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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O futebol ideal

"1. Mais dois fins-de-semana sem Campeonato, mais uma série de notícias de jornais antecipando já o 'mercado de Janeiro', mais jogadores que podem entrar e sair deste e daquele clube - é este o Futebol que vamos tendo e que, apesar de tudo, mantém o interesse das multidões. Mas não seria muito melhor um Futebol com mais jogadores nacionais nas equipas, com jogadores mais tempo em cada clube, com campeonatos disputados de forma regular ao longo da época e não interrompidos constantemente?

Claro que o problema não é (só) português, é mundial. E é ao nível da FIFA e da UEFA (sob pressão das federações nacionais) que tem de ser resolvido. Como Luís Fialho, muito bem defendeu há duas semanas no nosso Jornal (e julgo que também eu já aqui publiquei uma vez), as fases de apuramento para os campeonatos continentais e Mundiais deveriam ser disputadas, todas, no final da época (e, já agora, antecedidas de uma fase prévia para seleccionar apenas as melhores das selecções mais fracas, tipo São Marino, Ilhas Faroé, Malta ou Liechtenstein). Nos campeonatos de cada país, os clubes deveriam apresentar em campo, pelo menos, seis jogadores nacionais. E o período de transferências deveria ser limitado a 15 dias, ou um mês por ano, no 'defeso'. Os negócios far-se-iam antes e, no final de Julho (na Europa), estava tudo resolvido e as equipas eram estáveis de início ao final das épocas. Quanto muito, admitir-se-ia um número muito limitado de transferências (uma, duas por clube) em Janeiro (mas uma semana chegava...), mas apenas de, e para, a América do Sul, atendendo ao 'defeso' deles. Claro que os empresários (e afins) não gostariam. Mas o adepto agradeceria... Tenho saudade dos tempos em que os jogadores chegavam cedo a um clube e só deixavam quando terminavam a carreira...


2. Afinal, Hulk e companhia (uma companhia ainda mais alargada do que inicialmente se soube) agrediram mesmo os seguranças no túnel do nosso Estádio. Afinal, o Conselho de Disciplina da Liga tinha razão. Os agredidos queixaram-se civilmente, o processo seguiu e os (vários) jogadores do FC Porto foram, agora, formalmente acusados. Aqui d'el Rei que o Ministério Público não tem mais nada que fazer, que querem é novamente desestabilizar a equipa. Agora, já não é a existência das agressões (tantas vezes postas em causa) que está em causa, mas a intervenção do Ministério Público.

Claro que um comentário há dias aparecido na net diz tudo: 'O quê? Não me digam que - finalmente - alguém desse clube vai pagar por um crime que cometeu... Inacreditável...'. "


Arons de Carvalho, in O Benfica

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