Últimas indefectivações

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Juniores - 12.ª jornada - Fase Final

Benfica 4 - 1 Guimarães


Estamos a 1 ponto do título, a duas jornadas do fim, com o clássico do próximo domingo, no Seixal, com os Corruptos a poder ser a consagração!
Voltámos a permitir ao adversário discutir a partida, com o 3-1 a aparecer demasiado tarde para a nossa superioridade...

Juvenis - 13.ª jornada - Fase Final

Benfica 5 - 2 Famalicão


Regresso às vitórias, com goleada, num jogo que taticamente não complicámos... às vezes, o simples é melhor!
È bom começar a marcar mais golos, porque isto pode ser decidido na diferença de golos com o Braga! Sendo a próxima jornada em Guimarães, um dos nossos mais complicados fora de casa...

Iniciados - 12.ª jornada - Fase Final

Corruptos 1 - 5 Benfica


Mais uma goleada, num jogo onde marcámos cedo, aproveitámos os erros do adversário... e acabámos com um grande golo do Wang!!!
Segunda, recebemos o Sporting no Seixal, uma partida que pode decidir muita coisa, entre os dois líderes em igualdade pontual...

Terceiro Anel: Bola ao Centro #127 - À meia dúzia sai mais barato!!!

Benfica Podcast #558 - Primed

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Jorge Jesus será selecionador do Brasil?

Zero: Saudade - S03E34 - Da Holanda ao 'Track Suit Manager': 1988, ano louco no futebol mundial

Pre-Bet Show #133 - Melhor Médio Do Mundo? Temos A Resposta 🙌

João Neves, os €60 milhões mais baratos de sempre


"Tempo só confirmou o que já era quase certeza: João Neves foi uma das maiores 'pechinchas' de mercado dos últimos anos e Benfica ficou claramente a perder com a 'troca' por Renato Sanches

Quando, a 5 de agosto do ano passado, o Benfica oficializou a venda de João Neves ao Paris Saint-Germain, os indícios já eram claros, tamanha era a importância que o jovem médio já tinha adquirido na (então) equipa de Roger Schmidt. A cláusula de rescisão de €120 milhões nem sequer foi assunto e o PSG levou a joia da coroa do Benfica por metade: €60 milhões (descontadas as intermediações, ficaram €54 M nos cofres da Luz), a que poderão acrescer €10 milhões em objetivos que não são conhecidos.
O negócio incluiu ainda o retorno de Renato Sanches à Luz e, passada quase uma época, a conclusão é simples: o PSG ganhou um dos melhores médios do planeta a preço de saldo, uma verdadeira pechincha atendendo à loucura do mercado atual, e o Benfica apenas serviu para, uma vez mais, o PSG se libertar de um excedentário em deficiente condição física. Já havia acontecido Julian Draxler (2022/23) e Juan Bernat (2023/24), mas não serviu de emenda para os lados da Luz.
Em oito meses, Renato participou em apenas 17 jogos, num total de 416 minutos, sempre intervalados por sucessivas lesões musculares. Números muito escassos face à expetativa que havia com Renato, mas nem isso impede a SAD de ainda ponderar, sob determinadas condições, integrá-lo no plantel da próxima época!
Ao dia de hoje, João Neves é uma das peças basilares da fabulosa equipa de autor de Luis Enrique e frente ao Arsenal, na primeira mão das meias-finais da Champions, voltou a encher o campo. A camisola metida para dentro dos calções, a fazer-nos lembrar um médio clássico dos anos 90, e a inteligência tática e de ocupação dos espaços — o corte de bola tirando golo quase certo a Merino, na primeira parte do jogo em Londres, foi de deixar o queixo caído — fora do normal para os 20 anos de idade fazem dele um jogador absolutamente imprescindível para o treinador e até nas palavras João Neves é incomum.
Antes do jogo europeu, em entrevista ao The Athletic, o internacional português disse que «é muito bom atacar», mas não supera a realização de «tirar a bola a alguém», deixando perceber, com estas simples palavras, o segredo por trás deste encantador PSG, onde 11 defendem e 11 atacam.
Todos nos lembramos dos tempos recentes do crónico campeão francês, com os egos de Neymar, Messi, Mbappé e companhia a impedirem a equipa de dar o passo em frente de que precisava para vingar na Champions, certo?"

Sprint' emocional na reta final do campeonato


"Na reta final do campeonato, Sporting e Benfica caminham lado a lado, não apenas na questão pontual, mas também na tensão que carregam. A igualdade pontual entre as equipas é uma corda esticada entre dois mundos: o da glória e o do fracasso Cada jornada é uma roleta emocional e o dérbi que se aproxima pode ser o tudo ou nada.
Estatísticas afinadas, esquemas táticos ensaiados, lesões geridas com pinças, mas pode ser a gestão emocional o fator determinante nesta reta final. Antes de se decidir no campo, o título joga-se na mente. A pressão aumenta e torna-se uma constante em cada jogo, uma tensão crescente que se sente dentro e fora de campo. Nesta fase, o que mina ou eleva o rendimento não é apenas o treino físico ou o plano tático. É o modo como o cérebro dos atletas interpreta o peso de cada jogo e a competência que cada um tem para gerir a pressão adicional que as circunstâncias atuais colocam.
A ansiedade competitiva, em doses moderadas, pode ser uma aliada do desempenho desportivo e um recurso útil para os atletas de alta competição, permite-lhes aumenta a vigilância, afinar os reflexos e preparar o corpo para a exigência da competição. No entanto, quando a pressão se torna excessiva e contínua, esse estado deixa de ser mobilizador e pode passar a ser bloqueador, sobretudo se os atletas não dispuserem de estratégias eficazes para o gerir.
Os jogadores têm vivido semanas sucessivas sob máxima exigência, e ao que tudo indica assim continuará muito possivelmente até final, o que transforma uma ansiedade inicialmente episódica (associada ao momento dos jogos) numa ansiedade crónica. O organismo, sem tempo para recuperar entre os picos de tensão cada vez mais elevados, entra num ciclo de hiperativação emocional, o que pode comprometer a clareza mental, a tomada de decisão e, inevitavelmente, o rendimento.
Neste contexto, o treino mental assume um papel tão central quanto o treino físico ou tático. É este um momento crucial para a implementação práticas que potenciam a regulação emocional e o foco no desempenho, mitigando os efeitos da pressão externa, como por exemplo, as técnicas de visualização positiva, a respiração controlada, o foco no presente e a reformulação cognitiva que permitem aos jogadores reduzir a ansiedade disfuncional, aumentar a autoconfiança e preservar a clareza nas decisões em momentos críticos.
Neste campeonato disputado ao milímetro, os jogadores não enfrentam apenas os seus adversários, enfrentam a sua própria mente. Semana após semana, carregam a expectativa e o peso do dever da vitória.
Estão tão próximos da glória que a distância à mesma tanto atrai quanto paralisa. Nesta reta final não será apenas o talento que ditará o desfecho. Será a capacidade de cada um, treinador e jogadores, de gerir a pressão e as suas emoções."

Sporting já começa o dérbi a perder


"Leões falharam na gestão dos cartões amarelos e agora têm situação de Hjulmand para resolver. Já o Benfica não facilitou com Carreras, Florentino e Di María.

Falta mais de uma semana para o dérbi da Luz, onde provavelmente vai decidir-se o campeonato, e há até ainda uma jornada pelo meio, mas todas as contas já apontam para o Benfica-Sporting de 10 de maio. E na minha opinião os leões já o começam a perder, isto apesar de liderarem a Liga.
Parece paradoxal, até porque o Sporting tem a vantagem de ter o ganho o dérbi da primeira volta, o que lhe dá, diria, meio ponto de avanço, já que o primeiro critério de desempate é o confronto direto e dada a vitória no jogo de Alvalade é o Benfica que está obrigado a vencer de forma a ultrapassar o rival. Mas dizia que os leões já partem atrás dada a falta de planeamento na gestão dos cartões amarelos. Mais: considero que o Benfica está a vencer o dérbi por 3-1.
Desde o dia 15 de fevereiro, decorria a 22.ª jornada, que eu, e acredito que a maioria dos portugueses, ficou com a convicção que o campeonato seria decidido no dérbi da Luz. Então, o Sporting empatou (2-2) em casa com o Arouca e viu reduzida a vantagem, que chegou a ser de seis pontos, para apenas dois. Confirmou-se.
Nenhum dos dois grandes de Lisboa conseguiu descolar — leia-se ter vantagem superior a três pontos —, e até estão mesmo em igualdade pontual, que, acredito, vai manter-se por mais uma jornada. Ou seja, há dois meses e meio que este cenário era previsível e a estrutura leonina não o acautelou. Não sei se por opção ou por falta de planeamento.
Esta é uma situação que não é nova para os lados de Alvalade. Já vem desde os primeiros tempos de Ruben Amorim e ninguém se esquece do caso Palhinha, que se tornou tão famoso como anedótico – em vésperas de defrontar o… Benfica, o médio foi punido com um jogo de suspensão, mas apresentou uma providência cautelar que acabou deferida pelo Tribunal, o que lhe permitiu jogar o dérbi; curiosamente, saído do banco na última meia hora. O então treinador dos leões defendia (não sei se ainda defende) que os jogadores não deveriam provocar a exibição de cartões amarelos para limpar o cadastro, o que fez com que alguns muito influentes perdessem jogos importantes.
Percebo a opção, que, penso, tem na génese colocar o grupo acima de qualquer individualidade, mas não concordo com ela. Há jogadores fundamentais e até o próprio grupo os considera e defende como tal.
Vem tudo isto a propósito da utilização ou não de Hjulmand na partida com o Gil Vicente. O dinamarquês é um dos tais jogadores fundamentais e não por acaso o capitão dos leões e está em risco de suspensão, depois de ter visto na jornada transata, com o Boavista, o oitavo cartão amarelo na Liga.
Penso que Rui Borges está indeciso entre utilizar ou não o médio na receção aos galos, pois há a possibilidade de o perder para a final da Luz. Uma situação que deveria ter sido acautelada e não foi.
Bem melhor esteve o Benfica, com Bruno Lage indiferente à crítica. O treinador dos encarnados não hesitou e deu instruções claras para Di María e Florentino provocarem o amarelo em Guimarães, o que os levou a cumprirem castigo com o Aves SAD e agora estarem limpos para a reta final, tal como o fez, uma semana depois, com Carreras, arriscando não ter o influente lateral-esquerdo na deslocação ao Estoril mas com a garantia que está disponível para o jogo de todas as decisões.
Já o Sporting só deu instruções a Diomande para provocar o castigo, ficando com Hjulmand e também Matheus Reis à bica para o dérbi.
Neste capítulo, 3-1 para o Benfica.
Voltando a Rui Borges, o treinador dos leões tem ainda outro dilema para resolver, já que se utilizar o médio está a arriscar perdê-lo para o dérbi, o que é uma possibilidade forte, dada a posição que ocupa e o estilo musculado do dinamarquês, e se não o utilizar, de forma a guardá-lo para a Luz, simultaneamente está admitir um erro, pois se era para não jogar com o Gil Vicente mais valia ter forçado a expulsão diante do Boavista, de forma não só a apresentar-se diante do Benfica, como também a limpar o cadastro, já que há também a possibilidade de Hjulmand ver mais um cartão amarelo no dérbi, o que seria o nono no campeonato — na primeira sequência de amarelos, o castigo é aplicado ao 5.º e na segunda ao 4.º —, o que o afastaria da última jornada, a receção ao V. Guimarães, que pode ser decisiva. Situação que vale, obviamente, para Matheus Reis.
Já o Benfica tem Carreras, Florentino e Di María prontinhos para o dérbi e para a deslocação a… Braga. Trabalhos de casa bem feitos na Luz."

Uma final do campeonato nunca vista, se…


"Se Gil Vicente e Estoril não complicarem, podemos ter uma final - é mesmo UMA final - do campeonato como não nos lembrámos, em que qualquer das equipas pode festejar o título no mesmo dia. O fator casa favorece o Benfica, poder jogar com dois resultados inclina para o Sporting. Vai ser empolgante, para mais com um tira-teimas de Taça no horizonte logo a seguir. Mas atenção ao “se” inicial: falta um jogo antes desse clássico raro e os clientes não são Boavista nem AFS, antes uma equipa bem trabalhada, o Estoril, e outra agora estabilizada, o Gil Vicente.
Viktor Gyokeres será sempre o jogador do ano, mas a existência de um extraterrestre em Alvalade não impede de perceber Vangelis Pavlidis como o melhor ponta de lança do Benfica (Jonas não era um 9 puro) em muitos anos, mesmo em várias décadas. É também uma raridade os rivais de Lisboa estarem tão bem servidos de goleadores ao mesmo tempo. E qualquer deles pode ser decisivo nas finais que se anunciam.
O final de época do FC Porto é contrastante, porque vai acabar a lamber feridas e a equacionar futuro, seja o futuro do treinador Anselmi, do diretor desportivo Zubizarreta e de boa parte do plantel. A derrota na Reboleira expôs toda a fragilidade deste Porto, perdido entre a diminuta qualidade do plantel e a teimosia num desconforto tático que faz os jogadores parecerem piores ainda.
Na Europa ainda não há rei, mas assumo o encantamento definitivo com um Paris Saint-Germain de guardar na memória. Com bola é liberdade a emanar da qualidade, sem ela há artistas feitos altruístas. Faço vénia às épocas de Liverpool e Arsenal (sem as lesões, até onde iria?), delicio-me com a qualidade ofensiva do atual Barcelona, mas o PSG de Luis Enrique é o projeto do ano. Agrupa, como poucas vezes vi, jogadores de talento indiscutível, eles são Vitinha e Neves, Kvaratshkelia e Dembelé, mas reparem melhor se faz favor no menino Doué, 19 anos de uma espécie de Neymar francês, daquele tipo de arte indispensável a que o futebol seja um jogo eterno.
Duas notas finais. Uma positiva, para João Mendes, o médio do Vitória, num sublinhado ao talento verdadeiro e à inspiração recorrente, e num elogio também a Luís Freire, que viu nele, aos 30 anos, o que ninguém inacreditavelmente percebeu antes. A nota negativa é para o penálti absurdo assinalado no Casa Pia-Estoril, sem a devida correção do VAR. Em Portugal, o VAR intromete-se em lances a mais, acrescentando ruído muito para lá da correção de erros grosseiros. Quando surge um erro grosseiro desta escala, não surge o VAR. Está bonito."

Sempre os mesmos!!!

Crescer para render... formar para vencer!...


"O ser humano ao longo da sua evolução é sujeito a diversas influências, que podem contribuir para o processo favorável de desenvolvimento.
Claramente, o ambiente familiar torna-se um excelente meio, para que a criança perceba um código de valores existenciais de segurança, alegria e bem-estar.
Todos sabemos que a influência dos pais e a forma como se adaptam, ligam e acompanham a prática desportiva dos filhos, acusa uma extraordinária influência ou suporte para o alcance da persistência na obtenção do êxito, ou pelo contrário, pelo abandono devido ao fracasso obtido.
Esta influência torna-se mais evidente, tendo em conta a forma como avaliam as suas experiências desportivas prévias e a importância que atribuem ao desporto enquanto fator promotor de desenvolvimento dos filhos, bem como as expectativas face a estes.
Por vezes gera-se uma controvérsia, pelo facto de alguns profissionais entenderem que os pais podem atrapalhar o desenvolvimento, atendendo a diversos fatores, como as expectativas que tiveram ou não enquanto praticantes, obrigando a um desempenho que por vezes se torna irritantemente desadequado nos treinos e pior ainda nas competições realizadas, com lamentáveis comportamentos verbais e exacerbados, contra tudo e contra todos.
Contudo, ainda aparecem relatos de manifestações saudáveis de certos pais na promoção do contacto com os seus filhos, assumindo uma postura de permanente apoio perante o rendimento exercido, relativizando as condições do sucesso ou insucesso obtido.
Ainda na área formativa, jamais deveremos esquecer que o treinador tem de assumir uma função positivamente pedagógica, em que o rendimento das competências exercidas está muito para além do resultado alcançado.
No entanto, é frequente os próprios treinadores, dirigentes e pais, preocuparem-se mais com os resultados em detrimento de todo um processo de ensino/aprendizagem, acelerando a preparação dos atletas, queimando etapas de progressão, tudo fazendo para que ainda em idade infantil se atinja uma especialização precoce, fazendo o que antes do tempo se deveria evitar, e …um dia esse jovem adulto naturalmente descompensado, irá ter todos os argumentos para antecipar a própria carreira desportiva, podendo advir de várias hipertrofias que por consequência podem conduzir a traumatismos articulares, ligamentares e músculo tendinosos, culminando frequentemente no esgotamento e até abandono.
Também a desenfreada luta que a dinâmica empresarial, cedo, muito cedo, aprisiona de forma totalmente inquietante, para não dizer desonesta, este gradiente de pressão, no sentido de elaborar um requisito contratual de quem muito precocemente caminha nas lides da oferta e procura, vendo quantas vezes o clube, o treinador, o dirigente e os próprios pais comprometer esta fuga para a liberdade, dum crescer rápido para render depressa. Ultrapassam-se etapas, consumidas pelos ecos dum oportunismo económico e social prematuro, tratando as crianças como adultos em miniatura. Felizmente que são muitos clubes que ainda se disponibilizam em capitalizar de forma equilibrada os seus quadros, quer em termos técnicos como pedagógicos.
Treinadores capazes de respeitar o grau de desenvolvimento maturacional dos seus jovens atletas, tornando os treinos motivadores e criativos, evitando instruções de forma hostil ou primitiva, mas sempre encorajadora, corrigindo sem ofender e orientando sem humilhar.
Também sabemos que o mundo emocional da criança está muito dependente da confiança em si própria, autocontrolo, devendo os pais experienciarem na vida aquilo que pretendem que seus filhos comunguem como exemplo, isto é, se querem que os filhos sejam honestos, devem praticar a honestidade, que sejam educados, exercerem os deveres da educação perante os outros, que sejam justos, praticarem a justiça, etc … Os pais, através dos seus próprios comportamentos de vida, são geradores de confiança, acabando por ajudar a iluminar o bom caminho do relacionamento humano de quem lhes abriu as portas para a vida e dela recolhem os fundamentos da sua existência e onde tantas vezes apetece converter em gratidão e aplauso.
As crianças que se sentem amadas e reconhecidas pelos pais e outros familiares diretos, confiam mais nelas próprias e nos outros que com elas convivem, devendo por isso estes, sempre que possível acompanhar os treinos e jogos, encorajando e elogiando pelo esforço despendido, apoiando, fundamentalmente nos casos em que a fragilidade pelo rendimento menos conseguido possa resultar em pesadelo.
É de realçar que encontramos muitos clubes com uma organização devidamente estruturada quer no aspeto cultural e formativo dos seus dirigentes e treinadores de jovens que respeitam as bases do treino, tendo em conta o grau maturacional do atleta, deixando fluir sem pressão as etapas de desenvolvimento, transmitindo o gosto pelo treino e pelo jogo, baseado numa aprendizagem e aperfeiçoamento contínuo, fazendo de cada jogo uma base de trabalho para a construção de uma planificação do treino devidamente adequada motivante e criativa.
Na sua dinâmica operacional, associam na formação da persistência a paciência. No código do seu registo de ação estão garantidos os valores da honestidade e a firmeza das convicções, dirigentes e treinadores, conselheiros e amigos, expondo pelo exemplo o seu modelo interventivo, sendo pacientes e tolerantes com os erros e com as dificuldades de aprendizagem, neste desígnio polar duma consciente fórmula de crescer para render.
E de quando em vez somos iluminados pela presença da genialidade dum gesto que resulta duma arte de cultura em movimento, como referia Marías, J.; Selvages y sentimentales, (2007): «Sobre a relva soltam-se por vezes os génios que escrevem nas suas jogadas autênticos poemas vestidos de calções e chuteiras.» Esse recente exemplo, (entre alguns), que se repete, escrito a letras douradas, de seu nome: RODRIGO MORA.
Espero que o tempo possa ser bom conselheiro para a assunção robusta das suas credenciais já que está inserido num clube, (que bem conheço), subjacente por um código de valores devidamente sustentado por um património de sucessos, impregnados por uma cultura de rigor, competência, ambição e paixão.
«Jogar bem não chega quando não se ganha!... Ganhar não chega se não se jogar bem!... Ganhar e jogar bem não chega se não tivermos jogadores de grande nível… e ao grande nível não se chega, jogando apenas bom Futebol!...»
(Jorge Valdano)"

Abençoado apagão


"Afinal, parece que há vida para além do post ou do reel... Além do Counter Strike...

Há muito que não via, num dia de semana, tantos miúdos na rua. Caminhando em bandos, com sorridos cúmplices, gargalhada fácil, vozes estridentes. Os parques da cidade encheram-se, campos desportivos à pinha, bicicletas rompendo caminhos em vertigem.
Do alto de um quinto andar uma voz cortante de uma mulher mais velha, avisando o Carlos que às oito tinha de estar em casa para jantar. E o Carlos, pelo menos assim me pareceu, a dizer que sim por instinto, mais concentrado no jogo do que no jantar. Há dias em que tempos de decidir o que mais nos alimenta...
Foi nesse momento que me deu uma saudade imensa de um tempo em que o tempo não se media pelo relógio. O sol ditava as horas e os ritmos e era mais generoso no verão. Um tempo em que saía de casa de manhã, aparecia para almoçar à pressa, abastecendo mais rápido que um F1 em plena corrida, e só voltava a casa ao anoitecer. Muitas vezes ouvia das boas da minha mãe, zangada pela hora tardia; pelos arranhões nos joelhos e mais umas calças para remendar; por uma t'shirt que, jurava ela, era branca ao sair de manhã; um tempo em que se perdia peso apenas por se tomar banho.... Em que adormecia exausto, dormia na paz dos anjos e acordava pronto para repetir a dose... Porque o sol é que marcava as horas e o ritmo.
Recupero destas divagações para voltar a sentir o pulsar dos parques e campos da cidade. Os miúdos continuam felizes, despreocupados... Abençoado apagão. Às vezes as coisas acontecem para nos lembrarmos do que realmente precisamos ou não. O que nos faz ou não felizes. Para nos provar que, afinal, há vida para além da selfie, do post, do reel... Que uma bola ou uma bicicleta podem ser mais divertidas que as armas virtuais de um Counter Strike que se joga num quarto fechado. Sem eletricidade, os miúdos foram para a rua. E deixaram os telemóveis em casa. Trocaram a voltagem pela voragem de um dia ao ar livre.
Não vi ninguém contrariado. Os pais que se preocupassem com os garrafões de água e os rolos de papel higiénico, o dia e a rua eram deles. E nós pais, que nos fizemos na rua, que aprendemos a negociar na rua, que descobrimos o sabor da fruta na rua, que tocávamos às campainhas e fugíamos como perigosos meliantes, deveríamos estar felizes por eles. E aproveitar a embalagem. Talvez seja mais culpa nossa do que deles terem trocado os horizontes da paisagem pelas quatro paredes do quarto.
Se mandasse, haveria de decretar um dia por mês como o dia do apagão... Desligávamos o quadro de eletricidade em casa e mandávamos os miúdos para a rua...
Está a anoitecer e a senhora mais velha da voz cortante volta a chamar pelo Carlos. E o Carlos volta a fazer ouvidos moucos. Pelos que percebi só faltava um golo para se saber o vencedor. Há mais de uma hora que faltava. E àquele quadro, que me pareceu edílico, tratrei de juntar banda sonora, na voz da Voz: Carlos do Carmo.
Uma bola de pano,
num charco
Um sorriso traquina,
um chuto
Na ladeira a correr
 um arco
E o céu no olhar,
dum puto».
Parecem bandos de pardais à solta,
os putos, os putos.
São como índios,
capitães da malta os putos, os putos...

Abençoado Apagão"

DAZN: The Premier Pub - Liverpool é vermelho! Com um ou dois fumos azuis...

DAZN: Partiadzo - O Barcelona está com a estrelinha... e viu-se bem com o apagão!