!! Isto torna-se ainda mais irritante, quando usando um extraordinário zelo, se marca constantemente faltas ofensivas aos jogadores do Benfica. Se existe um desequilíbrio entre os planteis, não faz parte das funções dos árbitros equilibrar as partidas artificialmente...

Redes reforçadas

"O ano passado chegou a ser um suplício. O começo comprometedor de Roberto, apresentado como solução para a baliza do Benfica, deixou os adeptos sobressaltados e descrentes das potencialidades do jovem guardião. Verdade que, a página tantas, até se reabilitou, assinando alguns desempenhos auspiciosos. Só que na fase conclusiva da temporada, Roberto voltou a hipotecar objectivos, ainda que todo o colectivo tivesse responsabilidades.

Roberto entrou mal e saiu menos bem. Trata-se de um jovem que tem tudo para crescer, mas mostrou-se incapaz de dar confiança aos torcedores da causa rubra. A sua saída era uma inevitabilidade e, em matéria financeira, Luís Filipe Vieira demonstrou mestria inigualável.

Com Artur e Eduardo, esta época, o Benfica não garantiu uma solução, antes duas soluções. A dupla, pelo menos no contexto nacional, é de fazer inveja aos opositores. Trata-se de dois guarda-redes de amplos recursos, susceptíveis de conferirem serenidade e optimismo permanente, logo num posto específico da maior responsabilidade.

Num longo desfile, salpicado de vitórias e alegrias múltiplas, aqui de podem invocar, respeitantes às últimas décadas, Bastos, Costa Pereira, José Henrique, Bento, Silvino, Neno, Preud'Homme. Quanto vale um grande guarda-redes numa equipa ambiciosa? Pode valer triunfos? Pode mesmo valer títulos.

Artur e Eduardo são as chaves do castelo defensivo do Benfica. Podem, e devem ser também, as chaves de um problema que urgia resolver. As redes vermelhas estão, ao que tudo indica e já deu para ver, bem entregues, muito bem entregues. A confiança regressou e com ela a esperança em coisas bonitas."


João Malheiro, in O Benfica

Balanço negativo

"Quando se aproximam as eleições na FPF, é altura de fazer um balanço dos 15 anos que Gilberto Madaíl levou à frente dos destinos da mesma. Infelizmente, esse balanço não pode ser positivo. Admito que Gilberto Madaíl seja uma pessoa estimável (não o conheço), mas o seu trabalho em todos estes anos foi quase sempre marcado pela mediocridade, e muitas vezes pela fuga às responsabilidades.

Argumenta-se que levou a Selecção a Europeus e Mundiais. Ao contrário de um clube, onde as
direcções contratam e vendem futebolistas, não creio que um dirigente federativo tenha mérito substantivo nas vitórias desportivas da respectiva Selecção. Na minha óptica, Madaíl teve apenas a sorte do seu consulado coincidir com uma extraordinária geração de talentos (Rui Costa, Figo, João Pinto, Simão, Ronaldo, etc), que, ela sim, proporcionou os resultados que a FPF pouco fez por merecer. Acresce que, sob a sua liderança, nem só de rosas viveu a Selecção Nacional. Os Mundiais de 2002 e 2010 foram momentos de angústia colectiva, com casos de indisciplina e desorganização que saltaram à vista de todos, e dos quais não se chegaram a apurar as devidas culpas. Pelo meio, nos tempos de Scolari foi o próprio seleccionador que, assumindo tarefas que competiam aos dirigentes, disfarçou insuficiências que nunca deixaram de subsistir.
Mas nem é a Selecção o principal critério de análise a uma direcção federativa (mesmo sendo ela a sua grande fonte de financiamento). O futebol das divisões secundárias quase morreu neste período, não se tendo visto o mais pequeno esforço para o compatibilizar com os paradigmas dos novos tempos.

As selecções jovens, com a honrosa excepção do último Mundial de Sub-20, eclipsaram-se. Os quadros competitivos continuam desfasados da realidade, e reféns de interesses menos claros. E embora sem responsabilidades directas no assunto, não me lembro de ouvir um pio a Madaíl quando escutas telefónicas demonstraram ao país a corrupção em que navegava o nosso futebol.
Por tudo isto, Gilberto Madaíl não irá deixar saudades."


Luís Fialho, in O Benfica

sábado, 22 de outubro de 2011

Mais uma "Final" conquistada !!!



Beira Mar 0 - 1 Benfica



Também são com estes jogos que se ganham Campeonatos. O jogo 'chato' para mim não foi surpresa, o Benfica teve um jogo bastante desgastante na Terça, com o Basileia, com lesões, expulsões, e contra uma equipa muito forte fisicamente; o Beira Mar é talvez a equipa mais 'irritante' desta Liga, portanto jogo 'chato' sem surpresa... a única excentrecidade foi a maneira como o Benfica chegou ao golo da vitória: raramente o Benfica beneficia de golos, após um erro descarado de um adversário, portanto na próxima semana não se falará de outra coisa: o Rego 'abriu-se' para o Benfica!!! Do lado dos Benfiquistas, a má língua vai ser 'lançada' ao Cardozo!!! Sim, ao Takuara, não estou enganado. Pois ele só marcou o golo, porque 'falhou' o cabeceamento, como se pode observar pela movimentação da cabeça na repetição!!!!!!!!!!!

Mais uma vez, para não destoar, Paulo Baptista tudo fez para o jogo acabar empatado, as faltas não marcadas a favor do Benfica, e as faltas completamente, e descaradamente, inventadas contra o Benfica, em zonas potencialmente perigosas, são bastante esclarecedoras das intenções do bicho...

Ao contrário dos últimos anos, o Benfica tem jogado quase sempre primeiro em relacção aos nossos principais adversários, e com estes 3 pontos muito importantes conquistados, a pressão está agora no lado deles...

Invencibilidade



Castêlo da Maia 0 - 3 Benfica

17-25, 15-25, 17-25


Só vi a segunda 'metade' do jogo, e gostei bastante, pareceu-me o melhor jogo do Benfica esta época, com o Kock a melhorar bastante, como era esperado...

O próximo jogo é nos Açores, dia 29, com o nosso principal adversário, que esta semana perdeu em Espinho!!!

Vitória...




Boavista 2 - 6 Benfica



Resultado enganador, entrámos no jogo praticamente a perder, e só no início da segunda parte conseguimos 'descansar'!!!

Liderança

Belenenses 25 - 35 Benfica



Com a derrota do Águas Santas com os Corruptos, o Benfica passa a repartir a liderança do Campeonato com os Maiatos. Desde da derrota com o Madeira SAD este Benfica mudou!!! Uma defesa muito agressiva, e uma entrada no jogo demolidora, tem sido esta a receita, hoje em Belém, voltámos a dominar...

Mau começo...

HC Braga 1 - 1 Benfica



O ano passado além das suas derrotas com os Corruptos, só empatámos nos Açores, de resto foram só vitórias, portanto, este resultado é claramente negativo... esta não é uma das piores equipas do Campeonato, bem pelo contrário, além disso, hoje tiveram o seu veterano guarda-redes em grande forma, mas o Benfica tem que render mais...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Uma questão de instrução

"O incrível Shrek e a sua cáfila de cafajestes acham que é de bom tom espancar um pobre pai de família que se dedica ao cumprimento do seu ofício. Vai daí, o incrível Shrek e a sua banda filarmónica de sopradores de tíbias, avançam como hordas de hunos enfurecidos destruindo tudo à sua passagem, de uma forma que faria inveja ao própria Átila, Flagelo de Deus, mas menino de coro ao pé desta corja de selvagens sem açaime. O incrível Shrek é um bom aluno da Escola Superior de Trampolinice, Dolo, Burla, Trapaça e Tratantada dirigida por D. Palhaço.

O incrível Shrek não tem culpa, vendo bem. Foi-lhe dito, a si e à sua súcia de calinos, que o País dos Homens de Cócoras se governava a golpes de funda, à custa de pedradas, pauladas e assaltos de clavina em punho na orla das florestas ou dos viadutos sem vigilância. O incrível Shrek e a sua caterva de valdevinos aprenderam depressa a regra número um dos cobardes: atacar em grupo um indivíduo sozinho, fugir depressa mal o tenham espezinhado, negar com veemência quando os acusarem do gesto.

Foi-lhes ensinada como os rudimentos do abecedário dos alarves por Madaleno, o rei dos poltrões. O incrível Shrek e a sua récua de facínoras levaram à letra tudo o que lhes foi inculcado: pontapearam estoicamente as rótulas de um infeliz, insultaram-lhe pai e mão e restante família até à quinta geração, pisaram-lhe as carótidas até o verem arroxear. Depois do trabalho feito, o incrível Shrek e a sua alcateia de cáfaros fugiram a sete pés como pusilânimes que são. E recusaram a culpa. E teimaram na inocência. E fincaram pé na vergonha do silêncio. O problema do incrível Shrek, e da sua chusma de inimputáveis, não é uma abertura de instrução. É a própria instrução; ou falta dela. É o civismo ou a animalidade. Tudo aquilo, enfim, que distingue os homens das bestas."


Afonso de Melo, in O Benfica

Objectivamente (MP!!!)

"Afinal o Sport Lisboa e Benfica tem muito mais de 6 milhões de adeptos em Portugal. São 6 milhões, mais todos os procuradores do Ministério Público que, por serem fanáticos doentios do Benfica, denunciaram sem razão cinco miseráveis jogadores do FC Porto que não bateram em ninguém e estão a ser vítimas de uma cabala monumental destes analfabetos Procuradores do Ministério Público!

Na opinião de alguns defensores da Justiça portuguesa, como MS Tavares, este é o maior escândalo a que já assistiu! Uma vez que os arguidos dos casos BCP, BPN, Casa Pia, Freeport, etc, etc, etc, etc, etc, não foram, nem serão, condenados. Por isso esqueçam tudo o que estes insurrectos fizeram e, se for possível, dêem-lhes uma medalha de mérito desportivo, uma vez que o Dragão D'Oiro eles já têm garantido!

É impressionante a semelhança de discurso de MST e de Pinto da Costa. O presidente do clube das riscas dizia, durante a sua declaração à Dinamarca para apoiar a Selecção, que esta acusação é uma farsa pois ninguém acusou nem condenou Scolari quando do seu caso com um jogador adversário há uns anos atrás. Por isso nem se devia falar sobre este problema dos jogadores do FCP. É que no entender desta gente, como o primeiro prevaricador português não foi condenado há muitos anos, ninguém deverá ser mais acusado, processado ou condenado nos próximos séculos! Nem sei mesmo porque é que ainda existem tribunais...

Os argumentos deste pessoal são sempre os mesmos! Eles não desmentem as agressões. Não desmentem o que disseram nas Escutas Telefónicas! Tentam sempre rebater a coisa desculpando-se com os outros que também fizeram maldades ou, no limite, com a ilegalidade das investigações! Parecem aqueles meninos-queixinhas que, quando são apanhados a fazer asneiras, nunca têm a culpa de nada. A culpa é sempre dos outros. E mentem, se for preciso, à professora para se livrarem dos justo correctivo!...

Já não há paciência para os aturar! São sempre os mesmos a fazer asneiras. São sempre os mesmos a desculparem-se com os outros! Só é pena que ninguém lhes deite a mão! E ainda se queixam da »Justiça»!..."


João Diogo, in O Benfica

Cardozo, o melhor tranquilizante

"Bela exibição na Suíça e um excelente resultado. Liderança no grupo, dois jogos em casa e o apuramento a poder ser conseguido já no dia 2 de Novembro na recepção ao Basileia. Que mais se pode pedir a este Benfica de Jorge Jesus? Por mim, apenas para assim continuar. A única equipa portuguesa que ainda não perdeu os 15 jogos oficiais já disputados (e uma das poucas da Europa), onde apenas o empate em Barcelos se pode considerar tristonho.

Já a vitória frente ao Portimonense, no jogo da Taça, havia deixado bons indicadores sobre alguns dos jogadores menos utilizados. Rodrigo foi nos dois jogos a revelação-certeza, temos ali um avançado que em pouco tempo poderá ser titular.

Contudo, numa altura em que todos falam de Rodrigo, eu queira escrever sobre Cardozo. Digam e escrevam o que vos for na alma sobre Takuara, mas os números são irrefutáveis; 15.524 minutos, 211 jogos, 130 golos ou seja um golo a cada 119 minutos (incluindo particulares).

Há melhor? Talvez, mas não estou a ver muitos. Desta vez demorou quatro minutos a por a bola naquela espécie de galinheiro que falava o Scolari.

Cardozo entrou e, quatro minutos depois, milhões de benfiquistas ficaram descansados sobre o desfecho do jogo. Não conheço melhor tranquilizante.

Por isso, são cada vez mais a gritar: «Tenham cuidado. Ele é perigoso. Ele é o Óscar Takuara Cardozo.»

Este fim-de-semana haverá em Aveiro um jogo difícil para o Benfica, naturalmente cansado. O melhor ataque joga contra a melhor defesa do campeonato, impressionante o registo defensivo do Beira-Mar. Será preciso toda a artilharia para fazer ruir aquele castelo e continuar na frente.

Ontem desabafava um grande amigo, triste com o rumo do Pais, com as nossas perspectivas económicas e financeiras, com o desemprego e as falências: «Só não imigro porque não consigo ir viver para longe do Benfica». Como eu percebo!"


Sílvio Cervan, in A Bola

Em cheio

"O Benfica, que é muito mais que um Clube e mais ainda que um Clube de Futebol, venceu em todas as modalidades em que participou no passado fim-de-semana. No Futebol, seguiu em frente na Taça de Portugal, afastando um adversário que jogou apenas para adiar a derrota. Para além do jogo e da eliminatória, o Benfica ganhou atletas que, postos à prova, provaram a qualidade do plantel. O Benfica venceu também em Juniores. Igualmente venceu no Futsal, mantendo-se no cimo da tabela.

Nas outras modalidades, o Benfica continuou imperial. No Voleibol, três vitórias em outros tantos jogos, com apenas um set perdido, atesta a qualidade de uma equipa que no ano passado ganhou tudo... menos o título, perdido numa final que, de forma absurda, se decide à melhor de três jogos.

E no Basquetebol, depois da brilhante vitória no Troféu António Pratas, entrou a ganhar no Campeonato, no Barreiro, provando que com este plantel e este treinador, Carlos Lisboa, o Benfica será muito difícil de vencer em jogo limpo. No Andebol, mais uma vitória folgada, demonstrando que mora na Luz um candidato ao título. Enquanto os Juniores de Andebol lideram invictos, o respectivo campeonato. No Râguebi, a equipa somou na quarta jornada mais uma vitória ao seu pecúlio. E ainda falta que entre em cena a equipa de Hóquei em Patins, líder do ranking mundial de clubes, à frente do Reus e do Barcelona. No Judo, Telma Monteiro conquistou o bronze no Grand Prix de Abu Dhabi, apesar da lesão que a impediu de disputar a final.

Como eu, haverá muitos outros milhares de benfiquistas que se recordam do período negro da história do Clube em que as modalidades foram desmanteladas. A regeneração foi uma saga digna de um Clube Glorioso."

João Paulo Guerra, in O Benfica

A Catedral da Luz

"Para a semana, celebrar-se-á mais um aniversário do nosso estádio. 25 de Outubro de 2003 foi a data de inauguração do actual ninho das águias, oficialmente denominado como Estádio do Sport Lisboa e Benfica. No entanto, é popularmente chamado como ‘Estádio da Luz’ e é apaixonadamente denominado como ‘A Catedral’.

Luz, Catedral… as amarras do nome oficial são quebradas pela identificação nominalista da universal família benfiquista. Assim, toda a nomeação é uma espécie de sacralização de um espaço profano, uma sacralização de origem profana, de simbólica profana, mas de linguagem sagrada. A mesma linguagem que nos leva a dizer que a camisola do Benfica é o ‘manto sagrado’ ou que o Benfica é o único clube que não permite a utilização da expressão ‘velhas glórias’, pois os que são denominados como ‘glória’ do clube jamais envelhecem na memória colectiva do benfiquismo.

Deste modo, temos a sacralização do espaço, do tempo, do símbolo e dos que, de entre todos, melhor o serviram. Olhar para a nossa Catedral, com todos os adeptos, os fiéis, ritualmente levantados durante a audição do “Ser Benfiquista” (para quando o regresso do nosso hino, “Avante, Avante p’lo Benfica”, ao nosso estádio?), levantando o cachecol antes de o recolocar, qual estola, em ombros, enquanto se espera a vénia dos nossos futebolistas aos adeptos tem algo de litúrgico. É a junção do ritual ao tempo, ao espaço e ao modo.

Compreende-se que vulgarmente se diga que o Benfica é uma religião. Objectivamente, não é. No entanto, sentimos que uma ida à nossa Catedral, à nossa casa, é mais do que uma viagem – é mais do que meramente passar por cima de uma experiência – é, essencialmente, uma forma profana de peregrinação. Ou seja, ir à nossa Catedral é viver uma experiência de crença no benfiquismo, de partilha de uma ideia de clube e de comunhão de uma vontade comum."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica

O futebol ideal

"1. Mais dois fins-de-semana sem Campeonato, mais uma série de notícias de jornais antecipando já o 'mercado de Janeiro', mais jogadores que podem entrar e sair deste e daquele clube - é este o Futebol que vamos tendo e que, apesar de tudo, mantém o interesse das multidões. Mas não seria muito melhor um Futebol com mais jogadores nacionais nas equipas, com jogadores mais tempo em cada clube, com campeonatos disputados de forma regular ao longo da época e não interrompidos constantemente?

Claro que o problema não é (só) português, é mundial. E é ao nível da FIFA e da UEFA (sob pressão das federações nacionais) que tem de ser resolvido. Como Luís Fialho, muito bem defendeu há duas semanas no nosso Jornal (e julgo que também eu já aqui publiquei uma vez), as fases de apuramento para os campeonatos continentais e Mundiais deveriam ser disputadas, todas, no final da época (e, já agora, antecedidas de uma fase prévia para seleccionar apenas as melhores das selecções mais fracas, tipo São Marino, Ilhas Faroé, Malta ou Liechtenstein). Nos campeonatos de cada país, os clubes deveriam apresentar em campo, pelo menos, seis jogadores nacionais. E o período de transferências deveria ser limitado a 15 dias, ou um mês por ano, no 'defeso'. Os negócios far-se-iam antes e, no final de Julho (na Europa), estava tudo resolvido e as equipas eram estáveis de início ao final das épocas. Quanto muito, admitir-se-ia um número muito limitado de transferências (uma, duas por clube) em Janeiro (mas uma semana chegava...), mas apenas de, e para, a América do Sul, atendendo ao 'defeso' deles. Claro que os empresários (e afins) não gostariam. Mas o adepto agradeceria... Tenho saudade dos tempos em que os jogadores chegavam cedo a um clube e só deixavam quando terminavam a carreira...


2. Afinal, Hulk e companhia (uma companhia ainda mais alargada do que inicialmente se soube) agrediram mesmo os seguranças no túnel do nosso Estádio. Afinal, o Conselho de Disciplina da Liga tinha razão. Os agredidos queixaram-se civilmente, o processo seguiu e os (vários) jogadores do FC Porto foram, agora, formalmente acusados. Aqui d'el Rei que o Ministério Público não tem mais nada que fazer, que querem é novamente desestabilizar a equipa. Agora, já não é a existência das agressões (tantas vezes postas em causa) que está em causa, mas a intervenção do Ministério Público.

Claro que um comentário há dias aparecido na net diz tudo: 'O quê? Não me digam que - finalmente - alguém desse clube vai pagar por um crime que cometeu... Inacreditável...'. "


Arons de Carvalho, in O Benfica

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Teimosia e sentido de Estado

"O que devem, então, os portistas fazer quando André Villas Boas subir ao palco para receber o seu Dragão de Ouro? Fazer barulho? Virar as costas? Abandonar o recinto? Fazer o pino?

DEPOIS de na temporada passada ter feito uma figura tristíssima na Liga dos Campeões, o Benfica vai agora bem lançado para o apuramento e pode até encarar a perspectiva de ir a Manchester com o assunto resolvido, o que é um grande alívio, com toda a franqueza.
Anteontem, em Basileia, o Benfica fez o que lhe competia. Ganhou, somou 3 pontos e reforçou a economia do país com os euros devidos por cada vitória na competição.
Dizem os entendidos que Jorge Jesus está agora com um grande problema na linha de ataque porque tem de escolher entre Nolito ou Bruno César ou Saviola ou Cardozo ou Rodrigo ou Rodrigo ou Bruno César ou Saviola ou Nélson Oliveira para o lugar de todos os demais. É, na verdade, um problema maravilhoso de resolver e Jesus lá o tem resolvido com sucesso e perante a aprovação geral.
Do ano passado para este ano, de facto, o Benfica tem mais um problema - o tal no ataque - mas, por outro lado, tem menos um problema, o problema da baliza.
E aqui está um problema que deixou de existir porque Artur tem dado conta de recado com um tal sentido de Estado, de modo tão imperturbável que mais parece um jogador de cartas do tipo poker face, daqueles que nem pestanejam e deixam os adversários à beira de um ataque de nervos por não conseguirem adivinhar o que lhe vai na alma.
No sábado é em Aveiro. E também é para ganhar.

POR fim, a Justiça portuguesa alinhou com a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e limpou o crime de difamação do cadastro do jornalista José Manuel Mestre.
Para que este caso morresse foram precisos 15 anos e uma reprimenda do TEDH, sediado em Estrasburgo, ao Estado português por «não ter acautelado a defesa da liberdade de expressão» que consta na carta universal dos direitos do homem.
Assim sendo, os Juízos Criminais do Porto que tinham condenado José Manuel Mestre e a SIC em primeira instância, reconhecem agora que não houve da parte do jornalista intenção em difamar o presidente do FC Porto quando, em 1996, entrevistando Gerhard Aigner, à época secretário-geral da UEFA, Mestre perguntou ao dirigente estrangeiro se achava normal que Pinto da Costa, à época presidente da Liga dos Clubes, se sentasse no banco dos suplentes à frente dos árbitros quem era «por inerência de cargo» o patrão.
Com as próximas eleições na FPF e com o frenesi estratégico que por aí vai com o regresso da arbitragem ao seio da Federação, seria bom para o país - porque tempo é dinheiro - que Fernando Gomes, neste particular, não demonstre uma sensibilidade tão à flor da pele quanto exibiu Pinto da Costa quando acumulava o cargo de presidente da Liga e isto num tempo em que a arbitragem ainda estava longe, muito longe mesmo, de regressar aos poderes da Federação.
Também é verdade que não se vislumbra motivo algum para Fernando Gomes se sentar no banco do FC Porto à frente dos árbitros de quem, por inerência de cargo, vai brevemente ser o patrão, o que não constitui ofensa alguma.
Neste período pré-eleitoral, lendo transversalmente as notícias dos jornais sobre o assunto, fica-se com a ideia, provavelmente errada, de que o acto do próximo mês de Dezembro não serve para eleger um novo presidente da FPF mas sim um novo patrão dos árbitros.
E deste lamentável paradoxo nem Fernando Gomes nem nenhum dos outros concorrentes tem culpa alguma.

VOLTEMOS ao tema da liberdade de expressão a propósito da notícia de que André Villas Boas será agraciado com o Dragão de Ouro para o treinador do ano na próxima Gala de distribuição de prémios entre a nação portista.
Garantidamente que o ex-treinador do FC Porto vai ter direito à liberdade de expressão na festa do Coliseu do Porto.
Mas ainda Villas Boas nem sequer aterrou em Pedras Rubras, muito menos teve ainda tempo para alinhavar as palavras do seu discurso de agradecimento, e já a liberdade de expressão de terceiros anda a fazer das suas. É que não param, por SMS, e-mail, redes sociais e literatura vária, as sugestões para uma recepção condigna ao jovem que trocou a sua pátria cadeira de sonho por uma vida profissional, enfim, na Europa.
O que devem, então, os portistas fazer quando André Villas Boas subir ao palco nessa noite que se avizinha histórica no Coliseu?
Fazer barulho? Virar as costas? Abandonar o recinto?
Fazer manguitos? Fazer o pino?
A seu tempo se verá mas fez bem o FC Porto em atribuir o Dragão de Ouro de melhor treinador ao treinador que lhe deu a vitória em quatro celebradíssimas competições oficiais numa única época. Demonstrou sentido de Estado. Aliás, outra coisa não poderia fazer sob pena de ridículo.
Resta também saber o que vai fazer e dizer Villas Boas quando agradecer a distinção.
Vai ser humilde?
Talvez...
Ou vai, com a ironia do costume que reina na casa, dedicar o prémio a Vítor Pereira com quem aprendeu tudo?
Pouco provável...
Ou vai fazer como Danny e, sem grandes explicações, não comparecer na soirée marcada para o Porto?
Improvável...

APESAR de já ter estado marcada para a soirée, quem não vai comparecer no Estádio de Alvalade no próximo dia 15 de Novembro é a selecção nacional de futebol. Afinal, a selecção vai receber a Bósnia no Estádio da Luz, o que levou a um natural reacender de teimosias entre sportinguistas e benfiquistas.
Ouçam-nos:
-O vosso estádio dá galo e está o destino da Pátria em jogo...
-Mas foi no vosso Estádio que perdemos a final do Euro 2004 para a Grécia.
-Em Alvalade, o Paulo Bento só coleccionou desgostos.
-Isto há política aqui metida. Será por não termos apoiado o Fernando Gomes primeiro que vocês?
-O homem ainda nem sequer foi eleito. E o nosso estádio tem mais 15 mil lugares do que o vosso.
-Mas achas que há mais de 15 mil pessoas a pagarem bilhete com IVA a 23% para não verem o Bosingwa e o Ricardo Carvalho jogar...?
-Dá graças a Deus por ser na Luz. Se fosse em Alvalade e se, por acaso, vocês vissem o Hélder Postiga a marcar um golo de bicicleta à Bósnia até vos dava uma coisinha má...
-Quero lá saber do Postiga, nós agora temos o Van Wolfswinkel.
-Ai é? Então vai apoiar a selecção da Holanda e deixa a nossa selecção em paz?
-A nossa selecção? A tua selecção deve ser a da Argentina, com certeza, são tantos...
-Olha, o Djaló tem-te escrito?
Têm sido assim as conversas na 2.ª Circular desde que a FPF trocou de estádios sem avisar ninguém.

VÍTOR PEREIRA diz que «se fosse hoje» até tinha inscrito o Walter na Liga dos Campeões. Jorge Jesus diz que «se fosse hoje» não tinha mudado de opinião e que inscreveria sempre Rodrigo no lugar de Joan Capdevila na Liga dos Campeões.
Isto não é teimosia. Isto é sentido de Estado. E é por estas e por outras que eu gosto muito do treinador do meu clube.

VÍTOR PEREIRA disse no final do jogo de ontem que empatar com o APOEL não é empatar com uma equipa qualquer. E não é, não senhor. Empatar com o Apoel em casa é isso mesmo: empatar com o APOEL em casa, um resultado que até se pode considerar positivo se retivermos na memória o último lance da partida com Helton em grande atitude a roubar a vitória aos cipriotas.
O grande protagonista do jogo foi, no entanto, o árbitro que era estrangeiro. Deu 8 cartões amarelos a jogadores do FC Porto.
Um árbitro teimoso, está visto. Mas que herói!

A equipa goesa de futebol dos Churchill Brothers venceu a 124.ª edição da Taça da Índia. A final foi disputada no Ambedkar Stadium, em Nova Deli, e o adversário vencido foi o Prayag United. Depois de 120 minutos sem golos, os Churchill Brothers triunfaram no desempate por grandes penalidades.
Parabéns ao nosso professor Neca, treinador dos Churchill Brothers!"

Leonor Pinhão, in A Bola