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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

As notas da equipa do Benfica: pitadas de qualidade e doses de tolice


"Tomás Araújo e Richard Ríos tiveram os seus méritos, mas encontraram resistência na própria equipa, com muitas asneiras e algumas exibições lamentáveis: Aursnes foi flagrante

A figura: Tomás Araújo (6)
Tomás Araújo foi novamente titular no eixo da defesa do Benfica, deixando António Silva no banco dos suplentes, mas por vezes parecia que estaria a jogar como lateral ou médio, tal a ousadia e qualidade com que ajudava a alimentar o ataque. Rápido e tecnicamente evoluído, teve também de virar-se para trás e tapar buracos deixados por Aursnes: corte impecável logo ao minuto 11, quando Poku já tinha fugido ao norueguês. O Benfica viveu muito, sobretudo na primeira parte, da confiança em Tomás Araújo, que haveria de ter, todavia, a sua dose de responsabilidade no lance fatal do jogo: perdeu a marcação de Patrik Schick quando Grimaldo lançou o companheiro e o ponta-de-lança ainda disparou contra Trubin. O resto já não foi com ele e manteve o equilíbrio emocional até ao fim.

Trubin (5) — Jogo estranho para o ucraniano: não fez praticamente nada de difícil e perdeu com um golo esquisito. Ainda defendeu a primeira bola de Patrik Schick, mas a segunda tinha o selo. No jogo de pés não foi brilhante. Os mínimos.

Aursnes (3) — Fraco desempenho defensivo na primeira parte, sendo ultrapassado em velocidade ou em habilidade por Poku. Foi aparecendo com um bom passe aqui e ali — aos 43' e aos 61' entregou bem a Pavlidis —, contributo pobre em função das asneiras constantes e variadas. Não é um rematador nato e atirou muito mal quando estava em boa posição, já no segundo tempo, pouco depois errou um passe que obrigaria Lukebakio a cometer falta para amarelo. Era candidato fortíssimo à substituição, mas terminou o jogo como lateral-esquerdo, sem sinais de melhoras.

Otamendi (6) — Acertou na trave ao minuto 33, com uma boa cabeçada, e foi visto mais do que uma vez a apostar no passe ofensivo. Bem servido por Barreiro em cima do intervalo, rematou fraco, desperdiçando o que poderia ter sido um penálti em movimento. Até levou as mãos à cabeça. Do ponto de vista defensivo terá exagerado no jogo faltoso.

Dahl (3) — Estava relativamente seguro no jogo, parecia ter a situação controlada, foi visto inclusivamente a contribuir no ataque, mas cometeu um erro incrível, assistindo Schick para o 1-0, quando o obejtivo era simplesmente tirar a bola da frente da baliza.

Richard Ríos (6) — Excelente passe de 50 metros a isolar Lukebakio aos 11 minutos, um disparo enquadrado ao minuto 13, mas à figura de Flekken, aos 26' deu largas ao seu jogo vertical e construiu um belo lance de ataque do Benfica. Na segunda parte sofreu mais, mas esteve sempre entre os melhores da sua equipa. No esforço e não só.

Barrenechea (4) — Nem sempre conseguiu ser tão esclarecido na recuperação e no passe quanto a equipa necessitaria. Não correu riscos ao nível do passe ou do remate, tornando o jogo da equipa bastante previsível.

Lukebakio (4) — Com um bocadinho mais de arte e discernimento teria saído do jogo com dois ou três golos. Para começar, acertou na trave, mas errou no gesto técnico, na reta final da primeira parte fez drible a mais e quando disparou já tinha Flekken em cima da bola. No segundo tempo, mais do mesmo, um pouco mais desastrado: perto do fim parecia em posição de fazer o 1-1, mas escorregou. Combinou algumas coisas boas com várias coisas más.

Barreiro (5) — Bruno Lage e José Mourinho têm gabado a capacidade para aparecer na área do adversário, mas na Alemanha era mesmo um 6. Por vezes falta arte para finalizar, mas sobra energia e generosidade. Fez bom passes, um deles a deixar Otamendi em posição de marcar, mas também perdeu uma boa ocasião frontal. Saiu quando era preciso inovar.

Sudakov (5) — Dois bons passes ofensivos e uma excelente jogada individual a deixar Lukebakio em posição de marcar. Mas passa muito tempo desaparecido.

Pavlidis (4) — Ficou zangado com Lukebakio aos 43', pois esperava o passe do belga, mas também não pode estar satisfeito com o seu jogo, claramente desinspirado, na finalização e não só.

Dedic (5) — Entrou aos 69', com vontade de acrescentar. Não se notou a paragem de 3 semanas e até passou mais tempo de olhos na área do Leverkusen do que na sua.

Prestianni (5) — Entrou aos 69', aos 86' deixou Lukebakio em posição de marcar, mas o belga não acertou na bola. Teve o mérito de enfrentar a coluna alemã mesmo correndo riscos.

Schjelderup (5) — Entrou aos 69' e foi muitas vezes procurado, mas o espaço não era muito. Não obstante, fez um bom passe para Prestianni aos 86' e aos 90+6' executou um cruzamento bem medido para Lukebakio."

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