"Não me atrevo a mentir e dizer que foi fácil, mas lá consegui sobreviver ao tédio do fim de semana. Ultrapassei estes dias de agonia com vida. Em Portugal, fazem-se greves todos os meses, mas são poucos os corajosos que reclamam contra estas interrupções no campeonato. Isto, sim, merecia uma visita revoltosa à Assembleia da República. Eu não só alinho como ainda me comprometo a preparar rissóis e bolinhos de bacalhau para o farnel de todos os participantes. Discutem-se tantos problemas, contudo chegou a hora de debater um tema mais relevante do que qualquer outro. Ficar privado de ver o Benfica? Com que direito? As selecções nacionais não podem disputar estes duelos das fases de qualificação às terças-feiras entre as 04h00 e as 06h00? Afinal, quem é o senhor convencido de que esta irreflectida gestão do calendário passa incólume sem ferir ninguém? Na última semana fui parar três vezes ao hospital com indícios de desidratação externa. Fartei-me de beber água, tal como os médicos me instruíram, no entanto o meu organismo só consegue estar bem hidratado através de golos do Benfica.
Espero, portanto, amanhã a rapaziada me ajude a recuperar. De preferência logo na primeira parte. Se possível, nos primeiros 15 minutos. Antes de o cronómetro assinalar 60 segundos seria perfeito. O golo mais rápido da história do futebol ocorreu com mais de 2 segundos de jogo, mas creio que ainda há margem para superar esta marca. Confio em vocês, malta. Ainda assim, se no final estiverem amealhados os três pontos, já estarei satisfeito - e, finalmente, hidratado."
Pedro Soares, in O Benfica
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