"Os serviços da propaganda choram cada cartão amarelo mostrado a Maxi Pereira como uma afronta miserável. Proclamam, indignados, que em quatro jogos da corrente Liga, o uruguaio já igualou o mesmo número de 'amarelos' com que foi contemplado nos trinta e dois jogos da última Liga que disputou ao serviço do Benfica. Não é verdade. Em 2014/2015, o sub-capitão do Benfica viu 11 cartões amarelos no campeonato e outros 4 na mesma cor em jogos das demais competições. Na época não menos glorioso de 2013/2014, Maxi recebeu 9 amarelos e um cartão vermelho em 25 jogos disputados na Liga e mais 3 amarelos distribuídos pelas outras provas em que o Benfica participou. É esta a sua média natural. A pior temporada disciplinar de Maxi foi a de 2011/2012, também ao serviço do Benfica, em que lhe foram exibidos 19 cartões amarelos e um cartão vermelho. O Maxi do Porto é em tudo igual ao Maxi do Benfica, por muito que custe aos seus novos patrões. É para estas mistificações que serve a propaganda.
Nas mesmas 4 jornadas já decorridas desta Liga, o Sporting beneficiou do mesmo número de grandes penalidades - todas bem assinaladas - de que o Benfica beneficiou nas 34 jornadas da Liga anterior. Ora aqui está uma média avassaladora para quem se delicia a fazer estas contas.
No Dragão chora-se a arbitragem do senhor Brych, o alemão que a UEFA mandou de apito ao peito até Kiev. Na sua 'newsletter' oficial, considerando que 'os árbitros estão a usar critérios que penalizam o Porto', ficou registado o sentido protesto perante o golo (limpo) com que o Dínamo selou o resultado do jogo. Este árbitro alemão é o mesmo que dirigiu a final da Liga Europa entre o Benfica e o Sevilha e de tal maneira a dirigiu que até a imprensa espanhola o considerou 'o homem do jogo'. Nem há termo de comparação entre os danos causados à pátria pelo mesmo árbitro em Turim há mais de um ano e em Kiev, na última quarta-feira. No entanto, são bem maiores os protestos formais do Porto pelo seu empate pouco comprometedor na Ucrânia do que foram os do Benfica pela actuação do senhor pela actuação do senhor Byrch na tal final europeia perdida. São estilos.
Por causa dos árbitros estrangeiros, outros que tais, em Alvalade assobiou-se o hino da Liga dos Campeões há duas semanas. Esta semana assobiou-se o hino da Liga Europa. Boa média. E mais nada."