Últimas indefectivações

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ir à bruxa...

"1. Não há nada que não nos aconteça esta época, já não falando no futebol. Com excelentes equipas nas modalidades, capazes, todas elas, de chegarem aos títulos nacionais, estamos em risco de não ganhar nenhum, sempre 'morrendo na praia'. Dominámos por completo toda a época de Voleibol e perdemos incrivelmente na final. Andámos na frente no Hóquei em Patins e ficámos 'colados' ao FC Porto que, com estranhas ajudas pelo meio, ficou campeão (mas ganhámos a Taça CERS). Dominámos a época no Futsal e, na final (que ainda não está perdida!), perdemos de forma incrível os dois primeiros jogos em casa (o de sábado, então...). No Basquetebol lutámos até à última (7ª partida) da final mas... não ganhámos. Só no Andebol não estivemos tão bem no Nacional embora tivéssemos brilhado na Taça de Portugal e chegado à final da competição europeia. A juntar a todos estes segundos lugares haverá que juntar, muito provavelmente, o do Atletismo... cada vez mais perto do Sporting. Claro que é mais fácil (e barato...) apostar em duas ou três modalidades (como fazem Sporting e FC Porto) do que em todas as cinco de pavilhão e ainda no Atletismo e no Projecto Olímpico. Mas, apesar dos vários 'murros no estômago' sofridos nas últimas semanas, continuo a sentir-me orgulhoso pelo facto de o Benfica estar em todas e a lutar pelos títulos até ao fim. O azar não haverá de estar sempre a bater-nos à porta...


2. Por princípio, não discuto as opções dos treinadores. Eles sabem (muito) mais que eu, têm dados que eu não possuo (por exemplo, como treinou cada um dos jogadores ao longo da semana), estão tão interessados, quanto eu (embora admita que por motivos diferentes) numa vitória do Benfica. Também quanto às escolhas dos jogadores para o plantel, não discuto as opções da direcção e do treinador - eles é que têm os dados todos do problema. Vem isto a propósito de Nuno Gomes. Sou dos que sempre gostaram do nosso avançado e não daqueles que passaram anos a assobiá-lo e agora ficam todos excitados quando ele sai do banco para o aquecimento. Também eu gostaria de continuar a vê-lo a vestir a nossa camisola. Mas respeito as opções do treinador (que porventura entende que já não é necessário) e do jogador (que pelos vistos prefere continuar a jogar mais uma época, eventualmente noutro clube). Não façamos disto mais um caso..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

Grande reforço para o Hóquei

Aqui está o primeiro reforço para a próxima temporada, para a secção de Hóquei Patins, Carlos López, goleador, internacional Argentino, passou os últimos 7 anos no Barcelona, antes tinha jogado 7 anos no Liceo da Corunha!!! São vários os jogadores veteranos a jogar ao mais alto nível, parece-me uma excelente aquisição tendo em conta o Nacional, mas também a Liga dos Campeões.
Nos últimos dias também foi anunciado as renovações de contrato, com os nossos jovens, João Rodrigues e Diogo Rafael...

Coulrofobia

"É comum entre crianças, dizem os psiquiatras, mas também ocorre com adolescentes e adultos. 'Ao deparararem-se com um indivíduo vestido de palhaço, os portadores dessa fobia têm ataques de pânico, perda de fôlego, arritmia, suores frios e náusea'.

D. Palhaço é um destroço. Está velho e senil. Diz coisas sem sentido. Rosna, late e, sobretudo, grunhe. Ainda assim mete medo. Coulrofobia, dizem os médicos. Talvez isso explique a subserviência e o lambe-botismo dos que escrevem opiniões nas quais nada opinam, dos que deviam investigar e não investigam, dos que deviam esclarecer e não esclarecem.

Quem tem medo de D. Palhaço? Toda a gente! Pseudo-jornalistas, pseudo-políticos, pseudo-juízes. D. Palhaço está podre. Por mais que ameace entrar-nos pela casa dentro todas as semanas com um número de circo. Ele sabe de verdade comprovada que o ridículo não mata: é a personificação do ridículo e não está morto. Fede, mas ainda não está morto.

Por haver tanta gente a sofrer de coulrofobia, D. Palhaço julga-se eterno. O medo dá-lhe vida. O medo alheio alimenta-lhe o ego. Pobre palhaço pobre. Há nele o esgar bacoco de quem não concebe o mundo sem medo, sem violência, sem ameaças. Pintando a giz sobre a boca, um sorriso estúpido: o sorriso macabro que vem do pânico dos outros. Muitos fogem, muitos calam-se, muitos mais dobram a cerviz e obedecem às suas ordens enlouquecidas pelo ódio. D. Palhaço já não é mais do que um farrapo, mas ainda há tanta gente com medo de palhaços...

A cada grunhido de D. palhaço, multiplicam-se os ataques de pânico. A cada rosnido de D. Palhaços há milhares que perdem o fôlego. A cada gracejo imbecil de D. Palhaço, é um não mais acabar de arritmias e suores frios.

Outros há, como eu, que dispensam tudo isso: só sentimos náusea."


Afonso de Melo, in O Benfica

D. Palhaço e a sua irresistível atracção por mulheres baratas

"Se há algo de que não se pode acusar D. Palhaço é de não se interessar por mulheres. De diversas idades, diversas cores e de diversos preços... Há quem diga que cada vez mais baratas, mas já se sabe como são as más-línguas no que a mulheres diz respeito.

Maio é mês de Rosas e de Fátimas. E com Maio no fim, D. Palhaço não perdeu a oportunidade de, meloso, rogar a Fátima:

-Fátinha, faz!...

E Fátinha fez.

-Um luxo!, disseram logo alguns.

-De génio!, disse logo o Lambe-Botas, de língua negra de azeviche de tanto andar com ela para cá e para lá em superfícies engraxadas.

-Uma obra de joelharia acrescentou um terceiro, convencido de que as obras de joelharia são assim chamadas porque se fazem de joelhos.

D. Palhaço brilhou. Os palcos são lugares onde se sente bem.

Sobretudo quando lhe dão carta branca para largar as suas porcarias, as suas breijeirices insuportáveis com o maior dos à-vontades. D. Palhaço mentiu. Mentir para ele é uma arte. Arte de palhaço pobre que a mentir ganhou a vida.

D. Palhaço insultou. O insulto é para ele a expressão natural da sua falta de educação, da sua tacanhez, do seu cérebro caliginoso.

D. Palhaço, exigiu:

-Fátinha, lava!...

E a Fátinha lavou, o mais branco possível, tudo o que o freguês deu ao rol. Cantando:

«Ó rio não te queixes

Ai o sabão não mata

Ai até lava os peixes

Ai põe-nos cor de prata...»

A D. Palhaço dá sempre jeito ter uma Fátinha que lave mais branco. À Fátinha dava jeito um bocadinho de dignidade, ou pelo menos uma pontinha de nojo. Fátinha canta:

«Um lençol de pano cru

Vê lá bem tão lavadinho

Dormindo nele, eu e tu...»

D. Palhaço, sempre irresistivelmente atraído por mulheres (há quem diga que cada vez mais baratas), católico apostólico e romano como poucos, já deixou Fátima para trás: vai a caminho de Lurdes, Ou de Roma, quem sabe?"


Afonso de Melo, in O Benfica