Últimas indefectivações
quinta-feira, 28 de março de 2019
Comunicado FPF
"Reintegração da Gil Vicente Futebol Clube - Futebol, SDUQ, Lda. na I Liga na época desportiva 2019/2020.
1. Por sentença datada de 25 de maio de 2016, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa declarou nulo o ato praticado pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, que aplicou a pena disciplinar de descida de divisão ao Gil Vicente Futebol Clube - Futebol, SDUQ, Lda, na época desportiva 2006/2007.
2. Em consequência, logo a 6 de Junho de 2016, e no estrito respeito pelas decisões dos tribunais, a Direcção da Federação Portuguesa de Futebol deliberou por unanimidade recomendar à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no respeito pela sua autonomia, que procedesse “no mais curto espaço de tempo possível” à reintegração dessa sociedade desportiva, visando a execução da referida sentença.
3. Mais tarde, a 12 de dezembro de 2017, precisamente ano e meio depois daquela recomendação, a Direcção da FPF tomou conhecimento oficial de alterações ao Regulamento de Competições da Liga, aprovadas em Assembleia Geral desta entidade, e de deliberações tendentes à execução da decisão do tribunal, e ainda de um acordo assinado pelo Presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, em que se assume a reintegração efectiva na I Liga da Gil Vicente Futebol Clube - Futebol, SDUQ, Lda. na época desportiva 2019/2020.
4. Tais alterações regulamentares e deliberações da LPFP produziram desde logo efeitos que se estendem a todo o Futebol Sénior Nacional e não apenas à I Liga.
5. Com efeito, de acordo com a lei, as competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional representam o nível mais elevado das competições desportivas da Federação Portuguesa de Futebol.
6. Tal significa que existe uma intercomunicabilidade entre as competições profissionais e não profissionais.
7. Significa ainda que qualquer modificação no quadro competitivo das competições profissionais se projecta, necessariamente, nas competições não profissionais de futebol.
8. Assim, a Direcção da FPF, no dia 30 de Janeiro de 2018 – ou seja, meio ano antes do final da época 2017/2018, e sem conhecer, por isso, a classificação que os clubes obteriam no final das provas - na absoluta protecção da integridade das competições que organiza, deliberou que caso o Gil Vicente viesse a disputar, na actual época desportiva, o Campeonato de Portugal, os resultados dos seus jogos não seriam tidos em conta na classificação final.
9. Os factos mais recentes vindos a público – quase três anos após a primeira decisão da Direcção da Federação Portuguesa de Futebol nesta matéria –, em nada alteram a posição da FPF.
10. Nesse sentido, não se espere uma atitude passiva da entidade responsável pelo futebol nacional.
11. A FPF não aceita que as expectativas criadas em todas as entidades e agentes desportivos, por via das alterações regulamentares e deliberações tomadas no seio da LPFP, sejam frustradas neste momento, com impactos negativos em todas as competições seniores nacionais."
Imigração ilegal em Portugal
"Haverá Imigração Ilegal em Portugal?
O que caracteriza a carreira de um profissional de futebol é a internacionalidade da mesma. No que respeita aos cidadãos dos países sul americanos (maioritariamente o Brasil) e de países africanos, o sonho europeu normalmente tem o seu início no futebol português (pela proximidade linguística). Independente da origem é necessário efectuar um planeamento estratégico e que respeite os normativos expressos da Lei da Imigração Portuguesa e nas regras das entidades máximas no futebol (FIFA, UEFA, FPF etc.), por forma a evitar que os jogadores se encontrem (ou permaneçam) em situações de ilegalidade. De acordo com as últimas estatísticas efectuadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os casos de jogadores de futebol em situação ilegal em Portugal duplicaram no passado ano de 2018, tendo sido detectados 129 jogadores de futebol em situação ilegal em clubes ou associações desportivas – sendo que em 2017, apenas se registaram 59 jogadores em situação irregular. Assim, a vinda dos jogadores para Portugal poder-se-á fazer de forma natural, desde que cumpridasas normas previstas na Lei: Uma das possibilidades previstas na Lei da Imigração é a obtenção de um visto de estada temporária para exercício de actividade desportista amadora, o qual terá uma validade máxima de um ano, sendo que se o jogador pretender ficar mais tempo em Portugal (ou seja, se o Clube optar pela renovação do seu contrato) o mesmo terá de efectuar uma manifestação de interesse junto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, com vista à obtenção de uma autorização de residência (a qual será válida por um ano, renovável por períodos subsequentes de dois anos cada uma). A actividade desportiva amadora deve ser certificada pela Federação Portuguesa de Futebol e o clube contratante deve responsabilizar-se pelo alojamento e cuidados de saúde do atleta; Já caso o jogador seja profissional deverá solicitar o "visto de residência para exercício de actividade profissional subordinada" com vista a solicitar uma "autorização de residência para exercício de actividade profissional subordinada"."
Catão e Boaventura: como vemos a coisa
"A agenda d'O Jogo não é feita pelo Facebook. Não somos cegos, mas também tentamos não ser burros.
Há três dias, um cidadão filmou e divulgou, via Facebook, uma conversa (interrogatório? coação?) com outro cidadão dentro de um automóvel. A conversa envolveu ameaças, insultos, uma agressão e acusações ao Benfica tão incongruentes como inarticuladas. O primeiro cidadão (Vítor Catão) é director desportivo do São Pedro da Cova, depois de ter dirigido o futebol do idóneo Canelas. O segundo é César Boaventura, pessoa que, por razões que escapam à ciência, dispensa apresentação. Nessa noite, ambos estrelaram nas televisões em shows individuais de miséria humana temperados por uma coisa que está mais próxima do espectáculo de variedades do que do jornalismo. Vítor Catão (portista e SuperDragão) ampliou as denúncias: Vieira queria pagar-lhe 200 mil euros para comprar adversários e espancar Francisco J. Marques. Mostrou sons e imagens sem qualquer relação com as denúncias. E O Jogo decidiu fazer o mesmo que tinha feito em várias situações parecidas, com destaque para um ex-delegado da Liga que se dizia perseguido pelo Benfica e para as dezenas tolices saídas da boca e do Facebook de Boaventura: verificou se havia algo solido a noticiar, concluiu que não e absteve-se de fazer parte de uma palhaçada mortal para o nosso trabalho.
Não somos melhores nem piores do que outros: limitamo-nos a decidir por nós próprios o que é importante ou não, em vez de permitirmos que a nossa agenda seja feita pela CMTV ou por qualquer figura que faça um post numa rede social. Escrevo isto porque alguns dos leitores que contestaram este nosso ponto de vista têm uma parcela da razão: aconteceu, cresceu e não podemos fingir-nos de cegos. Mas também procuramos não ser burros."
PS: Crónica de natureza trágico-cómica!!! O Zézinho - propagandista oficial dos Corruptos - foi 'obrigado' a escrever algo sobre o assunto, algo que de facto não queria; depois meteu o Catão e o Boaventura ao mesmo nível, quando não têm qualquer 'equivalência'; ignorou olimpicamente o facto desta polémica ter começado com o Boaventura a 'adivinhar' as nomeações do CA, após receber infos dos Super Dragões, tendo inclusive mostrado um print da cache da Google, onde o próprio Jogo, dava a notícia da nomeação do Soares Dias para o Moreirense-Benfica, antes do anúncio oficial da nomeação... posteriormente alterada!!!; e para terminar, confirmou que a estratégia dos Corruptos vai ser deixarem o Catão 'arder' sozinho!!!!
Racismo não, obrigado
"Esta semana voltou a ter eco um fenómeno que em pleno século XXI continua a envergonhar um pouco todos nós: o racismo.
Em Montenegro, pelo menos três jogadores da seleção inglesa queixaram-se de terem sido ofendidos pelo público, presente no Estádio Municipal de Podgorica.
Calum Hudson-Odoi, Raheem Sterling e Danny Rose foram os principais visados pelos cânticos racistas dos adeptos, numa atitude condenável e que pode trazer consequências graves à selecção de Montenegro. Até porque a UEFA abriu um inquérito aos factos e promete mão pesada.
No final do jogo foi normal a reacção de Gareth Southgate, que saiu em defesa dos seus jogadores, afirmando que fazem parte de um grupo e que estão protegidos por quem tem cargos de chefia na selecção inglesa.
Perante a atitude normal do treinador inglês foi no mínimo curioso ver a reacção do seleccionador montenegrino: Ljubisa Tumbakovic, quando questionado se ouvira cânticos de índole racista, disse que não, que não tinha ouvido e que não estava ali para responder a questões sobre o tema.
Então, como ficamos? Um seleccionador que diz não querer falar sobre acusações de racismo dos adeptos do seu país? Onde está a profilaxia, a mente aberta que se quer nos dias de hoje ou o demonstrar à população os melhores princípios?
Ou será que na República de Montenegro esses mesmos princípios são diferentes daqueles por que se regem outros países?
Para já a Federação Montenegrina de Futebol (FSCG) anunciou que vai identificar e proibir a entrada em estádios dos adeptos que manifestaram comportamentos racistas durante o jogo com a Inglaterra de qualificação para o Euro 2020.
No mesmo dia ficou a saber-se que na rádio espanhola Cadena Cope o apresentador do programa Tempo de Jogo, Paco González, disse numa das suas intervenções que o médio da selecção portuguesa e do Bétis, William Carvalho, era, e passo a citar «um caso de descriminação positiva». «Se este jovem fosse branco diriam todos que era um gordo não profissional», adiantou.
De imediato os adeptos do Bétis apelidaram de racistas estas declarações e nas redes sociais demonstraram o seu descontentamento.
Dois países, dois comportamentos que, na mesma altura, relembram que o fenómeno do racismo no futebol não desapareceu.
Está adormecido, mas de tempos a tempos revela-se das piores maneiras.
Depende de cada um de nós estar vigilantes para que os limites do bom senso não sejam ultrapassados por atitudes e gestos que em nada fazem do desporto uma promoção a todos os níveis do fair-play e das boas práticas, como se pretende que o desporto rei seja hoje e todos os dias."
A conclusão que se impõe sobre a seleção: tanta qualidade não pode continuar a ser desperdiçada em pontapés e bolas para o quintal
"Dois empates em dois jogos numa Luz-talismã e perante os rivais mais fortes: soa o alerta na Selecção, precisamente no início da caminhada para o Euro 2020 – ou a meio, se considerarmos que a probabilidade de depender do “play-off” da Liga das Nações torna-se agora bem forte, ainda sem sabermos o que vai dar o caso Júnior Moraes para o lado ucraniano. Mais do que o resultadismo que parece já não garantir… resultados, e apesar de ainda ser possível trilhar um caminho que ficou mais íngreme, interessa olhar para o futuro imediato: é este o futebol que se adequa ao talento existente?
“Deixámos que fizessem o que queriam: defender com todos os homens atrás da linha da bola. Tínhamos de tentar tirar alguns de lá, o que não conseguimos, e depois aparecer aí no espaço intermédio a tentar desequilibrar no 1x1, num lance individual, com um drible ou um passe de ruptura. (…) Tinha dito aos meus jogadores que para apostar no jogo exterior não bastava cruzar, era necessário definir bem. Acho que esta foi a questão central.” As palavras são de Fernando Santos, dizem respeito ao primeiro jogo do último Europeu, frente à Islândia (1-1), e estão datadas de 16 de Junho de 2016. São de há quase três anos, portanto.
Desde que Bjarnason anulou os efeitos do golo inaugural de Nani, cinco minutos depois do intervalo em Saint Étienne, a Selecção foi de empate em empate, desempatando-se no prolongamento ou nos penáltis, até à meia-final em que bateu Gales e Gareth Bale e sagrou-se depois campeã da Europa, em novo prolongamento. A final foi o que todos se lembram: Sissoko a dar problemas, Griezmann a falhar, Patrício a defender, Raphaël Guerreiro a acertar na trave e Eder a acreditar com uma fé incomensurável que podia ser Ronaldo, nem que fosse apenas por um dia.
Portugal terminou depois a Taça das Confederações no 3º lugar e o Campeonato do Mundo nos oitavos, uma espécie de mínimo olímpico para um campeão continental. Está agora na final four da Liga das Nações, já com a garantia de um “play-off” que pode ser salvador, contudo não escapa a estar a viver, nesta precisa altura, o pior momento da era Fernando Santos, com quatro igualdades consecutivas (Itália e Polónia nos dois jogos mais recentes na nova prova de selecções e agora Ucrânia e Sérvia) e com o peso histórico de apenas por uma vez se ter qualificado depois de dois empates seguidos no arranque: aconteceu na rota do Euro 2012, mas só depois de repescado ao vencer um último duelo a duas mãos com a Bósnia.
É verdade que quando as coisas parecem ficar negras surge sempre uma estrelinha a iluminar o caminho de Fernando Santos. Quem não associará as alegações da utilização irregular de Júnior Moraes frente a Portugal e Luxemburgo – que podem retirar quatro pontos à Ucrânia e dar mais dois ao seleccionado luso – ao golo sem necessidade de Trautason no quarto minuto de descontos do Islândia-Áustria e que atirou a Selecção para o lado bom do calendário do Europeu em detrimento da própria equipa? Todos reconhecemos que o seleccionador e a felicidade andam há muito de mãos dadas.
Acreditar, no entanto, que o Euro 2016 aproximou mais o país das conquistas será apenas verdade, eventualmente, no lado psicológico da questão. A eliminação na Rússia perante o Uruguai tem, apesar de tudo, um travo amargo. Era esperado mais de um grupo cada vez mais talentoso, tal como também agora, depois do tiro de partida para a corrida a nova prova continental.
O que não mudou (e não é necessariamente bom)
A ideia e as dinâmicas da equipa pouco ou nada se modificaram, tal como os problemas e as dificuldades com que se deparam e depararam. Em pleno Euro 2016, Santos privilegiou a solidez defensiva e a verticalidade e objectividade. Ganhou contra todas as expectativas à França, em França, e depois, na fase de apuramento para o Mundial, entrou de peito feito na Suíça e perdeu.
O técnico voltou a fechar-se em si mesmo e nas suas ideias, uniu o grupo e apurou-se ao ganhar todos os jogos que faltavam, mas o Mundial que garantiu no trajeto esteve longe de ser feliz. Nesse jogo específico de quem é mais matreiro e traiçoeiro os uruguaios não deixaram espaço para discussão.
O pós-Rússia amanheceu diferente, sem o capitão Ronaldo e sem Moutinho, e o 4-4-2 virou 4-3-3, com ideias novas no meio-campo – um posicionamento mais alto de William, que recuperava também Rúben Neves – e Bernardo Silva a aproveitar, sobretudo quando no meio, o período sede vacante. A verdade é que chegaram Ucrânia e Sérvia e Portugal falhou.
Depois de um ou outro sinal positivo, Portugal regrediu. Do discurso de há três anos após o jogo com a Islândia recupero a mesma incapacidade para desestabilizar, retirar os jogadores adversários das posições de conforto e a insistência em cruzamentos sem definição. Demasiados.
As opções com a Ucrânia
Além do regresso de Cristiano e de Moutinho, titulares com a Ucrânia, as substituições feitas durante o decorrer da partida não pareceram ir ao encontro do esperado. Rafa foi a aposta pelo momento de forma que atravessa, mas acabou lançado num contexto em que não tinha espaço para acelerar (bloco baixo ucraniano). Dyego Sousa virou uma referência mais para a insistência nos cruzamentos.
Já João Mário tornou-se a derradeira tentativa de ligar tudo isso com alguma lucidez, sem que se valorizassem no outro prato da balança as dificuldades que o médio continua a atravessar: apenas 12 jogos em 28 a titular e um golo e três assistências, tudo conseguido no mesmo encontro, em Novembro, na recepção do Inter ao Génova. Pizzi, que tinha alimentado o triângulo do meio-campo nos desafios mais recentes com uma boa dose de criatividade, não saiu do banco.
A Portugal faltou jogo interior. Empurrado para a largura pelo duplo-bloco montado por Sheva, acertou apenas cinco cruzamentos em 35 - 25 foram feitos desde a direita e 11 vieram de João Cancelo (dados GoalPoint). Números que sublinham a ideia de que a Selecção continua com os problemas de sempre. Pelo menos desde o início do Euro, como reconhecia na altura Fernando Santos.
As pequenas melhorias com a Sérvia
Portugal ia ter mais espaço no segundo encontro, era um dado adquirido ainda antes do pontapé de saída. Primeiro porque a Sérvia não se remete apenas à defesa, assume períodos de posse de bola com qualidade para desenhar ainda transições velozes e mortíferas, o que também destapa caminhos para a própria baliza.
O 11 com Danilo (e William) seria, em teoria, uma forma de libertar os laterais para uma maior projecção nos flancos, permitindo também uma presença mais frequente dos alas Bernardo Silva e Rafa (agora titular em vez de Moutinho) no corredor interior. Além do aspecto defensivo de proteger os centrais, claro. Só que é curiosamente Danilo, pressionado por dois rivais, quem entrega a bola para a transição sérvia na jogada do penálti, com Tadic a brilhar intensamente no passe de rotura. Depois, a maior presença em terrenos centrais não significou obrigatoriamente melhor e maior jogo interior, por falta de uma maior verticalidade no passe – terá Fernando Santos acreditado que William e Danilo estariam capacitados para tal? – e porque faltaram apoios e movimentos de rotura entre as linhas sérvias.
Houve mais acerto nos cruzamentos, com seis em 19 a chegarem ao destino, contribuindo Pizzi – ele que entrara para substituir Cristiano ainda na primeira parte, depois de não ter saído do banco com os ucranianos – para melhorar o registo do lado direito, assinando quatro boas decisões. Só que tudo somado foram 54 cruzamentos em dois jogos, o que nos diz que Portugal centra para a área como se lá estivesse Jardel. O goleador, claro, aquele que não falhava com a cabeça.
O envolvimento melhorou um pouco com a Sérvia. Os cruzamentos já não foram feitos de tão largo, mas mais perto da linha final e, por vezes, tentaram-se paralelas interiores à procura de segundas vagas de finalização, com passes atrasados. Não chegou para o golo, é verdade. Já se sabe que não há nenhum Jardel na Selecção, apesar de esta estar viciada nos cruzamentos face aos movimentos verticais que procuram imediatamente Cristiano e André Silva ou Dyego Sousa. O jogo mais directo, assente em passes longos ou cruzamentos, há muito que domina e a equipa parece não saber muito bem o que fazer quando a estratégia, objectiva mas demasiado crua, não resulta.
Se sempre se discutiram as diferenças de performance de Ronaldo no clube em contraste com as da Selecção e muitas vezes até com injustiça, em breve podem os adeptos estar a dizer o mesmo de Bernardo Silva, a fazer uma temporada brilhante no Manchester City e a ter sérias dificuldades de explanar o seu futebol na equipa das quinas. No entanto, se sempre foi possível canalizar a “fome” do capitão, também os restantes jogadores conseguirão ajudar o outro génio do conjunto a encontrar o caminho e a iluminá-lo com a sua arte. Terão de ir ao encontro de Bernardo através de um futebol mais associativo. A equipa terá obrigatoriamente de evoluir se quiser retirar o melhor dos seus melhores jogadores.
O tal problema da eficácia
Portugal podia ter vencido mesmo assim? Claro que sim. Só nesta segunda-feira fez 28 remates contra 10, dos quais seis saíram enquadrados com a baliza (contra três) e 17 foram desferidos de dentro da área (contra sete). A Sérvia também teve as suas oportunidades, mas a selecção de Fernando Santos, a jogar em casa e apesar das dificuldades evidentes na construção, somou mais.
O mesmo aconteceu perante a Ucrânia, embora a oportunidade de Júnior Moraes tenha sido talvez a mais flagrante de todas já ao cair do pano.
Os argumentos podem ser válidos para um ou dois jogos, dificilmente serão para uma qualificação inteira. Ou para uma fase final, apesar do que nos mostrou o Europeu de há três anos. Um Europeu “one in a million”, embora teimemos em olhar apenas para a conquista final. Portugal tem de melhorar o seu processo ofensivo, não se pode fiar que todos os deuses do futebol voltem a apontar para o mesmo lado. O seu. Isto se quiser ter realmente hipóteses de defender o título que ostenta.
Enquadrar o talento
Portugal perdeu na Suíça em Setembro de 2016 e teve de correr atrás desses três pontos para estar na Rússia. Aconteça o que acontecer com Júnior Moraes e a Ucrânia, já sabe que terá de recuperar o que perdeu, embora agora no terreno dos adversários. Olhando para o que a Selecção tem jogado, torna-se evidente que terá de evoluir numa altura em que tem cada vez mais talento a aparecer.
Notou-se na lista a falta de Gelson Martins, por exemplo, pela capacidade de desequilíbrio no 1x1 e até por estar cada vez melhor a pisar terrenos interiores, agora a jogar com frequência e a ser decisivo no Mónaco de Leonardo Jardim. João Félix terá feito algum sentido na segunda parte frente à Ucrânia pela capacidade de pisar entrelinhas como poucos e será ainda necessário dar continuidade ao que Bruno Fernandes e Pizzi têm acrescentado respectivamente no Sporting e no Benfica. Há Diogo Jota, pode haver Rafael Leão, Dalot, Florentino, Gedson, Ferro, entre outros, em breve.
Só que estes nomes não fazem de todo sentido na actual ideia de futebol vertical, que obriga a velocidade e agressividade na luta pelas segundas bolas ou a cruzamento atrás de cruzamento, como tem sido o denominador comum nos últimos encontros.
O futuro está aí e falta saber para onde vamos agora. Talvez seja a altura certa para parar um pouco e pensar e analisar quando o resultadismo já nem resultados parece garantir. É que, sendo um país a quem sempre pareceu faltar alguma coisa, desta vez não será certamente uma eventual falta de talento em alguma posição que estará em causa. Portugal está cada vez mais completo e profundo. E tanta qualidade não pode continuar a ser desperdiçada em pontapés para frente e bolas para o quintal."
A Olímpica metáfora de Laurentino Dias
"No rescaldo da hecatombe que foi a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008) o então Secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias (Record, 2008-11-23) cunhou uma metáfora que ficou para história da gestão do desporto nacional. Foi ela:
“Não é o governo nem o COP quem corre, salta e joga. São os atletas”.
Considero e respeito Laurentino Dias mas só posso perceber a metáfora por ele produzida no quadro do ingénuo voluntarismo de um antigo praticante desportivo que ele foi, que o levou a, perante o País, tentar salvar a imagem de uma Missão Olímpica desastrosa que não era da sua responsabilidade nem da do Governo (XVII) a que pertencia. Na realidade, Laurentino Dias nada tinha a ver com o modelo de desenvolvimento do tipo Galinha dos Ovos de Ouro do Programa de Preparação Olímpica assinado entre o Instituto do Desporto de Portugal e o Comité Olímpico de Portugal ao tempo do XVI Governo presidido por Santana Lopes que, diga-se de passagem, já só era de gestão. E, Laurentino Dias até esclareceu: “Quando tomámos posse em Março de 2005, herdámos um contrato entre o COP e o Instituto de Desporto de Portugal e o governo anterior onde está definida a conquista de 5 medalhas e 60 pontos. Como chegaram a essa conclusão, é melhor perguntar ao presidente do COP e ao Instituto do Desporto de Portugal (IDP)”. Recordo que, ao tempo do tal contrato, era presidente do IDP o insigne JM Constantino (sim, o atual presidente do COP) e presidente do Comité Olímpico de Portugal o insigne Vicente Moura. E Laurentino continuou: “Definir objectivos sim, mas acho um disparate contabilizar medalhas. Aliás, nesse mesmo contrato estava um mapa com medalhas para 2012 apresentado em 2004!! Isso não deve fazer-se. Não é o governo nem o COP quem corre, salta e joga. São os atletas”.
Todavia, Laurentino Dias, ao assumir as “dores do parto” da Missão portuguesa aos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), acabou por cometer um enorme erro em cima do enorme erro que já era o modelo de desenvolvimento do desporto instituído em 2005 que, assim sem mais nem menos, previa as tais cinco medalhas olímpicas.
Mas, afinal, qual foi o erro de Laurentino Dias?
O erro de Laurentino Dias foi o de, perante a olímpica catástrofe corporativa que foi Pequim (2008), não ter aproveitado para abandonar o incompreensível monumento burocrático expresso no Contrato-programa de desenvolvimento desportivo nº 48/2005 (DR-II SÉRIE Nº 70 de 11 de Abril) que tinha subjacente a ideia darwinista de que se se concentrassem a maioria das verbas das Federações Desportivas na preparação olímpica, à semelhança daquilo que acontecia na República Democrática da Alemanha (RDA) e noutros países de regimes políticos musculados de esquerda e de direita, a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos seria coroada com uma chuva de medalhas. Pelo contrário, Laurentino Dias, presumo eu, estribado na ilusão de que os Centros de Alto Rendimento podiam salvar a situação, em vez de aproveitar para mudar radicalmente o rumo ao desporto nacional, acabou por deixar prosseguir o modelo existente durante mais um Ciclo Olímpico, o de Londres (2012).
Mas como não era o governo ou o COP que corriam, lançavam ou jogavam, o desenvolvimento do desporto nacional, para além de alguns resultados extraordinários da exclusiva responsabilidade dos atletas, das suas famílias, dos seus treinadores e dos seus clubes, acabou por decorrer sem objectivos, sem honra e sem glória, durante mais quatro anos. E, em Londres (2012), para além da canoagem, salvou-se a liderança da Missão Olímpica o que já não foi nada mau na medida em que, em Pequim (2008), nem isso.
E, assim, a metáfora legada por Laurentino Dias acabou por se revelar profundamente negativa para uma cultura de responsabilização dos dirigentes do vértice estratégico público e privado do desporto nacional. Porque, se não são os dirigentes políticos e desportivos que correm, saltam e jogam, todavia, Laurentino Dias devia, também, ter dito que, do ponto de vista político-administrativo, são eles os responsáveis pela concepção do modelo de desenvolvimento, pelo planeamento, pela organização, pela implementação e pelo controlo de todo o processo pelo que, digo eu, devem ser eles a responder (de A a Z) pelos resultados finais dos Jogos Olímpicos. Até porque os atletas só correm, só lançam e só jogam.
Contudo, é necessário considerar que a metáfora de Laurentino Dias vem na lógica da cultura de desresponsabilização pelos resultados desportivos do dirigismo desportivo nacional. Por exemplo, no nosso nacional olimpismo, o único presidente do COP que respondeu pelos maus resultados nos Jogos Olímpicos foi José Pontes que, depois de Melbourne / Estocolmo (1956), através de um movimento das Federações Desportivas desencadeado por Nobre Guedes que lhe sucedeu, foi obrigado a abandonar a presidência do COP. Por isso, relativamente ao que hoje se está a passar no desporto nacional, é mais do que oportuno parafrasear Gilbert Heebner: Embora a história não se repita com exatidão, o futuro também não surge por acaso.
E como o futuro não surge por acaso, a metáfora de Laurentino Dias, apesar de ter sido proferida numa situação muito especial fez escola. E, infelizmente, fez escola de má pedagogia política na medida em que criou uma zona de conforto para os dirigentes desportivos porque, como não são eles que correm, saltam ou jogam, acabam por considerar não serem responsáveis pelos resultados desportivos separando-os, como se isso fosse possível, da gestão político-administrativa das organizações que chefiam.
Em consequência, numa entrevista conduzida pelo jornalista António Simões (A Bola, 2014-03-22) ao presidente do COP JM Constantino (sim aquele que, em 2005, na qualidade de presidente do IDP, assinou o contrato programa de preparação olímpica com o COP onde se previam cinco medalhas) à pergunta “e se no Rio (2016) Portugal regressar com zero medalhas, será responsabilidade do presidente do COP ou de Portugal?” o ilustre presidente do COP, certamente inspirado na metáfora de Laurentino Dias, respondeu:
“Eu não vou competir, quem competirá são os atletas; eu não vou treinar, quem o fará são os treinadores; eu não vou organizar, quem o fará são os organizadores; eu só vou dirigir e dirigir é fazer tudo o que estiver ao meu alcance para quem compete, treina e dirige não possa dizer que não fiz o melhor para que tudo isso possa acontecer”. (Cf. A Bola, 2014-03-22)
JM Constantino estava completamente enganado. E a prova provada é que os resultado de pódio da Missão Olímpica Rio (2016) que se traduziram numa única medalha de bronze acabaram por ser bem pior do que os resultados de Pequim (2008) onde se conquistaram duas medalhas, uma de ouro e outra de prata e dos resultados de Londres (2012) onde se conquistou uma medalha de prata. O que aconteceu foi que, de uma maneira geral:
(1º) Os atletas, tiveram resultados extraordinários durante os quatro anos do Ciclo Olímpico do Rio (2016);
(2º) Os treinadores entregaram-se com competência e empenho a todo o processo de treino;
(3º) Os dirigentes mantiveram o subsistema alto rendimento em funcionamento com a habitual proficiência;
(4º) A tutela alimentou o COP com os recursos financeiros necessários como o próprio JM Constantino reconheceu. Então, porque é que os resultados de pódio do Rio (2016) foram uma desgraça franciscana relativamente à expectativa anunciada de cinco ou seis lugares de pódio. O problema é que esta foi uma questão que não era permitido colocar a quem de direito.
Mas a comunicação social não deixou de reparar no confrangedor vazio entre as expectativas criadas e os resultados conseguidos. Por exemplo, o jornalista Jorge Maia escreveu no desportivo O Jogo: “Não se pode dizer às pessoas para esperarem por cinco ou seis medalhas e depois ficar surpreendido quando as pessoas perguntam onde estão”. Jorge Maia referia-se às declarações de JM Constantino antes da partida para o Rio de Janeiro. Dizia o presidente do COP: “Há cinco ou seis modalidades em que há campeões do mundo, da Europa". "Aquilo que é uma possibilidade, que é expectável, é que possam combater por posições de pódio”. (CM, 2016-06-18)
Então, se toda a logística funcionou, o que é que falhou?
O que falhou foi JM Constantino. Ele devia ter tido em conta que, numa perspectiva macro, em matéria de previsão no alto rendimento desportivo existem, pelo menos, três condições fundamentais a ter em conta:
(1ª) Uma coisa são medalhas olímpicas e outra, completamente diferente, são lugares de pódio nos Europeus ou Mundiais obtidos nos anos que antecedem os Jogos. A este respeito, para não ir mais longe, bastava-lhe ter conversado com João Rodrigues a fim de compreender a sua brilhante carreira desportiva;
(2ª) Programar uma medalha olímpica, tal como acontecia na extinta República Democrática da Alemanha (RDA), obriga a ter três atletas potencialmente capazes de a conquistarem. Tudo o mais é, na maior das ingenuidades, planear aquilo que não se controla acreditando que as previsões são uma espécie de Dança da Chuva;
(3ª) Quem pode verdadeiramente programar os resultados desportivos são as Federações Desportivas. É incompreensível e inaceitável o que se lê no Relatório de Missão – Rio 2016 na parte produzida pela Federação Portuguesa de Atletismo: “Os objectivos definidos pelo COP, não foram discutidos nem propostos pela federação”. (Cf. Relatório da FPA, p.6, integrado no Relatório de Missão do COP, 2016).
Entretanto, quando JM Constantino programa duas medalhas olímpicas e anuncia que o “COP espera aumento do número de modalidades e atletas em Tóquio'2020” (Cf. O Jogo, 2019-03-19) devem-se colocar três perguntas:
(1ª) Porque não são previstas cinco medalhas como aconteceu para Pequim (2008)?
(2ª) Em que desportos estão previstas as medalhas?
(3ª) Desta vez falou atempadamente com as Federações Desportivas?
Cada desporto é uma unidade técnico-sócio-funcional que, em termos de desenvolvimento, não se compadece com processos híper centralizados de estandardização burocrática dos procedimentos impostos por uns Contratos-programa que têm resultado num “gap estratégico” negativo, quer dizer, que têm sido promotores de um futuro pior do que aquele que aconteceria caso não tivessem existido.
Assim, não faz qualquer sentido que a preparação para a participação dos atletas portugueses das várias modalidades desportivas nos Jogos Olímpicos não esteja completamente debaixo da competência das respetivas Federações Desportivas no âmbito dos programas de Alto Rendimento que elas devem gerir (de A a Z) de acordo com as políticas públicas estabelecidas pela tutela que, para o efeito, deve garantir ao País competência política e técnica. Repare-se que até o modelo olímpico italiano, organizado desde o fim da última guerra no famigerado Comitato Olímpico Nazionale Italiano (CONI) deixou, recentemente, de ter as competências e os recursos que tinha sobre o alto rendimento que passaram para as Federações Desportivas que, para além de os gerirem melhor, garantem, também, melhores resultados.
O COP, em matéria de alto rendimento, se tratar atempadamente e com competência a organização da Missão Olímpica, aliás, como decorre da Lei de Bases da Actividade Física e Desporto e da Carta Olímpica, já não é nada mau.
Por isso, perante a total ausência de competências humanas e técnicas para o exercício da liderança das cúpulas pública (governo) e privada (livre associativismo) do desporto nacional que se traduz na mais completa incapacidade para ouvir e tentar perceber o que se passa no próprio desporto nacional, é com satisfação que vemos as Federações Desportivas que, em 2005, foram privadas das suas competências e completamente abandonadas à sua sorte, no âmbito da Plataforma do Desporto Federado, a reflectirem sobre o processo de desenvolvimento do desporto nacional e a reivindicarem o controlo total sobre as respectivas modalidades, condição “sine qua non” para se inverter o estuporado processo de desenvolvimento do desporto do tipo Galinha dos Ovos de Ouro que tem vindo a colocar o desporto nacional, da educação física e desporto escolar à prática recreativa para a vida e ao alto rendimento, numa situação de retrocesso.
De facto, os presidentes das Federações Desportivas também não correm, não saltam, nem jogam, mas é sobre eles que, para além da logística, deve recair a responsabilidade de idealizarem uma estratégia para a organização do futuro a estabelecer de acordo com os órgãos que, do ponto de vista democrático, têm competência política para administrarem o desporto nacional.
Assim sendo, reivindicar a devolução do direito consagrado na lei que concede às Federações Desportivas a responsabilidade de gerirem de A a Z as respectivas modalidades deve ser, para começar, a primeira medida a reivindicar pela Plataforma do Desporto Federado, junto da tutela política. E, neste sentido, Laurentino Dias tem, pelo menos, a responsabilidade moral, de ajudar a colocar a história no seu lugar."
A força da verdade
"A desorientação está cada vez mais difícil de disfarçar. Agora, à falta de melhores argumentos, chega-se ao ponto de tentar recuperar uma fábula de 1959 como forma de tentar colar o Benfica a benefícios de arbitragem. Sabemos muito bem o que se pretende, mas fica desde já a garantia: por cada vez que mentirem, serão desmentidos!
Quem mostra todo este desespero são os mesmos que continuam a beneficiar, esses sim, de um invulgar conjunto de erros de decisões de arbitragem. E também os mesmos que, nos últimos 30 anos, fizeram tudo aquilo que o país bem sabe. Realmente, é preciso ter mesmo graves problemas de memória!
Quando entramos na fase decisiva do campeonato, o objectivo é evidente: querem fazer regressar, de uma forma desesperada, todo o clima de coação, intimidação e ameaças com o único intuito de condicionar os mais diversos agentes desportivos, incluindo adversários e, sobretudo, equipas de arbitragem. É uma estratégia antiga.
Os promotores deste clima de terror têm várias necessidades: uma delas é tentar desviar as atenções dos maus resultados desportivos dos últimos anos, mas mais ainda da gravosa situação financeira em que se encontram e que levou mesmo, como é sabido, a uma implacável intervenção da UEFA. Isto apesar de os milhões feitos com a venda de jogadores durante várias temporadas a fio.
São os mesmos que encontraram no cibercrime, nas invasões aos centros de treinos de árbitros e nas múltiplas ameaças a tudo e a todos (umas públicas e outras privadas) a fórmula para tentar recuperar o clima de terror e de coação em que gostam de viver. Como se não bastasse, ainda chegam ao ponto de mostrar orgulho por toda esta marginalidade.
Perante isto só existe um caminho: denúncia pública! E esperar, depois, serenamente o trabalho das autoridades, mantendo a concentração naquilo que é essencial.
No Benfica temos um projecto desportivo e patrimonial. Passado, presente e futuro que nos enche de orgulho. Temos uma situação financeira sólida. Vivemos um momento de grande reforço nas mais diversas áreas e de grande afirmação internacional, sendo a nossa gestão apontada, a vários níveis, como um exemplo que deve ser seguido.
Temos um projecto global e abrangente, ecléctico e também com uma alargada intervenção no campo da responsabilidade social. Temos a formação como principal prioridade estratégica do nosso projecto desportivo em todas as modalidades. Nesse sentido, e como sempre, o nosso foco não se pode desviar nesta fase final da época.
Enfrentaremos cada jogo com a habitual humildade, ambição, confiança e determinação, contando com o fiel apoio dos milhões de adeptos que temos espalhados pelo mundo.
A chama está intensa. A onda vermelha cresce a cada semana e, por isso, vamos fazer de cada ‘final’ uma verdadeira festa do futebol. Respeitando cada um dos adversários que nos resta enfrentar até ao último dia da temporada. Estamos prontos para o desafio! Vamos à Reconquista!
PS: Ficou ontem a conhecer-se o calendário da próxima edição da International Champions Cup, que volta a ter o Benfica entre a nata do futebol mundial, ao lado de clubes como o Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique, Manchester United ou Juventus, só para dar alguns exemplos. Teremos como adversários Chivas, Roma e AC Milan numa competição que confirma a intocabilidade do nosso prestígio internacional e que permite levar uma vez mais o nosso emblema aos Estados Unidos e à imensa comunidade portuguesa que ali se encontra. Um orgulho!"
Notícia falsa do Record
"O Sport Lisboa e Benfica esclarece que é completamente falso que Luís Filipe Vieira tenha estado no Catar esta semana, este mês, este ano. É completamente falso que Luís Filipe Vieira tenha, sequer, estado ausente do País esta semana.
Num momento em que nos aproximamos do final do Campeonato e em que o Benfica segue na liderança, este "novo" Record e o seu "novo" director fazem de tudo para criar instabilidade no Clube.
Não sabemos com que interesses ou ao serviço de quem dão à estampa notícias como esta inventando uma viagem para se negociar o jovem Florentino. Mas uma coisa é certa: o Benfica é hoje um clube com uma dimensão e organização invejável, com uma saúde financeira impensável há poucos anos, com uma massa associativa única e com um projecto, assente na formação e no trabalho desenvolvido no Caixa Futebol Campus, reconhecido por esse mundo fora.
E porque hoje o Benfica é assim, não serão as notícias falsas do Record que desviarão o Benfica do rumo traçado e do sucesso para o qual trabalhamos de forma muito séria. Por último informamos que não existe nenhuma negociação em curso, porque nesta fase todo o foco está centrado nos diversos objectivos desportivos a conquistar."
Vitória em Famalicão...
Riba d'Ave 2 - 5 Benfica
Vitória tranquila...
Jornada que ficou marcada, por mais duas arbitragens inacreditáveis que facilitaram vitórias aos Corruptos e ao Cashball... É tudo feito ás claras inacreditável!
Vitória... em jornada invertida!
International Champions Cup 2019
Ficou definido hoje o calendário da ICC 2019.
Benfica - Chivas (Mex); Santa Clara (Cal), 20 de Julho
Roma (Ita) - Benfica; Harrison (NJ), 24 de Julho
Milão (Ita) - Benfica; Foxborough (Mass), 28 de Julho
A presença do Benfica neste torneio é importante, financeiramente, e principalmente na visibilidade que dá ao Clube internacionalmente.
Vamos disputar 3 jogos, em zonas de muitos portugueses: a região da Bay Arena de San Francisco, especialmente em San José temos muitos Benfiquistas; tal como em redor de Newark e entre Boston e Providence, com a estátua do King, à nossa 'espera' em Foxborough!
Ainda não sabemos quando e como será o nosso início de época oficial, existe a possibilidade de voltarmos a fazer a 3.ª pré-eliminatória da Champions, caso ficarmos em 2.º lugar no Campeonato... Mas creio que estas datas, não serão alteradas (recordo que em edições anteriores, tem havido sempre mudanças de datas, já houve alterações do local das partidas e às vezes alterações das equipas)!
Seria importante, voltar a ter a Eusébio Cup no Estádio da Luz. Sem as pré-eliminatórias da Champions, se tudo correr bem, o primeiro jogo oficial deverá ser a Supertaça, que deverá permitir um 'espaço', após o jogo do Milão...
Bofetadas
"1. Portugal foi vítima de erro grave de arbitragem frente à Sérvia, mas não se chumba num teste por falhar apenas uma pergunta. Faltaram mais respostas. Sobretudo se pensarmos também no jogo com a Ucrânia.
2. Catão & Boaventura seria um belo nome para uma dupla sertaneja ou um spaghetti western, não fosse o caso tão vergonhoso para o nosso futebol.
3. As constantes referências do Benfica às arbitragens já chegaram ao futebol feminino. Não é por se bater com insistência numa tecla que ela toca mais alto, deixa é de funcionar. Não há plano nem plateia que aguentem.
4. O Gil Vicente é o colesterol alto dos clubes aflitos da Liga. Só se lembram de o baixar quando começam a acabar as batatas fritas da esperança.
5. Azar no futebol tem nova definição: uma equipa ter 79% de posse de bola, fazer 54 remates (15 na baliza, alguns nos postes) e perder 1-0 aos 92'. Aconteceu na Copa Sudamericana ao Nacional Potosi (Bolívia).
6. O regresso de Jovic à Luz, pelo Eintracht, serve para recordar o Benfica que a paciência é uma virtude.
7. Realizou-se na Sibéria, em Krasnoyarsk, o primeiro campeonato do mundo de bofetadas. Vi algumas imagens e acreditem que aquilo não é como os remates de meia distância de William Carvalho. Eles dão mesmo.
8. Cara ou Corona? O seleccionador mexicano escolheu cara (de imbecil).
9. Samaris passou de acrópole em ruínas a doce iogurte grego. Cuidado é com a validade (da renovação).
10. Ainda o recorde mundial num jogo de futebol feminino entre clubes - 60.739 no Atl. Madrid - Barça. Quase o mesmo que o acumulado do V. Setúbal na Liga (62.528) e mais do que o acumulado de 10 clubes (o dobro no caso do Moreirense). Dá que pensar.
11. O Sporting sagrou-se bicampeão nacional de futebol de mesa. É daquelas situações em que ficamos sem saber se damos os parabéns ou se lamentamos."
Gonçalo Guimarães, in A Bola
Moçambique somos todos
"Há muitos anos, nas décadas de quarenta e cinquenta do século passado, encontramos equipas formadas por jogadores do Benfica, Sporting e Belenenses, que assim criavam condições para fazerem frente aos potentados estrangeiros. Eram tempos em que a rivalidade não extravasava os limites da convivência.
Nesses jogos, tanto eram utilizados equipamentos neutros, com as letras BSB como emblema, como usavam as camisolas de um outro clube, sem que daí viesse mal ao mundo.
Depois, veio a zanga por Eusébio e as relações entre Benfica e Sporting nunca mais foram as mesmas e mais tarde foi a vez do Belenenses se zangar com o Sporting por causa de Carlitos.
Veio o 25 de Abril e com ele, por magistratura de influência do general Spínola a 10 de Junho de 1974, no Estádio Nacional, os eternos rivais retomaram relações institucionais e poucos anos depois já estavam a organizar conjuntamente torneios internacionais de futebol jovem, com jogos em Alvalade e na Luz. Em 1976, na homenagem a Carlos Lopes, depois da prata de Montreal, houve um Sporting - Benfica, em que até Eusébio e Yazalde, que já não estavam por cá, participaram.
Os últimos anos, no que toca a civismo no futebol português, têm sido de chumbo, tornando a esperança do regresso às boas práticas muito ténue. Porém, numa iniciativa que envolve FPF; AFL e Sindicato, Benfica, Sporting e Belenenses uniram-se num projecto por Moçambique, terra de Vicente, Matateu, Eusébio, Coluna, Juca e Hilário, que pode ser um raio de luz a iluminar as trevas. O futuro será sempre o que quisermos fazer dele. Que tal começar por ir, no sábado, ao Restelo?"
José Manuel Delgado, in A Bola
Responsabilidade social
"Nunca um clube será verdadeiramente grande se não for capaz de perceber que as suas preocupações devem ir para além da competição, das rivalidades do dia a dia e das rotinas instaladas nos relvados, nos pavilhões e nas pistas.
Todas as grandes organizações têm uma responsabilidade social que as deveria obrigar a responder perante tragédias como a que ocorreu na cidade da Beira, na sequência do ciclone Idai. É preciso perceber, a cada momento, o mundo em que vivemos e aquilo que nos rodeia.
No caso de Moçambique, a exemplo do que já tinha acontecido noutras ocasiões, o Benfica disponibilizou-se, desde a primeira hora, para prestar o apoio possível. Nem poderia ser de outra forma. Há uma operação global em marcha, promovida pela Fundação Benfica, que consiste no contínuo apelo a uma ampla mobilização nacional para a recolha de alimentos (enlatados).
Desde o passado dia 21 que é possível fazer entregas em qualquer Casa do Benfica. A partir de hoje (já sem os compromissos da Selecção Nacional), também o Estádio da Luz passa a integrar este plano de recolha, que estará activo até ao próximo domingo.
No âmbito desta campanha de Alimentos Por Moçambique, as equipas femininas do Benfica e do Sporting estarão no Estádio do Restelo (sábado, às 16 horas) para um dérbi cuja receita reverte para as vítimas da catástrofe. E que se espera, naturalmente, que tenha a merecida afluência.
Ainda no quadro daquilo que entende ser a sua responsabilidade social, embora noutra dimensão, o Benfica volta a cumprir uma missão que repete sempre que é possível: dois jogadores do futebol profissional (Svilar e Gabriel, desta vez) estão hoje no Hospital da Luz, ao início da tarde, para mais uma visita solidária.
Porque no Benfica Todos Contam!"
Wonderkids
"Desde há uns anos para cá que a Caixa Futebol Campus é o berço de alguns dos melhores talentos do futebol português. É inegável que actualmente a formação benfiquista é a melhor do país e uma das melhores do mundo. O trabalho desenvolvido, quer ao nível das instalações e condições de trabalho, passando pelo departamento de scouting e terminando nas equipas técnicas, tem sido excelente. Hoje, a equipa principal conta com a presença de 8 jovens da formação, isto se incluirmos Zlobin, que ainda fez parte da equipa de juniores. Há mais na calha e a única coisa que peço é que não se comentam os erros do passado.
Também o trabalho na formação é importante neste aspecto. Incutir desde cedo que o clube está em primeiro lugar é essencial. Ensinar aos jovens os valores humanos e de um trabalho em equipa é meio caminho andado para que quando chegarem à equipa A, estejam preparados para defender as suas cores e fazerem parte do clube durante muitos anos.
Renato Sanches foi o último. Rui Vitória chamou-o à equipa principal, por necessidade, diga-se, e o médio brilhou tanto de encarnado e pelas cores da Selecção, que LFV não fez sequer um esforço para o manter. Digo isto sem conhecimento de causa. Não conheço os meandros do futebol, nem o que se passa nos corredores da Luz, mas se tivesse sido feito esse esforço, Renato teria crescido ainda mais, como homem e jogador, e provavelmente hoje estaria noutra posição. Ainda sou da opinião de que é uma opção muito viável tentar trazê-lo de novo para casa. Recuperá-lo seria uma atitude de louvar, já que no campo não tenho dúvidas de que não iria faltar qualidade.
O que fazer, então, para manter estes jovens jogadores o clube?
Os jovens craques do Benfica estão sob o olhar atento de vários clubes europeus: Rúben para a Juventus, João Félix para o Manchester United ou o Florentino para o PSG. Subir as cláusulas, não evita que os big spenders abandonem as suas intenções. Servem apenas para subir o valor de mercado dos jogadores e atrasar algo quase inevitável. Se o PSG quiser mesmo Florentino, o que são mais 20 ou 30 milhões?
É aqui que entra aquilo que penso ser o melhor para o clube. É preciso definir desde cedo uma estratégia para estes jogadores e essa estratégia passa por existir um projecto desportivo que os alicie a continuar de águia ao peito. Por mim, ficavam para sempre, mas sei que isso é extremamente complicado e nem lhes peço isso. Acima de tudo, o clube deve ganhar desportivamente com eles. Insisto na palavra 'desportivamente' porque isso é o mais importante. Vivemos num mundo em que o dinheiro fala mais alto do que qualquer outra coisa e é preciso combater isso. Não quero que se prometam títulos, muito menos europeus, mas quero que se prometa trabalho e uma equipa cada vez mais competitiva. Com o discurso certo, acredito que seja possível manter e lapidar os nossos diamantes à imagem da história do clube. E por falar em história, por que não chamar à mesa das negociações alguns históricos do clube para que dêem o seu input aos jovens?
Também o trabalho na formação é importante neste aspecto. Incutir desde cedo que o clube está em primeiro lugar é essencial. Ensinar o jovens os valores humanos e de um trabalho em equipa é meio caminho andado para que quando chegarem à equipa A, estejam preparados para defender as suas cores e fazerem parte do clube durante muitos anos.
Quantas e quantas vezes não ouvimos LFV e DSO afirmar que o Benfica não precisa de vender? Está na altura de levar essas palavras a bom porto, ainda para mais numa altura em que temos em mãos uma geração fantástica. O que eu gostava de ver estes jogadores de encarnado na próxima época..."
O fedelho a oeste de Pecos
"De repente ficámos a saber que na pacata Budapeste, escondido numa empena qualquer, vivendo a pão e água, um fedelho de cabelo espetado como um ouriço-cacheiro foçava em milhões de documentos privados e na que deveria ser sagrada correspondência alheia com o denodo de uma Madame Curie a cavar na pechblenda até descobrir o rádio. Por um destes milagres que só a suprema humanidade é capaz de destrinçar, o fedelho atribuiu a si próprio aquilo que um mero curso de polícia lhe podia ter dado. Alguma voz divina e encantatória lhe ordenou que salvasse este país, que é o que o mar não quer, como dizia Ruy Belo, das tranquibérnias por entre as quais sempre viveu. Imagino-o, solitário, tremendo de frio nos húmidos invernos à beira do Danúbio, sacrificando as dioptrias nessa tarefa suprema de se transformar num super-homem do justicialismo barato.
Criminoso confesso e orgulhoso (palavras do próprio), o fedelho do cabelo de ouriço-cacheiro não desperdiçou os seus cinco fatais minutos de fama para desancar no sistema de justiça em Portugal e revelar o pavor que sente pelo facto de ter sido obrigado a trocar a obscuridade de uma água-furtada de Budapeste pela vivacidade da Lisboa chiadesca. Pesa-lhe sobre os ombros a sombra de um assassínio, diz no seu português entaramelado que, assim à primeira vista, parece esconder um raciocínio caliginoso. E há quem vá, alegre como garotos num campo de gipsofila, de estandarte ao ombro, como manda a classe operária, atrás deste novo Pinto de um futebol que continua a chocar Pintos, alguns tão macabros e mazombos que nos espinafram a paciência durante décadas a fio com os seus zurros de azémolas. Estamos à beira do crime dos crimes: utilizar o crime para combater o crime. A lei a oeste de Pecos, como diria o juiz Roy Bean. Para mim, o rapaz do cabelo de ouriço-cacheiro não é um paladino corajoso e desinteressado. É um malandrim desinteressante."
Cadomblé do Vata (bitaites)
"1. Terminou a paragem para as selecções. Os seleccionadores podem regressar às merecidas férias, os jogadores voltam para casa e os adeptos preparam-se para a fase final da época dos clubes do coração... no fundo, toda a gente é muito mais feliz sem isso das selecções nacionais.
2. Está feito o sorteio da International Champions Cup e o SL Benfica calhou com AC Milão, AS Roma e Chivas de Guadalajara… agora falta escolher qual deles vai disputar a Eusébio Cup.
3. O CD da FPF anunciou a abertura de inquérito às agressões sofridas por um dirigente do Sporting CP no Estádio do Bessa… adianto já aqui as conclusões: multa de 12,00€ para o boavisteiro Jorge Loureiro por ter agredido e suspensão de 3 anos para o sportinguista Miguel Nogueira Leite por se ter queixado de um árbitro há 6 meses.
4. Vlachodimos voltou a sofrer um golo de livre directo a mais de 30 metros da baliza… cada vez se parece mais com o Moreira: brilhante quando atacado dentro da área; míope para remates à distância.
5. Rui Costa disse hoje que o SL Benfica esteve interessado no Paquetá, mas não o contratou porque não o iria conseguir pagar… claramente, o Glorioso debate-se com crises existenciais, que não afectam os nossos rivais."
Bufo... 'arrependido'!!!
"Um live no facebook de um bufo explica-se de forma muito simples. A intenção é demonstrar fidelidade ao seu dono. O medo é tão grande que o dito bufo prefere ir parar a uma esquadra do que ser descoberto.
Rima com "ão" e as mensagens de whatsapp eram partilhadas por ele. Toupeiras há muitas, algumas bem inesperadas, não é Francisco?"
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