Últimas indefectivações

sexta-feira, 23 de março de 2018

Hoje, vencemos !!!

Illiabum 86 - 101 Benfica
16-18, 22-30, 24-27, 24-26

Pois, hoje já deu para vencer...!!!
Os Triplos deles não 'entraram' todos, nós tivemos uma percentagem de Triplos melhor... e ganhámos! Mesmo assim defensivamente, podemos e devemos fazer mais...

Nesta 1.ª jornada, da 2.ª fase, a vitória da Oliveirense no antro Corrupto, vem reforçar a ideia de que será a Oliveirense o nosso grande adversário...!!!

Delgada ironia

"José Manuel Delgado, no jornal A Bola, destacou, e bem, o Illiabum, vencedor da Taça de Portugal de basquetebol. Irónica foi, creio que inadvertidamente, a sua observação final: 'O Benfica deverá fazer uma análise profunda quanto à relação custo-benefício, no basquetebol e não só'. Ou seja, o director-adjunto de A Bola, que até há poucos anos se alardeava de ser o 'jornal de todos os desportos' e cujo canal de televisão transmitiu a final a oito da referida competição, recomenda-nos que (por perdemos uma taça!??!) repensemos o investimento 'no basquetebol e não só'.
Convém referir que o basquetebol, na última década, é a modalidade de pavilhão que mais retorno desportivo deu ao clube (30 das 44 provas disputadas, incluindo sete, possivelmente oito, Campeonatos Nacionais). Mas, mais do que reconhecer o sucesso desportivo, importa aquilatar a vontade dos sócios do SLB, e esta é soberana e inequivocamente favorável ao forte investimento extrafutebol. Assim o têm dito as votações esmagadoras em Luís Filipe Vieira, cuja visão de clube se opõe àquela redutora dos futeboleiros, assim como a recusa determinada dos sócios, há cerca de quinze anos em Assembleia-Geral, num tempo de míngua de títulos generalizada, especialmente no futebol, da proposta de Manuel Vilarinho que visava o desinvestimento total nas ditas 'amadoras'. Já para não referir os diversos benefícios dessa aposta, o respeito pela tradição e história do clube e até os seus estatutos...
Ou então percebi mal e o que o Delgado nos sugeriu, julgando o Benfica no lado errado da Segunda Circular, é a aposta desenfreada e irresponsável para tudo tentarmos ganhar no imediato, porventura hipotecando o futuro..."

João Tomaz, in O Benfica

Pausa higiénica

"Há quem diga que esta pausa no campeonato vem mesmo a calhar. Discordo, mas não vou amuar nem fazer birra se pensarem de maneira diferente. Discordo porque esta equipa de futebol do SL Benfica só está bem a jogar. É no campo que temos marcado todas as diferenças e ainda não estamos no primeiro lugar porque, além da existência de outras equipas, temos sempre de enfrentar as dualidades de critérios, os adiamentos forjados e os favores a conselheiros matrimoniais. Com lesões ou castigos, superámos sempre as adversidades. Surgiram novos jogadores a mostrar o seu valor e recuperámos outros que andavam apagados. É assim que se constrói uma equipa: nas dificuldades e com um espírito de união que não se compra.
Vejam as imagens das celebrações dos golos pelos nossos suplentes em Santa Maria da Feira, Paços de Ferreira ou Portimão. Aquilo não é a fingir, não é para as câmaras de televisão apanharem. Aquilo é ao que sabe a vitória nas papilas emocionais de campeões, bicampeões, tricampeões e tetracampeões. Este é o único caminho que conhecemos, o do jogo a jogo.
Aqueles homens estão imunes à mentira quem vem dos mentirosos, à corrupção que vem dos corruptos e aos desejos da derrota que nos chegam dos eternamente derrotados. Só assim chegamos ao Penta. Só juntos e imunes, jogadores, treinadores e adeptos. Percebem agora por que razão sou contra esta pausa? Isto só favorece quem está fora de ritmo. Nós estamos no ritmo certo."

Ricardo Santos, in O Benfica

Quinze dias a bocejar

"Não há maior aborrecimento do que estas pausas no campeonato. À excepção, talvez das exasperantes filas na Loja do Cidadão. Entre uma e outra, é difícil, optar pela delonga mais enfadonha. Sobreviver duas semanas sem o Jonas ou ser forçado a chegar ao nível 400 do Candy Crush enquanto aguardamos que chegue a vez do ticket 458? Complicado, bem sei. Ainda assim, creio que os interregnos no campeonato são mais beneméritos deste indesejado epíteto, uma vez que a tediosa espera para renovar o Cartão de Cidadão não interfere com o calendário do Benfica. Não havendo outra solução, que remédio tenho eu a não ser resignar-me. É uma dor bem profunda, estar 15 dias privado daquele friozinho na barriga que se manifesta intensamente 24 horas antes do jogo, mas pelo menos há uma ligeira atenuante: continua a haver futebol. Torna-se, portanto, menos agoniante preencher este vazio. Venham daí, então, as selecções. Portugal está recheado de talento e estou certo de que será bem representado no Campeonato do Mundo.
Na antecâmara da Copa, estes particulares serão uma oportunidade para perceber que jogadores poderão cravar o seu nome na convocatória final. Algumas dúvidas poderão ficar parcialmente desfeitas. Cada adepto tem as suas preferências, mas devemos respeitar qualquer decisão. O futebol português será, certamente, honrado com dignidade. Como tal, não irei perder pitada dos próximos compromissos internacionais. Vou estar pregado ao ecrã a assistir às actuações da Sérvia, da Suíça e do México, absolutamente convicto de que Zivkovic, Seferovic e Raúl Jiménez não deixarão ficar mal vista a Liga Portuguesa."

Pedro Soares, in O Benfica

Berrem mais

"O futebol português está a tornar-se um lugar irrespirável. Tudo começou com o alimentar de uma guerra norte-sul que só servia as ambições de poder de alguns. Depois veio o Apito Dourado, quando para ganhar valia tudo, desde receber árbitros em casa nas vésperas de jogos, até espancar jornalistas não-alinhados.
Quando as coisas pareciam acalmar, chegou à presidência do nosso rival lisboeta um guerrilheiro lunático e mimado, para quem o caminho do sucesso passa por insultar o Benfica e os benfiquistas. Sucesso não alcançou, mas o resto não tem faltado.
Como se não bastasse, apareceu um sinistro director de comunicação mais a norte, com uma antiga e irrefreável azia anti-benfiquista, a atacar-nos por todos os meios - mesmo se criminosos, como a sistemática divulgação de correspondência privada, roubada sabe-se lá por quem. Tudo isto encontrou um caldo mediático no qual as televisões se digladiam por uma migalha de audiência, perdendo o rigor e a compostura; e um caldo de justiça em que o Ministério Público investiga com inusitado zelo tudo o que aparece nos jornais, como o inqualificável “caso” Centeno evidenciou.
Não tenho grandes esperanças de que as coisas venham a melhorar, sobretudo enquanto o Benfica continuar a vencer. Título a título, tem sido uma tradição (Estoril, túnel, colinho, vouchers e agora mails). Quatro títulos seguidos, o barulho aumenta. Pouco importa. O que nos seduz e apaixona passa-se dentro do campo. Aí, ganhámos 0-2, estamos a dois pontos da liderança, e só dependemos de nós para chegar ao “Penta”.
De resto, podem continuar a berrar que nós já nem ouvimos."

Luís Fialho, in O Benfica

Gala das Quinas?

"A III Gala das Quinas tinha tudo para ser uma grande acontecimento. João Tralhão foi, justamente, eleito o Treinador da Formação. Leonardo Jardim foi o Treinador do Ano. Nada me move contra o treinador do Mónaco, cuja competência é conhecida. Rui Vitória estava nomeado e seria, naturalmente, o vencedor, uma vez que na época 2016/17 conquistou três das quatro provas internas - Campeonato, Supertaça e Taça de Portugal. A nível europeu, passou a Fase de Grupos da Champions e na época anterior, em que conquistara o primeiro Campeonato, atingiu os quartos-de-final. O pior que pode haver na vida é a injustiça. A pergunta que deixo é esta: o que precisa de conquistar Rui Vitória para a FPF o reconhecer?
Mas as injustiças não se ficaram por aqui. Na eleição do onze do ano, apenas três jogadores do Campeão Nacional - Nélson Semedo, Pizzi e Jonas. O FC Porto e o Sporting meteram quatro jogadores cada um. Aqui, as perguntas são várias: E Luisão? E Lindelof? E Grimaldo? E Fejsa? E Salvio? E Cervi? E Mitrolgou? Ou Raúl Jiménez, esse matador que resolve jogos e tem sido decisivo na conquista de títulos?
Perguntei a quem de direito quais foram os critérios para ser escolhido quem vence a Liga Francesa e não quem conquistou a Liga Portuguesa. A resposta que obtive foi extraordinária - a votação do Treinador do Ano resultou dos votos de todos os treinadores e do público! Quanto ao onze, foi-me explicado que a responsabilidade foi do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol. Ou seja, para que Rui Vitória seja eleito Treinador do Ano pela FPF e os jogadores do SL Benfica integrem em maioria o onze, terão de conquistar a Liga dos Campeões!"

Pedro Guerra, in O Benfica

Mais que futebol

"Nos dias 21 e 22 de Março realizou-se em Paris a 10.ª Conferência Internacional da EFDN - European Football for Development Network, a que a Fundação Benfica pertence desde os seus primórdios. Uma organização com mais de cinquenta clubes, pelo sonho de um adepto holandês que conseguiu, com paixão, dedicação e persistência, empreender uma verdadeira plataforma europeia de cooperação social entre os clubes.
Já passou pela Luz esta conferência, faz um ano, mas desta vez a deslocação foi a França: Parque dos Príncipes, estádio igualmente grandioso, do Paris Saint-Germain, um dos templos do futebol europeu!
Presentes quase todos os grandes da Europa, Real Madrid, Barcelona, Chelsea, PSG, Ajax, Feynoord, Tottenham, Galatasaray, Inter de Milão e por aí fora...
Público? Pouco! A conferência é à porta fechada e não se joga ali desporto que atraia multidões.
Hoje é a vez de se juntarem as fundações dos maiores clubes europeus, não para competir, mas para cooperar em prol do desenvolvimento e da justiça social, da tolerância, dos valores europeus e da sociedade que queremos hoje e para o futuro. Aqui, os heróis são os povos; os adversários - a pobreza e o radicalismo; o público - as famílias e pessoas de bem; o árbitro, a nossa consciência individual e colectiva.
É de valores e do jogo da vida que se trata, e, quando assim é, as bandeiras dos clubes são verdadeiros bastiões que se erguem para o futuro a mostrar que há muito mais que futebol no futebol, que é esse o verdadeiro poder do nosso jogo!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Singular determinação. Impressionante unidade.

"O desempenho da nossa equipa principal de futebol no campeonato da Liga está a constituir, afinal, um verdadeiro exemplo do melhor Benfiquismo. Podemos, mesmo, considerar que a perseverança e consistência do trabalho de técnicos, atletas e administrativos neste torneio já permitiram retomar e consolidar idênticos modelos de produtividade aos que, ao longo da nossa história de cento e quatorze anos, estabeleceram a incontestável fortaleza do Benfica no cenário desportivo nacional.
Apesar da nossa condição de tetracampeão, a época de 2017/18 estimava-se atípica, a todos os níveis. Em primeiro lugar, no plano das complexas circunstâncias externas, decorrentes dos desesperados ataques que os rivais do Campo Grande e do Mercado da Fruta faziam incidir, com baixeza, sobre as nossas hostes; mas, também, pelos esforços e reforços que haviam despejado (e continuam a desferrar, à tripa-forra) nos balneários deles. Mas, igualmente, a nível interno, pelo estremecimento que a implantação de novas estratégias consideradas oportunas, convenientes e adequadas ao específico universo do nosso futebol, eventualmente pudesse causar.
E causou, de facto. No arranque da época, depois de termos dispensado, a excelentes valores, diga-se, elementos importantes do grupo de trabalho para aventuras noutras plagas, o rendimento de alguns jogadores e da própria equipa estremeceu, na Champions e nas duas competições secundárias. Os Benfiquistas andavam apreensivos.
Mas, passadas umas semanas, eis que tudo está diferente. À nossa frente, está hoje, literalmente, aquilo que os nossos jogadores e o staff do futebol principal entenderam que teria de estar: o pentacampeonato encontra-se, por fim, à exclusiva mercê da sua própria ambição e à medida da ansiedade e do amor-próprio de todos os Benfiquistas.
Perante todas as difíceis circunstâncias determinadas pelo contexto, o que nos falta agora é apenas que todos saibamos manter o foco no objectivo essencial. E que, apesar de todos os obstáculos, ardis e provocações que nos voltem a ser lançados ao caminho, consigamos conservar a singular determinação e a impressionante unidade que sempre caracterizaram o Benfica e os Benfiquistas nos momentos mais difíceis da nossa história (mais que) centenária."

José Nuno Martins, in O Benfica

Rafa 50

José Bastos, Artur Moraes e Nené...

"O Benfica aproveitou a Gala do 114.º aniversário para juntar ex-campeões nacionais de futebol ao serviço do clube e quase cinco dezenas de antigas glórias marcaram presença no Coliseu dos Recreios. Entre eles, sentados na mesma zona da plateia, estiveram dois guarda-redes, campeões de águia ao peito em anos muito dispares: José Bastos (herói da Taça Latina) ajudou o Benfica a chegar ao título nacional de 1949/50 e esteve no Coliseu ostentando uns invejáveis quase 88 anos, com lucidez imaculada e o porte garboso de sempre; Artur Moraes, 51 anos mais novo que Bastos, foi campeão pelo Benfica entre 2013 e 2015 e também fez questão de não faltar à Gala de 2018. A intemporalidade desta comunhão deve fazer parte do ADN de qualquer clube que perceba que é impossível construir o futuro sem honrar o passado.
Na mesma linha de rumo insere-se a homenagem a Nené, um dos mais extraordinários jogadores da história encarnada, símbolo para muitas gerações. A ligação de Nené ao Benfica já vai nuns emblemáticos e ininterruptos 52 anos, uma vida inteira em que se confunde o individuo com a instituição. Nené sempre foi um homem de família; aliás, de famílias. Porque àquela que construiu com a mulher, Tina, junta-se a relação familiar e indissolúvel que tem com o Benfica.
Estes dois exemplos, José Bastos e Artur Moraes lado a lado e Nené, uma vida de dedicação à causa benfiquista, representam o cimento de que o Benfica mais necessita para ultrapassar tormentas e borrascas.
Nas horas mais complicadas, buscar inspiração nos princípios fundadores será sempre medida acertada."

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: Uma simples 'curiosidade': o Delgado é neste momento, nos cargos de chefia, dos 3 diários desportivos, o único Benfiquista!!!
Se acrescentarmos, os jornais generalistas, as rádios e as televisões e as suas respectivas secções de desporto, nos lugares de chefia, não encontro um único Benfiquista!!!
Num país onde a maioria da população é Benfiquista, parece que não é fácil encontrar um Benfiquista, competente, para um lugar de chefia na comunicação social desportiva!!!!

7 jogos, 21 pontos

"Este fim-de-semana será o último sem jogos da Liga de futebol. A partir da próxima quinta-feira inicia-se a 28.ª jornada, e assim um período de 7 jogos decisivos para a maioria das equipas. Estão em causa 21 pontos, tão decisivos para quem luta pelo título, pelo possível lugar europeu ou pela permanência. Serão sem dúvida jogos de enorme tensão, em que o equilíbrio emocional das equipas e de todos os seus membros vai ser posto à prova. Não adianta lembrar os lapsos de terceiros ou os erros próprios, mas também não os devemos esquecer. Há equipas muito mais penalizadas do que outras, até porque as maiores penalizações estão concentradas. Mas quem se concentrar no passado, mesmo que recente, e não tiver como prioridade os 7 jogos finais, tem muito mais probabilidades de perder. Não há tempo para olhar para trás, mesmo que seja muito doloroso. Essa revolta tem que ser direccionada para recuperar e repor a verdade desportiva posta em causa. A memória no futebol em Portugal acaba normalmente pouco depois do fim do jogo. A maioria permite que o campeonato seja uma prova a três, esquecendo que todos os outros têm muito mais a ganhar ou perder do que esses clubes mais poderosos. Há muitos jogadores, e também treinadores, a jogar o seu futuro, e quando digo futuro digo a sua vida profissional. Óbvio que isso é um assunto que não interessa ser debatido porque não tem retorno. Interessa a poucos. Mas devia interessar à maioria. Só promovendo o equilíbrio e retirando esta carga excessiva de pressão sobre os jogadores se pode ter mais qualidade. Estamos num caminho perigoso, de desconfiança, quase inquisitório, que ao não ser combatido irá provocar problemas muito graves.
A luta por estes 21 pontos será um dos maiores testes ao futebol português. Todos devemos estar concentrados, dentro e fora do campo, para que não aconteça nada de grave."

José Couceiro, in A Bola

Como uma força que ninguém pode parar: Manchester United cria equipa feminina e junta-se a tendência europeia

"Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique, Chelsea, Inter de Milão e Manchester United. Na última década, estes foram os únicos clubes a conquistar a Liga dos Campeões, atingindo aquilo que é considerado o auge do futebol europeu no masculino.
Destes clubes, em 2018, só dois - Real Madrid e Inter - não têm equipa feminina de futebol.
Porque, esta quinta-feira, o Manchester United fez o que há muito teimava em não fazer, apesar de até ter formação feminina até aos 16 anos: criou uma equipa feminina.
"É com satisfação que anunciamos que vamos criar a nossa primeira equipa feminina profissional, que participará na WSL2 [2ª divisão inglesa]", explicou o CEO do Manchester, Ed Woodward, no site do clube. "A equipa feminina terá de ser construída à imagem e com os mesmos princípios que a equipa masculina, oferecendo às nossas jogadoras da formação um caminho para o futebol ao mais alto nível no clube", acrescentou.
A 22 de Março de 2018, o Manchester junta-se ao século XXI - era mesmo o único clube da Premier League sem equipa feminina, enquanto os rivais Manchester City, Chelsea, Arsenal e Liverpool já dominam o futebol feminino no país e na Europa.
O orçamento de cerca de €5 milhões, de acordo com a Sky Sports, será uma gota no oceano de euros do clube e permitirá manter uma equipa com jogadoras de alto nível - as miúdas formadas no United, até agora, tinham de procurar nova equipa a partir dos 16 anos, e é por isso que as jovens inglesas Izzy Christiansen e Ella Toon jogam no City; Ellie Fletcher e Emily Ramsey jogam no Liverpool; Fran Kitching joga no Chelsea; e Katie Zelem joga na Juventus.
O Manchester United acompanha, assim, uma tendência global: praticamente todos os principais clubes europeus já têm futebol feminino.
Em Espanha, Barcelona e Atlético de Madrid (recentemente, mais de 22 mil pessoas assistiram ao primeiro jogo feminino no estádio Wanda Metropolitano) lutam pela hegemonia, enquanto o Real Madrid vai ponderando como começar a equipa, segundo o presidente Florentino Pérez; na Alemanha, Bayern de Munique, Wolfsburgo e Werder Bremen dominam, faltando apenas o Borussia Dortmund entre os ditos 'grandes'; em França, há PSG, Lyon e Marselha; em Itália, a Juventus é a mais recente entrada numa liga que já tem Roma e Fiorentina; e, em Portugal, Sporting e Sporting de Braga dominam uma Liga Allianz que também tem Estoril e Boavista - o Benfica irá entrar na 2ª divisão em 2018/19 e o Vitória de Guimarães deverá fazer o mesmo.
Em 2016, o 12º Europeu feminino foi disputado pela primeira vez por 16 selecções (anteriormente, a prova tinha apenas 12 participantes), incluindo Portugal, e bateu recordes de audiências televisivas e de assistências, com a final conquistada pela Holanda a ser presenciada por cerca de 30 mil adeptos. 
Em 2017, aliás, o futebol feminino na Europa cresceu em praticamente tudo: o número de mulheres federadas aumentou 7,5%, de acordo com os dados da UEFA, passando de 1.270 milhões de jogadoras para 1.365 milhões; o número de profissionais e semi-profissionais também aumentou, de 1680, em 2013, para 3572; e o número de equipas jovens também aumentou, passando de 21.285, em 2013, para 35.183.
Em Portugal, nunca houve tantas mulheres a jogar futebol: são 4284 jogadoras federadas, segundo os dados da Federação Portuguesa de Futebol - e a maioria é jovem, ou melhor, muito jovem. 2696 das federadas são juniores, ou seja, têm 19 ou menos anos. O que quer dizer que o melhor delas ainda está para chegar.
Como uma força que ninguém pode parar."

Duas semanas negras

"Atravessamos, de momento, um período triste para qualquer adepto de futebol. Se qualquer interrupção das competições de clubes já é má, uma paragem para jogos de selecções de carácter não oficial numa altura crucial das temporadas de qualquer equipa só pode ser encarada de forma negativa. As cerca de duas semanas sem futebol de clubes são e vão continuar a ser negras e exigem uma reflexão por parte das instituições que gerem o desporto-rei internacional.
Ao contrário do que é habitual, esta é uma decisão que prejudica, de forma geral, os clubes de maior dimensão e qualidade um pouco por toda a Europa. Porquê? Porque são eles que costumam chegar a Março com mais jogos realizados, com mais competições por decidir e, para 'piorar', têm os melhores jogadores, o que faz com que tenham mais ausências nas paragens internacionais. É comum ver jogadores regressarem a Portugal ou aos países dos clubes apenas um ou dois dias antes do próximo compromisso oficial, aterrando com cansaço e com os horários completamente trocados e dando enormes dores de cabeça aos respectivos treinadores.
Certo, representar o país é (ou devia ser) o ponto alto da carreira de qualquer jogador de futebol. Contudo, quem paga milhões de euros aos atletas e quem mais precisa deles nesta fase são os clubes, pelo que é algo injusto arriscar uma lesão e sobrecarregar as pernas dos jogadores por dois jogos de preparação cujo resultado pouco ou nada importa. Imaginemos que Cristiano Ronaldo se lesiona com gravidade e falha o resto da temporada, 'abandonando' o Real Madrid na Liga dos Campeões, o maior objectivo da época. Seria uma baixa muito mais pesada para o clube espanhol do que para a Selecção Nacional caso falhasse os próximos encontros. O mesmo pode ser aplicado a vários jogadores de vários clubes e de muitas selecções.
Entenda-se: isto não é, nem de perto nem de longe, um ataque à Selecção Nacional ou a qualquer outra equipa que representa um país. Percebe-se o lado dos seleccionadores - querem limar as arestas necessárias para, depois, chegarem à lista final dos jogadores que vão levar à Rússia. Por isso mesmo, Rúben Dias pode ter comprometido a ida ao Mundial com a lesão que o afastou dos jogos de preparação contra o Egipto e a Holanda, mas não quer dizer que o tenha feito; se fizer uma ponta final de excelência no Benfica, dificilmente não será chamado por Fernando Santos, que já demonstrou empatia para com o defesa. Os últimos meses de 2017/18 com a camisola do clube são muito mais importantes que os dois encontros dos próximos dias.
Arranjar outro período para encaixar estes jogos de preparação é outro problema, e ,aí, estou solidário com a FIFA e com as selecções. Mais tarde, era pior. Mais cedo, era igualmente mau. Sendo assim, seria de considerar uma maior compreensão por parte dos seleccionadores. Fernando Santos já o fez e a saída de Fábio Coentrão da convocatória é prova disso. O jogador do Sporting não apresentou qualquer lesão clínica, mas, informou a Federação Portuguesa de Futebol, estava com queixas. Estivéssemos a falar do Mundial ou de um jogo importante e Fábio Coentrão, provavelmente, não teria regressado ao clube, mas Fernando Santos teve em conta a condição física do lateral (é a temporada que mais tem jogado nos últimos anos) e o momento do Sporting (está a disputar três competições) e permitiu tal dispensa.
Resumindo, esta paragem é má para os adeptos e péssima para os clubes. Os primeiros não gostam de jogos de preparação sem interesse competitivo da Selecção Nacional e preocupam-se mais com o que fazem ou deixam de fazer os jogadores do clube que apoiam, enquanto os segundos têm o desejo que os jogadores joguem pouco ou, se possível, nada. As selecções precisam destes jogos, mas não tanto como os clubes precisam dos jogadores em condições."

E os tratadores de relva ingleses, pá?

"É o ar condicionado do trabalho, é o vizinho que deixa o carro em segunda fila, é o amigo que mete o pacotinho de açúcar vazio debaixo da chávena, é a mulher que não tirou a roupa da corda e começou a chover, é a piscadela de olho do José Rodrigues dos Santos a fechar o Telejornal.
A verdade é que nos irritamos muito.
Mais do que qualquer outra coisa, temos uma tendência alarmante para nos irritarmos. Com isso desgastamo-nos, ficamos cansados e vemos as tensões a subir.
Valeu a pena? Claro que não. Mas nós não sabemos desfrutar. Chateamo-nos por dá cá aquela palha - sobretudo se a palha vier molhada -, e sorrimos pouco perante a vida.
Ou o futebol.
Nós, portugueses, levamos tudo demasiado a sério. As coisas tornam-se um caso de vida ou de morte, quando no fundo deviam ser deixadas para trás porque estão moribundas.
Ora vem esta conversa a propósito da diferença em relação aos britânicos. Quem olha para Inglaterra, vê um futebol espirituoso. Provavelmente porque aquela gente afastou a violência dos estádios, erradicou a fúria, desviou a agressividade e afugentou a hostilidade.
Os ingleses querem ganhar antes de tudo o mais, claro, mas querem também desfrutar: divertir-se com o futebol. Ver a equipa a jogar bem, por exemplo.
O que nos leva ao estado actual do futebol inglês: cheio de treinadores estrangeiros.
Nesta altura, quase todos os grandes clubes ingleses têm treinadores que não são britânicos: Manchester City, Manchester United, Tottenham, Liverpool, Chelsea e Arsenal. Só o Everton resiste a esta tendência, sendo que, talvez por isso, é o único que não está nos seis primeiros lugares, a lutar por um apuramento para as competições europeias.
O primeiro treinador britânico na classificação da liga inglesa é Sean Dyche, no sétimo lugar, ao comando do modesto Burnley.
Mas há mais. Na liga inglesa há nove treinadores das ilhas britânicas, e cinco deles estão nos últimos cinco lugares da classificação. Para além destes ainda há mais dois a lutar por não descer (Brighton e Bournemouth) e dois a meio da tabela (Everton e Burnley).
Para quem se orgulha de ter inventado o futebol moderno, para quem já foi doze vezes campeão europeu de clubes, para quem deu ao mundo Bill Shankly, Bob Paisley, Brian Clough, Bobby Robson ou Alex Ferguson, devia ser duro olhar para estes números.
Mas a verdade é que os ingleses parecem pouco importar-se com isso.
É verdade que há uma ou outra discussão, é verdade que aparece sempre quem diga que a culpa é dos novos donos de clubes que chegam do estrangeiro, mas é verdade também que os próprios treinadores ingleses admitem estar desactualizados.
O futebol inglês evoluiu, modernizou-se, tornou-se mais continental e menos britânico, mas fê-lo sobretudo às costas dos técnicos estrangeiros.
Os treinadores ingleses não acompanharam o movimento.
Por isso irrita pouco as pessoas que os treinadores estrangeiros tenham tomado conta do futebol inglês. Eles querem é divertir-se, e se possível ganhar muitas vezes.
O futebol inglês tornou-se mais bonito e disputado por melhores jogadores.
Manteve aquele tão típico desportivismo, aquele respeito pelo jogo, aquela quantidade admirável de emoção, mas tudo embrulhado numa qualidade técnica que desconhecia por completo.
Que os treinadores britânicos não façam parte deste quadro, é apenas um pormenor.
Até porque os ingleses têm, em compensação, os melhores tratadores de relva do mundo.
Não se irrite, não é uma piada de mau gosto. É verdade. Grandes clubes como o Real Madrid, o Atlético Madrid ou o PSG têm hoje à frente das equipas de tratamento da relva especialistas ingleses. São os melhores do mundo nisso.
Diga lá que eles não fazem melhor em sorrir com isto tudo..."

Canarinha: o feeling existe

"Tem a Canarinha capacidade para se bater consistentemente com os melhores do planeta e assumir-se como candidata legítima à conquista da Jules Rimet já no dia 15 de Julho, no Luzhniki? Os 1-7 do ‘Mineirazo’ ainda conferem um espectro altamente assombroso para a população brasileira, que inibe a muita gente a vontade de sonhar mais alto. No entanto, já passaram quatro anos e quase tudo mudou nos sinais manifestados em campo, designadamente no compromisso e na cultura de merecimento que Tite instaurou, com reflexos indisfarçáveis no plano técnico de jogo.
O jogo-teste da selecção brasileira contra a Rússia, hoje à tarde, no Luzhniki, em Moscovo, marca um ponto de viragem na preparação de Tite. Sem Neymar, a estrela do PSG que se lesionou no pé durante o clássico contra o Marselha, o seleccionador prometeu a titularidade a Douglas Costa do lado esquerdo, garantindo a outra réplica-supersónica (Willian) no flanco direito. Com isto, Tite também pretende trabalhar mais situações de ataque na exploração da largura do campo, que será um detalhe importante para eliminar as dificuldades parciais contra equipas que defendam com uma linha mais recuada de cinco: no Mundial, poderemos ter Inglaterra, Bélgica, Argentina, Alemanha e Espanha com esse desenho, entre outras. Ainda que Cherchesov tenha de lidar com desfalques brutais no eixo defensivo da Sbornaya, os russos deverão ter os tais cinco elementos a defender em linha no terço defensivo, à frente de Akinfeev.
Há um dado engraçado para hoje. Alisson, guarda-redes que tem sido uma fera na baliza da Roma nesta época em que substitui Szczeszny, vai tornar-se o 15.º homem da vigência-Tite a vestir a braçadeira de capitão da Canarinha. Isso transmite a ideia de partilha de responsabilidade, acrescentando o sentimento de importância e de equidade que Tite quer inculcar em cada um dos elementos, sem que haja uns a pensar que estão acima de outros. Do onze que vai iniciar em Moscovo, só Douglas Costa e Gabriel Jesus não tiveram esse “privilégio” da braçadeira. 
Tacticamente falando, um dos pontos de maior curiosidade para o desafio no palco que também vai servir de abertura e final do torneio é a perspectiva de ver o desempenho de Coutinho na zona central do meio-campo. Não vai jogar na direita, como tem sido habitual, em virtude da coexistência simultânea com Neymar e com a aposta recorrente em Renato Augusto para uma das posições do meio-campo central.
Ficando Casemiro como guarda-costas e Paulinho como o fiel interior-direito, resgatando a fiabilidade que Tite já lhe conhecia dos velhos tempos no Pacaembu, Coutinho vai criar jogo numa posição mais interior (centro-esquerda), como fazia frequentemente no Liverpool e como tende a fazer mais vezes no Barça na pele de Iniesta. Na Canarinha, a equipa-tipo tem vindo a contemplar Renato Augusto nos últimos meses, que é outro fiel corinthiano de Tite, no meio-campo ofensivo central. Uma vez que Neymar é dono da extrema-esquerda, isso tem empurrado Coutinho para a faixa direita do sistema habitual de 4-3-3, ainda que com natural propensão para flectir para o meio.
Mas, numa perspectiva futura, quando Neymar estiver recuperado, será a manutenção de Renato Augusto no onze-base do Brasil tão essencial, a ponto de sacrificar parte da dinâmica de Coutinho e de inviabilizar a utilização de Willian? A lesão do grande artista potenciou a mudança na linha atacante, mas Tite deve estar bem mentalizado para tirar Coutinho da direita e o colocar no meio. Willian é mais “agudo” (expressão de Tite) e está a jogar barbaridades no Chelsea: oferece uma aceleração tremenda nas incursões pelo flanco direito, servindo de complemento à criatividade de Coutinho e de Neymar, que prolongam mais o contacto com a bola.
Hoje, mesmo podendo não estar a um nível tão deslumbrante como Alemanha e Espanha, o Brasil é uma das selecções mais bem organizadas. Tite deu-lhe consistência e há legitimidade dentro da equipa para pensar em chegar às derradeiras eliminatórias do Mundial. Importa saber em que estado irá Neymar regressar depois da lesão, mas o panorama é animador porque há uma série de concorrentes viáveis para quase todas as posições. Veja-se Gabriel Jesus e Firmino. E até Willian José, ponta de lança aprimorado nas Canárias e em San Sebastián, entrou na corrida, com a arma secreta do jogo de cabeça formidável para serviços ocasionais. O feeling existe."

Photo...!!!

Benfiquismo (DCLXXXV)

Paris...

Aquecimento... Futebol