Últimas indefectivações

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Não havia necessidade...

"Uma originalidade do nosso futebol. Mais uma. Um árbitro decide encurtar o campeonato (no que se refere ao campeão) para 29 jogos e 22 minutos. Para que não houvesse dúvidas Hugo Miguel resolveu - certamente com a melhor das intenções e justiça - inventar um penalty e expulsão, não fosse o diabo tecê-las. O mesmo árbitro que, na época anterior, fez vista grossa a um claro penalty sobre o Aimar em Coimbra e que, assim, deu azo ao embalo dos costumeiros. Não havia, pois, necessidade...
O certo é que se pouparam na Mata Real beta-bloquenates e benzodiazepinas, o que agrada ao Ministério da Saúde e a Vítor Gaspar. É caso para se dizer que o minuto 22 a todos deu jeitinho, jeitinho, jeitinho! E estão de parabéns os Vítor Pereiras: o do norte e o da arbitragem. Nestas coisas de 11 jogadores contra 11, não há nada como simplificar ao minuto 22. Significativo foi também o facto de o competente técnico do Paços nada ter balbuciado sobre o inventado penalty. O respeitinho é muito bonito e - quem sabe - até pode haver contracto à vista.
O Benfica, consciente de que tudo estava traçado, cumpriu no domingo os serviços mínimos. O Sporting alcança a pior classificação de sempre (7.º), assim ultrapassando o Benfica (que uma vez foi 6.º), mas ainda não chegando ao 9.º lugar do amigo do Norte.
Parabéns ao P. Ferreira que assegurou o 3.º lugar com... onze jogadores e ao carrasco do Benfica - o Estoril - que teve uma histórica classificação e jogou bom futebol.
Por fim, num momento eufórico um nortenho deputado da Nação que faz a sua vida no Magrebe (Lisboa) foi insultuoso. Um verdadeiro senhor na vitória. Parabéns."

Bagão Félix, in A Bola

Vitória chochinha

" “É uma prova com 16 equipas e 30 jogos – e no fim o campeão é o FC Porto.” Assim se podia definir a Liga portuguesa.
Aconteça o que acontecer, o Porto é (quase) sempre campeão. O Benfica pode jogar melhor, marcar mais golos, ter um futebol mais entusiasmante, mas não serve de nada.
Na véspera do jogo com o Estoril, o treinador portista tinha dito que o Benfica ganharia “de qualquer maneira”. Afinal foi o Porto a ganhar de qualquer maneira em Paços de Ferreira. De um erro clamoroso do árbitro à passividade da equipa da casa, viu-se de tudo na capital do móvel. “Ou vai ou racha”, é o lema do Dragão.
Que diferença entre o Estoril que empatou na Luz e o Paços de domingo passado! Uns pareciam ter tomado cafés duplos, corriam endiabrados, os outros pareciam encharcados em Xanax.
De todos os modos, pode dizer-se que esta época acrescentou prestígio ao Benfica, que brilhou nacional e internacionalmente, e não trouxe quase nada ao FC Porto. A prova disso é que o Benfica quer conservar o treinador, mesmo perdendo, e o Porto quer despedi-lo, mesmo ganhando. Sente-se que o Benfica está em crescendo e o Porto em declínio. Matic e Lucho ilustram esta verdade: um evoluiu e mostra-se pujante, o outro é um talento já cansado.
Esta vitória do Porto no campeonato faz lembrar o título de Trapattoni no Benfica: os portistas festejaram mas não gostarão de recordar esta época. Foi um êxito envergonhado. Uma vitória chochinha, chochinha. Agora, para a época terminar “em beleza” para o Benfica, só faltava perder a Taça de Portugal no minuto 90+2."

"Singing in the Pig House" !!!