Últimas indefectivações

terça-feira, 2 de abril de 2019

12.º jogador!

"A resposta dos adeptos do Benfica nas últimas horas, em plena fase decisiva da temporada, não poderia estar a ser mais afirmativa: os bilhetes disponibilizados para os dois próximos jogos esgotaram em poucas horas! Um sinal inequívoco de confiança na equipa, de paixão e de compromisso. A certeza de que, mais do que nunca, Todos Contam!
A onda vermelha está assim garantida para as visitas a Alvalade e a Santa Maria de Feira. No dérbi de amanhã estará em causa o acesso a uma final da Taça de Portugal. Frente ao Feirense e no domingo teremos a possibilidade de dar mais um importante passo rumo à Reconquista.
Há três objectivos no horizonte (na próxima semana regressa a Liga Europa), mas, como diz Bruno Lage, só faz sentido pensar numa coisa de cada vez. Para já, o tempo é de Taça de Portugal e de concentrar atenções no duelo desta 4.ª feira frente ao eterno rival.
O Sporting será aquilo que nunca deixou de ser: um adversário com muita qualidade, que merece o máximo respeito. O resultado da 1.ª mão (vitória do Benfica por 2-1) mantém tudo em aberto e é a garantia de que vamos ter, em Alvalade, mais um jogo de emoções fortes e onde se espera, naturalmente, que prevaleçam o civismo e o fair-play.
Que este dérbi, sempre apaixonante, seja mais um grande momento de promoção deste espetáculo único que é o futebol!

PS: Há quem insista, de facto, em tentar ganhar fora do campo: a partir de salas secretas, de visitas a locais onde treinam os árbitros ou de ameaças a vários agentes desportivos. Há uma lista alargada com más decisões de arbitragem que, Objectivamente, valeram muitos pontos ao FC Porto esta época. Continuamos à espera que nos digam uma jornada em que o Benfica tenha sido beneficiado. Aqui, sejam os jogos de dia ou de noite, o único calor que nos interessa é o dos adeptos."

Telhados de vidro...!!!

"A eurodeputada Ana Gomes é conhecida por ser uma mulher idónea e de palavras firmes. Apresenta, como ponto negativo, o seu anti-benfiquismo bem patente naquilo que escreve. A postura pode mesmo ser comparada com a de Miguel Sousa Tavares, outro crítico feroz de determinadas matérias, mas surdo e mudo de outras, e tanto Ana Gomes como Miguel Sousa Tavares partilham semelhanças com Leilani Franco, detentora de vários recordes mundiais de contorcionismo.
Tentámos explorar o passado de Ana Gomes relativamente à sua opinião no que ao Futebol Clube do Porto e às suas práticas no Apito Dourado e demais casos dizem respeito, pois julgámos estar perante uma mulher que "atiraria contra todas as frentes" e que não "tinha medo de nada nem de ninguém" e após alguma pesquisa, acabámos por encontrar uma conversa entre Pinto da Costa e Lourenço Pinto, em que conspiram apresentar queixa contra Ana Gomes e a uma procuradora, que passamos de seguida a citar:
Lourenço Pinto: Agora a Liga… o major f*deu-me para aqui a cabeça… já tenho a procuração da Federação e da Liga para fazer o processo contra a Ana Gomes?
Pinto da Costa: Sim.
LP: Isso vou fazer! Agora contra a procuradora.. eu estou a ver se arranjo matéria, não é? Mas não sei se tenho matéria para…
PC: Não, nem acho que se deva, agora, estar a meter com a procuradora…
LP: Nada, nana! Nem de perto nem de longe!
PC: Não porque aquilo também representa um grupo que tem… ela não é sozinha…
LP: É, é tem peso, a gaja tem peso!
PC: Acho que nem o major nem o meu amigo está para meter-se nisso!
LP: Não, não, não me meto nisso! Agora contra a Ana Gomes, contra a Ana Gomes, vou-lhe chegar! Ela chamou-nos “gabirus”, não é?
PC: “Gabirus” que não pagam impostos!
LP: É. Essa vai comer, não é? Vai comer!
PC: É… ela vai para o Parlamento Europeu, que eles querem ver-se livres dela!
LP: Pois, mas querem ver-se livres dela mas mandam-na para um tacho bestial, não é?
PC: Pois é!
LP: Mandaram-na para um tacho bestial! O Lello disse-me que até me agradecia muito que fizéssemos a queixa porque queriam ver-se livres dela… E portanto a queixa dá-lhes mais força para… a gaja desandar, não é?
Julgando conhecer Ana Gomes, assumimos logo a ideia de que ela tinha respondido a estas conversas e que tinha imposto a sua posição de mulher frontal e idônea. E sabem o que encontrámos em relação à posição de Ana Gomes relativamente a esta conversa? Nada. Ana Gomes, que foi mencionada nas escutas do Apito Dourado por estes dois sujeitos, sofre aparentemente de amnésia no que ao maior escândalo de corrupção mundial diz respeito. A sua posição oficial é… nenhuma.
A mesma Ana Gomes que tem um percurso político praticamente inatingível, marcado pelo seu carácter crítico e frontal, é a mesma Ana Gomes que sofre de amnésia com as práticas dos dirigentes do Futebol Clube do Porto. A mesma Ana Gomes que apresentou uma denúncia à CMVM contra o Sporting Clube de Portugal relativa ao alegado patrocínio recebido pelo Sporting oriundo da Guiné Equatorial, é a mesma Ana Gomes que não teceu uma única palavra negativa relativamente a Alexandre Pinto da Costa, que recebeu milhares de euros de comissões irregulares, no âmbito de transferências de jogadores, como divulgado no Football Leaks antes deste entrar de férias no que toca a assuntos relacionados com o Futebol Clube do Porto.
Então será que Ana Gomes afinal não é assim tão transparente como aparenta ser? Aprofundando a nossa pesquisa, debruçámo-nos num caso recente referente a um escândalo de desvio de mais de 20 mil euros, denunciado pelo “Observador”, em que constava a assinatura da eurodeputada nos documentos, mas devido à falta de provas e porque é à justiça portuguesa que compete investigar este tipo de crimes, decidimos não aprofundar mais. Só que, durante a pesquisa minuciosa, embatemos com um novo caso, este referente a um conluio com o activista cívico Rafael Marques para ludibriar a legislação angolana, legislação essa que impede os cidadãos estrangeiros de obterem residências nos projectos habitacionais construídos por iniciativa Executiva.
Dando os devidos créditos aos autores do “Ditos do Baú”, e citando doravante os mesmos, estes reuniram uma fonte junto da AJPD que “confirmou que os primeiros contactos (de Rafael Marques) com a eurodeputada foram mantidos em Bruxelas em Setembro de 2013 por via de António Ventura, Presidente dessa instituição. Este informou Rafael Marques sobre a intenção de Ana Gomes ter uma residência em Angola, mas que se via impossibilitada devido às “rixas” com o Executivo angolano.
O jornalista e activista cívico entrou em acção em Fevereiro de 2013, usando a AJPD para comprar uma residência no Kilamba alegadamente para servir de “casa de passagem” capaz de albergar entidades internacionais e activistas dos Direitos Humanos que viessem à convite da Associação. Após ter enfrentado a resistência de Fernando Macedo, tido como um homem íntegro, rigoroso e pragmático, optou por usar um cidadão luso-angolano.
A trama foi descoberta pela fonte por três motivos que lhe pareceram suspeitos:
1º A AJPD continuava a pedir patrocínios para albergar seus visitantes estrangeiros e a residência no Kilamba continuava desocupada.
2º A residência está em nome de Cirlo de Couto (foi assistente oficioso da eurodeputada na Embaixada de Portugal na Indonésia, de 2000 a 2003), cidadão Luso-angolano um dos lobbystas portugueses de Rafael Marques, e que não tinha nenhum vínculo com a Associação de Ventura.
3º A residência é utilizada de forma exclusiva por Rafael Marques e a filha de Ana Gomes de forma não periódica.
A fonte adiantou que um mal estar se instalou no seio dos que se aperceberam disso, pois o activista terá recebido uma gratificação da dirigente europeia, num valor acima dos 46.000 Euros na mesma altura em que Cirlo de Couto fazia o trespasse formal da residência para uma das empresas da diplomata portuguesa. E ficou assim concluída a jogada de Rafael Marques.”
Passado uma semana após esta revelação, adivinhem quem foi ao Parlamento Europeu falar e quem o convidou. Exatamente, Rafael Marques, convidado por… Ana Gomes.
Mas não ficamos por aqui. A eurodeputada frontal que não fala sobre o Apito Dourado, que não fala sobre os negócios entre Estoril - Futebol Clube do Porto, sobre os negócios entre o Portimonense - Futebol Clube do Porto, sobre o clima de ameaças, coação e lavagem de dinheiro dos Super Dragões e do seu líder Macaco, tem uma filha, de seu nome Joana Gomes Cardoso. A filha de Ana Gomes, que entre 2010 e 2012 esteve a receber 5.000 Euros mensais no Ministério da Cultura e que desde 2015 é Presidente do Conselho de Administração da EGEAC, é a mesma Joana Gomes que passou de jornalista da SIC directamente a Directora-Geral do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Cultura e que mais tarde arranjou um tacho na Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. 
Questionamos como é que Joana Gomes Cardoso conseguiu esta pasta? Foi pelo seu invejável curriculum? Foi pelo seu perfil? Ou terá sido por… cunha? Talvez uns emails roubados, como defende Ana Gomes o direito à sua publicação, possam revelar coisas curiosas relativamente a este assunto?
Nós não estamos contra Ana Gomes, até porque política não é o nosso forte e muito menos queremos entrar em caminhos estreitos que não nos dizem respeito (embora digam invariavelmente, pois o dinheiro que a eurodeputada recebe advém de todos os contribuintes). Nós estamos, sim, contra a manipulação de informação. Estamos contra a manipulação de massas tendo por base o estatuto de poder, estamos contra a difamação e, por fim, contra a campanha peculiar que Ana Gomes tem feito contra o Sport Lisboa e Benfica, publicamente.
Não entendemos a necessidade constante da defesa acérrima de Rui Pinto por parte de Ana Gomes e achamos pertinente e curioso que a mesma eurodeputada que convidou Rafael Marques para ir ao Parlamento Europeu dar uma palestra, após o alegado favor que lhe fez, é a mesmíssima eurodeputada que após conhecer todos os crimes cometidos por Rui Pinto, organiza um debate no Gabinete do Parlamento Europeu pela defesa de…. Rui Pinto. 
Quase faz lembrar Pedro Bragança, co-autor do Baluarte Dragão, a fazer papel semelhante ao de Diana Fialho quando foi para a CMTV dizer que não sabia onde andava a mãe e para toda a gente procurar por ela, ao choramingar publicamente ao Futebol Clube do Porto - através do seu Twitter - pela imunidade de Rui Pinto, alegando que “os benefícios resultantes das suas acções eram incomparavelmente superiores aos danos provocados”, como se as cabeças dos seus leitores fossem na verdade baldes e aquelas palavras fossem areia. Sim, Pedro, todos nós sabemos que o Futebol Clube do Porto tinha um elevado interesse em processar aquele que, alegadamente, passou toda a informação que estava fechada na sala secreta do Estádio do Dragão e que apenas era partilhada por 2 pessoas, nomeadamente Francisco J. Marques e Diogo Faria. E o próprio Pedro. E João Castro. E, não sabemos, talvez Paulo Baldaia. E Bruno de Carvalho. E Nuno Saraiva. E a página EPluribusCorruptum (entretanto extinta e criada múltiplas vezes com outros nomes). E outras dezenas de contas ligadas à Comunicação da Santa Aliança. E outras centenas de milhares de pessoas que acederam à informação que a cartilha do Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal fizeram questão de massificar através de torrents, blogs e da Comunicação Social.
Como Ana Gomes pode constatar, nós apenas somos defensores da verdade, e por sermos defensores da verdade e uma vez que todos os emails dos últimos 10 anos do Sport Lisboa e Benfica já foram tornados públicos e esmiuçados e a Benfica SAD foi ilibada de todos os 30 crimes de que era acusada (sendo considerada inocente ainda em fase processual), desafiamos a que a senhora divulgue toda a sua correspondência privada dos últimos 10 anos e desafiamos também a que o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal e as pessoas ligadas a estes clubes sigam o mesmo exemplo.
Por fim, não poderíamos deixar de reparar e de acharmos curiosa a relação de Ana Gomes com uma conta do Twitter afecta ao Futebol Clube do Porto e aos emails do Benfica, como em anexo vai comprovado. Talvez seja do interesse público a partilha das mensagens privadas trocadas entre Ana Gomes e essa conta."

Fenómenos do Entroncamento?!!!

Chama Imensa... Contabilidade da roubalheira...

O que Alexandru, que foi Elek, jamais esqueceu...

"Schwartz foi treinar o Eintracht Frankfurt depois de ter saído do Benfica. Impôs no clube alemão um revolucionário 4-2-4 e regressou a Portugal para o FC Porto. A sua estrela apagou-se aí como uma lâmpada mal enroscada que se funde.

Timisoara: O nome vem do rio: Timis. Fica na região do Banato, actualmente dividida em três partes, uma na Roménia, uma na Sérvia e outra na Hungria. A primeira vez que lá estive fui preso. Já se passou tanto tempo: 1981? 1982? Uma confusão de vistos. A Roménia fechada do Ceausescu, o policiamento exagerado, alfândegas e o diabo. Eles não gostavam de rapazes cabeludos de mochilas às costas. Bulia-lhes com os nervos. Eu e o meu companheiro de viagem, intrépido benfiquista, Miguel Vieira da Silva, metidos num sarilho. Dois ou três dias fechados num posto de policia mal-amanhado e sujo, água e pedaços de pão e reenviados sob vigilância, de comboio, para a fronteira com a Jugoslávia.
Em Outubro de 1908, Timisoara fazia parte do Império Austro-Húngaro. Elek Schwartz nasceu lá. Ou, melhor, nasceu em Temesrekas, uma cidadezinha logo ao lado, também nas margens do Timis. Ou Temes, à húngara. O seu nome de baptismo era Alexandru. Cresceu e quis ser jogador de futebol. Passou pelo Kadima Timisoara e pelo Clubul Atletic Timisoara. Era defesa. Dos bons. Chegou a profissional, mas em França. No Hyères, para começar, em seguida no Cannes, no Estrasburgo e no Red Star. Por isso estava em Paris em 1939. Apanhou o início da II Grande Guerra.
Viveu na clandestinidade. Os campos de futebol da Europa deram lugar às trincheiras. Não voltou a jogar.
Um revolucionário!

Findo o conflito que arrasou com o continente, Schwartz reapareceu no Sul de França. E o futebol voltou a brilhar na sua vida com a força do sol da Côte d'Azur. O Cannes, por onde tinha passado como jogador durante duas épocas, escolheu-o para treinador. Gostou. Estávamos em 1948. Não tardou a trocar o Cannes pelo Mónaco. Duas belas cidades para se viver.

Elek Schwartz é um dos pontos de ligação que o Benfica tem com o seu próximo adversário na Liga Europa, o Eintracht Frankfurt. O mundo da bola às vezes é tão pequeno e redondo como ela.
Em 1967, Schwartz saiu do Benfica e foi treinar o Eintracht. Em 1969 estava no FC Porto. Mas já lá vamos.
Na Alemanha, Alexandru semrpe foi considerado um técnico da escola húngara. E ele chegou à Alemanha pela porta de um pequeno clube SF Hamborn 07, dos subúrbios de Duisburgo. Fez figura. O campeonato alemão era um pouco confuso na sua elaboração. Disputado por regiões. Depois, os campeões regionais iam-se eliminando até ficarem dois que decidiam entre si o título da Alemanha Federal. Ou Ocidental, como preferirem.
O campeão de 1955, o Tot Weiss Essen, arrisca: vai buscar o romeno que para els era húngaro, mas o título foge-lhes por entre os dedos. Schwartz tem outro desafio: a selecção da Holanda. Pobre Holanda desses tempos confusos. Amadorismo total, desorganização, mas também talento - tanto perde 0-7 com Alemanha como ganha ao Brasil (1-0) campeão do mundo de 1962.
E, de súbito, o Benfica. Com Schwartz, a carreira dos encarnados na Taça dos Campeões é extraordinária até à final perdida frente ao Inter (0-1) em São Siro: Aris - 5-1 e 5-1; La Chaux de Fonds - 1-1 e 5-0; Real Madrid - 5-1 e 1-2; Vasas - 1-0 e 4-0. A incrível decisão da UEFA em marcar a final para o estádio de um dos finalistas terminou com o sonho da terceira taça.
Schwartz foi campeão de Portugal, mas não chegou. Parte para o Eintracht de Frankfurt e faz uma revolução: implanta o 4-2-4, que os alemães ainda não utilizavam, e passa três anos a desenvolver uma equipa competitiva que, apesar de tudo, não consegue melhor do que uma meia-final da Taça das Cidades com Feira, agora Liga Europa.
Resolve regressar a Portugal e a sua estrela funde-se como a lâmpada mal enroscada de um candeeiro velho. No FC Porto termina o campeonato em nono lugar. Ele, que fora estimado em Lisboa, sai escorraçado.
Chega o ano de 1970. Volta à Holanda, assume o Dordrecht e, em seguida, o Spara de Roterdão, mas é um homem marcado pela derrota. Passa pelo TSV Munique 1860 e ainda tem uma última chama de ambição ao conduzir o Estrasburgo de regresso à I Divisão francesa.
Hagenau, na Alsácia, no Baixo-Reno parece-lhe um lugar bonito para terminar a vida que foi longa de 91 anos. Não é capaz de recusar o pedido de treinar a equipazinha local, mas é apenas uma distracção derradeira de uma existência já completa. Nunca esqueceria aquela noite mágica em que o Benfica destruiu o Real Madrid na Luz por 5-1. Ficou na memória dele, na memória dos benfiquistas e na memória do futebol. Um momento digno de ficar pendurado na parede do museu vivo de todas as lembranças."

Afonso de Melo, in O Benfica

O velocista que superou o tempo

"Tomás Paquete faz parte do restrito grupo de atletas que se manteve como um dos melhores, não se deixando afectar pelos anos

As provas de velocidade, para além do esforço físico imenso, obrigam a que os atletas sejam perfeitos a cada passada. A exigência faz com que as carreiras sejam curtas. Tomás Paquete foi a excepção à regra, mantendo-se como um dos melhores atletas de velocidade ao longo de 16 épocas. Contudo, esteve perto de desistir do atletismo.
Aos 16 anos participou na sua primeira prova de 80m. Apesar da pouca experiência, conseguiu terminar a prova em 9,5 segundos e apurou-se para a final. Não cabia em si de tanta alegria! Porém, a felicidade foi passageira, no final 'contraiu uma rotura na coxa esquerda'. A lesão desanimou-o: 'nem por sombras queria ouvir falar de atletismo'. Manteve-se afastado durante dois anos.
Decidiu regressar em 1942 e apresentou-se no Benfica com o objectivo de fazer parte da equipa dos 'encarnados', queria continuar a competir em velocidade. A sua compleição física criou dúvidas aos técnicos benfiquistas, que acharam que não seria bem-sucedido devido ao seu 'corpo franzino, ar gaiato e andar bamboleante'. Mas estavam totalmente enganados, Tomás Paquete acabou por convencer os treinadores e deslumbrou logo na sua primeira época no Clube. 'Comecei numa prova de 'estreantes' e cheguei à 'sénior' nesse mesmo ano, depois de ter feito parte da equipa de juniores que estabeleceu um novo máximo da estafeta de 3x100 metros - o meu primeiro 'record''. Seria o primeiro de muitos! Em 1946, surpreendeu ao fazer os 100m em 10,6 segundos, nova marca nacional. Ao longo da sua carreira estabeleceu 17 recordes.
Tomás Paquete representou Portugal por 12 vezes, nas quais participou em dois Campeonatos da Europa e nos Jogos Olímpicos de 1952. Em Helsínquia, o velocista não conquistou nenhuma medalha, mas a sua presença foi memorável, devido a um episódio caricato. Estava tudo a postos para a quinta eliminatória dos 100m, Tomás Paquete foi tirar o fato de treino, 'um tanto nervoso, porém, despiu precipitadamente as calças e juntamente, vieram também os calções e a própria 'trousse'! (...) Nas bancadas riu-se a bom rir'.
Paquete era em dúvida ímpar. Aos 35 anos, quando abandonou o atletismo, ainda corria os 100m em 11 segundos, a sua longevidade foi 'um caso excepcional e único no atletismo português'. A sua perseverança e talento tornaram-no num marco da modalidade na retina dos adeptos ficou a imagem da 'sua figura esguia, elegante e inconfundível, deslizar pelas pistas, a caminho da meta, triunfante'.
Saiba mais sobre as conquistas deste magnífico atleta na área 3 - Orgulho Ecléctico do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Eusébio faz hat-trick e vence a Taça


"Benfica e Sporting encontraram-se para a final da Taça de Portugal 1971/72. O Benfica chegava ao Jamor como Bicampeão Nacional e o Sporting como o detentor da Taça. Não espantou por isso que o jogo tivesse sido tremendamente emotivo: Eusébio fez o primeiro, o Sporting virou para 1-2, até que o Pantera Negra voltou a fazer das suas e empatou 2-2.
O jogo foi para prolongamento e quando parecia que iria terminar empatado e obrigar a jogo de desempate, o Benfica ganha um livre de frente para a baliza, mas bastante longe. Só que haveria isso de bastante longe para Eusébio? Ganhou balanço, baixou-se, olhou para Damas, para a baliza e começou a correr. O resto é História. Hat-trick do Pantera Negra, Taça e dobradinha para o Benfica em 1972!
No final Eusébio, sempre tão cândido, explicou a Fialho Gouveia o que se passou: É que a selecção tinha que ir para o Brasil, para a Mini-Copa daqui a uns dias e não dava jeito nenhum haver jogo de repetição. Por isso tinha mesmo que resolver aquilo logo ali. Simples. Os génios são assim."

Marca de Caim

"15 de Dezembro de 2001.
(Antigo) Estádio da Luz.
A Catedral.
Recém-chegado à capital, com 18 anos ainda frescos, finalmente assistia ao vivo ao meu primeiro "derby".
Por sinal o último disputado naquele estádio ainda completo - antes do início das demolições que ocorreriam no dia seguinte e decepariam parte da estrutura da velha Catedral, numa Luz efervescente a rebentar pelas costuras.
Aquele Benfica-Sporting do mergulho do Jardel.
Recordo com exactidão todos os momentos que rodearam esse acontecimento.
Desde a compra de bilhetes na "cadonga" (devido à lotação esgotada) por um preço muito acima do normal, à energia electrizante que rodeou a entrada no estádio, o estar emparedado a saltar num sector com muitas mais pessoas que o permitido, o acreditar numa vitória (com um onze com Pesaresi, Caneira e Andrade) indo da emoção do 2-0 à desilusão do 2-2 final, num jogo com tudo desde expulsões a penaltis, o sentimento de revolta no final, a chuva de pedras entre grupos de adeptos no túnel sobre a 2ª Circular ou o ficar à espera da saída do autocarro do Sporting para mostrar um cachecol do AC Milan - equipa que os tinha eliminado da Europa uns dias antes, e sentir que tinha ganho o dia ao ver que o Hugo Viana tinha respondido a tal gesto com um manguito (pese o excerto de porrada que apanhei no final da noite por estar no sítio errado, à hora errada, provavelmente com as cores erradas...).
Bem vindos ao domínio do irracional.
Ao domínio da paixão. Exacerbada.
Do jogo no qual, não obstante a classificação à altura, não haverá favoritos à partida. Porque é o "Derby". Isso mesmo, escrito com letra maiúscula.
O clássico dos clássicos.
E tendo como breve amostra muitas mesas de matraquilhos em bares por esse país fora, o jogo que mais paixões suscita em Portugal.
Eis o Derby da Capital. Da Segunda Circular. O Derby Eterno.
Tal como Caim e Abel, como dois irmãos fratricidas, nado e criados na mesma cidade, porém de origens bem distintas, o choque entre dois emblemas obrigados a coexistir e a partilhar um espaço em comum,
Se bem que ambos terão no entanto a noção, de que um não existiria ou teria a mesma grandeza se não existisse o outro. Como um Yin e o Yang.
Um confronto que faz perceber o verdadeiro significado da palavra rivalidade, um embate sem tréguas, despertando paixões não só na capital, como mexendo efectivamente com todo o país e além-fronteiras.
Pese o domínio do futebol indígena tenha há muito rumado a Norte.
A história deste jogo remonta muito atrás. À própria origem dos clubes. Tal como todos os grandes clássicos, há sempre um catalisador para toda esta rivalidade.
O primeiro "derby" disputou-se há mais de 100 anos, mais precisamente a 1 de Dezembro de 1907. No Campo da Quinta Nova, em Carcavelos, casa emprestada então do Sport Lisboa - que um ano mais tarde se fundaria com o Grupo Sport Benfica, formando o actual Sport Lisboa e Benfica.
O recém-formado Sporting Clube de Portugal apresentou em campo oito jogadores que haviam abandonado o Sport Lisboa, "aliciados" ou "em busca" (ler conforme cor clubística mais adequada) "por" ou "de" melhores condições oferecidas pelo primeiro. Bastou um campo próprio, existência de balneários e sanitários.
Para compor o ramalhete, um dos fundadores do Sport Lisboa, Cândido Rosa Rodrigues (um dos irmãos Catatau), agora com outras cores, foi o marcador do primeiro tento da vitória do Sporting, selada na sequência de um auto-golo infeliz marcado por Cosme Damião (grande impulsionador do Benfica durante o primeiro quarto de século de vida - ainda hoje é o treinador com mais épocas ao leme das águias com um total de 18 anos seguidos), perfazendo o resultado final da de 1-2 - Corga marcaria o tento de honra do Sport Lisboa.
Isto sem antes e na sequência de uma forte chuva, o Sporting ter interrompido o jogo e se ter retirado, apenas retornando sob a ameaça feita pelo árbitro da partida de que poderia vir a perder o jogo caso não revertesse essa sua decisão de abandono.
Trezentos e cinco jogos oficiais depois e nesta quarta-feira teremos mais um embate entre as duas equipas.
O 306º desafio.
O saldo regista 132 triunfos para as águias, 108 dos leões e 65 igualdades. Em termos de golos marcados, nova vantagem do Benfica com 514 golos marcados contra 468 golos do adversário. 
Números que alimentam este choque de titãs que atravessou décadas.
Uma partida com um confronto cultural e identitário bem definido. De um lado um clube de matriz bem popular e transversal mais conotado com as classes baixas. Do outro um clube mais aristocrático ligado aos sectores mais abastados da sociedade.
Ainda hoje em dia, pese as bases de apoio sejam bem mais transversais e misturadas, esta segmentação encontra-se enraizada no ADN do ideário popular.
Um jogo que cresceu para além do conceito de simples jogo. Que criou mitos e lendas em volta do mesmo, alimentando-se e retro-alimentando-se de tais conceitos desde aquela tarde invernosa de Dezembro em 1907.
Numa vez li uma descrição interessante que ilustra bem o porquê deste jogo ser tão especial.
Um "Benfica-Sporting" ou um "Sporting-Benfica" nunca são meramente um "Benfica-Sporting" ou um "Sporting-Benfica".
Serão sempre "aquele".
Tal como foi "aquele" do mergulho do Jardel.
"Aquele" da cabeçada de Luisão.
"Aquele" do brinco do Baptista.
"Aquele" dos sete a um.
"Aquele" em que o Scott Minto até marcou!
"Aquele" do "petardo" do Geovanni.
"Aquele da "bilha" de fora de área do Cardozo.
"Aquele" (triste) do very-light.
"Aquele" do beijo de Sabry.
"Aquele" do golaço do Lima (e da barbaridade de São Gaitán).
"Aquele" do pontapé pontapé ressaca do nosso Jardel.
"Aquele" do minuto 70.
"Aquele" do Mitroglou (e do pontapé para a atmosfera do Ruiz).
"Aquele" do hat-trick do João Pinto.
Já vi e presenciei muitos "derbies" quer ao vivo, quer via televisão. Mas recordo com especial carinho este último que referi. 
 "Aquele" do menino de ouro.
Em Maio de 1994, com então 11 anos , no meu rochedo natal, passei o jogo todo estoicamente colado à frente de um televisor com um (agora velhinho) cachecol erguido ao alto que um amigo lisboeta da minha irmã mais velha me tinha oferecido no Natal anterior.
Levantei-o após o primeiro golo do Sporting e após o 3-6 final acreditava que a minha acção tinha sido razão para tão desnivelado resultado - isto frente a um dos melhores Sporting que tive memória de ver.
Tinha assistido a magia pura.
Tinha realmente impelido os “meus” para a vitória. Na idade de todos os sonhos. Na idade em que ainda acalentava estar um dia lá dentro do relvado.
Tinha assistido ao adicionar de mais um episódio mágico ao já extenso rol de mitos e lendas que se criaram nos confrontos entre estas duas equipas.
Muitos dos meus companheiros que aqui escrevem poderão estar a discordar em muitos destas linhas que aqui vos escrevo. Não os censuro.
Reconheço que um Porto-Benfica tem sido nas últimas décadas muito forte em termos de animosidade. E para muitos dos benfiquistas que estão fora de Lisboa (e são imensos), esse será porventura o jogo que mais mexe com os mesmos. E concordo que haverá certamente muitas histórias e o sentimento com que o jogo é vivido é igualmente especial.
Eu próprio terei as minhas histórias.
Mas vivendo na capital (ainda que orgulhoso das minhas raízes insulares), tomando a mesma como a "minha" cidade (a minha “Grande Alface”) é inegável que a carga que se sente com este "derby" é muito maior. Pelo menos para os adeptos dos dois clubes em causa.
Porque o espaço de onde descendem os dois clubes é comum. Porque temos que "levar com eles". E também "eles" existem em grande número. Porque o "outro" faz inegavelmente parte do microcosmos desta grande cidade.
Porque há uma electricidade especial no ar.
Um “je ne sais quois”.
Porque a uma semana anterior a um "derby" cheia de bazófia de ambos os lados, a fronteira entre uma semana seguinte cheia de moral ou de depressão no emprego, no tasco ou na rua a cruzar-se com o vizinho, poderá estar à distância de uma vitória ou de uma derrota.
E isto só se depreende (talvez) depois de vivermos em Lisboa. De sentirmos "in loco" um "derby". Em estádios que distam geograficamente a menos de 3.000 metros. Seja na nossa casa. E ainda em maior escala fora de casa. Onde “dá pica”. Num sentimento primário de sobrevivência. Onde o "nós contra eles" é mais que válido. Onde todos os impropérios são mais que requeridos.
Se bem que isto é válido e comum, em maior ou menor escala, para todos os outros "derbies" e clássicos que existem.
Alguém externo ao fenómeno tende a percepcionar o futebol como um simples jogo. Como um fenómeno de massas que mexe com paixões, mas que ao fim ao cabo, nada mais é que um jogo.
Nada mais errado.
Há jogos envoltos numa aura que ultrapassam tudo isso. Porque ao fim ao cabo são mais que um simples jogo. E um "derby" é isso mesmo.
Muito mais que um simples jogo.
E mesmo quase 25 anos depois, sou capaz de sair do estádio com um sorriso pueril de lés a lés. Com a mesma crença daquela tarde Maio.
Ou aquela satisfação irracional daquela noite de Dezembro. Acreditando que com o meu apoio levei a equipa à vitória. Ou que não os deixei de os confortar com esses mesmos cânticos na derrota. Uma completa irracionalidade.
Rezam as escrituras que Deus (e para que não haja dúvidas, não estou a falar de ninguém na tríade Eusébio, Rui Costa ou Aimar) na sequência da morte de Abel por Caim deixou neste último uma marca física. Para que fosse visível a todos a sua imperfeição. O futebol moderno foi concebido pelos seus criadores como um jogo de "gentlemen" para "gentlemen" onde o respeito pelo adversário imperaria acima de tudo.
Talvez o "derby" sirva para mostrar que até o futebol tem a sua marca de Caim.
E muita da beleza do mesmo advém disso.

[nota: texto publicado pela primeira vez em Agosto'13 no projecto Footy Elegance (site já não está disponível daí a justificação para nova republicação) - os dados numéricos transcritos foram actualizados, estando o link no texto]"

Pastelaria 'A Liga'

"Muito honestamente, e sem qualquer ponta de ironia, nem grossa nem fina, não temo a cimeira presidencial quase secreta entre SC Braga e FC Porto que antecedeu a confronto entre as duas equipas. Por duas razões principais: Parece-me evidente que António Salvador se caracteriza pela intransigência na defesa dos interesses do clube e que preside; E porque desde o inicio do campeonato que se percebeu existir um mecanismo de apoio aos objectivos portistas que dispensam, por tão oleado e eficiente que se tem revelado, manobras ou videomanobras de última hora. Só me surpreende a escolha de um qualquer restaurante, ainda para mais vazio, quando, escassos dias antes, foi inaugurada uma pastelaria catita, de Artur Soares Dias.
Por falar nisso, aviso já que não estive presente nesse evento. Ouvi dizer, no entanto, que alguns dos convidados, nomeadamente os afectos ao FC Porto, se sentiram desiludidos pela literalidade dos comes e bebes, pois esperavam a justa retribuição da sua presença e patrocínio ao empreendedorismo de um humilde cidadão que por acaso é árbitro de futebol. Café com leite era mesmo café com leite, e a fruta não passou, ao que parece, de laranjas, bananas e ananases.
Artur Soares Dias, agora, não mais poderá preparar-se na Maia receando apenas visitas incomodativas de adeptos portistas que, ocorrendo numa semana, facilmente são escamoteadas na seguinte. Terá ainda, coitado, de se preocupar com a montra do seu estabelecimento comercial, não vá acontecer o mesmo que à do seu colega Manuel Mota. Mas sejamos práticos e bem esperançados: há muito que Artur Soares Dias accionou o seguro de protecção das suas vitrinas. Talvez um dia venha mesmo a ser presidente da Liga."

João Tomaz, in O Benfica

A Cicciolina da net

"Comprar um hacker a Julian Assange ou Edward Snowden faz tanto sentido como dizer que a supermodelo Gisele Bundchene a actriz porno Cicciolina são colegas de trabalho. É essa a mentira repetida uma e outra vez por comentadores, adeptos e jornalistas ligados ao segundo maior clube português: o anti-Benfica.
Assange, à frente de Wikileaks, colocou à disposição do público milhões de documentos que atestam a má-fé e os crimes cometidos por entidades, governos e líderes mundiais. Snowden deitou cá para fora a informação de o governo dos EUA andar a espiar os cidadãos do seu país (e de muitos outros Estados) através das chamadas telefónicas e acessos à net.
Bundchen foi rainha das passerelles, uma das modelos mais fotografadas da história, é empresária de sucesso e cara e corpo de uma das marcas de lingerie mais badaladas do planeta. Cicciolina foi protagonista de filmes de gosto duvidoso, deputada ao parlamento italiano e, na década de 1980, deve ter sido portadora das mamas mais famosas da Europa.
O hacker não é nada dos anteriores: nem denunciante altruísta, nem analista arrependido, nem empresário de sucesso, nem sequer um ordinário actor. É um peão de brega que, alegadamente, terá lucrado com operações ilegais em paraísos fiscais, movido por interesses clubísticos, e que agora se mascara de detentor da verdade, depois das noitadas na capital europeia do sexo com outros pobres actores do panorama desportivo português.
Até ao fim deste processo é a isto que vamos assistir: o branqueamento das acções de quem acedeu de forma ilegal a informações privadas, que as passou a gente sem escrúpulos, que por sua vez as manipulou a seu bel-prazer com o objecto de prejudicar a instituição desportiva rival do seu clube do coração Parece-vos simplista? Se calhar, é porque é mesmo. Espantados? Não sei porquê. Coacção, ameaça, pressão, agressão, insulto, difamação, mentira, fuga à Justiça - uma receita que todos conhecemos bem das décadas de 1980 e 1990 no futebol português. Só vai ao engano quem quer. Faça-se justiça."

Ricardo Santos, in O Benfica

Estou desesperado por te ver, Benfica

"Não me atrevo a mentir e dizer que foi fácil, mas lá consegui sobreviver ao tédio do fim de semana. Ultrapassei estes dias de agonia com vida. Em Portugal, fazem-se greves todos os meses, mas são poucos os corajosos que reclamam contra estas interrupções no campeonato. Isto, sim, merecia uma visita revoltosa à Assembleia da República. Eu não só alinho como ainda me comprometo a preparar rissóis e bolinhos de bacalhau para o farnel de todos os participantes. Discutem-se tantos problemas, contudo chegou a hora de debater um tema mais relevante do que qualquer outro. Ficar privado de ver o Benfica? Com que direito? As selecções nacionais não podem disputar estes duelos das fases de qualificação às terças-feiras entre as 04h00 e as 06h00? Afinal, quem é o senhor convencido de que esta irreflectida gestão do calendário passa incólume sem ferir ninguém? Na última semana fui parar três vezes ao hospital com indícios de desidratação externa. Fartei-me de beber água, tal como os médicos me instruíram, no entanto o meu organismo só consegue estar bem hidratado através de golos do Benfica.
Espero, portanto, amanhã a rapaziada me ajude a recuperar. De preferência logo na primeira parte. Se possível, nos primeiros 15 minutos. Antes de o cronómetro assinalar 60 segundos seria perfeito. O golo mais rápido da história do futebol ocorreu com mais de 2 segundos de jogo, mas creio que ainda há margem para superar esta marca. Confio em vocês, malta. Ainda assim, se no final estiverem amealhados os três pontos, já estarei satisfeito - e, finalmente, hidratado."

Pedro Soares, in O Benfica

A Gala

"Há momentos na vida do Sport Lisboa e Benfica que deviam eternizar-se. A Gala do 115.º aniversário foi um deles. Assistimos a um evento sublime, quer do ponto de vista da organização, quer da produção, quer do conteúdo. Uma grande manifestação de benfiquismo. A Mística transbordou na sala do Campo Pequeno. Vibrei nos 14 momentos e emocionei-me quando Mário Dias recebeu o galardão Homenagem. Ele merece tudo, pois foi decisivo em todas as infra-estruturas do Complexo Desportivo Estádio do Sport Lisboa e Benfica. Tal como mereceu ser galardoado o presidente Fernando Martins com o prémio Mérito e Dedicação. Vibrei com o galardão Carreira atribuído a Pietra.
Outro exemplo de dedicação - 22 épocas a servir o Gorioso e 29 títulos conquistados. Outro grande momento foi a Revelação do Futebol - João Félix confirmou ser um fenómeno. Tal como é a nossa equipa de futebol feminino, que levou o Projecto do Ano. Justíssima ainda a atribuição ao Benfica Digital do galardão Inovação. Tal como foi justa a escolha da Central de Cevejas (Sagres) como Parceiro do Ano. Fernando Pimenta venceu o prémio Atleta Alta Competição. É um orgulho termos um campeão deste gabarito no Benfica Olímpico. Na formação, vitória para a equipa campeã de juniores de futebol, liderada por João Tralhão, o Treinador do Ano. Afonso de Jesus, o maior talento da nova geração do futsal, conquistou o prémio Revelação Modalidade, e a imbatível equipa de futsal feminino voltou a vencer o prémio Modalidade. Jonas sagrou-se tetracampeão nos Galardões Cosme Damião e tem o penta sob mira! E a Casa do Benfica em Abrantes merece o prémio."

Pedro Guerra, in O Benfica

Todos a ajudar!

"Todos por Moçambique!

Não é o nosso país, mas é o nosso povo! Ou pelo menos sentimo-lo como tal, por isso as imagens aterradoras que irromperam pelas nossas casas, na televisão e redes sociais, bateram fundo nos nossos corações!
Bateram fundo, muito para lá da piedade ou da comiseração.

Bateram fundo, onde mais dói, na insignificância da escala humana face às dimensões bíblicas das catástrofes naturais. Bateram fundo das consciências ocidentais, dos países mais ricos, cujo bem-estar sabemos hoje assentar numa industrialização e numa economia de alto teor de carbono que acelerou (e acelera) o aquecimento global (hoje evidente e assim negado por alguns líderes mundiais). Bateram no fundo, porque o Benfica é feito do Povo e o Povo sabe bem que é sempre do lado mais frágil que rebenta a corda. E que corda: as vítimas são sempre os mais desprotegidos e, entre eles, as crianças num país em que são perto de 50% da população.
Perante isto, todos e cada um de nós sentimos de imediato a apelo de acção e metemos mãos à obra. Foi assim também com o Benfica, e não podia ser de outra forma porque a história do clube passa e muito pelo verdadeiro paraíso Africano que é Moçambique e pela fibra das suas gentes. Recordar nomes saudosos como Eusébio e Coluna, entre outros, é hoje saber honrar a sua memória e mostrar que nós, que somos o Benfica de hoje, sabemos pôr a grandeza do Clube ao serviço da escala das pessoas. Sabemos bem que este Clube espalhado pelo mundo e tão vivo das nossas regiões com todas as suas Casas pode ser usado como uma imensa rede solidária, aberta a todos em prol do bem comum que, hoje, é sem dúvida esta grande causa humanitária.
Todos juntos vamos enviar cem toneladas de alimentos enlatados para ajudar os nossos irmãos moçambicanos e vencerem esta difícil provação.
Se há momentos em que é preciso apelar à união, este é um deles e sabemos que o Benfica e os portugueses não deixarão de dizer 'Presente'."

Jorge Miranda, in O Benfica

A envergadura e a pequenez

"O maior momento de exaltação de um grande clube acontece sempre que a Equipa ou o Atleta cumprem em competição o seu desígnio de superação colectiva e individual. A virtude da capacidade de vitória consiste em vivenciar mutuamente a forte união entre os competidores e os seus Adeptos, no momento da celebração de um golo, de uma marca ou de um recorde, e em nenhuma outra ocasião nos sentimos, nós e os jogadores, mais genuínos e mais felizes do que quando podemos celebrar conjuntamente uma vitória ao vivo.
Em todo o caso, nos tempos mais recentes tem vindo a tornar-se comum que os maiores clubes portugueses voltem a consagrar mais tarde, de modo formal, a soma de todas as vitórias e o conjunto dos seus mais destacados protagonistas, em reuniões sociais expressamente realizadas fora dos terrenos de jogo, como manifestações holísticas de afirmação do seu próprio poder desportivo e social perante a comunidade envolvente, nas quais são anualmente consagrados e designados para a posteridade os seus novos heróis, os seus maiores feitos desportivos de cada época e, no patamar mais elevado do ranking dos clubes nacionais, também os seus novos projectos e eventos empresariais mais relevantes.
É assim, precisamente com este espírito, que o Sport Lisboa e Benfica realiza anualmente a Gala Cosme Damião, já convencionalmente vertida, pode dizer-se, numa nova tradição do Clube.
E claro que - como seria de esperar - todos os outros grémios seguiram, depois, o nosso exemplo... Mas é abissal diferença entre as festarolas em que os nossos contendores se entretêem, lá à medida deles, e as dimensões de espectáculo, a competência e a genuinidade sempre garantidas nas festas do Glorioso corresponde, naturalmente, às disparidades patentes entre a envergadura do Benfica e a pequenez dos outros. A diferenciação dos próprios critérios com que os nossos produtores e realizadores partem para as nossas produções, e a escassez de recursos e a mitigada expertise com que os 'curiosos' das outras partes tentem avançar para as deles, torna patética qualquer comparação de modelos e consequências.
Ou seja, de um lado, a dimensão única do Grande Benfica; dos outros, a fatal desvantagem da privação de ideias, da cadência de motivos e da falta de massa crítica.
Neste ano, tirando obviamente os grandes shows de bola na Catedral, no Seixal e na Tapadinha e os verdadeiros festivais de outras modalidades realizados nos nossos pavilhões, a Gala Cosme Damião 2019 efectuada no Campo Pequeno e transmitida pela BTV em sinal aberto, na passada quinta-feita, terá sido o melhor espectáculo criado pelo Benfica no séc. XXI. Pinto final."

José Nuno Martins, in O Benfica

Sporting-Benfica: o dérbi dos 27 mil dias

"Dia de dérbi.
Quando este pensamento corre na cabeça de um adepto, a ideia trespassa-lhe o corpo em forma de arrepio.
O dérbi é o sobressalto dos que dormiam e insónia dos que não pregaram olho ainda.
Como diria Jardel, dérbi é dérbi e vice-versa. Explicando melhor, olhemos para o Fla-Flu como se víssemos o Eterno de Lisboa através do inigualável Nélson Rodrigues.
«Eu queria dizer que o Fla-Flu apaixona até os neutros. Ou por outra: diante do formidável clássico não há neutros, não há indiferentes. Há sujeitos que não gostam do Fluminense, não gostam do Flamengo, mas estão lá. Encontrei um desses, no último Fla-Flu. No intervalo, fui tomar um café. No caminho, vi o meu conhecido num canto, estrebuchante. E mais: babava na gravata. Aquilo me escandalizou: - 'Ô rapaz! Você não é Flamengo, não é Fluminense. Estás torcendo por quem?'. Arquejou: 'Torço contra os dois'. Mas torcia, o desgraçado...».
Cá ou no Brasil, um dérbi carrega com ele toda a ilusão do mundo, como Bruno Fernandes carrega, na bota direita, toda a esperança leonina, ou como os rapazes do Benfica sustentam o imaginário do adepto encarnado.
Até se podia dizer que este é um meio dérbi e que a outra metade ficou na Luz: num 2-1 favorável ao lado vermelho e branco de Lisboa, o que significa que uma igualdade agora chega-lhe. Mas este é um dérbi com mais de 27 mil dias, pois esse é o tempo que passa desde a última e única vez que a águia eliminou o leão, em território deste, para a prova rainha.
Visto pelo lado verde e branco da equação, há 75 anos, 9 meses e 20 dias que o Sporting não cai em casa, perante o rival para a Taça de Portugal (13-06-1943).
Um dia de dérbi é sempre especial. 27 mil dias, então, nem se imaginam...
Nunca mais é quarta-feira, diriam adeptos do Fla, do Flu e até adeptos dos outros."

O estilhaçar do Rapaz-Maravilha

"Hirsch e Fuchs foram os primeiros judeus a serem chamados à selecção alemã. Heróis da I Guerra e perseguidos na II

Um dos mais graves problemas de escrever crónicas sobre alemães é o espaço que se ocupa com as mais ligeiras frivolidades. Por exemplo, descrever um jogo que se disputou no primeiro dia de maio de 1910 faz-se com uma perna às costas até se esbarrar de frente com o nome do estádio como quem choca com a fachada da sede do município de Nuremberga: Telegraphenkaserne Stadium. Esfarela-se o nariz e apanha-se uma cãimbra na língua. Mas, com o orgulho ancestral dos Nibelungos, os teutónicos não facilitam, nunca facilitam. Cá por mim fazem bem. O Telegraphenkaserne Stadium, em Karlsruhe, limitou-se a ser o palco de um confronto de irmãos. E, como dizia o malicioso Dino Segrè, que passou à história pelas pilhérias que assinava com o pseudónimo de Pitigrilli, eram pior do que inimigos, eram irmãos.
Muito bem. Pitigrilli dizia que tinha escolhido esse nome porque era um homem que gostava de por os pontos nos ii. Ponho eu também os pontinhos no episódio. O Phönix Karlsruhe e o Karlsruhe Füssballverein estavam frente a frente carregando nos ombros essa velha e inevitável tradição de haver sempre um clube de pobres e um clube de ricos na mesma cidade, odiando-se como só os irmãos se conseguem odiar. Decidia-se o título de campeão da Imperial Alemanha do dr. Topsius, d’A Relíquia do divino Eça, Raposão, prostituta Mary, Titi e tudo e tudo, e houve mesmo quem filmasse o acontecimento, filme esse que durou até hoje. O grande protagonista da película é Gottfried Erik Fuchs, 21 anos, judeu nascido nos arredores de Karsruhe,_Baden-Württenberg, autor de um dos golos da vitória dos ricos do Karlsruhe Füssballlverein, e não digam que não alertei para o diabo destas crónicas essencialmente germânicas. No «supporting role», como gostam de dizer os apreciadores de Óscares, não estava nenhum Oskar mas estava um Julius: Julius Hirsch, sétimo filho de um comerciante judeu da vizinha Achern, 18 anos, que jogava no clube desde os 10. Ligeiramente mais velho, já com 22 completos, completava o trio Friedrich Förderer. Ou talvez não completasse verdadeiramente._Afinal, não era judeu como os seus outros dois companheiros e isso viria a fazer uma grande diferença na sua vida.
Gottfried Fuchs e Julius Hirsch foram os primeiros judeus a serem chamados à seleção da Alemanha. Dois anos após a escaldante tarde do Telegraphenkaserne Stadium, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, os alemães bateram a Rússia com um muito germânico massacre: 16-0. Fuchs, Hirsh e Förderer faziam parte da equipa. O primeiro marcou dez golos; Friederich marcou quatro; Julius não fez o gosto ao pé mas tratou de esculachar todos os russos que lhe passaram por perto com dribles estonteantes.
«Jovens, que jovens eram...», suspiraria Pessoa. A I Grande Guerra não os poupou às trincheiras. Poupou-os, por seu lado, o destino à morte. Regressaram como heróis e foram levados ao colo pela História até aquele pináculo da glória ao qual só ascendem os que os deuses amam. Ao mesmo tempo que uma sinistra sombra negra se erguia no horizonte pronta para apagar de vez as luzes que quase os cegaram.
Werner Skrentny escreveu um livro sobre Julius Hirsch: Julius Hirsch. Nationalspieler. Ermordet – O Jogador Assassinado. Nele ficamos a saber que a mãe, Emma, que já tinha dado à luz seis crianças vivas e outras tantas mortas, estava internada num sanatório à data do seu parto. Fora-lhe diagnosticada uma demência profunda. Julius nasceu com os olhos anormalmente separados um do outro o que lhe dava um certo ar de peixe fora de água mas talvez lhe permitisse a visão periférica que fez parte dos pormenores do seu imenso talento.
Se Hirsch era um remediado, Fuchs, pertencente a uma família que dominava o negócio da madeira, era um abastado. Em Abril de 1933, Friedrich Förderer definitivamente não completava mais trio algum. Não sendo judeu não ficou abrangido pela resolução tomada pelos clubes alemães de cooperarem com o grande esforço desenvolvido pelo Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei dispensando todos os seus atletas de origem judia. Hitler tinha sido nomeado chanceler em Janeiro. 
Gotfried fugiu para Paris; Julius também. Instalou-se em casa da irmã, Rosa. Gotfried acabaria por morrer em Montreal, no Canadá, em 1972; Julius não aguentou muito tempo no 16 éme arrondissement, onde era vizinho de Fuchs. Preocupado com o que estaria a acontecer à mulher, Ellen, apanhou um comboio de regresso à Alemanha. Em 1943, estava consignado a um refúgio para judeus na Friedrich Strasse de Karlsruhe. Tinha, pregada na farda baça, a estrela de David. No dia do 15.º aniversário da sua filha Esther, um oficial das SS chamado Phillip Hass, apresentou-se no refúgio com uma lista de nomes. Um deles era o de Hirsch. Julius e Esther choraram juntos. Depois o abraço estilhaçou-se como vidro. Hass saiu com ele pela porta e nunca mais se ouviu falar de Julius Hirsh, o ‘wunderkind’."

Pirataria judicial

"A forma como a França copiou informação nos equipamentos de Rui Pinto, aprendidos legalmente por conta de um processo das autoridades portuguesas, configura um verdadeiro acto de pirataria judicial. A actuação da França e da Hungria, enquanto se aguardava o desfecho do recurso da defesa de Rui Pinto no processo de extradição, está totalmente fora do espírito, do âmbito e da lei que deve reger a cooperação judiciária internacional.
Alegar que a informação roubada por Rui Pinto foi copiada pela França para evitar que fosse destruída em Portugal equivale a dizer, com a vergonhosa colaboração da eurodeputada Ana Gomes, que por cá não vigora um Estado de Direito Democrático e que, mais coisa menos coisa, nós, portugueses, somos todos burros porque pactuamos com esse lugar de não direito em que vivemos.
A França, um País onde as investigações se abrem e fecham mais ou menos ao sabor da vontade e capricho do imperador de turno sentado no Palácio do Eliseu, onde a razão de Estado se sobrepõe, tantas vezes, à justiça, onde o Ministério Público tem uma vinculação directa ao Governo, tem poucas lições a dar em matéria de justiça democrática. O que aqui é cada vez mais estranho não é a justiça portuguesa mas o aparente casamento entre o advogado francês de Rui Pinto e o estado francês ou, pelo menos, algumas zonas porventura sombrias dele."

Benfiquismo (MCXXXVIII)

Na Estância...

Benfica FM - Sr. Shéu

Lixívia 27

Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 66 (-7) = 73
Corruptos.. 66 (+27) = 39
Sporting... 58 (+19) = 39

Finalmente, parece que o Benfica 'acordou', dois comunicados em dois dias a desmascarar a roubalheira, sabe a pouco, provavelmente já vem tarde, mas é melhor do que nada!!! Até alguns avençados jornaleiros, tiveram a 'coragem' de falar dos benefícios dos Corruptos nas suas colunas de opinião, mesmo de que forma envergonhada!!!! Para 'estes' darem o 'corpo às balas', a ladroagem tem que estar mesmo a atingir níveis estratoféricos!!!

Em 9 jornadas, 3 jogos para o Super-Dragay Jorge Sousa, apitar os seus Corruptos, sempre com benefícios para o mesmo lado... com esta média, ainda vai apitar mais 2 ou 3 jogos dos 'seus' Corruptos até ao final da época!!!
O jogo começa com uma agressão do Pepe: na disputa de posição com o Dyego Sousa, o Barcarense é mais forte, e o Pepe vai ao chão... e não gostou, levanta-se e 'sem querer' dá um murro no Dyego! Vermelho directo claríssimo... o contexto, só demonstra que houve intenção de retribuir o encosto anterior!!!
Depois começaram as faltas e faltinhas... mais de metade das faltas marcadas a favor dos Corruptos não existiram, principalmente no meio-campo do Braga! Qualquer sopro dá falta... Esta é uma das formas preferidas de dar 'domínio' territorial a uma equipa, e empurrar a outra para trás... além de condicionar a agressividade das duas equipas!!!
Em relação aos penalty's: o 1.º não existe, o Claudemir toca com a biqueira da bota na bola... só depois existe o contacto com o Militão, que 'lesiona-se' porque coloca mal a perna na relva!!!
Mesmo se o Claudemir não tivesse tocado na bola, seria sempre 'duvidoso', porque o Mlitão que não tinha a bola controlado, 'estica' a bola lateralmente para ganhar posição, enquanto o Claudemir tenta sempre jogar a bola... e neste caso 'jogou' mesmo a bola!
Inacreditável a 'certeza' do Sousa... inaceitável a não actuação do VAR, António Nobre!
O 2.º penalty existe, é um lance 'idêntico', o avançado dos Corruptos, 'mete-se à frente' da perna que ia chutar a bola por parte do Claudemir, que aqui, não toca na bola, e 'chuta' ostensivamente no adversário!
Mas mesmo depois de todos os erros, a começar pela não expulsão do Pepe, logo no inicio do jogo, o maior erro aconteceu ao minuto 87', com a não marcação do penalty contra os Corruptos!
Em tese, neste caso, até posso 'desculpar' o árbitro, porque a jogada até é 'complicada' de analisar em tempo real, agora o VAR viu tudo em câmara lenta... o Corona tentou tirar a perna, mas tocou com o joelho na perna do Wilson, penalty descaradíssimo... António Nobre 'prepara-se' para ter uma grande carreira, com a protecção dos Corruptos!!!
Jogo completamente virado ao 'contrário'!!!

Logo a seguir, em Chaves novo show do Mota e do Vasco Santos no VAR!!!
Foi curioso assistir à parte final do jogo no Chimarrão cheio de Benfiquistas... parecia a plateia a assistir a uma Revista bem engraçada, tal a quantidade e qualidade das risadas!!!
Os dois lances na 1.ª parte, com Bolas na Mão de jogadores do Sporting na área, até são 'desculpáveis'!!! Para mim não são penalty... mas se fosse contra o Benfica, tenho quase a certeza que seriam marcados!!!
Logo após a expulsão por duplo Amarelo do Jefferson, o Gudelj, faz uma falta na meia-lua para 2.ª Amarelo, e o Mota nem falta marcou!!!
No 2.º golo dos Lagartos as imagens disponíveis não conseguem esclarecer que toca na bola, no momento em que a bola 'regressa' a Acuna: se foi o Raphinha então teria que ser marcado fora-de-jogo...
Na expulsão do Ristovski, ia fazendo 'merda'... mas pronto, desta vez o Vasco Santos no VAR, chamou-lhe a atenção e lá decidiu correctamente! Inacreditável como não marca em tempo real a falta do caceteiro Lagarto!!!
(mais inacreditável, só o pedido de despenalização dos Lagartos!!! e se calhar até vai ser aceite!!!)
Mas o lance mais absurdo da noite foi mesmo o penalty do Acuña já ao minuto 92'!!! Penalty que faria o 2-2 na altura...!!! Inaceitável que o árbitro não o tenha marcado... e inaceitável que o VAR tenha ficado calado!!!
Com 2-2, aos 93' não acredito que o Chaves tivesse sofrido o 3.º golo aos 90+10'!!!

Para acabar o dia, nada 'melhor' do que mais uma Xistralhada na Luz, auxiliado pelo benjamim Malheiro!!!
Muitos têm criticado o Malheiro por não ter 'avisado' o Xistra no penalty sobre o Samaris. Pessoalmente, acho inacreditável como é que o Xistra não marcou logo penalty!!! Estava com vista desimpedida, a poucos metros... Verdadeiramente escandaloso!
Um árbitro que o último jogo do Benfica que tinha apitado, foi a roubalheira épica na Taça Liga, começa o jogo, ao não marcar este penalty (até seria normal sentir-se condicionado para compensar a 'merda' que fez em Janeiro!!!), não pode estar de consciência tranquila!!!
Depois tivemos a lenga-lenga dos foras-de-jogo: no golo anulado ao Pizzi... não houve 'lei da vantagem', num lance milimétrico; nos lances com jogadores do Tondela 'metros' (não estou a exagerar) em fora-de-jogo, deixou-se as jogadas 'correrem' até ao fim, obrigando os jogadores a correrem 40 ou 50 metros!!! Sendo que houve pelo menos 2 fora-de-jogos milimétricos não assinalados ao ataque do Tondela que passaram... e como o Benfica recuperou a bola, nunca saberemos se o VAR teria a coragem de os anular, caso tivessem acabado em golo!!!

Sendo que neste primeiro golo anulado, o Jonas tem um pé milimetricamente em fora-de-jogo, em relação aos pés dos defesas, mas existe pelo menos um dos defesas que tem o corpo inclinado... e é impossível tirar a 'linha' correcta!!! Se o critério de deixar a jogada 'seguir', porque em caso de 'dúvida' os fiscais-de-linha não devem marcar (como aconteceu pelo menos duas vezes do 'outro lado'), após o Pizzi ter marcado o golo, o VAR teria que analisar o lance, e sem 'linhas virtuais', um VAR 'normal' nunca poderia anular o golo... pois daria a impressão que o Jonas estaria em 'linha'!!!

No segundo golo anulado, temos um autêntico cumulo da falta de critério!!!
Então o Malheiro que no Benfica - Belenenses, nunca achou necessário 'chamar' o árbitro, para ver as 3 Mãos na Bola, na área do Belém, no sábado, o mesmo Malheiro, já achou que o André Almeida fez falta, quando a única coisa que o André fez, foi colocar a Mão à frente da cara, para não levar uma bolada no focinho!!!
Isto segundos depois, de aparentemente dois jogadores do Tondela terem jogado a bola com os braços... e o Xistra nada ter marcado!!! Seria numa zona perigosa, com uma alta probabilidade do Grimaldo marcar golo... e sendo assim: siga jogo!!!

Já agora o lance do Taarbat, foi bem decidido, no Estádio ainda pensei que o Taarbar merecia o Vermelho, mas a entrada foi dura, mas não acertou com os pitóns no adversário!


Se alguém pensa que o critério vai mudar nas últimas jornadas, desenganem-se!!!
Os apitadeiros vão continuar a fazer o mesmo... As Malas vão continuar a 'viajar' (o Tondela tinha uma Mala prometida, assim como o Feirense vai ter...), nada vai mudar!
O facto do Benfica à 27.ª jornada desta Liga, estar à frente, é um autêntico milagre... E não é um daqueles milagrezinhos, é mesmo um daqueles mega-milagres... É um autêntico desafio aos leis da 'vida' (corrupta)!!!

Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar
2.ª-Boavista(f), V(0-2), Mota(Malheiro), Nada a assinalar
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho(Sousa), Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
4.ª-Nacional(f), V(0-4), Veríssimo(Xistra), Prejudicados, Beneficiados, (0-7), Sem influência no resultado
5.ª-Aves(c), V(2-0), Rui Costa(Paixão), Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), E(2-2), Capela(Esteves), Prejudicados, (1-3), (-2 pontos)
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Veríssimo(Sousa), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), D(2-0), Soares Dias (V. Ferreira), Prejudicados, (1-0), Impossível contabilizar
9.ª-Moreirense(c), D(1-3), Almeida(Esteves), Prejudicados, (3-3), (-1 ponto)
10.ª-Tondela(f), V(1-3), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
11.ª-Feirense(c), V(4-0), Rui Costa(Mota), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(f), V(0-1), Xistra(Sousa), Prejudicados, (0-2), Sem influência no resultado
13.ª-Marítimo(f), V(0-1), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), V(6-2), Soares Dias(Esteves), Prejudicados, (7-2), Sem influência no resultado
15.ª-Portimonense(f), D(2-0), Mota(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Godinho(Sousa), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
17.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Capela(Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
18.ª-Guimarães(f), V(0-1), Martins(Vasco Santos), Prejudicados, Sem influência no resultado
19.ª-Boavista(c), V(5-1), Rui Costa(Esteves), Prejudicados, (6-1), Sem influência no resultado
20.ª-Sporting(f), V(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Nacional(c), V(10-0), Almeida(Pinto), Nada a assinalar
22.ª-Aves(f), V(0-3), Miguel(V. Ferreira), Nada a assinalar
23.ª-Chaves(c), V(4-0), Mota(Esteves), Prejudicados, (6-0), Sem influência no resultado
24.ª-Corruptos(f), V(1-2), Sousa(Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Belenenses(c), E(2-2), Capela(Malheiro), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
26.ª-Moreirense(f), V(0-4), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Sem influência no resultado
27.ª-Tondela(c), V(1-0), Xistra(Malheiro), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Belenenses(f), V(2-3), Xistra(Capela), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(c), D(2-3), Veríssimo(Paixão), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Setúbal(f), V(0-2), Manuel Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
6.ª-Tondela(c), V(1-0), Godinho(Malheiro), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Veríssimo(Sousa), Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Feirense(c), V(2-0), Rui Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Marítimo(f), V(0-2), Xistra(Sousa), Beneficiados, Sem influência no resultado
10.ª-Braga(c), V(1-0), Soares Dias(L. Ferreira), Beneficiados, (+2 pontos)
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Hugo Miguel(Veríssimo), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
12.ª-Portimonense(c), V(4-1), Mota(Pinheiro), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
13.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Godinho(Esteves), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
14.ª-Rio Ave(c), V(2-1), Martins(Malheiro), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Aves(f), V(0-1), Pinheiro(Soares), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
16.ª-Nacional(c), V(3-1), Rui Costa(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
17.ª-Sporting(f), E(0-0), Miguel(Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar
18.ª-Chaves(f), V(1-4), Almeida(Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Belenenses(c), V(3-0), Godinho(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
20.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
21.ª-Moreirense(f), E(1-1), Sousa(L. Ferreira), Beneficiados, (2-0), (+ 1 ponto)
22.ª-Setúbal(c), V(2-0), Almeida(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
23.ª-Tondela(f), V(0-3), Godinho(Xistra), Nada a assinalar
24.ª-Benfica(c), D(1-2), Sousa(Martins), Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Feirense(f), V(1-2), Soares Dias(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
26.ª-Marítimo(c), V(3-0), Capela(Esteves), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
27.ª-Braga(f), V(2-3), Sousa(Nobre), Beneficiados, (3-2), (+3 pontos)

Sporting
1.ª-Moreirense(f), V(1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(2-1), Manuel Oliveira(L. Ferreira), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Godinho(Sousa), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
4.ª-Feirense(c), V(1-0), Rui Oliveira(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+ 2 pontos)
5.ª-Braga(f), D(1-0), Soares Dias(Veríssimo), Beneficiados, Sem influência no resultado
6.ª-Marítimo(c), V(2-0), Almeida(Sousa), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
7.ª-Portimonense(f), D(4-2), Miguel(L. Ferreira), Nada a assinalar
8.ª-Boavista(c), V(3-0), Xistra(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota(V. Ferreira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
10.ª-Chaves(c), V(2-1), Martins(M. Oliveira), Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Xistra(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
12.ª-Aves(c), V(4-1), V. Ferreira(L. Ferreira), Beneficiados, (4-3), Impossível contabilizar
13.ª-Nacional(c), V(5-2), Veríssimo(Miguel), Beneficiados, Prejudicados, (3-2), Impossível contabilizar
14.ª-Guimarães(f), D(1-0), Godinho(Sousa), Nada a assinalar
15.ª-Belenenses(c), V(2-1), Capela(Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
16.ª-Tondela(f), D(2-1), Almeida(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
17.ª-Corruptos(c), E(0-0), Miguel(Martins), Beneficiados, Impossível de contabilizar
18.ª-Moreirense(c), V(2-1), Rui Costa(Capela), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
19.ª-Setúbal(f), E(1-1), Malheiro(V. Santos), Nada a assinalar
20.ª-Benfica(c), D(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Beneficiados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Feirense(f), V(1-3), Mota(Esteves), Prejudicados, Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
22.ª-Braga(c), V(3-0), Sousa(Martins), Prejudicados, Sem influência no resultado
23.ª-Marítimo(f), E(0-0), Martins(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
24.ª-Portimonense(c), V(3-1), Capela(Esteves), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
25.ª-Boavista(f), V(1-2), Pinheiro(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
26.ª-Santa Clara(c), V(1-0), M. Oliveira(L. Ferreira), Nada a assinalar
27.ª-Chaves(f), V(1-3), Mota(V. Santos), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)

Anexo(II):
Benfica:
Sousa: 1 + 5 = 6
Pinheiro: 3 + 2 = 5
Esteves: 0 + 5 = 5
Rui Costa: 3 + 1 = 4
Mota: 3 + 1 = 4
Soares Dias: 3 + 0 = 3
Almeida: 3 + 0 = 3
Capela: 3 + 0 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Nobre: 0 + 3 = 3
Malheiro: 0 + 3 = 3
Godinho: 2 + 0 = 2
Martins: 1 + 1 = 2
V. Ferreira: 0 + 2 = 2
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Miguel: 1 + 0 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
V. Santos: 0 + 1 = 1
Pinto: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Godinho: 4 + 1 = 5
Sousa: 3 + 2 = 5
V. Santos: 0 + 5 = 5
L. Ferreira: 0 + 4 = 4
Almeida: 3 + 0 = 3
Veríssimo: 2 + 1 = 3
Capela: 2 + 1 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
Esteves: 0 + 3 = 3
Miguel: 2 + 0 = 2
Rui Costa: 2 + 0 = 2
Soares Dias: 2 + 0 = 2
Martins: 1 + 1 = 2
M. Oliveira: 1 + 0 = 1
Mota: 1 + 0 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
Pinheiro: 0 + 1 = 1
Nobre: 0 + 1 = 1

Sporting:
Martins: 3 + 2 = 5
Sousa: 1 + 4 = 5
L. Ferreira0 + 5 = 5
Miguel: 2 + 2 = 4
Mota: 3 + 0 = 3
Pinheiro: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
Esteves: 0 + 3 = 3
M. Oliveira: 2 + 1 = 3
Xistra: 2 + 0 = 2
Godinho: 2 + 0 = 2
Almeida: 2 + 0 = 2
Soares Dias: 2 + 0 = 2
V. Ferreira: 1 + 1 = 2
Veríssimo: 1 + 1 = 2
Capela: 1 + 1 = 2
V. Santos: 0 + 2 = 2
Rui Costa: 1 + 0 = 1
Épocas anteriores: