Últimas indefectivações

segunda-feira, 9 de junho de 2025

13.º Campeões Nacionais de Iniciados

Guimarães 1 - 1 Benfica
Wang


A uma jornada do fim, TriCampeonato de Iniciados, com um empate injusto em Guimarães (hat-trick de bolas aos ferros!), mas com a derrota do Sporting em Vila do Conde, deu para sermos Campeões!
Uma geração que foi 'sabotada' pela Lagartada, com o 'roubo' de vários dos nossos melhores jogadores, com arbitragens absolutamente criminosas durante esta Fase Final (incluindo hoje!), e mesmo assim o Benfica sagra-se Campeão... um plantel cheio de talento, mas com muita garra!!!
Estes miúdos ainda são muitos novos, não tem contratos, ainda podem ser 'pescados' por outros Clubes, mas mantendo esta base, temos talento para garantir o futuro!
O Wang e o Gomes destacam-se porque marcam golos... mas outros com futuro promissor!

PS: Recordo que nos Sub-14, fomos Campeões da II Divisão de Iniciados, a geração que na próxima época irá disputar este Campeonato de Iniciados!

Sofrimento desnecessário...

Benfica 95 - 94 Corruptos
26-27, 23-21, 25-18, 21-28

Fomos melhores, merecíamos um final de partida mais tranquilo, mas os Lances Livres mantiveram os Corruptos dentro do jogo: 22/13 contra 33/31 !!! Foi um diferencial de +18 nos LL, e a diferença não foi maior, devido às faltas na parte final...

Carvacho bem, Rorie importante, dois jogadores que estiveram grande parte da época condicionados e com muitos jogos de fora! Trey tem que melhorar...

Fundamental, vencer na Terça. Num jogo onde fomos bastante melhores, com 49 ressaltos, contra 33, com 24 ressaltos ofensivos para o Benfica, e vencemos por 1 ponto!!! Os jogos no Ladrão Caixa, ainda vão ser mais desequilibrados nos apitos, não podemos facilitar na Luz...

Zero: Mercado - Dragões atrás de prodígio

Portugal–Espanha: que seja um grande jogo


"Este domingo temos a oportunidade de vencer mais uma edição da Liga das Nações. Pela frente teremos uma Espanha igual a si mesma, que tem uma identidade bem definida, com jogadores com enorme compromisso, que se diverte a jogar e que está sempre de olhos na baliza adversária, mesmo quando está em vantagem no marcador.
Já do nosso lado não consigo identificar que Portugal vamos ter. Será que é o Portugal dos últimos 40 minutos frente à Alemanha? Ou será que iremos ter uma Seleção cheia de surpresas e de invenções promovidas por Roberto Martínez. Acima de tudo, espero um grande jogo de futebol e que no final possamos ser nós a sorrir…

Que Portugal esperar?
Ninguém tem dúvidas de que, na noite deste domingo, em Munique, estarão duas seleções com muita qualidade individual. As exibições da nossa Seleção sob o comando de Martínez têm sido muito inconsistentes. Ao fim de dois anos e meio Roberto Martínez não conseguiu criar uma identidade na nossa forma de jogar. É por este motivo que nunca sabemos que Portugal vamos ter em cada jogo. Costuma-se dizer que no futebol o mais difícil é fazer o fácil, ou seja, simplificar o jogo. Martínez tem seguido o caminho oposto.
De tanto querer implementar uma forma de jogar diferente, com laterais por dentro a fazerem de médios, de uma forma sistemática ou com uma constante troca no sistema de jogo utilizado, ora com três centrais ora com uma linha de quatro defesas, o futebol praticado, na maior parte dos jogos, tem sido pobre. O jogo contra a Alemanha é um bom exemplo porque nos permite tirar pontos muito positivos e outros que não fazem sentido.
Para uma Seleção como Portugal não faz sentido colocar João Neves a lateral-direito quando temos dois laterais no banco de suplentes. Não só não conseguimos potenciar toda a qualidade que João Neves pode dar à equipa, como ficamos com um lateral sem as rotinas ideais. Do lado positivo, com uma linha de quatro defesas, Nuno Mendes ganha uma dimensão natural (que não tem como terceiro central) e é uma mais-valia em termos ofensivos e defensivos.
Por fim, deixar Vitinha de fora numa fase em que é unanimemente considerado um dos melhores médios do mundo, com a justificação de que tem de ter um onze para o início e outro para o fim de jogo, não faz o menor sentido. Assim, esta noite, estou à espera do melhor Portugal. De uma equipa que queira jogar e ganhar o jogo, sem medo de o fazer.
Temos a capacidade para poder lutar pelo controlo da posse de bola, assim como temos a capacidade de poder aproveitar transições rápidas e chegar rapidamente a zonas de finalização. Temos argumentos e jogadores para todos os contextos do jogo. Se pudesse falar com Roberto Martínez pedia-lhe duas coisas: a primeira é que não invente e não baralhe os jogadores dentro do relvado. A segunda é que não olhe a estatutos na Seleção. Que coloque aqueles que estão no melhor momento. Aos jogadores pedia-lhes que tenham compromisso, que sejam compactos, que se divirtam dentro do relvado e que tenham a personalidade e perseverança demonstradas no jogo com a Alemanha.

Espanha alegre
A Espanha é uma equipa fácil de identificar e difícil de parar. Tem um ADN muito bem definido e do qual nunca abdica. Na seleção espanhola não existem estatutos ou experiência. O principal critério é a qualidade que os jogadores apresentam. Todos têm compromisso. Todos sofrem nos momentos de maior aperto e todos crescem nos momentos de controlo do jogo. Têm sempre os olhos postos na baliza adversária e jogam o jogo pelo jogo.
A principal característica da seleção espanhola é conseguir controlar o jogo em posse e chegar a zonas de finalização com muita frequência. A única dúvida no onze poderá ser a utilização de Fabián Ruiz, que dará maior consistência ao meio-campo espanhol, ou a titularidade de Merino, que tem uma grande capacidade de jogar entre linhas e de aparecer a finalizar na área adversária. Com Merino, a Espanha perde algum controlo no jogo, mas torna-se mais agressiva em termos ofensivos.
Pela forma como se expõe em campo, a seleção espanhola também dá espaço aos adversários e permite, com frequência, que os jogos sejam abertos e bem disputados, como foi o exemplo do embate frente à França. Por norma, os jogos em que a seleção espanhola está presente são grandes desafios de futebol. Espero que hoje possamos presenciar mais um grande jogo de futebol, com magia, com qualidade, com fair-play, com agressividade e que no fim ganhe Portugal!

Duelos muito interessantes
Entre os muitos duelos que vamos ter oportunidade de assistir, Nuno Mendes vs Yamal pode ser um duelo épico. Vão estar frente a frente o melhor lateral-esquerdo e o melhor ala do mundo. Na minha opinião Yamal, com apenas 17 anos, já é o melhor jogador do mundo. Incrível a qualidade que demonstra semana após semana. A forma como desliza perante adversários de enorme qualidade, a capacidade de decisão, a definição no último terço e a personalidade que tem fazem com que Yamal consiga desequilibrar em praticamente todos os jogos em que está presente.
Este domingo vai encontrar pela frente Nuno Mendes que considero ser o melhor lateral-esquerdo da atualidade. Forte no um contra um defensivo e com uma enorme capacidade de desequilibrar em termos ofensivos. Estou curioso para perceber se Nuno Mendes, por um lado, vai conseguir controlar o talento de Yamal e se, por outro, terá ainda capacidade para desequilibrar ofensivamente, como costuma fazer de uma forma regular.
Outro duelo muito aguardado é o de Vitinha vs Pedri, isto se Martínez não se lembrar de guardar Vitinha para lançar na segunda parte! Tanto Pedri como Vitinha são dois jogadores que pautam os ritmos de jogo. Os dois veem coisas que os outros não veem e têm uma capacidade e velocidade de execução incríveis. Acrescentam a estas qualidades uma personalidade forte que está bem presente na forma como jogam. Tanto um como o outro estão num grande momento de forma e vêm ambos de uma época fantástica e de uma enorme preponderância nas suas equipas.

A valorizar: Antunes
Aos 38 anos, terminou a carreira no clube do coração (P. Ferreira), depois de uma época desgastante. Teve um belo trajeto pautado por um enorme profissionalismo.

A valorizar: Bruno Fernandes
O dinheiro ainda não consegue comprar tudo. A paixão pelo futebol sobrepôs-se aos cifrões!"

Da Luz a Munique: votos de (des)confiança


"Roberto Martínez tem o lugar assegurado no pós-Munique, e não é por Pedro Proença. Rui Costa quer segurar o lugar até outubro, e tem legitimidade para o fazer, mas deve clarificar a sua intenção

Agora não restam dúvidas: o debate em torno da continuidade de Roberto Martínez está fora de prazo. Já estava, de resto, mas regressou à agenda por causa da mudança de presidente na Federação Portuguesa de Futebol.
Há um ano, sensivelmente, a discussão era bastante pertinente. Cair nos quartos de final do Campeonato da Europa não é propriamente uma vergonha, ainda para mais frente à França, mas as exibições da Seleção no torneio foram suficientemente pobres para questionar a evolução da equipa sob o comando do técnico espanhol.
Nos meses seguintes Roberto Martínez fez por justificar a confiança de Fernando Gomes, mas em março último teve a verdadeira prova de fogo. Proença tinha acabado de assumir a liderança da FPF e a Seleção até perdeu em Copenhaga, mas depois deu a volta à Dinamarca, em Alvalade, e garantiu a presença na final four da Liga das Nações.
A partir daí o selecionador ficou com a razão do seu lado. A desportiva, pelo menos. Não seria sensato prescindir de um treinador por causa de uma derrota frente à Alemanha, em solo germânico, numa meia-final. Pelo menos perante um desaire de dimensão normal, mais do que não seja dentro dos critérios do histórico de jogos naquele país. Como agora não poderá ser sensato prescindir de um treinador por causa de uma eventual derrota na final, frente a uma Espanha que é campeã da Europa (e da própria Liga das Nações, já agora).
Oxalá o desfecho de Munique seja outro, mas, mesmo no pior cenário, Roberto Martínez está seguro. A prova disso é que recebeu um voto de confiança inequívoco: não pelas palavras de Pedro Proença após o jogo com a Alemanha, mas pela forma como foi defendido pelo capitão Cristiano Ronaldo na antevisão do jogo de hoje.
Na Luz, por outro lado, o voto foi de desconfiança, com o orçamento do Benfica chumbado por 73,8 por cento da Assembleia. Mais um duro golpe para Rui Costa, já atacado por várias frentes — até por fogo que chegou a ser amigo — quando faltam quase cinco meses para as eleições. As explicações aos sócios não contrariam a sensação de fragilidade, mas o presidente do Benfica tem todo o direito de sentir que tem legitimidade para levar o mandato até outubro. Mesmo que esteja à espera de umas quantas vitórias nos Estados Unidos, ou de uns reforços sonantes. Não deve é ficar à espera disso para anunciar a sua intenção."

Basta de invenções: adiós, Martínez; bem-vindo, José Mourinho!


"Não tenho nada contra Roberto Martínez. Mas ele não é o meu selecionador. Ontem não era. Hoje também não é. E mesmo que venha a vencer a Liga das Nações, continuará a não ser. Porque o problema não está no discurso - está no conteúdo. E, neste caso, o conteúdo é pobre. Demasiado pobre, se o compararmos com o talento que tem Portugal.
Martínez apanhou a melhor Bélgica de sempre… e fez pouco com muito. Agora, com Portugal, tem um plantel ainda mais rico, mais profundo, mais versátil - e continua a fazer pouco. Não me venham com os resultados. Ganhar à Bósnia, ao Luxemburgo ou ao Liechtenstein é o mínimo exigível com esta geração. E quanto ao Europeu, já muito se disse. E quase tudo foi justo.
Há treinadores que, com pouco, fazem muito. E há outros, como Martínez, que, com muito, fazem pouco. A diferença está na ambição, na exigência, na coragem, na liderança ou ausência dela, na decisão e, se necessário, romper com o que for preciso para fazer a equipa crescer.
O que mais me incomoda nem são as invenções de Martínez - e são muitas. O que verdadeiramente me incomoda é a completa falta de necessidade delas. Porque quando uma Seleção conta com Diogo Costa, Rúben Dias, Nuno Mendes, Dalot, Vitinha, João Neves, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rafael Leão, Diogo Jota, Cristiano Ronaldo, João Félix - e a lista podia continuar por mais três linhas - o trabalho do selecionador devia ser simples: organizar, motivar e não atrapalhar.
Mas Martínez insiste em complicar. Insiste em inventar onde não é preciso. Desloca jogadores das suas posições naturais, força esquemas, experimenta à procura de uma identidade que, com este grupo, já devia existir. Esta geração não é um laboratório de testes. É uma orquestra de elite. E precisa de ser afinada com liderança, coerência e coragem. Não com hesitações, discursos vazios ou concessões políticas.
Portugal não precisa de um visionário. Precisa de um treinador que confie no talento que tem - e é muito. Um treinador que defina um plano claro, que imponha exigência, que inspire ambição. Que saiba gerir egos, unir estrelas e extrair o melhor de cada jogador. E é aí que entra José Mourinho.
Sim, Mourinho. O homem que já foi amado e odiado, criticado e idolatrado - mas que nunca foi irrelevante. Mourinho não é apenas um treinador com títulos. É um treinador de convicções. De liderança. De compromisso com a vitória. É alguém que entra num balneário e obriga os jogadores a olharem para o espelho - e a quererem ser melhores. Com ele, não há zonas cinzentas: ou se está dentro do compromisso… ou está-se fora.
Mourinho sabe o que é liderar um grupo de estrelas - fê-lo, por exemplo, no Real Madrid. Sabe o que é ultrapassar adversidades - fê-lo no FC Porto, Inter de Milão, Chelsea, Manchester United, Roma etc. Sabe o que é transformar talento em títulos. E, sobretudo, sabe colocar cada jogador no seu lugar - em campo e na hierarquia competitiva. Porque, para vencer, é fundamental que todos saibam onde estão e o que se espera deles.
Ao contrário de Martínez, Mourinho não tenta agradar a todos. Tenta ganhar. E é por isso que seria o homem certo neste momento. Porque esta geração - talvez a melhor da história de Portugal - merece mais. Merece estar nas mãos de alguém que a potencie, não de alguém que, mesmo com dois anos de trabalho, ainda parece à deriva, à procura de um modelo.
Não há tempo a perder. Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Rúben Dias, Rafael Leão, João Neves, Vitinha, Diogo Costa, Nuno Mendes... todos estão no auge. Todos estão prontos para conquistar o mundo. Mas precisam de um líder. De alguém com estatuto, experiência e um plano. Alguém que não hesite. Que não invente.
Com Mourinho, saberíamos sempre ao que vamos. Seríamos uma equipa difícil de bater. Teríamos identidade, organização e mentalidade vencedora. E mesmo que não ganhássemos - porque no futebol ninguém pode garantir títulos -, saberíamos que demos tudo. Que não ficámos à espera da sorte, de uma bola parada ou de um rasgo individual de qualquer um dos nossos jogadores. Saberíamos que tínhamos um líder que não abdica de ganhar. E que faz tudo para ganhar.
Mourinho tem os seus defeitos - todos temos. Mas, no fim do dia, o futebol continua a ser sobre vitórias. E Mourinho continua a ser dos poucos que sabe como alcançá-las: com regularidade e personalidade.
Portugal tem talento para ganhar qualquer competição. Mas precisa de um treinador à altura dessa ambição. Alguém que olhe nos olhos dos jogadores e diga: Não basta estar aqui. É preciso merecer. É preciso vencer. É este o plano.
Se há alguém com esse perfil, esse alguém chama-se José Mourinho.
Por tudo isto, digo sem hesitação: Gracias por tu trabajo, Martínez. Pero… Adiós. Bem-vindo, Mourinho.
E que Portugal, amanhã, conquiste a sua segunda Liga das Nações. Até porque, no meu entender, essa vitória pode abrir caminho para Vitinha ganhar vantagem clara sobre Dembélé e Lamine Yamal na corrida à Bola de Ouro."

Deus passou por aqui


"Quem nasceu para tocar o céu precisa de um lugar para voltar à Terra. Michael Jordan passou pela nossa terra e eu gostava de me ter cruzado com ele — mesmo ao ritmo de Macarena...

O homem que aprendeu a voar sem asas esteve — estará ainda? É olhar para cima e procurá-lo… — em Portugal. Sua alteza real, Michael Jordan, foi visto no Porto, em Lisboa e no Algarve, périplo por este cantinho à beira-mar plantado onde chegou no avião particular dele com o logótipo da mítica marca Air Jordan. Só ele saberá por que razão não bateu asas e voou como se levitasse para o cesto no mais célebre dos afundanços — preferiu que o Gulfstream G650ER, matrícula N236MJ, fizesse o trabalho por ele. É compreensível, afinal celebrou a 17 de fevereiro 62 anos.
Eu, também já com idade para ter juízo, se por acaso me tivesse cruzado com o norte-americano que reinventou, nos anos 80 e 90 do século passado, o jogo criado pelo canadiano James Naismith, não sei se teria resistido a meter conversa com um ídolo. Meter conversa, um eufemismo para não afirmar que chatearia o homem mesmo sem o talento de Lucas Pina, um artista de rua são-tomense que, no Largo do Chiado, em Lisboa, conseguiu pôr MJ e outros turistas que estavam na esplanada da Brasileira a dançar ao som de Macarena.
«Quando tirou os óculos, percebi que era mesmo ele», disse, citado pelo site New in Town, Lucas Pina, que, a partir de agora, por mim, será conhecido simplesmente por sortudo. Jordan não é apenas o maior jogador de basquetebol de todos os tempos — é o arquétipo do que significa ser excecional enquanto atleta e líder. The Last Dance [A Última Dança], o documentário da ESPN e da Netflix sobre a época 1997/98 que culminou no sexto título com a camisola dos Chicago Bulls, é uma obra-prima inclusive para quem nem sequer gosta da modalidade. É uma lição de vida e liderança com uma bola a saltar pelo meio.
Se me perguntassem qual o episódio na história do desporto que gostaria de ter protagonizado… Os golos de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo que lhes valeram inúmeras Bolas de Ouro? O golo dos golos, o tal de Diego Maradona que fintou tudo o que era inglês desde o meio-campo da Argentina no México-86? Os recordes do Mundo de Usain Bolt, Carl Lewis, Bubka ou outros monstros sagrados do atletismo? Subir ao pódio pela enésima vez para receber as medalhas olímpicas de ouro de Phelps? Acelerar como Senna, Schumacher ou Hamilton? A mestria de Tiger Woods nos 18 buracos? A pujança de Muhammad Ali? A consistência de Federer, Nadal ou Djokovic?
Não desdenharia ter o talento que permitiu a estes e tantos mais entrarem no Olimpo. Mas é de Michael Jordan o momento que gostaria de ter vivido na primeira pessoa.
Se pudesse recuaria a 14 de junho de 1998... Os Chicago Bulls defrontaram, fora, no Delta Center, os Utah Jazz no jogo 6 da final da NBA. Com 20 segundos por jogar, perdiam por um e os locais tinham a bola, entretanto roubada a Karl Malone por Jordan, que, depois, a conduziu para o ataque, encarou Bryon Russell, executou um cross-over, em bom português… partiu-lhe os rins, suspendeu e concretizou dois pontos. E assim, a 5,2 segundos do fim, sentenciou triunfo, por 87-86, que garantiu o sexto campeonato aos Bulls e ao eterno às dos ares que imortalizou o número 23.
Quem nasceu para tocar o céu precisa, por vezes, de um lugar para voltar à Terra. MJ em Portugal? Para quem cresceu a admirá-lo enquanto desafiava a lei da gravidade, é quase surreal vê-lo... na nossa terra.

P.S. Não é o United Center onde Michael Jordan brilhou com Scottie Pippen, Dennis Rodman, Toni Kukoc, Steve Kerr, Ron Harper ou Luc Longley. Mas o Pavilhão da Tapadinha é igualmente uma fonte de memórias únicas para mim e alguma malta que ontem, sábado, se reencontrou no salão de visitas do Atlético Clube de Portugal, à boleia de um convívio — genialmente apelidado de All Star Porco no Espeto, por razões óbvias... — promovido pelos comentadores da NBA da Sport TV. O Luís Avelãs é um deles, juntos ajudámos o clube de Alcântara a ganhar um campeonato de juvenis, em 1988, um amigo dos tempos em que se viam jogos da NBA em cassetes VHS vindas não sabíamos bem de onde e se folheava a revista Gigantes com ar de espanto a cada página. Valeu a pena, Luís, para o ano há mais!"