Últimas indefectivações

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Merecido...

O mercado fechou e estas são as transferências que vale a pena manter debaixo de olho

"Benfica
Não foram muitas as alterações no plantel que se sagrou campeão nacional a época passada.
Saídas: Corchia, Yuri Ribeiro, Salvio, Krovinovic, João Félix, Jonas.
Entradas: Morato, Nuno Tavares, Chiquinho, Caio Lucas, Raúl de Tomás, Carlos Vinícius.
Na linha defensiva, a troca de Yuri Ribeiro por Nuno Tavares, para a posição de lateral esquerdo - onde Grimaldo é dono e senhor do lugar, permite ao Benfica ter um suplente com mais capacidade ofensiva e com mais margem de progressão.
Para o eixo central, e já no último dia de mercado, foi contratado Morato, um jovem de 18 anos vindo do São Paulo. Não tendo saído nenhum dos quatro centrais (Jardel, Ferro, Rúben Dias e Conti), o Benfica não só não perdeu qualidade nessa posição, como garantiu um central com qualidade técnica (principalmente no passe), rápido e com muito potencial.
A posição de lateral direito parece continuar a ser o elo mais fraco da linha defensiva do Benfica, uma vez que André Almeida continua sem uma alternativa credível.
No meio-campo, com a saída de Salvio e as entradas de Caio Lucas e Chiquinho (actualmente lesionado) o Benfica aumentou a qualidade, essencialmente porque Chiquinho é um jogador capaz de jogar nas costas de um ponta de lança, como segundo avançado, e ao mesmo tempo, tem perfil – qualidade técnica, critério e criatividade – para ser uma excelente alternativa a Pizzi, no corredor lateral direito.
Na frente de ataque, e apesar da qualidade que Raúl de Tomás tem, o Benfica perdeu um jogador muito difícil de substituir. Falo, claro, de João Félix. A qualidade e velocidade com que Félix executava no espaço entre linhas, e a maneira como tornava o trabalho de Seferovic muito mais simples, não é fácil de replicar. Chiquinho poderá ser a solução ideal quando recuperar de lesão, permitindo a Bruno Lage avançar RDT para a posição onde poderá render mais.
Com a “troca” de Jonas por Carlos Vinícius, não é difícil de perceber que o Benfica perdeu classe, criatividade e capacidade em zonas de criação, mas ganhou um avançado com muita capacidade de explorar a profundidade e que pode ser uma excelente solução para o lugar de Seferovic.

FC Porto
Foi um mercado de transferências muito animado no dragão, com muitas saídas e entradas, mas tudo feito atempadamente.
Saídas: Fabiano, Maxi Pereira, Éder Militão, Felipe, Osorio, Óliver Torres, Herrera, Brahimi e Hernâni, Fernando Andrade, Adrián López, André Pereira.
Entradas: Marchesín, Marcano, Saravia, Tomás Esteves, Uribe, Sérgio Oliveira, Romário Baró, Nakajima, Luís Diaz, Zé Luís, Fábio Silva.
Começando pela baliza: Iker Casillas não saiu, mas o seu problema de saúde obrigou o FC Porto a ir ao mercado. O escolhido foi Marchesín. O experimente guarda-redes argentino gerou alguma desconfiança inicialmente (nunca tinha jogado na Europa), mas rapidamente se percebeu que o FC Porto fez uma belíssima contratação e que a baliza não será um problema durante a época.
Na linha defensiva as mudanças foram muitas. No eixo central, e apesar do FC Porto ter muitas opções boas, a qualidade baixou. Éder Militão era claramente acima da média nos aspectos defensivos, dada a capacidade que tinha de controlar a profundidade (fundamental nos momentos de transição defensiva) e a competência nos duelos defensivos e no desarme. Ainda assim, com Marcano, o FC Porto garantiu um central com muita qualidade no momento da construção, principalmente ao nível do passe. Com a permanência de Pepe, o FC Porto não sentirá falta de Felipe, uma vez que o perfil do internacional português é muito parecido ao dele.
Nos corredores laterais, com a entrada de Saravia, o FC Porto conseguiu um lateral com algumas semelhanças com Maxi Pereira, principalmente ao nível da capacidade física e agressividade nos duelos. Do ponto de vista táctico ainda tem de crescer bastante. Ofensivamente, é Tomás Esteves o upgrade na posição de lateral direito, uma vez que o jovem português é um lateral muito evoluído tecnicamente e com muito critério.
No meio-campo, com a saída de Herrera, o FC Porto precisava de um médio com capacidade nos duelos defensivos, forte na recuperação, e que tecnicamente garantisse qualidade em zonas de construção. Conseguiu isso tudo com Uribe, e a posição “8” não perdeu qualidade. Onde perdeu, claramente, foi na “troca” de Óliver por Sérgio Oliveira, uma vez que o médio espanhol acrescentava mais criatividade e qualidade técnica que o português.
Nos corredores laterais, mais mexidas. A saída de Brahimi parecia um problema muito grave de resolver, mas Luís Diaz já fez questão de demonstrar que não. O jovem colombiano é um enorme reforço, por toda a qualidade técnica com que executa, pela facilidade com que sai da pressão e pelo que acrescenta no último terço (último passe e finalização). Há ainda Romário Baró – excelente inicio de época, a jogar na direita mas a demonstrar todo o seu critério em zonas interiores, e Nakajima, que apesar de ainda se estar a adaptar, tem qualidade mais do que suficiente para ser uma mais valia.
Na frente de ataque não saiu nenhum jogador importante, pelo que, com a contratação de Zé Luís - tem demonstrando muita qualidade em zonas de finalização e muito mais facilidade em servir de apoio frontal do que Marega ou Soares, e a subida de Fábio Silva (potencial tremendo), Sérgio Conceição aumentou a qualidade na sua frente de ataque.

Sporting
Os títulos de Marcel Keizer, que apenas ajudaram a camuflar o seguinte: qual era afinal a ideia de jogo do treinador? Qual era, afinal, a ideia de jogo do Sporting de Marcel Keizer? Até hoje, Blessing Lumueno não conseguiu perceber - e o problema é precisamente esse, independentemente dos resultados Ao contrário do que aconteceu no FC Porto e Benfica, em Alvalade o mercado de transferências esteve muito activo até ao último minuto, com várias saídas e entradas.
Saídas: Salin, Thierry Correia, Bruno Gaspar, André Pinto, Jefferson, Petrovic, Gudelj Raphinha, Diaby, Bas Dost.
Entradas: Rosier, Luís Neto, Eduardo, Camacho, Vietto, Fernando, Bolasie, Jesé.
Na baliza o Sporting optou por manter Renan como “número 1”, mas a saída de Salin promoveu Luís Maximiano para segunda opção. O jovem português é um guarda redes com mais potencial e mais qualidade do que Salin, e pode muito bem lutar pela titularidade com Renan.
Na linha defensiva, o Sporting conseguiu aumentar a qualidade com as contratações de Rosier – lateral direito forte nos duelos defensivos e com qualidade em posse –, e de Luís Neto – central muito competente a nível defensivo e melhor na construção do que André Pinto.
No meio-campo, poucas mexidas. Saiu Gudelj e entrou Eduardo. A nível defensivo o Sporting ficou sem um elemento que era fundamental nos momentos de transição defensiva, mas ganhou um médio com mais qualidade técnica e critério em posse. Apesar de Doumbia, neste momento, ser a primeira escolha para jogar ao lado de Wendel (com a saída de Keizer isso pode mudar), é Eduardo que me parece ter o perfil certo para fazer crescer a organização ofensiva do Sporting, por ser um médio muito capaz na ligação entre a construção e criação.
A contratação de Vietto poderá ser, como já demonstrou no jogo frente ao Portimonense, um upgrade no ataque do Sporting. Fazia falta um jogador que acrescentasse criatividade e qualidade técnica no espaço entre linhas, e Vietto é esse tipo de jogador.
Para o último dia de mercado, ficaram guardadas as alterações mais significativas na frente de ataque. Bas Dost já tinha saído uns dias antes, mas o seu substituto só chegou em cima do fecho de mercado, e o perfil não podia ser mais diferente. Jesé é um avançado (também pode jogar no corredor lateral esquerdo como extremo), com qualidade técnica, que acrescenta muita mobilidade e que tem capacidade para explorar a profundidade. Os seus anos mais recentes (pouca utilização e problemas fora do campo) não permitem a ninguém prever que impacto terá em Alvalade, mas se por acaso aparecer a melhor versão de Jesé, a qualidade no ataque do Sporting aumenta significativamente.
Nas alas, Raphinha e Diaby deixaram Alvalade no último dia de mercado e para os seus lugares entraram Fernando e Bolasie. Se analisarmos estas mudanças como trocas directas, podemos dizer que de Diaby ninguém vai sentir saudades, uma vez que Fernando é um jovem com mais qualidade técnica e criatividade do que o capitão do Mali.
No que diz respeito a Raphinha, vai depender muito do impacto que Bolasie conseguir ter (assim como Jesé, é difícil prever fruto dos anos mais recentes). O internacional pelo Congo, cedido pelo Everton, está longe de estar no auge da sua carreira, mas tem características que lhe podem permitir acrescentar qualidade ao ataque do Sporting, nomeadamente a sua velocidade e capacidade no 1x1 ofensivo, mesmo em espaços reduzidos.

Outros Reforços a Manter Debaixo de Olho
Foi, sem dúvida nenhuma, um mercado de transferências muito proveitoso para várias equipas, que conseguiram acrescentar muita qualidade aos seus plantéis. Aqui ficam os nomes de alguns reforços, uns mais conhecidos do que outros, que poderão ter um grande impacto nas respectivas equipas. 

André Horta (Braga)
De regresso ao campeonato português, depois de uma curta passagem pela MLS, André Horta tem demonstrado neste início de época, tudo o que pode oferecer ao futebol do Braga: qualidade técnica, critério e criatividade. Fundamental em zonas de construção e criação.

Galeno (Braga)
Contratado ao FC Porto, o jovem extremo tem tudo para ser um dos destaques da época do Braga. Muita capacidade de desequilíbrio em termos ofensivos, principalmente quando tem espaço para impor a sua velocidade.

Marcus Edwards (Vitória SC)
Contratado ao Tottenham, Marcus Edwards é internacional pelos escalões jovens ingleses e é um extremo muito forte no 1x1, com muita qualidade técnica e que pode aturar nos dois corredores laterais. É um dos bons valores que Ivo Vieira tem ao seu dispor.

Lucas Evangelista (Vitória SC)
Chega por empréstimo do Nantes, e tem tudo para voltar a apresentar a qualidade que demonstrou na época 17/18, ao serviço do Estoril. Muito forte tecnicamente, seja ao nível do passe seja em condução, Evangelista irá acrescentar muita qualidade ao processo ofensivo do Vitória SC.

Lucas Piazón (Rio Ave)
Mehdi Taremi tem feito um fantástico início de época, mas destaco também Lucas Piazón, pela influência que poderá ter na organização ofensiva do Rio Ave. Muita qualidade técnica e muita capacidade para jogar entre linhas, Piazón em tudo para ser um dos nomes a seguir na presente época.

Toni Martínez (Famalicão)
São vários os reforços de qualidade que o Famalicão foi buscar neste regresso à primeira divisão, e Toni Martínez é um dos que vale a pena seguir. Avançado que acrescenta muita mobilidade na frente de ataque, tem qualidade técnica e capacidade finalizadora.

Fábio Martins (Famalicão)
De Braga para Famalicão, Fábio Martins vai procurar demonstrar que foi mal aproveitado por Abel. Pode jogar no corredor central ou a partir dos corredores laterais, e tem qualidade técnica e inteligência suficiente para ser um dos destaques da época do Famalicão.

Show (Belenenses SAD)
Chega por empréstimo do Lille, e tem características muito interessantes num médio. O critério no passe e a qualidade técnica com que executa permitem-lhe estar confortável em posse de bola e ser importante em fases de construção.

Kraev (Gil Vicente)
No regresso ao primeiro escalão, o Gil Vicente conseguiu garantir um médio ofensivo com muito potencial, que se destaca pela qualidade que oferece no espaço entre linhas e pela maneira como aparece em zonas de finalização.

Filipe Soares (Moreirense)
Pode actuar como médio ofensivo ou a partir dos corredores laterais, e é um jogador que se destaca pela inteligência com que decide e pela qualidade técnica com que executa. Depois de ter perdido Chiquinho para o Benfica, era importante para o Moreirense ter um médio com este perfil, e Filipe Soares foi uma belíssima escolha."

Tiago Teixeira, in Tribuna Expresso

Circo

"1. Os jogadores do Sporting entraram em campo, no jogo com Rio Ave, com uma camisola alusiva aos incêndios da Amazónia. E no final deixaram Alvalade a arder. Insólita coincidência.
2. Um homem extraordinário pode ter um dia ordinário, um homem ordinário dificilmente pode ter um dia extraordinário, mas Coates (ou Coatis) conseguiu-o da pior forma possível.
3. Diz Frederico Varandas que com a saída de Keizer se fecha um ciclo. O que não se fecha é o circo. As últimas horas do mercado foram esquizofrénicas, como quem joga Football Manager, vendendo e rescindindo com tudo o que mexia e contratando tudo o que não mexia (mais um pouco, Varandas transferiu-se a si próprio por engano). Tudo em cima de joelho, à pressa, como um aluno que corre desesperado a entregar o teste ao professor que já abandona a sala, rezando para ter respondido bem às últimas perguntas. No dia seguinte, cereja no topo do bolo, despede-se o treinador (vítima e culpado) e até o nome do homem é mal escrito no comunicado (Keiser).
4. Samaris é um cortador de relva que abraça causas (não era preciso mais quando mais quando havia Félix), Taarabt rega o jogo e dita sentenças. É a diferença.
5. O que se passa com os avançados do Benfica? Seferovic está com a pontaria de um tipo que rompe o pano da mesa de snooker enquanto joga nos dardos no salão de jogos, RDT parece que está constantemente a rematar numa bola furada e contra o vento. A estes deputados-fantasmas vale a democracia do golo na equipa.
6. Foram inventadas umas lentes de contracto (biomiméticas) que permitem fazer zoom ao que está a ver-se, basta piscar os olhos duas vezes. O CA da FPF já encomendou umas para Carlos Xistra, que expulsou (mal) Tapsoba no Dragão. Num piscar de olhos.
7. O treinador espanhol Luís Enrique perdeu a filha de 9 anos. De facto, «o futebol é a mais importante das coisas menos importantes da vida»."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Cadomblé do Vata (e os s's pelos z's!!!)

"1. Ontem, em comunicado oficial enviado à CMVM, a futura S. SAD informou que estava a negociar a rescisão de contrato do treinador Marcel "Keiser"... mais tarde, Frederico Varandas elogiou publicamente o holandês, dizendo que ele tinha sido um "zenhor até na zaída".
2. O Benfica apresentou queixa do SC Braga à Liga, porque os bracarenses meteram na mesma bancada os portadores de bilhetes de 31,00€ e 93,00€... é possível que seja a primeira vez que o visitante desta página esteja a ler isto, porque na imprensa desportiva é mais importante o que diz o Francisco J. Marques.
3. O comentador e ex. jogador Fernando Mendes, diz que estranha as facilidades que o SL Benfica teve contra o SC Braga... sugiro que no jogo da 2ª volta, o impoluto montijense forneça aos bracarenses a receita dos produtos dopantes que admitiu utilizar quando era atleta de alta competição.
4. Florentino foi dispensado da selecção por lesão e neste momento há adeptos de FC Porto e Sporting CP em oração para que Samaris não regresse aleijado da selecção grega... tudo porque na indisponibilidade dos dois principais candidatos ao lugar de trinco do Glorioso, Lage terá que colocar Fejsa contra o Gil Vicente e o campeonato fica resolvido à 5ª jornada.
5. Pelos vistos o Benfica ainda não desistiu de Perín e o italiano pode muito bem ser confirmado como jogador do Glorioso em Janeiro... a direcção satisfaz assim o desejo de Lage em conferir competitividade ao plantel, garantindo que Chiquinho vai ter que trabalhar no duro para ser o preferido do departamento médico."

Red Pass Modalidades

"O Benfica lançou este ano uma medida que o Sporting já havia lançado na temporada passada: o RedPass para as modalidades. O RedPass tem um custo 130€ para as cinco modalidades ou de 85€ para uma única modalidade. Os valores incluem acesso a mais de 100 jogos e um ano de quota modalidades. É obrigatório ser sócio. Para uma questão de perspectiva, a Gamebox Modalidades (versão do Sporting) vai desde 240€ para quem renova e tem Gamebox Futebol até 290€ para quem compra pela primeira vez e não tem Gamebox Futebol. Ou seja à volta do dobro do preço do RedPass Modalidades. No entanto, um pouco por todo o lado têm-se levantado queixas contra esta nova iniciativa, que veio acompanhada com uma subida de preços nos bilhetes para os jogos das modalidades.
1. Os motivos das queixas. Peguemos no caso do jogo de hoje à noite contra o ABC. Um sócio que tenha quota das modalidades que vá ver o jogo de hoje à noite mais os seus dois filhos menores, paga 7€. 2€ pelo seu bilhete mais 2x2.5€ pelos bilhetes dos dois filhos. Esse mesmo sócio, no ano passado pelo jogo da segunda jornada (contra o Madeira SAD), pagava 2€, pois como tinha quota das modalidades era gratuito para ele e pagava 2x1€ pelos bilhetes dos dois filhos. Multiplicando isto por 10 jogos, são 50€ de diferença que este sócio vai pagar a mais relativamente ao que pagava o ano passado. Se em vez de ser um sócio com dois filhos menores, for um sócio que vai sozinho, só a partir do 36º jogo das modalidades é que compensa a este sócio ter o RedPass. ((130-60)/2=35)
2. A necessidade de aumentar os preços. O Benfica (clube) nos últimos anos tem acumulado resultados positivos. Em média cerca de ~5M por ano. Ou seja, o clube (que não envolve o futebol) está a fazer mais dinheiro do que a gastá-lo, sem que ninguém da Direcção tenha até hoje explicado o que pretende fazer com estes resultados positivos. No entanto, o departamento das modalidades tem também vindo a subir os seus gastos. Em 16/17 gastou-se 12.1M€ em modalidades. Em 19/20 está projectado gastar-se 17.9M€. Durante o mesmo período a receita do departamento das modalidades tem vindo a baixar. Em 16/17 a receita foi de 6.3M€, em 17/18 foi de 5.3M€, em 18/19 a previsão é que tenha sido 5.5M€ e em 19/20 a projecção é que seja 5.8M€. Ou seja, enquanto os gastos estão projetados para subir 5.8M€ em quatro anos, as receitas estão projectada para baixar 0.5M€ em quatro anos. O investimento feito pelo clube não tem sido correspondido pelos adeptos.
3. O porquê da quebra. Esta quebra de receita deve-se à diminuição das rubricas “quotização” e “outros rendimentos” (que não são especificados) do clube. Ao passo que as rubricas “publicidade e patrocínios” e “inscrições e mensalidades” têm crescido um pouco (~0.2M cada)
Tendo isto tudo em conta, é ou não necessário um RedPass Modalidades? A mim parece-me que sim. Acho que o clube tem potencial para aumentar os orçamentos de cada modalidade e assim ambicionar títulos europeus que como podemos testemunhar na época passada, não estão assim tão longe. Mas para aumentar orçamentos, é também preciso que os adeptos queiram. É preciso encher o pavilhão ao longo do ano e não só no final da época. Para se ter um pouco de perspectiva: o que gastamos actualmente nas modalidades dava para pagar o tecto salarial a entre três a quatro jogadores do plantel principal de futebol. No entanto, a receita que geramos dava para pagar um jogador e meio. O Benfica só é um clube ecléctico se os adeptos assim o quiserem. Este parece-me um teste mais do que justo. Anteriormente, um sócio que fosse ver um jogo das modalidades gastava mais no metro ou no parque de estacionamento do que no seu bilhete.
Isto não invalida no entanto alguns pontos que têm sido apontados e que, para mim, ficaram por fazer:
a) Parece-me um pouco discutível se 130€ é o preço justo. É um negócio da China comparado com o Sporting, mas compensar apenas a partir do 36º jogo parece-me demasiado. Pois não é assim tão fácil ir a 36 jogos a menos que se more a uma walking-distance do Estádio.
b) Se o RedPass Modalidades viesse em formato de prestações como vem o RedPass Futebol, creio que a adesão seria maior. É que nesta altura do ano as despesas são imensas para várias famílias.
c) A subida dos preços vai afectar principalmente quem ia ao pavilhão com os seus filhos/sobrinhos/netos. No exemplo que dei ir a 10 jogos pode representar uma subida de gastos de 50€. É dinheiro. Deveria haver alguns packs família para não carregar tanto nestes casos. Noutra perspectiva, faz sequer sentido sócios menores de idade pagarem em jogos que não haja procura? Não deveria ser objectivo do clube incentivar que estes sócios ganhassem uma cultura de ir ao pavilhão?
d) Nas modalidades há vários adeptos que simplesmente não são do Benfica mas gostam imenso daquela modalidade. No entanto, a estes preços, não há qualquer incentivo a irem. Deveria haver um preço para acompanhantes de sócio, por exemplo.
Acho que com tempo, estes pontos vão acabar por ser ajustados por quem manda. Pelo menos parece-me que seria o mais justo."

Here we go again !!!


Bullying !!!

Cantinho do Olivier #8

E se cada jogador de futebol fosse uma música...!!!

O movimento #DeixaJogar


"A Federação Portuguesa de Futebol lançou o Movimento #DeixaJogar através do lançamento de um pequeno vídeo que está neste momento a correr as redes sociais em território nacional.
Um vídeo de um minuto e trinta segundos, extraordinariamente bem conseguido, onde é feita uma questão muito simples a um conjunto de crianças e jovens:
que identifiquem as coisas que Ouviram e que mais os Marcaram na época passada – a este desafio, deveriam responder escrevendo essas mesmas expressões para que os seus encarregados de educação, posteriormente, pudessem ler à sua frente.
Este desafio partia do pressuposto de que as experiências desportivas vivenciadas em idades precoces, tendem a ser dificilmente esquecidas pelas crianças.
Noventa segundos de vídeo que, deixo o desafio, deveriam ser vistos por duas vezes:
- a primeira, com som, para que se possa aceder ao conteúdo verbal que, por vezes, é dirigido às crianças que se encontram no contexto desportivo (infelizmente, não só no futebol);
- a segunda, sem som, para que se possa registar a emoção que passa na expressão de olhar e no comportamento não verbal das crianças e dos seus encarregados de educação.
Uma Realidade que Nos Envergonha.
Em boa verdade, este vídeo não traz (infelizmente) uma realidade nova.
Evidencia uma realidade já muito antiga nos palcos do desporto de formação nacional, realidade esta que, com mais de 20 anos de terreno, recordo ter observado desde o início da minha carreira, quando pude observar de muito perto, adultos frustrados a usarem o desporto onde as crianças se encontravam envolvidas para libertar a sua raiva encarcerada no seu dia-a-dia, ofendendo equipas adversárias, onde crianças da idade dos seus filhos apenas procuravam jogar e divertir-se.
Este é, já, um tema “velho”.
A importância deste vídeo e deste tipo de campanhas, perfeitamente fundamental, Acrescenta Rostos e Emoções e, por esta razão, transporta em si o “dom” de “nos tocar” – ou, em boa verdade, de tocar, pelo menos, as pessoas que, em termos de afectos e capacidade empática, conseguem manter (ainda) níveis de qualidade.
Este vídeo, de facto, envergonha qualquer adulto que possa ter qualquer tipo de participação no contexto desportivo.
Envergonha-me, por isso.
Não por achar que “os Outros” são capazes disto, mas por Saber que “Somos” capazes disto – quem protagoniza e quem, de forma negligente, nada faz quando o presencia.
Somos “isto” – Somos uma Sociedade onde, afinal, o Bullying não acontece só entre pares e/ou jovens e, onde, aparentemente, até é “aceitável” e, quem sabe, até é encarado com alguma “honra” por estarmos a “defender os nossos” (os filhos, o clube ou o que quer que seja que se imagine...) 
Somos isto - Mas podemos Ser Diferente.
Até porque, o vídeo em si mesmo, não traz apenas consciência sobre este tipo de fenómeno – Traz uma Enorme Responsabilidade para Todos Nós."

Bernardo na BBC

Benfica Podcast #335 - Almeidinhos Returns

Estabilidade e ambição

"Estabilidade, qualidade e ambição são as características que mais sobressaem ao analisar-se a forma como foi construído o plantel da nossa equipa de futebol para a presente temporada.
Com o fecho de mercado interrompe-se a especulação, as dúvidas e as incertezas que sempre acontecem nestas fases.
Pelo contrário, no nosso caso, a realidade prova de forma inequívoca que o Clube não é gerido de fora para dentro (no último mês registaram-se somente dois movimentos: a entrada de Vinícius e a saída de Cádiz), seguindo antes uma estratégia bem definida, um planeamento consistente e um rumo que tem sido frutífero no que a títulos e à saúde financeira diz respeito.
Estes são os nossos 29 eleitos, na certeza de que nada se altera relativamente ao essencial que já existia na época passada: todos contam!
Sabendo que o nosso treinador é quem define posicionamentos, de um modo geral temos: Odysseas, Zlobin e Svilar na baliza; André Almeida, Tyronne, Tomás Tavares, Grimaldo e Nuno Tavares para as laterais; Rúben Dias, Ferro, Jardel e Conti no centro da defesa; Florentino, Fejsa, Samaris, Gabriel, Taarabt, Gedson e David Tavares ao meio; Pizzi, Chiquinho, Zivkovic, Rafa, Cervi e Caio Lucas a interiores ou nas faixas; e Jota, RDT, Seferovic e Vinícius na frente.
É notório que a tão mencionada competitividade interna pedida por Bruno Lage está assegurada. São várias as opões para cada posição num plantel recheado de internacionais, jogadores titulados e experientes, além de algumas das maiores promessas do futebol mundial, também eles, nalguns casos, com muitos jogos e troféus no seu palmarés.
Um grupo com uma dimensão compatível com as exigências do calendário e tendo em conta os objectivos ambiciosos definidos (vencer todas as competições internas e melhorar a prestação europeia relativamente à época passada). E, importa recordar que, infelizmente, as lesões acontecem. 
Como em anos anteriores, é expectável que alguns dos jogadores do plantel principal participem regularmente em jogos das equipas B e Sub-23. A componente competitiva é tida como essencial no projecto de evolução dos atletas em causa. E acresce que, à semelhança também de épocas anteriores, o plantel da primeira equipa não é estanque, abrindo-se a possibilidade de integração de outras pérolas do Seixal ao longo da temporada.
Esta é, no seu esplendor, a aposta na formação. Preserva-se um núcleo duro de jogadores experientes e dão-se oportunidades a jovens atletas. Estas, quando os tais jovens atletas demonstram estar à altura dos desafios que lhes são propostos, são mantidas, tendo sempre como pano de fundo a elevada ambição característica do nosso Clube: entrar em todos os jogos para ganhar e conquistar, em todas as temporadas, o máximo de títulos e troféus.
Estamos prontos e entusiasmados rumo ao 38, #PeloBenfica!

Fórum do Sócio
Quais as Vantagens do Red Pass Modalidades em Relação à Opção Jogo a Jogo?
No valor do Red Pass Modalidades está incluído um ano de quota modalidades, passando o Sócio a contribuir de forma determinante para o ecletismo que sempre pautou o Clube. Há uma poupança económica jogo a jogo (são mais de 100 jogos incluídos), dado o preço por jogo a cerca de 1€ (valor exacto dependente do número de desafios disputados), e um acesso aos melhores lugares, com vista privilegiada para ver e viver de perto as emoções dos jogos com os nossos atletas.
Acresce que a importância de muitos desafios das modalidades ao longo de toda a época desportiva leva a que os preços aplicados sejam mais flexíveis relativamente às temporadas anteriores, o que faz com que o Red Pass Modalidades seja sinónimo claro de uma poupança para quem vier apoiar as nossas equipas nos Pavilhões Fidelidade e n.º 2 da Luz. Há ainda a possibilidade de trocar o lugar para outra zona da bancada e a possibilidade de partilhar o lugar, garantindo assim a ocupação do mesmo em todos os encontros e proporcionando uma experiência das Modalidades do SL Benfica a familiares e amigos.
Importa realçar que estão incluídos todos os desafios das cinco modalidades masculinas (preço de 130€) que se realizem nos Pavilhões da Luz, o que inclui: campeonatos nacionais (fases regulares), play-offs, Taça de Portugal e competições europeias.

Nota: a venda do RED PASS de cada Modalidade (preço de 85€) irá iniciar-se a 16 de Setembro. 

Locais de venda: loja do Sócio no Estádio do Sport Lisboa e Benfica e brevemente nas Benfica Official Stores e nas Casas do Benfica."

Zé Gomes: Uma história de golos…e da falta deles

"Lembro-me de vibrar euforicamente com a sua estreia. José Gomes, uma das maiores promessas do Seixal, tinha finalmente oportunidade de subir à equipa A, aproveitando uma série de lesões no sector ofensivo dos encarnados. Passei os últimos minutos do jogo a pedir incessantemente a sua entrada. O seu momento chegou já para lá dos 90 minutos. A placa subiu com o número 70, era esta a sua oportunidade.
Um miúdo franzino, praticamente da minha idade, tentava esconder o nervosismo enquanto colocava, timidamente, a camisola dentro dos calções, carregava às suas costas o sonha de milhares de adolescestes benfiquistas e as expectativas de tantos outros aficionados do desporto rei. Substituiu Gonçalo Guedes, outra promessa dos encarnados.
Entrou no jogo com vontade de mostrar serviço, mas a verdade é que o esférico poucas vezes passou pelos seus pés, mas no último lance do jogo esteva a milímetros de encostar a bola para a baliza do Arouca. Depois desta jogada soltei a previsão: “Este miúdo vai ser um caso sério”, acho que nunca me enganei tanto a respeito de um jogador.
O nome de José Gomes foi catapultado para as luzes da ribalta depois da sua prestação estupenda no europeu de sub17 em 2016, onde para além de ter ajudado a selecção das quinas a chegar ao título, arrecadou ainda os prémios de melhor marcador (sete golos em seis jogos) e melhor jogador do torneio.
A nível interno, o avançado de origem guineense, marcou sempre mais de 20 golos, por época, nas equipas de formação do Benfica, tendo subido de escalão, sucessivamente, todas as temporadas. Desde de cedo era possível observar um grande potencial e certas características que dificilmente são identificáveis em jovens numa fase tão prematura da carreira. Zé Gomes demonstrava uma técnica diferenciada conseguindo receber a bola com qualidade em zonas adiantadas, zonas essas onde se fazia valer, muitas vezes, da sua capacidade no um para um, sobretudo em espaço curto.
Fazendo uso da sua boa velocidade era também bastante forte nas desmarcações, procurando muitas vezes a profundidade nas costas dos defesas adversários. Mas sem dúvida alguma, as características pelas quais Zé Gomes se diferenciava eram o posicionamento ofensivo e a capacidade de finalização. Muito competente de cabeça, bom a finalizar com os dois pés, forte na conversão de grandes penalidades e sempre um dos batedores de livres na formação encarnada. Esta capacidade de finalização e a sua boa leitura do jogo, que permitia ao jogador parecer estar sempre bem posicionado hora certa, tornaram Zé Gomes exímio a fazer uma coisa: Golos. Facturou tantos golos de quinas e de águia ao peito, que chegou mesmo a adquirir a alcunha bastante sugestiva de “Zé Golo”.
É de notar, no entanto, que utilizei quase sempre o pretérito-perfeito para descrever as qualidades do, ainda bastante jovem, avançado português. Estas características ainda lá estão, o gigante potencial ainda lá está, mas a carreira de José Gomes iria ser sobretudo afectada por dois factores: a estagnação e falta de golos.
Depois de ter sido lançado em alguns jogos na equipa principal, onde chegou mesmo a estrear-se na Liga dos Campeões, frente ao Nápoles, Zé Gomes regressou à equipa B (juntando-se, ocasionalmente, aos juniores nos jogos da Youth League), onde ainda facturou 8 golos até ao final da temporada. Era esperado que a grande promessa do Seixal evoluísse e inevitavelmente se afirmasse ao mais alto patamar. Mas de forma algo imprevisível, o camisola 70 nunca conseguiu fazer com que o seu jogo se reflectisse no escalão sénior. Nas duas épocas seguintes, ainda ao serviço da equipa secundária dos encarnados, o internacional de esperanças português apontou apenas 6 golos em 52 partidas.
Zé Gomes perdeu muitas vezes o lugar no onze inicial para Saponjic, Jovic e para Pedro Henrique, já na fase final da última temporada. Os dois primeiros tiveram passagens desinspiradas por terras lusas e o terceiro vai tendo dificuldades em afirmar-se, o que ilustra na perfeição a baixa forma do avançado. Nas seleções nacionais, Zé Gomes foi perdendo também protagonismo, tendo tido prestações muito menos inauditas no europeu sub19 e no mundial de sub20. Esta má forma de Zé Gomes, levou a que o seu nome desaparecesse progressivamente das opções dos seleccionadores nacionais.
No início desta temporada o Benfica decidiu emprestar o jovem ao Portimonense, numa última tentativa de potenciar o jogador. É certo que José Gomes irá beneficiar em estar inserido num panorama diferente daquele que vivia no Caixa Futebol Campos, mas o empréstimo à equipa algarvia não me parece ter sido a melhor opção. A equipa conta com Jackson Martinez, o habitual titular, Tabata tem sido muitas vezes opção na frente de ataque, Marlos Moreno chega emprestado do Manchester City, Iury tem tido muitos minutos e já provou o sabor do golo. As opções de Folha são muitas e o espaço de Zé Gomes parece ser limitado. Arrisco-me a dizer que terá muito poucos minutos em Portimão, podendo a sua temporada passar pela equipa de sub23, o que, para mim, é um paço atrás a nível competitivo em relação à segunda liga. No entanto, o jogador aparenta estar confiante nas suas qualidades e diz ter capacidade para fazer uma boa temporada.
Zé Gomes apareceu muito cedo a brilhar nas equipas de formação das águias. As prestações internacionais valeram-lhe reconhecimento mundial e previsões de uma carreira única ao mais alto nível. Zé Gomes diferenciava-se imenso entre jovens da sua idade, fazia golos com uma facilidade excepcional. Mas o jogador acabou por estagnar e nunca evoluiu da forma expectável. Os golos foram desaparecendo e com eles a confiança que sempre foi característica do jovem.
Hoje em dia, Zé Gomes é uma sombra do jogador que “prometeu” vir a ser. Um jogador em muito má forma futebolística, mas sobretudo muito debilitado do ponto de vista mental, o que o tem impedido de ultrapassar esta “travessia do deserto”. O jogador, ainda apenas com 20 anos, mantém um enorme potencial, potencial esse que pode, pelo menos, vir a ser atingido de forma parcial. Mas para que tal se suceda é necessário que este esteja inserido no contexto ideal e haja muito esforço da parte do atleta. Ainda é possível!"

Benfiquismo (MCCLXXXII)

Mãos ao alto...!!!

Allianz Cup 2019/20

Esta tarde tivemos mais um sorteio, desta vez o da Taça da Liga 2019/20. Calhou-nos o Guimarães, o Setúbal e o Sp. da Covilhã. Já tivemos 'piores'...!!! O mais significativo é mesmo o facto do jogo com o Guimarães ser na Luz, numa altura onde ambas as equipas terão jogos Europeus!!!
Como é tradição, os Corruptos, ficaram num grupo onde só têm um adversário da I Liga!!!

A - SC Braga, Marítimo, Paços de Ferreira e Penafiel
B - SL Benfica, V. Guimarães, V. Setúbal e SC Covilhã
C - Sporting CP, Rio Ave, Portimonense e Gil Vicente
D - Corruptos, Santa Clara, GD Chaves e Casa Pia

Assim já temos o calendário 'mais ou menos' definido até ao Natal (já houve uma pequena alteração ao calendário divulgado inicialmente...).
ADENDA: Afinal a alteração não 'aconteceu', e vamos ter um início de Dezembro muito complicado!
Em caso de qualificação, vamos 'cruzar' com o Grupo D (os Corruptos seguramente...). A Meia-Final será jogada no dia 22 de Janeiro em Braga.
Poderá haver antecipações ou adiamentos de um dia, mas muito provavelmente será assim:

Benfica - Gil Vicente, Sábado, 14 de Setembro
Benfica - Leipzig, Terça, 17 de Setembro
Moreirense - Benfica, Sábado, 21 de Setembro
Benfica - Guimarães (TL), Quarta, 25 de Setembro
Benfica - Setúbal, Sábado, 28 de Setembro
Zenit - Benfica, Quarta, 2 de Outubro
Covilhã - Benfica (TL), Sábado, 5 de Outubro
Selecções
Taça de Portugal, Sábado, 19 de Outubro
Benfica - Lyon, Quarta, 23 de Outubro
Tondela - Benfica, Domingo, 27 de Outubro
Benfica - Portimonense, Quarta, 30 de Outubro
Benfica - Rio Ave, Sábado, 3 de Novembro
Lyon - Benfica, Terça, 5 de Novembro
Santa Clara - Benfica, Sábado, 9 de Novembro
Selecções
Taça de Portugal, Sábado, 23 de Novembro
Leipzig - Benfica, Quarta, 27 de Novembro
Benfica - Marítimo, Sábado, 30 de Novembro
Boavista - Benfica, Sexta, 6 de Dezembro
Benfica - Zenit, Terça, 10 de Dezembro
Benfica - Famalicão, Sábado, 14 de Dezembro
Taça de Portugal, Quarta, 18 de Dezembro
Setúbal - Benfica (TL), Domingo, 22 de Dezembro
Natal

Fica a faltar definir os adversários nas eliminatórias da Taça de Portugal. Recordo que nas 'primeiras' rondas da Taça de Portugal, vamos jogar sempre 'fora'!

Jornada atípica e sorteios típicos

"Portugal está na Champions representado pelo Benfica, que, aliás, é a única equipa que esteve sempre na fase de grupos nos últimos 10 anos

1. Coates em versão murphyana de 'serial penalteiro' contra o Rio Ave, dando azo até a um bem apanhado neologismo na capa deste jornal, trinálti. Seferovic em versão hitchcockiana, falhando três golos cantados na primeira parte em Braga. Marco Pereira, guardião do Santa Clara, em versão maximal, defendendo os dois penáltis contra a sua equipa. Ao invés, Filipe Augusto, ex-jogador do SLB, em versão tranquila, a converter os penáltis em Alvalade. Em Paços de Ferreira, equipa recém-promovida, em versão precocemente punitiva, despedimento do treinador à quarta jornada. E, por fim, Xistra em versão burlesca, a bater o recorde de velocidade ao expulsar um jogador (do Vitória de Guimarães) aos 45 segundos.
Eis, pois, uma jornada completamente atípica. E, dos 3 grandes, o Sporting que, em teoria, tinha o jogo mais acessível, perdeu-o. O Benfica que, à partida, tinha o jogo mais complicado em Braga, goleou. O árbitro Xistra, perdão o FCP, teve nas cartolinas a arma ao dispor para compensar o enorme desgaste da preparação para o jogo na Luz. A propósito das expulsões e a julgar pelas registadas nesta ronda - ao todo nove - será que houve um qualquer pré-estado de 'guerra civil' que passou pelos campos?
Como costuma dizer Bruno Lage, o futebol é feito de momentos. Acrescento aqui, uns naturais, pelos jogadores. Outros contra-natura, resultantes de variados desvarios de quem tem afeições para evitar aflições. Dois exemplos: Marcos Acuña teve na cabeça o 3-2 para o Sporting, mas rematou (e foi) contra um poste mal iluminado e, na jogada seguinte, surge a penalidade que virou o resultado a favor do Rio Ave. Tivesse ele marcado e todas as análises que se seguiram seriam, por certo, diferentes. Quanto ao segundo caso, o árbitro no (do) Dragão resolveu facilitar a vida dos ditos dragões, coisa habitual no juiz, mas que, desta feita, se traduziu num hilariante momento de expulsão, de que até Marega ficou envergonhado e atónito. Agora só lhe falta expulsar alguém no túnel de acesso ao relvado, antes mesmo do jogo se iniciar, inventando uma nova forma de arbitrar (11 contra 10). Pondo de lado, a esperteza e o entusiasmo com que mostrou o cartão vermelho, só faço uma pergunta: e se a mesmíssima jogada tivesse sido do outro lado, perto da área portista, o que faria Xistra? Se calhar nem livre teria sido assinalado, quanto mais um modesto cartão amarelo... Interessantíssimo foi o comentário do narrador do jogo na Porto TV, perdão Sport TV Norte, numa versão de muito respeitinho e cuidado.

2. Bruno Lage alcançou em Braga e para o campeonato a sua 12.ª vitória fora da Luz em 12 partidas, mantendo, assim, um notável registo imaculado. Ganhou bem e jogou bem, em mais um resultado desnivelado, vulgo goleada (nos últimos 3 desfechos, o acumulado nos jogos contra os bracarenses é de 14-3!). Embora o Sporting de Braga tenha alguma razão objectiva de queixa no pouco tempo de descanso face ao jogo europeu (tal como o Vitória Sport Clube), o Benfica foi sempre superior em todas as dimensões do jogo. Importante foi o regresso de André Almeida, que deu maior consistência defensiva e ofensiva ao lado direito. Taarabt teve um magnífico desempenho e constitui, sem dúvida, um bom reforço para uma época longa e com várias frentes, sobretudo num tempo em que o titularíssimo Gabriel não está em condições de jogar. No domingo, o Benfica teve na Pedreira 7 atletas portugueses. O Porto jogou com 3 (incluindo Pepe) e o Sporting com apenas 2.

3. Por merecimento das duas principais equipas minhotas, Portugal passa para a fase de grupos das competições europeias com todas as suas equipas apuradas. Mas não apenas isso: fá-lo com as cinco melhores. Parecem, assim, estar criadas as condições para uma boa (ainda que não total) recuperação  com vista a uma posição no ranking, que permita ultrapassar a Rússia e voltar a ter dois clubes directamente na Champions. Além disso, o Sporting de Braga 'despachou' uma equipa russa e houve outro clube desse país que nem sequer à Liga Europa vai (Arsenal Tula).
Os sorteios, seja em que contexto for, são sempre passíveis de uma interpretação mais benigna ou mais atormentada, mais esperançosa ou mais desesperante. Os efectuados na semana passada não fugiram à regra. O certo é que os sorteios não jogam nem fazem resultados, pelo que devem ser encarados com a naturalidade de quem quer estar na alta roda da Europa, seja na versão dourada, seja na versão prateada.
Naturalmente que foi sobretudo o Benfica que encarei o tal sorteio. Concordo com o 'veredicto' de A Bola, quando diz que cada clube do seu grupo tem 25% de hipóteses de ficar em qualquer dos 4 lugares. Começou por ser um bom pote 1 (o único não tubarão, Zenit), mas depois saíram talvez os mais temidos dos potes 3 e 4 (Lyon e - imagine-se no pote 4! - o alemão actual líder da Bundesliga, o Leipzig).
Observado a priori, o Benfica tem boas hipóteses de continuar para os oitavos de final. Há, no entanto, um senão: costuma haver sempre uma equipa quase destinada a fazer figura de presença, vinda do tal pote 4, pelo que, na pior das hipóteses, o 3.º lugar que permite continuar através da Liga Europa estará, em teoria, quase assegurado. Ora com este equilíbrio, o tal 'prémio de consolação' vai ser também renhidamente disputado. Longe vá agoiro, mas logo me recordei do sorteio da Champions de 2014/15: o Benfica, então no pote 1, ficou num grupo também considerado equilibrado com o Zenit (pote 2), Bayer Leverkusen (pote 3) e Mónaco (pote 4). E qual foi a classificação no fim das 6 jornadas? Precisamente a inversa: 1.º Mónaco; 2.º Bayer; 3.º Zenit e 4.º Benfica...
Desta vez, Portugal está na Champions apenas representado pelo SL Benfica, que, aliás, é a única equipa que esteve nos últimos 10 anos. E ter apenas um clube já  não acontecia desde 2009/10 (na altura, o FCP). Todavia, há uma boa representação de jogadores portugueses em diferentes clubes: 21 a que se somam os atletas portugueses do Benfica, provavelmente 6 titulares, André Almeida, Rúben Dias, Ferro, Pizzi, Rafa, Florentino e mais 3, Jota, Gedson e Tavares, sem contar com Chiquinho, com uma lesão de longa duração. Já quanto aos treinadores há três portugueses: Bruno Lage, Pedro Martins (Olympiakos) e Luís Castro (Shakthar Donetsk), a que se juntam na Liga Europa mais cinco: Sérgio Conceição, Ricardo Sá Pinto, Ivo Vieira e ainda Paulo Fonseca (Roma) e Nuno Espírito Santo (Wolverhampton).
Por fim, assinala-se o cada vez mais definitivo afunilamento da Champions. Apenas 15 dos 54 Associações filiadas na UEFA (27,8%) chegaram à fase de grupos e as 5 principais ligas (Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França) estão representadas por 19 equipas (60% do total), ficando reservado para as outras 49 ligas apenas 13 lugares. O país com pior ranking que conseguiu este ano ter um clube na fase de grupos (Sérvia, através do Estrela Vermelha) está no 18.º posto. A partir daí é paisagem...

Contraluz
- Confusão: Há dias fiquei perplexo quando li que André Silva teria sido 'oferecido' ao Benfica. É que não me lembrei do jogador que foi para terras transalpinas depois de carimbado como um craque excepcional. Só me veio é cabeça o deputado do PAN, com o mesmo nome, que por coincidência, havia anunciado, no seu programa eleitoral, a criação de uma secretaria de Estado dos Animais!...
- Concorrência: De vez em quando passo pelo novel canal 11, da responsabilidade da Federação Portuguesa de Futebol. Entre alguns programas interessantes e até inovadores, tenho observado que a lógica mais institucional tem sido secundariazada pela abordagem mais comercial e no espaço concorrencial. Por exemplo, há lugar a transmissões directas de jogos de seniores e de jogos internacionais (por exemplo, do Wolverhampton) à mesma hora a que, noutros canais, se transmitem jogos da Liga portuguesa. Sendo a FPF uma instituição de utilidade pública, pergunto: estarão acautelados os aspectos relacionados com a lei e a ética de concorrência? Em que termos? Será esta 'intromissão' leal deste ponto de vista? Revejo-me totalmente no que aqui escreveu Vítor Serpa ('Pecados de um tal canal', 17 de Agosto).
- Inovação: A propósito de uma grande penalidade não assinalada a favor do Benfica sobre Rafa no jogo contra o Belenenses (recorde-se, arbitrado pela inefável dupla Veríssimo/Xistra no VAR), pude ouvir doutas opiniões para encontrar um qualquer argumento para corroborar a decisão arbitral. 'Não foi penálti, porque o Rafa nem sequer protestou'. Ora aqui está uma regra que deve passar a escrito: se o jogador não esbracejar e não disser uns impropérios, não se marca penálti. Absolutamente hilariante!"

Bagão Félix, in A Bola

O Mercado de Verão de 2019

"O mercado fechou ontem. O Benfica, na voz de Luís Filipe Vieira e de Rui Costa, prometeu ambição europeia e uma abordagem ao mercado diferente do habitual, com poucos reforços, mas cirúrgicos. No final, acho que a abordagem acabou por não ser assim tão diferente como é habitual. Umas notas sobre o mercado de verão de 2019.
1. Ponto Situação Inicial. É impossível analisar o mercado de verão de 2019 sem primeiro olhar para o que aconteceu no mercado de inverno. O Benfica estava pelas ruas da armagura. No rescaldo da troca de treinador, as grandes apostas do mercado de verão de 2018, Ferreyra e Castillo, saíram. Além de Lema e Alfa Semedo. A saída dos dois pontas de lança sul-americanos deixou um vazio significativo na folha salarial do clube, pois ambos tinham sido contratados com salários avultados. Em resposta às saídas, o Benfica promoveu Ferro, Jota e Florentino. Fomos Campeões. Em Maio de 2019, as prioridades para o verão do Benfica pareciam ser: arranjar maior competição para Vlachodimos, trocar Yuri Ribeiro, definir a situação do lateral direito, definir a situação dos médios-centro e médios-ala, substituir Jonas, bem como a quase certa saída de João Félix.
2. Guarda-Redes. Vlachodimos não é um mau guarda-redes. Simplesmente também não é um grande guarda-redes. Há dezenas de melhores do que ele. Os seus dois principais problemas são o jogo com os pés e saídas da baliza, seja em cruzamentos, seja em momentos que os avançados venham isolados. Era uma posição onde o clube poderia ter melhorado. Tentámos Jasper Cillessen, que acabou no Valência, tentámos Keylor Navas, que acabou no PSG e fechámos Mattia Perin, que acabou por chumbar nos exames médicos. Depois destes três nunca mais apareceu um nome nas notícias. Como se não bastasse o facto de não contratarmos ninguém, acabámos por renovar com o Vlachodimos, que passámos o verão todo a dizer que precisava de competição. Foi um dossier muito mal gerido pelo Benfica.
3. Lateral Direito. Sebastien Corchia voltou ao Sevilla, que entretanto já o emprestou ao Espanyol. A grande dúvida era o que ia acontecer com Ebuehi. No entanto o nigeriano voltou a lesionar-se e ainda ninguém fora da equipa técnica sabe bem o que vale porque jogou muito pouco. André Almeida deverá mais uma vez ser o titular desta posição. O Benfica acabou por nunca estar no mercado por um lateral. O que, para mim, revela uma de duas coisas: ou Ebuehi mostrou talento nos treinos, ou o clube sabe que no espaço de um ano poderá ter Tomás Tavares e/ou João Ferreira aptos para dar o salto para a equipa principal e não quer contratar alguém que depois poderia tapar as ascensão de uma dos jovens.
4. Defesa Central. No último dia do mercado, chegou o jovem brasileiro Morato. Vai começar pela equipa B. É certo que vem para salvaguardar a saída de alguém no futuro. A dúvida é quem. Jardel, Rúben Dias ou até Ferro podem sair para o ano, abrindo espaço para o brasileiro. 4. Lateral Esquerdo. Aqui foi a posição mais tranquila do Benfica. Nuno Tavares é um jovem da formação que há alguns anos vinha a afirmar-se como um jogador com grande futuro. Teve a oportunidade e agarrou-a. Yuri Ribeiro saiu em definitivo para o Nottingham Forest.
5. Médio Centro. Aqui houve mudanças, apesar de não parecer. David Tavares tem aparecido no boletim médico da equipa principal e deverá ocupar o lugar que Krovinovic deixou depois de ser emprestado ao WBA. Não acredito que Fejsa venha a ter muitos minutos este ano. Até posso entender a sua continuidade numa óptica de ter alguém com experiência no plantel. Mas sete jogadores numa posição onde jogam apenas dois parece-me um exagero. Ficou trabalho por fazer.
6. Extremos. O verão todo foi noticiado que Salvio, Zivkovic e Cervi poderiam sair. Bruno Lage começou a pré-época a dizer que queria apenas duas opções por posição, para que os jogadores estivessem mais motivados. No entanto, tal como na posição de médio centro, começamos a época com seis jogadores onde apenas podem jogar dois. Saiu apenas Salvio para o Boca Juniors. Veio Caio Lucas que até ao momento tem mostrado alguma coisa diferente e que não tínhamos. Ficou trabalho por fazer.
7. Avançados. Esta foi a posição onde curiosamente acabámos por perder mais jogadores. Jonas reformou-se. João Félix foi vendido por 126M. Para os seus lugar contratámos Chiquinho, Carlos Vinícius e Raul de Tomas. Aqui pelo menos vimos actividade. O ano passado vimos que Jonas e Seferovic não era suficiente para a nossa necessidade de pontas de lança. Hoje temos três. Resolvemos esse problema. A saída de João Félix dará espaço para Chiquinho e eventualmente Jota jogarem como segundo avançado. Acho que acabou por ser das pastas melhor geridas neste verão. 

Olhamos para o ponto de situação em Maio e o que vemos é os seguinte:
- Arranjar maior competição para Vlachodimos: algo que não só ficou por resolver, como chegou ao ridículo de aumentarem o grego depois de dizerem que ele tinha limitações;
- Trocar Yuri Ribeiro: missão completa; - Definir a situação do lateral direito: não aconteceu nada, mas aceita-se;
- Definir a situação dos médios-centro e médios-ala: ficaram, no mínimo, três jogadores por sair e que mal vão jogar neste ano. Isto terá consequência pois vai tirar minutos a jovens como Úmaro Embaló, Tiago Dantas e Nuno Santos que poderiam ser chamados para os jogos das Taças;
- Substituir Jonas e João Félix: concorde-se ou não, acaba por ser uma missão completa;
Um clube que vende João Félix por 126M, não tem motivo nenhum para não se reforçar devidamente. Podíamos ter contratado um craque. Houve vários nomes sondados: Dani Olmo ou Luca Waldschmidt. Para que é que vendemos o João Félix? O que é que vamos fazer aos 80 e tal milhões que não utilizámos (além dos outros 80 que fizemos com Jimenez, Jovic, Carrillo e Salvio)? É que Domingos Soares de Oliveira já disse na entrevista à Exame que não vamos reduzir o Passivo. Além desse craque, um guarda-redes e esvaziar algumas posições sobrelotadas era essencial. Bruno Lage disse a 1 de Julho de 2019 que queria isto. Chegamos a 3 de Setembro de 2019 e nada aconteceu. Ficou tudo igual.
Este podia ter sido o melhor mercado de verão do Benfica deste milénio. Acabou por ser um mercado igual ao que Luís Filipe Vieira nos tem habituado. O plantel não está mais forte. É até questionável se não está ligeiramente mais fraco, pois não temos um craque como João Félix. Mas vendo do lado positivo, pelo menos este ano só contratámos um jogador para emprestar."

Música Taarabt

"Que nível absurdo do marroquino na forma como liga o jogo do Benfica, sempre à procura da opção que mais chances trará adiante de fazer a sua equipa chegar ao golo.

"
Paolo Maldini, in Lateral Esquerdo

Actualização final do SL Benfica no mercado: Fecho tranquilo com duas novidades

"Na madrugada desta Terça-feira, fechou mais uma edição do mercado de transferências, que trouxe neste último mês ao SL Benfica muito pouco acerca de novas movimentações. Cádiz foi emprestado ao Dijon, Morato contratado para a equipa B e Chrien segue o mesmo caminho, tendo sido inscrito pelos encarnados no Deadline Day.
No que toca ao reforço de outras posições, muitos ansiavam por um lateral direito que pudesse ganhar a posição de André Almeida, por um médio centro que fizesse concorrência a Gabriel, por um avançado que viesse jogar na posição de Félix e Jonas e um guarda-redes que preenchesse de forma mais completa a baliza encarnada, chefiada por Odysseas. Porém, o derradeiro mês pouco ou nada trouxe à Luz no que a estes sectores diz respeito.
Nos últimos 15 dias, falou-se muito no nome de Elias Pereyra, Gian-Luca Waldschmidt e Morato, contratado para a formação secundária das águias.
O interesse no avançado alemão foi muito mas o SL Benfica nunca pareceu sequer aproximar-se dos valores necessários para convencer o Friburgo a ponderar aceitar negociar. Já o lateral argentino parece ter sido somente um pequeno rumor a surgir na imprensa argentina.
Morato assinou, mas nunca será um reforço para esta época. Isto porque será um jogador para o futuro e constituirá uma excelente aposta a longo prazo.
À excepção do central, as últimas horas mostraram o desinteresse da direcção em reforçar a equipa de Bruno Lage, o que pode ser prejudicial às aspirações europeias do clube.
Assim, Bruno Lage irá atacar esta época com um plantel sem alternativa nem competitividade na baliza. Odysseas dá garantias mas não preenche todas as necessidades do jogo colectivo da equipa. 
Nas laterais tudo indica que irá avançar com três jogadores para duas posições. André Almeida continuará dono do lugar e provavelmente sem concorrência. Nuno Tavares não pode ser opção à direita e o nigeriano Ebuehi é ainda uma total incógnita – nem se sabe quando estará em reais condições físicas de jogar ao mais alto nível.
A dupla de centrais é jovem mas também sustentada por um central como Jardel. Para a Europa ficam as dúvidas se uma dupla com maturidade é suficiente para jogar a esse nível. O potencial de crescimento é tremendo mas o clássico com o FC Porto trouxe tremideira muito preocupante.
No meio-campo a equipa parece carecer de um médio que possa substituir Gabriel. Um jogador mais capaz de ter e guardar a bola, pausar o jogo e construir. Felizmente o marroquino Taraabt parece estar à altura do desafio.
No ataque é mesmo a zona central que levanta dúvidas. O segundo-avançado nunca foi contractado e, com a lesão do Chiquinho, a equipa parece necessitada de um jogador que faça a ligação defesa-ataque de frente para a baliza, cabeça levantada, visão de jogo e capacidade de aparecer em zonas de finalização. A dupla Seferovic-RDT não só não apresenta um jogador com estas competências como prejudica individualmente as capacidades de cada um deles.
No mercado, todos os reforços chegaram para o ataque: Chiquinho, Caio Lucas, Raul de Tomas e Vinícius (além de Cádiz, entretanto emprestado). Todos jogadores de qualidade, principalmente Chiquinho e RDT.
O médio português tem pés e cabeça de craque. Boa técnica, criatividade, leitura de jogo e capacidade de decisão. Pode jogar no lugar de Pizzi ou até em parceria com este, atrás do ponta de lança. Já o avançado espanhol tem tudo para ser o jogador mais avançado da equipa. Muito bom a encontrar espaço com a bola controlada, tem um toque de futsal e pode ser mortífero dentro da área. 
Caio é um extremo rápido e criativo que vai viver na sombra do Rafa e Vinícius um ponta de lança possante, com boa técnica e capacidade de finalização. Ambos jogadores para segundas linhas do ataque.
O ataque do SL Benfica ao mercado deixou muito a desejar. Não só não foram reforçadas as posições mais carenciadas como não foram atendidos os pedidos públicos do treinador.
Por fim, há a situação dos excedentários. Também aqui o clube não foi suficientemente eficaz. Svilar, Cervi, Zivkovic e Fejsa são quatro bons exemplos de jogadores que o clube teria obrigatoriamente de solucionar no próximo mercado.
Já com o mercado encerrado, estamos perante uma ineficaz abordagem ao defeso, tanto em entradas como em saídas, uma vez que seria de esperar uma maior demonstração de força dos encarnados num contexto de ataque à Europa financiado com a venda histórica de João Félix."