"Comprar um hacker a Julian Assange ou Edward Snowden faz tanto sentido como dizer que a supermodelo Gisele Bundchene a actriz porno Cicciolina são colegas de trabalho. É essa a mentira repetida uma e outra vez por comentadores, adeptos e jornalistas ligados ao segundo maior clube português: o anti-Benfica.
Assange, à frente de Wikileaks, colocou à disposição do público milhões de documentos que atestam a má-fé e os crimes cometidos por entidades, governos e líderes mundiais. Snowden deitou cá para fora a informação de o governo dos EUA andar a espiar os cidadãos do seu país (e de muitos outros Estados) através das chamadas telefónicas e acessos à net.
Bundchen foi rainha das passerelles, uma das modelos mais fotografadas da história, é empresária de sucesso e cara e corpo de uma das marcas de lingerie mais badaladas do planeta. Cicciolina foi protagonista de filmes de gosto duvidoso, deputada ao parlamento italiano e, na década de 1980, deve ter sido portadora das mamas mais famosas da Europa.
O hacker não é nada dos anteriores: nem denunciante altruísta, nem analista arrependido, nem empresário de sucesso, nem sequer um ordinário actor. É um peão de brega que, alegadamente, terá lucrado com operações ilegais em paraísos fiscais, movido por interesses clubísticos, e que agora se mascara de detentor da verdade, depois das noitadas na capital europeia do sexo com outros pobres actores do panorama desportivo português.
Até ao fim deste processo é a isto que vamos assistir: o branqueamento das acções de quem acedeu de forma ilegal a informações privadas, que as passou a gente sem escrúpulos, que por sua vez as manipulou a seu bel-prazer com o objecto de prejudicar a instituição desportiva rival do seu clube do coração Parece-vos simplista? Se calhar, é porque é mesmo. Espantados? Não sei porquê. Coacção, ameaça, pressão, agressão, insulto, difamação, mentira, fuga à Justiça - uma receita que todos conhecemos bem das décadas de 1980 e 1990 no futebol português. Só vai ao engano quem quer. Faça-se justiça."
Ricardo Santos, in O Benfica
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