Últimas indefectivações

quarta-feira, 11 de março de 2015

Vitória na Grécia...

Ethnikos 2 - 3 Benfica
22-25, 23-25, 25-20, 28-26, 11-15

Estamos nas Meias-finais da Challenge Cup, necessitávamos de vencer somente 2 Set's, e foi isso que fizemos logo de entrada... Com o calendário muito carregado nos últimos 9 dias (este foi o 5.º jogo!!!), o professor Jardim, resolveu trocar praticamente toda a equipa no 3.º Set, só se mantiveram o Perini (não temos outro distribuidor neste momento), e o Honore. Gaspar, Flávio, Roberto, Ivo, Zelão não jogaram os últimos 3 Set's. Assim se explica a inversão na tendência do marcador após garantida a qualificação...
Mas mesmo assim na 'negra', com o Magalhães a libero, o Ché a oposto, o Oliveira e o regressado André na zona 4, o Kibinho e o Honore a Centrais e o Perini na distribuição, vencemos o 5.º Set...
Agora, nas Meias-finais vamos defrontar um fortíssimo adversário: Ravena. A Liga Italiana é uma das mais poderosas do Mundo, em teoria é a equipa mais forte das Meias-finais... A boa notícia é mesmo essa, se eliminarmos os Italianos, o adversário na Final será teoricamente mais acessível!!!

Só no prolongamento...

Benfica 29 - 28 Águas Santas

Início horrível, foi preciso 7 minutos para o Benfica marcar um golo!!! Depois do excelente jogo na Maia, esperava-se uma partida muito diferente, daquela que acabou por acontecer...!!!
Na parte final da 1.ª parte, conseguimos recuperar, e chegámos ao intervalo com um 15-15 lisonjeiro!!!
O 2.º tempo foi o inverso, tivemos sempre na frente, e quando parecia que o jogo estava decidido a favor do Benfica, o Águas Santas conseguiu o empate a 27... ainda atirámos uma bola ao poste, nos últimos segundos!!!
O prolongamento foi dos guarda-redes, que defenderam praticamente tudo...
Não me recordo do último jogo onde o Carlos Carneiro foi o nosso melhor marcador!!! É bom sinal, o Carlos está motivado... talvez por isso o Semedo tenha menos minutos, mas podiam jogar os dois!!!

Os árbitros tiveram um critério estranho, chegámos ao fim com 13 livres de 7 metros (falhámos 5!!!), e o Águas Santas com 9 !!! Mas pelo menos mantiveram-no... Pena que nas exclusões também não tenham tido o mesmo equilíbrio!!!

Agora, acabaram os jogos 'fáceis' !!! Europa, Meias-finais da Taça de Portugal e dos Play-off's, ambos com os Corruptos... Diria mesmo, que não somos favoritos para nenhum destes jogos!!! Vai ser necessário muito espírito de luta...

Dezena

Benfica 10 - 1 Carvalhos

Jogo em atraso devido aos compromissos Europeus... Vitória fácil (que até manteve um atitude positiva, dando trabalho aos nossos guarda-redes) contra um adversário que está a lutar pela manutenção, acabou por ser um bom treino... Mais uma jornada, mais 3 pontos, o objectivo está mais próximo...

Persistência

"Três casos tão distintos, mas convergentes num ponto: persistência. Falo de Nélson Évora, Jackson Martínez e João Botelho.

O consagrado atleta do Benfica Nélson Évora resistiu a um longo período de lesões e cirurgias para voltar a ouvir o hino nacional e receber uma medalha de ouro. O campeão olímpico de 2008 é o exemplo da primazia da persistência não apenas física, como psíquica e mental. Quase todos teriam desistido se sujeitos aos problemas que Évora teve que suportar. A robustez de um atleta de alta competição exige um equilíbrio, uma perseverança e uma capacidade de sacrifício que o campeão português evidenciou em todo o seu esplendor. Obrigado!
Jackson Martinez, um artilheiro de elevada qualidade, está no futebol português na sua terceira época. Até à lesão de sábado que o vai afastar umas semanas, nunca havia falhado um jogo da Liga desde a sua estreia com a camisola do Porto. 89 jogos no total. É obra. Não certamente por acaso, mas fruto da constância do seu trabalho e do modo profissional, determinado e correcto como joga.

João Botelho, guarda-redes do Operário dos Açores esteve 1211 minutos (mais de 13 jogos!) sem sofrer golos no competitivo campeonato nacional de seniores. Bateu assim o velho recorde de Vítor Baía de há 24 temporadas. Aos 29 anos, este açoriano alcança um feito que fica para a história do futebol português (e não só). Seguramente com persistência, trabalho, tenacidade.
Três exemplos, de persistência: de constância sem interrupção, de carácter e determinação, de inabalável vontade de se atingirem objectivos para os quais não existe a palavra desistência."

Bagão Félix, in A Bola

Da cabeça

"Meu caro Nélson Évora:
Porque já toda a gente o fez não vou falar de si a fugir, deslumbrante, ao inferno que se abriu a seus pés, vou falar da razão porque ganhou o que ganhou fugindo do inferno como fugiu. Talvez se lembre: no dia em que A Bola lhe entregou o troféu de Homem do Ano 2008 a Teresa e o Carlos Lopes também foram - e marcou-lhe a posição:
- Olho para o Nélson e vejo-o como eu era: nunca tive medo de nada, de ninguém. Pensava sempre: bater, não batem, ralhar, se ralharem, isso não dói. Receio só tinha das lesões. Quando sabia que estava em forma, livre de dorzinha aqui e ali e mais além, meus Deus, como era, era como o Nélson é agora, eu sei...
Depois, a Teresa contou:
- Na véspera da maratona dos Jogos de Los Angeles, o Carlos dormiu toda a noite como pedra. Eu não, andei para ali a levantar-me quase de hora a hora, em ânsias, sem pregar olho...
João Ganço riu-se, revelou:
- Em Osaka, a caminho do estádio, dei com o Nélson a dormir no autocarro, só me passava pela cabeça: incrível como alguém que vai lutar por uma medalha num Mundial consegue estar assim...
Ainda mais desconcertante a revelação que de si soltou (lembra-se?):
- Pior: o professor teve de ir buscar-me ao quarto. Estava com o Arnaldo Abrantes a fazer um jogo de estratégia, tão focado nisso que nem dei pelo tempo. Arrancámos a correr para o estádio, saí de lá campeão do mundo a pensar que um ano depois era para ser campeão olímpico. E também fui...
(Mas não foi, sabe-se porquê.) Em Praga, quando o espanhol Torrijos o ultrapassou ao terceiro ensaio, eu que o conheço bem, disse para dentro de mim:
- Picou-o, está tramado...
Dito e feito: você voou para mais longe, aterrou de novo no paraíso - e eu, notando que ao sair da areia, tocara, subtil, com o dedo na sua cabeça, pensei:
- Esta emoção que estou a sentir deve-se à cabeça mais fantástica que eu conheço. Aliás, conheço outra assim, só mais uma assim, a do Carlos Lopes..."

António Simões, in A Bola

Salvio sem jeito para truques

"Tem mais olhos para o jogo do que ouvidos para o efeito que provoca nas bancadas; e vai sempre direito ao assunto: não engana, desvia-se; não espera, acelera; não finta, atropela; não se recreia, joga futebol.

1. Decorria o Mundial de 1958 quando o seleccionador brasileiro, Vicente Feola, vendo um jogo da Suécia pela televisão, se deixou impressionar por Kurt Hamrin - caiu até na asneira de elogiá-lo em voz alta, dizendo que era preciso ter cuidado com ele. Nilton Santos, a Enciclopédia, que a FIFA considerou, em 2000, o melhor lateral-esquerdo da história, não se conteve e contrapôs irritado: 'Não dá para entender. O senhor tem aí o Pelé e o Garrincha, que jogam mil vezes mais do que esse tipo, e deixa-os sempre no banco'. Até hoje, são raros os treinadores que ultrapassaram o desfasamento entre os riscos da singularidade nas equipas que formam e o deslumbramento que ela provoca nos adversários que precisam de travar. Salvio não contribui para esse dilema. É como aquelas equipas que toda a gente sabe como jogam mas ninguém consegue vencê-las.
2. A inércia prolongada e a desinspiração afectam-lhe o raciocínio e levam-no a desaproveitar as imensas qualidades em que assenta o seu futebol concreto e rectilíneo. Nem sempre sabe esperar pela sua hora. Apesar disso, raramente se entrega a exercícios fora do contexto do jogo e dos interesses da equipa. É condutor que limpa defensores com golpes de cintura e gere a velocidade segundo a fórmula de sucessivas mudanças de ritmo e direcção. Mesmo quando concebe quadros solitários, não se inspira na teatralidade de gestos e movimentos nem age como eterno candidato e herói: na esmagadora maioria dos casos, resolve problemas quando leva a bola, toca e segue, criando condições para que seja o colectivo a descobrir e aproveitar os espaços que os seus marcadores foram deixando vazios na perseguição.
3. Por não ser um grande driblador, despoja extravagância e exibicionismo do reportório. Muitos dos que embriagam o público com soluções exclusivas levam os treinadores a loucura, sob acusação de indisciplina e individualismo - era o que Feola pensava de Pelé e Garrincha em 1958. Salvio não automatizou um drible mas a recusa dessa mecânica repetitiva não implica fazer-se à estrada empenhado apenas em inventar pelo caminho. Pode faltar-lhe a magia que faz do futebol, mais do que um jogo, um espectáculo grandioso e uma expressão de arte absoluta: mas é a estrela que, indiferente a fantasia e hipnose, releva a importância de elementos nem sempre considerados prioritários na definição de um protagonista maior: eficácia, técnica individual, coordenação motora, visão, inteligência, solidariedade e golo - já fez 12 em 2014/15.
4. Não há estilos melhores do que outros. A eternidade habita no génio universal de Figo, Robben, CR7 e Hazard mas também no requinte de Quaresma, Nani e Gaitán: na acção demolidora de Sérgio Conceição, Di Maria e Carrilo e no golo de Simão, Bale e Tello. Salvio é uma súmula de todos, caracterizado por ter mais interesse no espaço do que nos adversários e valorizar mais o senso comum do que o adorno; é um sprinter que, podendo ganhar terreno em linha recta, não se põe com serpenteados, e um realista com técnica sublime, que não perde tempo com truques. Sendo um jogador com mais olhos para o jogo do que ouvidos para o efeito que provoca nas bancadas, é um extremo em permanente estado de exaltação, que vai sempre directo ao assunto: não engana, desvia-se; não finta, acelera; não espera, atropela; não se recreia, joga futebol."

Ataque de pólvora seca...!!!

Benfica B 0 - 1 Feirense

Parece que o Feirense no Seixal, está transformado em besta negra!!! Em três épocas de B's, nunca perderam no Seixal!!!

Voltámos a não fazer um grande jogo, mas fizemos o suficiente para vencer... O Feirense, em contra-ataque aproximou-se da nossa área, mas sem rematar à baliza, na primeira vez que acertaram na baliza foi golo (choque entre o Valente e o Semedo, e 'frango' no Miguel Santos)... a partir daí, foi autocarro do Feirense estacionado à frente da área, com algumas saídas perigosas em contra-ataque, quase sempre pelo velhinho Cafú... e o Benfica com posse de bola, em ataque continuado, mas sem conseguir marcar...
É verdade que não criámos muitas oportunidades, mas criámos as suficientes...  No final da 1.ª parte ficou um penalty claro por marcar, por derrube do Gonçalo Guedes: falta escusada, mas óbvia, menos para o Nuno Almeida!!!

A grande notícia foi o regresso do Fejsa, que jogou os primeiros 45 minutos, e foi provavelmente o nosso melhor jogador. 11 meses depois, sem ritmo, mas a qualidade está lá... Creio que saiu somente por precaução.
Tanto o Guedes, como o Jonathan têm que ser mais colectivos... sendo que o Uruguaio hoje mostrou uma característica interessante: contra uma defesa alta, e compacta, ganhou quase todas as bolas de cabeça na área, principalmente após cruzamentos do Rebocho, boa impulsão, e principalmente boa leitura do local onde a bola vai cair...
Gostei do Semedo (o choque no golo, foi 'mais' responsabilidade do Valente), gostei do Rebocho a atacar, gostei desta 'versão' do Teixeira, com menos dribles 'malucos', e mais passes (mesmo com alguns passes falhados)... Depois de alguns jogos muito bons, o Nuno Santos perdeu algum gás... o Lindelof não tem futuro como Central...

M. Santos; Semedo, Lindelof, Valente (Carvalho, 72'), Rebocho; Fejsa (Lystcov, 45'), Teixeira; N. Santos, Andrade (Sarkic, 59'), Guedes; Jonathan.