Últimas indefectivações

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Vitória...

Benfica 4 - 2 Bassano

Estreia na Champions com uma vitória relativamente segura, que até merecia um marcador mais dilatado. Sofremos o 1.º golo num Power Play, e o 2.º nos segundos finais...

Mais um ano, mais um Sorteio complicado para o Benfica! O calendário não é fácil, este Bassano será o adversário mais acessível, mas somos sempre os principais favoritos...

Boa reação...

Benfica 3 - 1 Maribor
23-25, 25-18, 28-26, 25-18

Mais uma vez, começamos mal, mas fomos a tempo de garantir a vitória, sem permitir dois Set's às adversárias! A recta final do 3.º Set poderá ter sido decisiva na eliminatória! Estamos a dois Set's da fase de grupos da Champions, ou então o Set de Ouro, espero que desta vez, evitem a má exibição das Canárias!!!

Continuamos com alguns problemas na rotação, a Dixon está de fora, a Isadora não está a 100% e a Alice foi para a ficha de jogo, mas não estava em condições!

Terceiro Anel: Bar do Cosme #30 - Debate...

Visão: Debate

Debate

Fever Pitch: Domingo Desportivo - Um Ensaio sobre a Amizade e o Amor

Backstage | SL Benfica 5-0 Bayer 04 Leverkusen | UEFA Youth League

As eleições no Benfica: um clube ou um culto?


"Como é possível que Rui Costa, apesar da mediocridade desportiva, da prodigalidade financeira, do desgoverno estratégico, da incapacidade política, da opacidade administrativa e das limitações profissionais que a sua estrutura evidenciou nos últimos quatro anos, tenha liderado a primeira volta das eleições para a presidência do Sport Lisboa e Benfica e se perfile como o favorito, segundo a generalidade dos observadores, para a vitória final?
Há quem diga que esta curiosa situação se deve a fragilidades de João Noronha Lopes, o seu principal e subsistente adversário — vítima de uma operação de assassinato de carácter montada por sicários da comunicação, condicionado pela falta de agilidade retórica própria de um administrador de empresas e destituído do magnetismo pessoal que inspira a crença e o fervor das massas. Estas explicações são superficiais. Poucos acreditam sinceramente na tese risível de que o concorrente é a segunda vinda de Vale e Azevedo ao mundo benfiquista, mesmo que alguns o escrevam em letras garrafais nas paredes imundas das redes sociais.
A falta de agilidade retórica não impediu outros candidatos à presidência de grandes clubes de alcançarem o êxito eleitoral, porque o futebol pertence ao reino da ação, não do verbo. E o carisma nunca foi, na tradição de governo portuguesa, o que conduziu os líderes ao poder, antes um atributo que adquirem pelo seu exercício; o que atrai os portugueses é a autoridade.
Este último facto insinua uma hipótese alternativa. Vencer eleições contra o incumbente é muito difícil, sobretudo entre nós. Para se ter uma ideia, só dois primeiros-ministros em funções foram derrotados nas urnas em toda a nossa história democrática — um paraquedista e um desbaratador. Quem está no poder parte com grande vantagem, mesmo que não tenha obra de monta para alardear. Mas a pobreza da gestão de Rui Costa é de tal ordem — resultados insuficientes no futebol sénior, declínio visível em várias modalidades, finanças entregues aos humores da fortuna, comportamento letárgico nas instâncias desportivas e um estado de coisas pautado pela falta de consistência, transparência e competência — que o prémio eleitoral da incumbência não tem força explicativa suficiente.
Apesar dos 42% na primeira volta não terem sido um bom resultado, são um resultado demasiado lisonjeiro para o trajeto depressivo que o Benfica percorreu neste mandato. Estamos pior em praticamente todos os planos, do rendimento desportivo à sustentabilidade financeira, do que estávamos em 2020, quando João Noronha Lopes desafiou um Luís Filipe Vieira em perda visível de resultados e influência.
Parece-me improvável que outro incumbente resistisse a esta degeneração, tendo em conta a justa impaciência e exigência dos sócios de um clube com um passado glorioso e uma grandeza única.
Ao contrário do que pensam alguns, Rui Costa não resiste ao império dos factos por os benfiquistas terem renunciado ao espírito de conquista ou por terem mergulhado no derrotismo fatalista, embora seja inegável que, entre os que viveram o calvário dos anos 90, se tenha instalado o receio da mudança e a aversão ao risco. Resiste porque, no imaginário de muitos sócios, Rui Costa não é apenas uma pessoa, cujas qualidades e defeitos possam ser apreciados com objetividade por aqueles a quem compete fazê-lo periodicamente. É um mito — o mito universal do salvador prometido. Afastá-lo da presidência do clube não é apenas uma decisão soberana dos sócios sobre as qualidades relativas dos candidatos, mas o fim doloroso de uma ilusão profundamente radicada no universo benfiquista.
Por isso, a escolha que é dada aos sócios no próximo sábado não é, como seria expectável e saudável, apenas a escolha entre dois indivíduos que se candidatam a governar os destinos de uma grande instituição dotada de uma organização complexa — um incumbente com um currículo sofrível e um concorrente com um currículo promissor. Não é apenas a escolha entre uma aglomeração desconexa de indivíduos e uma equipa de profissionais de excelência. Não é apenas a escolha entre um programa estratégico e um panfleto anedótico. É uma escolha existencial entre a realidade e a mitologia.
A redução caricatural de Noronha Lopes — convertido pelos óculos de uma fantasia sórdida em gestor de uma cadeia de hambúrgueres, dono de uma churrasqueira falida, consultor de empresas falhadas e cabeça de um corpo parasitário —, apesar de absurda, é o mecanismo de defesa que mantém viva a chama da ilusão. Esta só funciona se não for consciente, pelo que conservá-la implica reprimir, se necessário através da aliança entre a irreflexão e o sarcasmo, todos os factos que a contradigam.
Não é fácil deixar o mito cair e aceitar a crueza da verdade. Muitos sócios desejam intensamente acreditar que, com uma segunda oportunidade, Rui Costa cumprirá a profecia do salvador — dando-lhes argumentos para esfregarem na cara dos adversários que o Benfica é diferente dos outros, não apenas porque é o maior, o que é inegável, mas porque transcende misteriosamente as leis da divisão do trabalho social e a cultura prosaica dos valores profissionais.
Infelizmente, o mito é o mito e a verdade é a verdade. Se quiserem regressar ao caminho das vitórias, do equilíbrio financeiro, da supremacia estratégica e da autoridade institucional, os sócios têm de se reconciliar com o facto de que Rui Costa, o maestro dos relvados e encarnação da mística, não é feito da matéria específica que faz bons presidentes. Se persistirem na ilusão, é provável que venham a pagar o mitologismo com a moeda da degenerescência. Se esse dia chegar, o Benfica deixará de ser um clube e passará a ser um culto. Isto se, entretanto, não tiver passado para as mãos oleosas de um aventureiro ou de um cleptocrata."

Portugueses poderiam ser como os sócios do Benfica


"Estaria o adepto do Benfica disponível para esperar mais de duas horas para votar nas presidenciais, legislativas, autárquicas ou europeias?

Os adeptos do Benfica, admito-o, impressionaram-me. A forma como se mobiliozaram para estas eleições são um bom exemplo no que à capacidade de intervenção e sentido de clube diz respeito. Os adeptos do Benfica não se limitaram a bater o recorde do mundo de votantes numas eleições de clube. Eles atropelaram o anterior, reduziram a cinzas o recorde de 57 mil nas eleições do Barcelona de 2010.
Nos últimos anos, os adeptos do Benfica têm dado provas de enorme participação democrática (com destaque para as eleições e novos estatutos) sem perder o sentido crítico. É muito provável que Rui Costa vença de novo, mas os sócios vão deixar bem claro que não é um cheque em branco, pode nem ser uma avaliação positiva de mandato, é antes a confiança de que Rui Costa tem tudo para fazer melhor. E eles vão continuar democraticamente vigilantes.
Ter ouvido um sócio, numa casa do Benfica, dizer que estava há duas horas à espera para votar, justificando que «o Benfica merece tudo» fez-me sorrir. E dei por mim a pensar: estaria o mesmo sócio disponível para esperar mais de duas horas para poder eleger o próximo Presidente da República, Parlamento ou presidente de câmara? E diria «Portugal merece tudo»?
Gostaria que os portugueses votassem com o mesmo entusiasmo dos sócios do Benfica, que até já querem bater novo recorde do Mundo; gostaria que os portugueses estivessem todos disponíveis para fazer tudo por Portugal; que percebessem tanto de finanças, saúde, educação ou segurança social como de 4x3x3, opções no onze ou estratégia de jogo... Que fossem tão exigentes com o Presidente da República e Primeiro Ministro como são com o presidente e treinador do clube. Dissessem presente nos grandes desafios de Portugal como estão nos grandes jogos dos clubes; que pensassem tão alto para o futuro do país como para o futuro do clube na Europa e no Mundo; até que soubessem identificar os populistas na política como os identificam e, mesmo errando logo correm com eles, no futebol.
Gostaria também que os portugueses olhassem para Portugal como os adeptos do Sporting olham para o clube. Com fidelidade, com apoio incondicional, com resistência aos longos anos de jejum de títulos que já viveram. Gostaria que todos os portugueses olhassem para o País como os adeptos do FC Porto olham para o clube. Com sentimento de pertença, de família, de bairrismo, aguerridos e de pelo na venta quando tem de medir forças com os mais poderosos.
Não, o futebol não é o ópio do povo. O futebol mostra-nos algumas das melhores características dos portugueses e deixa-nos a desejar que se aplicassem também à política. Está no topo do mundo em termos da qualidade dos nosso profissionais. Portugal merece. Porque nós queremos e somos exigentes.
Por vezes o que parece é que é a política o ópio do povo... Adormece-o. Por organização, é um bom modelo elegermos quem nos represente. Mas é também muito saudável não abrir mão da nossa voz, sermos conhecedores e exigentes. Porque o país é nosso. Não apenas de quem elegemos. Há Há tanto a aprender com o futebol."

Benfica e Mourinho: a mudança que nada mudou


"O Benfica continua longe de jogar bem e, diante do Leverkusen, para quem gosta de separar conceitos, nem o resultado se aproveitou. O registo é humilhante. Zero pontos em quatro jogos. Penúltimo lugar

A questão não é Barreiro ser 6, 8, 10 ou 9,5 —talvez aquilo a que mais se assemelhe seja um 8 de formação de bloco baixo, que pressiona e aproveita a dimensão física para acrescentar chegada à área contrária, um pouco como acontecia no Mainz — é mais o que a decisão de colocá-lo a 10 diz da identidade da equipa que representa e das ideias do seu treinador. Aí, pouco ou nada mudou. Poderia ser Bruno Lage. Todavia, é José Mourinho. Para já, as bancadas parecem aceitar com naturalidade (talvez demasiada, mas decorrente da estabilidade interna nos resultados e do grandioso estatuto do técnico) que o Benfica possa entrar com o atual nível de ambição na Liga dos Campeões e não só.
Podiam os encarnados ter, mesmo assim, vencido? Claro que sim. Criaram boas oportunidades, uma ou outra mais flagrante, bolas nos postes, ainda que, mesmo com o domínio consentido pelos alemães, não tenham sabido desmontar na maior parte do tempo, através do ataque posicional, uma defesa alemã que desde cedo deu sinais de fragilidade. Jogou bem o Benfica? Não, claro que não, mesmo que a leitura de Mourinho, seja ou não para dar moral aos seus jogadores e mantê-los ligados ao processo, vá nesse sentido. Mais uma vez, não soube atrair, criar superioridades numéricas e virar rapidamente o centro de jogo à procura do espaço, e assim abrir a linha de 5 dos farmacêuticos. Não irá lá só com treinos, faltam jogadores, porém passam as semanas e pouca evolução se vê.
Para quem gosta de falar de intensidade, essa também não mordeu os calcanhares dos germânicos. Fisicamente ou mentalmente. Para piorar, algumas figuras como Aursnes, Lukebakio e Pavlidis estiveram bem abaixo das expetativas, apesar de Ríos querer mostrar-se e Tomás Araújo ser o que toda a gente vê: o único indiscutível na defesa. Não chegou para coletivamente se jogar bem, quanto mais para jogar bonito. Se o segundo conceito dificilmente será do léxico de Mou, o primeiro foi obrigatório durante os anos iniciais da carreira do técnico português. É a esses a que se agarram os adeptos, até mesmo o próprio.
Não discuto as contas de Mourinho, mas o Benfica tem zero pontos em quatro jogos, três da sua responsabilidade. Só o Ajax, próximo rival, está pior. E muitos orçamentos inferiores estão bem acima na tabela. Lage foi despedido depois de cumprir objetivos, com medo do desmoronamento da época. Se entendo que não era grande solução, também não vejo grandes mudanças. Só há mais desculpas."

O que quer o Benfica?


"O principal argumento para João Noronha Lopes ser eleito presidente do Benfica seria a mediocridade do ciclo-Rui Costa.
Nos quatro anos do Príncipe de Florença no cadeirão da Luz, o clube viu o Sporting saído dos escombros de Alcochete - e reerguido por Ruben Amorim - a ganhar dois campeonatos e o FC Porto intervencionado pela UEFA a conquistar um.
As águias, financeiramente pujantes, a contratarem muito e a venderem ainda mais, não foram capazes de fazer mais do que os portistas e os leões.
Ora, se a este balanço insuficiente adicionarmos a gestão danosa nas apostas e nas demissões de treinadores, a sentença pareceria unânime e pacífica: o Maestro foi um craque de bola nos pés e é um desastre de fato, óculos e gravata.
Acontece que Noronha Lopes, contra todas as minhas previsões, teve a baliza aberta e, a não mais de dois metros, cometeu a proeza de rematar por cima.
Não sei se embalado naquela alquimia entre otimismo irritante e esporádica soberba, ou se apenas por natural incapacidade comunicativa, João Noronha Lopes não soube dar o golpe de misericórdia no momento certo.
Teve Rui Costa ali aos pés, caído, desnorteado, acossado pelas polémicas do Vieirismo e pela montanha de papelada assinada sem nada ver ou saber, e não soube desmontá-lo, decifrá-lo, encostá-lo à parede e revistá-lo de cima a baixo.
Noronha permitiu ao incumbente sair vivo, e a dar sinais de conhecimento e preparação, em todos os combates televisivos. Não por mérito de Rui Costa, mas por surpreendente incapacidade do próprio Noronha. 
E era fácil, era muito fácil. Diria que básico, até primário.
Não me refiro a projetos, essa palavra tão abstrata e estafada, mas apenas e só ao futebol profissional. Nenhum presidente é contestado por culpa das derrotas da equipa de natação ou por uma goleada sofrida no hóquei em patins, por mais belo e justo que seja enaltecer o ecletismo de uma instituição.
O que realmente conta, deixemo-nos de fazer de conta, são as ideias para o futebol profissional, para as infraestruturas e para as relações institucionais dentro do edifício do futebol nacional.
Aí, nesses três pilares, os spin doctors de Noronha não souberam afiar-lhe as palavras e os argumentos. A lâmina pareceu-me desajustada, descalibrada, incapaz de ferir.
Estas são as boas notícias que tenho para a candidatura de Rui Costa que, por uma diferença de cinco mil votantes e 210 mil votos (42,13% vs 30,26%), aparenta estar sossegada e segura a aguardar a vitória do próximo sábado. A vitória final.
Em certo sentido, pelos motivos supracitados, Rui Costa tem razões para isso. Mas a história não está fechada.
Se Noronha Lopes juntar ao seu bom programa, e à sua competente equipa, uma forma de falar mais convincente, mais humana, mais clara, não tomo como certo o triunfo de Rui Costa.
Vamos a mais ses.
Se Noronha corporiza parte da mudança exigida pelos simpatizantes de João Diogo Manteigas, certamente receberá uma boa parte desses 12.259 votantes (cerca de 203 mil votos).
Acredito que também os eleitores de Martim Mayer e Cristóvão Carvalho (cerca de 1600) optarão, na sua maioria, por Noronha Lopes.
Se a minha teoria política não andar longe da verdade, serão pois os saudosistas do vieirismo, e das suas más práticas, a decidir a eleição.
E aqui já não me atrevo a antecipar o que quer que seja.
Se (só mais um) em 2025, perante todos os escândalos, processos judiciais e estratagemas fiscais conhecidos, 11.816 benfiquistas acharam que ‘sim senhor, este Vieira é o homem certo’, então assumo a minha incapacidade de analisar estas almas.
A derrota do vieirismo, já agora, foi a melhor notícia saída da primeira volta. Para o Benfica e para o ar respirado no futebol português. Os esquemas mal-amanhados, as amizades perigosas e os sacos de notas para fins dúbios morreram nas urnas.
João Noronha Lopes tem a força máxima dos argumentos do seu lado para ser o próximo presidente do Benfica. Falta-lhe o lado teatral, a agilidade retórica, a comunicação afinada e ilustrada em frases simples e impactantes.
A liderança de Rui Costa tem sido um constante ato falhado. Noronha só não a capitalizará se voltar a desperdiçar um golo de baliza escancarada.
Parece-me difícil.

PS: a degenerescência do Benfica no plano internacional, amplamente exibida na mediocridade da equipa na Champions 25/26, é outro elemento a ser dissecado e capitalizado pela candidatura de Noronha Lopes. Sem mitos, aventuras ou utopias desgarradas, o Benfica tem de saber bem o que quer. Sábado fará essa escolha."

Boi de piranha


"O ser humano é sedento por uma boa história. Uma teoria bem construída, então, alimenta durante dias, semanas ou até mesmo meses e anos o nosso desejo desenfreado pelo desconhecido.
Os fatos, por si só, são quase sempre aborrecidos. Mesmo quando nos instigam e geram interesse, rapidamente caem no esquecimento ou perdem espaço para uma especulação qualquer. A conspiração aguça a mente.
Fábio Veríssimo acusou o FC Porto de, no intervalo do jogo contra o Sp. Braga, no Dragão, colocar imagens em loop de um lance arbitrado por ele minutos antes. Para piorar, (supostamente) não havia como desligar a televisão.
O clube azul e branco, por sua vez, não desmentiu. Primeiramente, emitiu um comunicado com extensos oitos parágrafos, sem nenhuma menção ao caso. Preferiu o contra-ataque: fez acusações contra o mesmo árbitro.
No dia seguinte, o próprio presidente portista André Villas-Boas teve a oportunidade de abordar a mais nova (e vergonhosa) polêmica no futebol português. Não só chutou para o lado, como ainda ofereceu uma deliciosa distração aos jornalistas.
«Há muito tempo que o Sporting tem o presidente do Benfica no bolso», disparou o portista, que, na semana anterior, já havia falado em «santas alianças na segunda circular que visam enfraquecer» os dragões.
No Brasil, há uma curiosa expressão popular para a estratégia montada por Villas-Boas: boi de piranha. Resumidamente, é o sacrifício de um indivíduo na tentativa de livrar outro indivíduo (ou organização) de alguma dificuldade.
A definição tem como origem os criadores de gado. Ao atravessar um rio infestado de piranhas, escolhem um boi velho ou doente para atrair os peixes carnívoros, enquanto os outros fazem a travessia sem perigo iminente.
Dito e feito. Neste momento, o que aconteceu (ou não) com Fábio Veríssimo praticamente passou para segundo plano, seja nas redes sociais ou, sobretudo, na Comunicação Social. O assunto do momento é o que acontece (ou não) na capital do país."

Observador: Decisão - Da Champions aos votos de Vieira. O que esperar do debate?

BF: 5 erros de Mourinho!

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Benfica perde outra vez: derrota e consequências

Observador: E o Campeão é... - A calculadora do Benfica tem uma conta cada vez mais difícil

Observador: Três Toques - Chicharito Hernández multado por não comemorar Halloween

Zero: Saudade - S04E09 - Ronaldo...

Visão: Fernando Martins...

Pre-Bet Show #156 - Quem merece ir à Seleção?

Resultado injusto


"O Benfica foi derrotado, por 0-1, no encontro com o Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Proibido desistir
José Mourinho elogia a equipa e recusa atirar a toalha ao chão: "Este jogo convence-me de que podemos ganhar os pontos que nos faltam. Tudo aquilo que preparámos, os jogadores fizeram muito bem, com uma entrega extraordinária. É uma derrota, não há volta a dar, mas é um jogo muito bem conseguido. Perdemos porque não fizemos golos." Futebol | "Este jogo convence-me de que podemos ganhar os pontos que nos faltam"

2. Faltaram os golos
Na opinião de Aursnes: "Tivemos bons momentos e podíamos ter vencido."
Tomás Araújo alinha pelo mesmo diapasão: "Não 'matámos' o jogo e acabámos por sofrer o golo."
Richard Ríos sublinha: "Fizemos as coisas boas que o treinador pediu."
E Barreiro vinca: "Criámos muitas ocasiões."

3. Chamadas internacionais
Já são conhecidas algumas das convocatórias que envolvem jogadores do Benfica para as próximas datas FIFA.

4. Goleada
Na UEFA Youth League, o Benfica ganhou por 5-0 frente ao Leverkusen. Gonçalo Moreira bisou e juntou-se a Diogo Gonçalves e José Gomes como melhor marcador de sempre do Benfica na competição (11 golos).

5. Seleções jovens
Jaden Umeh marcou pela Irlanda no Mundial Sub-17, e são 4 os atletas das equipas da Formação do Benfica que integram a mais recente convocatória da Seleção Nacional Sub-19.

6. Eleições 2025
Leia o comunicado procedimental divulgado pela Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica.

7. Outros resultados
O Benfica venceu, por 93-90, ante o Le Mans Sarthe Basket na fase de grupos da Basketball Champions League. Em futsal, triunfo, por 3-1, frente ao Caxinas. A equipa feminina de basquetebol perdeu, por 65-66, na receção ao MB Zaglebie Sosnowiec. Em andebol no feminino, vitória benfiquista, por 33-20, imposta à AA São Pedro do Sul.

8. Jogos do dia
Hoje há dois embates europeus na Luz. Às 17h30, a equipa feminina de voleibol do Benfica disputa a 1.ª mão da 3.ª ronda de qualificação da CEV Champions League com o OTP Banka Branik, da Eslovénia. Às 20h30 é a vez de a equipa masculina de hóquei em patins entrar no rinque para enfrentar o Hockey Bassano 1954 em partida referente à jornada inaugural da WSE Champions League.

9. Sorteios
Em futebol no feminino, o Benfica vai defrontar o Clube de Albergaria na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Em basquetebol, as águias encontram-se com o SC Braga nos oitavos de final da Taça de Portugal."

MAG: comunicado procedimental


"Considerando a segunda volta das Eleições, a realizar no dia 8 de novembro, cabe informar que, pese embora o sucesso global da operação de dia 25/10, a Mesa detetou situações que devem ser corrigidas, implementando novos processos, nos termos seguintes:
1. Os acessos de prioritários serão melhorados em todas as secções, nomeadamente no Estádio da Luz, garantindo um especial cuidado no acesso aos pavilhões;
2. O fluxo de sócios nas secções fora do Estádio da Luz deve ser mais rápido e eficiente, diminuindo, globalmente, o tempo de voto. Para esse efeito, aumentámos significativamente os meios físicos alocados às secções, nestes termos:
A) Introduzimos melhorias em 44 secções de voto – além das duas de Lisboa;
B) Aumentámos 72 cabinas de voto, que correspondem a 144 pontos de votação;
C) Aumentámos 8 pontos de check-in; 3. Assim, teremos, no total das 108 secções, 576 cabinas de voto, 301 check-ins e 472 urnas;
4. Implementámos novos processos na identificação dos sócios, permitindo que, mantendo a confirmação efetiva da identidade, se reduza para metade o tempo de permanência nos postos de identificação;
5. ⁠Encontrámos 5 novas instalações, em substituição das anteriores, que permitem assegurar a melhoria global das condições de voto, a saber:
Amadora
Escola Roque Gameiro Av. Aviação Portuguesa, 2700-316 Amadora

Barcelona
Melia Sky Barcelona PereIV, 272-286, 08018 Barcelona

Chaves
Hotel Premium Chaves – Aquae Flaviae Praça Do Brasil, 5400-001 Chaves

Loures
Escola Dr. António Carvalho Figueiredo Rua 25 de Abril, 2670-482 Loures

New Bedford
Casa do Benfica 34 Beetle ST, MA02746-1957

Paris
Mercure Paris Gare de Lyon 2Pl. Louis Armand, 75012 Paris

6. Ao longo do dia de votação implementaremos um esquema de informação que permita aos sócios escolherem as secções com melhor fluxo.

Estas são, para os devidos efeitos procedimentais, as alterações logísticas a implementar desde já.
A Mesa manter-se-á em contacto com as candidaturas, a fim de promover uma ativa colaboração na melhoria das referidas condições, saudando a disponibilidade que manifestaram em atingirmos uma votação, de novo, recorde, ultrapassando o objetivo de participação de 100 000 sócios.
Dos sócios que constam do caderno eleitoral, 160 508 têm a situação regularizada, distribuídos da seguinte forma:
3 votos – 46 313
10 votos – 29 636
20 votos – 56 971
50 votos – 27 588"

Renascença: Jogo da Palavra - Vítor Serpa. "Apanhei o Platini a espiar o treino do Porto antes da final da Taça das Taças-84"

ESPN: Futebol no Mundo #506 - DESRESPEITO a Ancelotti, SUPER BAYERN e SUPREMACIA inglesa na Champions

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

BolaTV: Lado B - S02E14 - Pedido de casamento do Leclerc

Zero: Fantasy - Jornada 11: Aposta no Benfica e vários calendários a refletir

A liderança que funciona


"Nos últimos dias recebi várias questões relacionadas com liderança. A liderança da própria pessoa, a do treinador da equipa, a que a minha chefia faz ou deveria fazer. De forma simples e concreta, a liderança que funciona é aquela que atinge os resultados definidos. Se for de forma sustentável e duradoura, melhor ainda. Se conseguir criar pilares que permitam à estrutura e às pessoas continuar a produzir e a funcionar sem a presença constante do líder, excelente. E se, além disso, ajudar a formar outros líderes, quase perfeito. Então, o que seria necessário para ser perfeita? Nada, porque essa liderança não existe.
Aponto quatro ou cinco elementos que devem ser considerados sempre que se analisa uma liderança: a pessoa (ou o líder em questão), o contexto, os liderados, e os objetivos pretendidos. Um quinto elemento poderá ser o ambiente em redor, distinto do contexto, pois este último diz mais respeito às dinâmicas internas, enquanto o ambiente se refere a fatores externos.
No desporto de alto rendimento, e provavelmente também no contexto corporativo, raramente assistimos a equipas que vencem sempre, mesmo ao longo de uma única época. As pessoas (líderes e liderados) mudam constantemente de estado de espírito, o contexto e o ambiente não são estáticos, e há sempre adversários que se preparam, interferem, estudam-nos e nos tentam superar.
Somos muito exigentes com os outros, com os líderes, os treinadores ou os atletas, sendo muitas vezes bem menos connosco próprios. A cultura da exigência e da responsabilização tende a funcionar apenas num sentido. E esse tipo de liderança está condenada a durar pouco. Sem uma cultura organizacional sólida, robusta e um propósito partilhado, nenhum líder resiste por muito tempo.
Já falei aqui sobre a importância vital dos resultados, sobre a necessidade de termos um Estiarte (como Guardiola tem) ao nosso lado, e sobre a importância de construirmos e alimentarmos uma cultura forte e coerente entre todos.
Por fim, o que não podemos permitir é aquilo a que chamo eficiência podre, quando os resultados de cada área são atingidos, ou quase, mas os resultados globais, os realmente importantes e que interessam, ficam por alcançar. Em que cada chefia fica satisfeita por ter cumprido a sua parte, mas o objetivo maior da organização é relegado para segundo plano, porque eu sou avaliado pela minha área. É o momento em que cada um olha apenas para a sua árvore, esquecendo-se da floresta."

Rabona: Is there ANY club stronger than Bayern Munich? (UCL This Week)

SportTV: ReporTV - O espírito de Resistência

Golos da Champions...

Uma aspirina que causou uma dor de cabeça gigante ao Benfica


"O Benfica cedeu a quarta derrota em outros tantos jogos na Liga dos Campeões esta temporada, ao perder com o Bayer Leverkusen por 1-0, num jogo em que desperdiçou várias oportunidades para fazer melhor. As esperanças na qualificação são cada vez mais ténues, num jogo que os encarnados deixaram que ficasse ligado à corrente do caos

Parece uma antítese, como tantas vezes o foi no tempo de Xabi Alonso. Uma equipa de farmacêuticos que causa dores de cabeça. Mas esta noite, na Luz, a derrota frente ao Bayer Leverkusen foi para lá de uma arreliante cefaleia: significa o mais que provável fim do Benfica na Liga dos Campeões. Mesmo que não matematicamente, pelo menos no que à lógica da competição diz respeito. 
Mas é diferente ter dores de cabeça com esse Bayer de Xabi, campeão alemão há dois anos, do que com um Bayer em reconstrução, como é este que chegou a Lisboa, uma equipa em busca de uma nova identidade, com caras novas à procura de confirmar a aposta (Ernest Poku, por exemplo), uma equipa aleatória em certos momentos, a namorar o caos em outros. O Benfica, ainda que com oportunidades para não terminar o quarto jogo na Champions com a quarta derrota, não conseguiu sair desse caos, dessa indefinição que alguns chamam de emoção, de “excelente jogo de futebol”, mas que não passou, quase sempre, de um duelo entre duas equipas cheias de dúvidas.
Dúvidas que José Mourinho terá tentado mitigar pedindo músculo a Leandro Barreiro, habituado às pendulares idas e vindas da Bundesliga, que surgiu como médio mais próximo de Pavlidis. Sudakov foi exilado para a esquerda. Não resultou, num jogo que cedo deu ares de barafunda, quando aos 11 minutos a uma arrancada de Poku, que Tomás Araújo travou com um corte de classe, o Benfica respondeu com uma arrancada análoga, com Ríos a encontrar Lukebakio, que picou a bola para o ferro.
Era uma espécie de final olímpica dos 100 metros em que a meta era uma baliza.
Mesmo com Grimaldo como espécie de estrela-guia, vindo da esquerda para criar vantagens a meio-campo, prevalecia o nervosismo no Bayer. O Benfica conseguia, com regularidade, cheirar a baliza alemã, mas faltou pragmatismo. Barreiro e Lukebakio estiveram perto de o conseguir na mesma jogada, aos 26’, e a bola voltou a ter um encontro de terceiro grau com a barra aos 33’, quando Otamendi saltou mais alto num canto.
O Bayer, na boa tradição sem filigranas de Kasper Hjulmand que apaixonou muito boa gente no Euro 2020, quando era selecionador da Dinamarca, tentava sempre a forma mais em linha reta possível para chegar à baliza: aos 35’, com dois toques no corredor central, colocou Poku isolado em frente a Trubin, mas faltou (e falta, em geral) acerto técnico ao neerlandês.
Ainda antes do final da 1.ª parte, já o Benfica-Bayer era um jogo partido, perigoso para o Benfica. Mais ainda quando o espaço que os alemães também ofereciam era desbaratado. Lukebakio, especialista sempre-na-mesma-jogada, terá sonhado aos 43’ ter um pé direito para deixar de ter a tentação de driblar em busca da sua canhota. Talvez o grande passe de Sudakov, desde o meio-campo, tivesse acabado em golo e não numa bola rematada contra um adversário - no futebol, o timing não é tudo, mas quase.
Pavlidis falhou a recarga nesse lance, o remate saiu prensado, e no início da 2.ª parte também não se deu bem com o timing, ou com a tomada de decisão, procurado contornar Mark Flekken quando se viu, por um acaso, em frente ao guardião do Bayer, que aproveitou a falta de repentismo do grego para lhe subtrair a bola.
Ao contrário de Mourinho, Hjulmand mexeu, atirou Patrik Schick lá para dentro, dos poucos resquícios do Bayer de Xabi que ainda moram em Leverkusen, e com ele os germânicos aumentaram os níveis de perigo esperado. E aos 64’, o checo marcou. Ou melhor, aproveitou um presente. O avançado viu Trubin negar-lhe um primeiro remate e, no alívio, Samuel Dahl lateralizou o corte, que foi direitinho para a cabeça de Schick. Um golo inglório, talvez injusto, mas num jogo descontrolado, o difícil é que a narrativa não fuja das mãos de quem o joga.
Ao golo adversário, Mourinho respondeu com a entrada de Prestianni, Dedic e Schjelderup, havia ainda quase meia-hora para jogar mas logo ali pareceu tarde. O Benfica estava numa espécie de pântano, como se as pernas de cada jogador pesassem o dobro, a frescura mental o triplo. Deixou de haver discernimento, o Benfica tornou-se uma equipa atrapalhada - case in point, aquela escorregadela de Lukebakio já nos minutos finais, quando estava em excelente posição para empatar. Seria cómico se não fosse, naquela altura, algo trágico.
Como na Champions nenhuma equipa é uma ilha e os clubes jogam entre si, dificilmente o Benfica sairá da armadilha em que se meteu. Matematicamente nada é impossível, claro está. Mas fora de portas - e às vezes dentro delas - o Benfica parece demasiado mergulhado nas suas incertezas para ir mais longe do que isto."

Triste Adeus à Champions, Quem Não Mata, Morre


"BENFICA 0 - 1 Leverkusen

06' sou fã dos piques do Lukebakio!
11' Tomás lá trás a roubar uma bola de golo, Rios a meter primorosamente em Lukebakio na profundidade e não é que a porra dabola é defendida pela barra? 16' parece-me que o Ríos está em dia sim.
25' e voltamos a criar perigo: duas intervenções complicadas do redes a remates do Barreiro e Lukebakio, na recarga.
31' pois é, o Barreiro não é médio defensivo, aparece tão bem na área que quando afinar a pontaria será um caso sério.
33' mais outra defendida pela barra com o redes a assistir à trajectória da bola cabeceada pelo Otamendi lá nas alturas.
35' bem, que autoestrada abrimos bem no centro, sorte que o xutador deles não teve sangue frio e fez um remate de merda.
43' mais duas perdidas na mesma jogada! Lukebakio brilhantemente lançado pelo Sudakov inventou um tró-ló-ló à frente do redes, que defendeu, e depois na recarga outra perdida.
44' e agora Otamendi, em ótima posição, mandou fraquinho para as mãos do redes...
45+1' zero-zero muito injusto.
47' começamos como acabámos, a falhar, agora foi o Pavlidis...
55' ah, já era para ter escrito isto na primeira parte: o Grimaldo joga muito.
65' o Trubin faz a defesa difícil e o Dahl vai e faz uma assistência? Fdx, zero-um. Assim é difícil.
70' continuamos em branco e agora a criar menos perigo... o golo deles mandou-nos abaixo.
55.796 nas bancadas, longe das melhores assistências da época. E muitos vão aproveitando qualquer paragem no jogo para irem embora.
85' agora Lukebakio... hoje não dá mesmo!
87' e eles vão-se mandando pro chão como fazem as equipas pequenas quando precisam de se socorrer do antijogo.
90+6 um adeus à Champions num jogo que é difícil explicar como perdemos. Não matámos isto e ainda lhes oferecemos a vitória."

Não há teoria que contrarie a lógica simples do futebol


"Se não marcas é certo que não ganhas; se não marcas e ofereces presentes ao adversario é quase certo que perdes. Podemos estar o dia inteiro a discutir este jogo, mas dificilmente sairemos daqui...

Monsieur de La Palisse dificilmente diria algo mais assertivo, mas a verdade é que às vezes a realidade explica-se a si própria de forma tão veemente que há pouco de novo a acrescentar: uma equipa que domina quase sempre, cria várias oportunidades de golo e não consegue concretizar uma que seja — entre deméritos próprios e méritos contrários, pois claro — não ganhará o jogo mais simples e ao mesmo tempo mais complexo do Mundo. Se, ainda por cima, essa equipa tem uma distração fatal, então vai perdê-lo, a não ser que o adversário falhe rotundamente. Schick não falhou depois da oferta de Dahl e o Leverkusen colecionou a primeira vitória na Champions 2025/2026, deixando o Benfica com zero pontos em quatro jogos.
Manda a verdade dizer, vistas e revistas as imagens televisivas (aparentemente mais vezes que o videoárbitro), que fica um penálti por marcar a favor dos encarnados quando havia 0-0 e se adivinhava a qualquer momento o golo dos da casa. Tapsoba — o nosso especialista Pedro Henriques confirma-o — comete falta sobre Leandro Barreiro. Não sendo uma verdade concreta, manda a convicção de quem assistiu a esta partida com atenção dizer que a alergia do Benfica à baliza alemã foi tal que pouco nos garante a conversão da grande penalidade em golo. Mas enfim, deixemos a especulação.
Direitos aos factos, olhemos para a estatística e constatemos mais um dado óbvio: ao contrário do que sucede na maioria das outras modalidades, ela não ganha jogos. Pode até, no final, ganhar campeonatos, mas cada jogo tem a sua história e só o futebol traz esta democrática oportunidade de o menos bom ganhar frequentemente ao melhor. Porque, não restem dúvidas, o Benfica foi francamente melhor que o Bayer.
A primeira parte pode até ter dado uma sensação de equilíbrio, nomeadamente porque a posse de bola até pendia para o lado alemão e o Bayer passou de facto largos momentos no meio-campo encarnado, mas no que toca a oportunidades os donos da casa levavam larga vantagem na ida para intervalo. A pouco tempo do apito para descanso, Sudakov deu o mote para o que se esperava da segunda parte, correndo da esquerda para o meio a fintar alemães e isolando na direita Lukebakio, que não conseguiu ultrapassar o guarda-redes contrário; Aursnes ainda ofereceu segunda chance a Pavlidis, mas Badé fez corte milagroso.
Mourinho regressou a jogo com o mesmo onze, o que fazia todo o sentido porque as coisas estavam a resultar e o enguiço, dizia a lógica, haveria de ser quebrado. Só que veio uma oportunidade, veio uma segunda, chegou uma terceira... e nada. O Bayer ia fazendo pela vida, bem organizado e com o defesa-esquerdo Grimaldo a calcorrear campo inteiro procurando os desequilíbrios possíveis. E a verdade é que aos 65 minutos surgiu um, começado precisamente nos pés do espanhol ex-Benfica no flanco contrário ao habitual. Trubin defendeu uma bomba de Schick, mas uma tremenda infelicidade de Dahl fez com que o mau corte de cabeça fosse parar à cabeça do checo, e aí Trubin já nada poderia ter feito.
Mourinho mexeu. Entraram Schjelderup, Dedic e Prestianni. Veio maior velocidade, mas também atabalhoamento. A equipa sentiu em demasia a injustiça moral do golo alemão e não reencontrou frieza para prosseguir o seu jogo, estado progressivamente agravado pelas sucessivas perdas de tempo dos jogadores do Bayer e, obviamente, pelo andar do relógio. Pode dizer-se que o Benfica fez um bom jogo? Sim — porque o futebol tem uma lógica muito simples de entender mas também uma maravilhosa complexidade para compreender."

As notas da equipa do Benfica: pitadas de qualidade e doses de tolice


"Tomás Araújo e Richard Ríos tiveram os seus méritos, mas encontraram resistência na própria equipa, com muitas asneiras e algumas exibições lamentáveis: Aursnes foi flagrante

A figura: Tomás Araújo (6)
Tomás Araújo foi novamente titular no eixo da defesa do Benfica, deixando António Silva no banco dos suplentes, mas por vezes parecia que estaria a jogar como lateral ou médio, tal a ousadia e qualidade com que ajudava a alimentar o ataque. Rápido e tecnicamente evoluído, teve também de virar-se para trás e tapar buracos deixados por Aursnes: corte impecável logo ao minuto 11, quando Poku já tinha fugido ao norueguês. O Benfica viveu muito, sobretudo na primeira parte, da confiança em Tomás Araújo, que haveria de ter, todavia, a sua dose de responsabilidade no lance fatal do jogo: perdeu a marcação de Patrik Schick quando Grimaldo lançou o companheiro e o ponta-de-lança ainda disparou contra Trubin. O resto já não foi com ele e manteve o equilíbrio emocional até ao fim.

Trubin (5) — Jogo estranho para o ucraniano: não fez praticamente nada de difícil e perdeu com um golo esquisito. Ainda defendeu a primeira bola de Patrik Schick, mas a segunda tinha o selo. No jogo de pés não foi brilhante. Os mínimos.

Aursnes (3) — Fraco desempenho defensivo na primeira parte, sendo ultrapassado em velocidade ou em habilidade por Poku. Foi aparecendo com um bom passe aqui e ali — aos 43' e aos 61' entregou bem a Pavlidis —, contributo pobre em função das asneiras constantes e variadas. Não é um rematador nato e atirou muito mal quando estava em boa posição, já no segundo tempo, pouco depois errou um passe que obrigaria Lukebakio a cometer falta para amarelo. Era candidato fortíssimo à substituição, mas terminou o jogo como lateral-esquerdo, sem sinais de melhoras.

Otamendi (6) — Acertou na trave ao minuto 33, com uma boa cabeçada, e foi visto mais do que uma vez a apostar no passe ofensivo. Bem servido por Barreiro em cima do intervalo, rematou fraco, desperdiçando o que poderia ter sido um penálti em movimento. Até levou as mãos à cabeça. Do ponto de vista defensivo terá exagerado no jogo faltoso.

Dahl (3) — Estava relativamente seguro no jogo, parecia ter a situação controlada, foi visto inclusivamente a contribuir no ataque, mas cometeu um erro incrível, assistindo Schick para o 1-0, quando o obejtivo era simplesmente tirar a bola da frente da baliza.

Richard Ríos (6) — Excelente passe de 50 metros a isolar Lukebakio aos 11 minutos, um disparo enquadrado ao minuto 13, mas à figura de Flekken, aos 26' deu largas ao seu jogo vertical e construiu um belo lance de ataque do Benfica. Na segunda parte sofreu mais, mas esteve sempre entre os melhores da sua equipa. No esforço e não só.

Barrenechea (4) — Nem sempre conseguiu ser tão esclarecido na recuperação e no passe quanto a equipa necessitaria. Não correu riscos ao nível do passe ou do remate, tornando o jogo da equipa bastante previsível.

Lukebakio (4) — Com um bocadinho mais de arte e discernimento teria saído do jogo com dois ou três golos. Para começar, acertou na trave, mas errou no gesto técnico, na reta final da primeira parte fez drible a mais e quando disparou já tinha Flekken em cima da bola. No segundo tempo, mais do mesmo, um pouco mais desastrado: perto do fim parecia em posição de fazer o 1-1, mas escorregou. Combinou algumas coisas boas com várias coisas más.

Barreiro (5) — Bruno Lage e José Mourinho têm gabado a capacidade para aparecer na área do adversário, mas na Alemanha era mesmo um 6. Por vezes falta arte para finalizar, mas sobra energia e generosidade. Fez bom passes, um deles a deixar Otamendi em posição de marcar, mas também perdeu uma boa ocasião frontal. Saiu quando era preciso inovar.

Sudakov (5) — Dois bons passes ofensivos e uma excelente jogada individual a deixar Lukebakio em posição de marcar. Mas passa muito tempo desaparecido.

Pavlidis (4) — Ficou zangado com Lukebakio aos 43', pois esperava o passe do belga, mas também não pode estar satisfeito com o seu jogo, claramente desinspirado, na finalização e não só.

Dedic (5) — Entrou aos 69', com vontade de acrescentar. Não se notou a paragem de 3 semanas e até passou mais tempo de olhos na área do Leverkusen do que na sua.

Prestianni (5) — Entrou aos 69', aos 86' deixou Lukebakio em posição de marcar, mas o belga não acertou na bola. Teve o mérito de enfrentar a coluna alemã mesmo correndo riscos.

Schjelderup (5) — Entrou aos 69' e foi muitas vezes procurado, mas o espaço não era muito. Não obstante, fez um bom passe para Prestianni aos 86' e aos 90+6' executou um cruzamento bem medido para Lukebakio."

Terceiro Anel: React - Mourinho - Bayer...

Esteves: Bayer...

Daizer: Bayer...

Tony: Recaldo BTV - Bayer...

AA9: Bayer...

BF: Bayer...

BI: Rescaldo - Bayer...

Terceiro Anel: Bayer...

Observador: Relatório do Jogo - Bayer...

Terceiro Anel: Live - Bayer...

5 Minutos: Bayer...