Últimas indefectivações

sábado, 2 de junho de 2018

Bicampeãs

Pelo segundo ano consecutivo o Benfica sagrou-se Campeão Nacional de Futsal feminino, vencendo a Quinta dos Lombos, em Carcavelos por 1-4. Mesmo com algumas ausências importantes nesta ponta final do campeonato, o título não fugiu...
Parabéns a toda a secção, jogadoras, treinadores, staff e dirigentes...

Vitória em Braga

Braga 2 - 3 Benfica

Acabaram por ser os nossos ex-Braga a decidir o jogo a favor do Benfica, numa partida que seria sempre mais complicada do que os anteriores jogos do campeonato este ano contra o Braga, mas até foi mais 'tranquila' do que eu estava à espera!!! Estivemos quase sempre com 2 golos de vantagem, praticamente desde do início da partida... aquele 2-3 perto do final foi escusado!!!
Falta uma vitória para garantir a Final... e a 'champions' para o ano!!!

Juniores - 14.ª jornada - Fase Final

Benfica 0 - 0 Leiria


Final de temporada, com muitas alterações, num jogo morno... mas com alguns 'aperitivos' para a próxima época!



PS: Os Iniciados C, sagraram-se hoje Campeões Distritais...!

Difícil aceitar tão clamorosa distracção

"O mais surpreendente é tudo isto ser uma surpresa para muita gente. É difícil aceitar tão clamorosa distracção. Se, por absurdo, considerarmos a gerência do actual presidente como uma sucessão de cinco temporadas de um "reality show", são claros, desde os episódios iniciais da 1.ª temporada, os múltiplos indícios que haveriam de conduzir ao desfecho patente nestes derradeiros episódios da 5.ª temporada. Como diriam os americanos desta nobre indústria, utilizando o jargão do sector, este só pode ter sido o melhor "season final" de sempre na história do entretenimento em directo e "ao vivo". De tão bem iludido que estava, o público não se deu conta de nada. Só por isso se explica como ficou positivamente atónito com o evoluir dos acontecimentos. Agora, que está desfeito o mistério, a coisa irá lentamente deixando de ter interesse e dúvidas há se haverá sexta temporada. Mas nesta vida não se pode ter certezas.
Uma vez mais, durou pouco o mal-estar do Benfica nas manchetes dos jornais. A rescisão de contrato do capitão da equipa rival apoderou-se hegemonicamente dos dias. De facto, o caso não é de somenos. Embora para os benfiquistas fosse óbvio que todo aquele noticiário impiedosamente comprometedor sobre o tal jogo no Funchal não passava de uma manobra do inimigo para tentar abafar o que de verdadeiramente importante vinha a caminho. É esta a maneira de ser dos adeptos de futebol de todas as cores, acreditam em tudo que lhes conceda vantagem – qualquer espécie de vantagem – e não acreditam em nada que lhes seja desagradável ouvir. Chega de filosofias.
- O Benfica tem dois traumas, o Vale e Azevedo e o Jorge Jesus – disse o presidente rival (em exercício) na televisão há três temporadas atrás. Depois tentou desenvolver a sua ideia mas explanou-a com pouco detalhe.
Ora, uma coisa destas não vos deu logo que pensar? Não, aparentemente não.
Reveladas na carta de rescisão do capitão da equipa, as admoestações do presidente aos jogadores por desrespeitarem a claque chocaram a grande maioria do público porque, na realidade, não passa pela cabeça de ninguém que situações destas possam ocorrer mesmo num "reality show". Quando o presidente pergunta a um jogador "porque fizeste aquilo ao chefe da claque? Logo a ele, tenho um problema tremendo, estiveram a ligar-me a noite toda, todos os gajos da claque, a dizer que te queriam apanhar, que queriam a tua morada..." está-se logo a ver que quem tem um "problema tremendo" não é o presidente, é o clube. Mas ninguém viu problema algum quando, numa das primeiras temporadas, o presidente encabeçou uma marcha conduzindo os prosélitos em direção a um estabelecimento de comida rápida numa bomba de gasolina. Os motivos não foram apurados. Nem nunca mais se falou no assunto. Foi pena. Ter-se-ia poupado, talvez, o desesperado apelo "às autoridades públicas" com que ontem presidente da mesa da assembleia geral confessou, também ele, a sua estupefacção."

Ainda há tempo?

"O Sporting aproxima-se do seu ponto de não retorno. A Caixa de Pandora aberta por Rui Patrício (seguido por Daniel Podence) quando avançou para a rescisão por justa causa ameaça provocar o mais violento terramoto da história do clube de Alvalade e coloca (é bom que disso se tenha noção) em causa o futuro do próprio Sporting como o conhecemos. Os prejuízos causados à SAD seriam, mesmo que só estes dois jogadores avançassem para as rescisões unilaterais (afinal não eram invenção do imprensa para tramar BdC...), catastróficos. Mas o mais certo é que não fiquem por aqui. Porque se jogadores como Patrício e Podence, com ligação de anos ao Sporting, chegaram a este ponto, é fácil adivinhar que outros não demorem a ir pelo mesmo caminho. Estaremos, pois, a falar de centenas de milhões de euros de prejuízo, que deixarão o Sporting numa posição aflitiva e de contornos imprevisíveis.
Com Alvalade a arder, Bruno de Carvalho segue, impávido, como se nada se passasse diz não estar agarrado ao poder mas recusa-se a ver a sua presidência validada pelos sócios; põe e dispõe, como se do clube fosse dono, inventando mecanismos para perpetuar o poder; culpa tudo e todos pelo desastre, com explicações que não demoram a ser desmentidas. O mais incrível de tudo, ainda assim, é que continue a haver quem nele veja a solução, não sendo capaz de (ou não querendo) perceber que é ele a origem de todos os problemas.
BdC pediu ontem a Patrício que pensasse bem no que estava a fazer. O contrário também é válido. Aqueles que o mantêm na presidência têm, e depressa, de decidir se manter essa posição é o melhor para «os superiores interesses do Sporting», que e frase muito em voga. Se entenderem que sim, serão, também eles, julgados pelo que acontecer. Não parece ser bom."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Linha vermelha

"A discrição a que obriga o cargo de PMAG da SCP SAD tem justificado o meu silêncio sobre o momento actual da Sociedade, apenas interrompido no domingo (dia 20) para revelar as razões pelas quais decidi manter-me em funções.
Essa decisão não se alterou, por várias razões, mas sobretudo porque os mandatos não são direitos, são deveres que se exercem perante e em homenagem aos eleitores.
O momento do Clube é demasiado grave para permanecer em silêncio e são os meus deveres de sócio do Clube há 47 anos – e de cidadão - que impõem que quebre esse silêncio, ultrapassados que estão todos os limites.
O despojamento com que a realidade (?!) do Clube tem sido revelada, com relatos parciais de reuniões internas, com porta-vozes de um dos órgãos sociais e a degradação evidente das relações entre membros dos órgãos sociais são, obviamente, intoleráveis.
Intolerável é, também, a afirmação pública, por parte de um órgão social, de que não colaborará - logo, obstaculizará - com a MAG na organização logística da assembleia geral que aquela Mesa anunciou.
E, para agravar, eis que o Conselho Directivo anuncia a substituição da Mesa da Assembleia Geral e a nomeação de uma Comissão Transitória da MAG que, ufana, se apressou a nomear uma Comissão de Fiscalização, convocar duas assembleias gerais (uma delas eleitoral!) e anunciou que "não se realizará qualquer assembleia geral no dia 23 de Junho". Tudo para que não restem dúvidas, decisões flagrantemente ilegais e que implicam um profundo desrespeito pelos Estatutos do Clube e, portanto, pelos Sócios.
É, pois, uma exigência urgente afirmar que, tal como o CD, o PMAG e a MAG também foram eleitos pelos sócios, pelo que, independentemente de estes se terem demitido ou não, conservam toda a sua legitimidade e poderes.
A legitimidade dos titulares dos órgãos tem exactamente as mesmas fontes: os estatutos e os sócios. 
O CD pode, evidentemente, ter opiniões, as melhores ou as piores, sobre as decisões da MAG; mas não deve, em momento algum, usar o dever de gerir o Clube - e de, por isso, dispor do livro de cheques e do poder sobre os funcionários - para impedir outro órgão social de exercer os seus poderes, decidindo nomear outros membros dos órgãos para substituir aqueles que ainda se mantêm em funções.
Essa é a linha vermelha."

O espelho

"O espelho tem um formidável valor metafórico, de consciência. O homem que se vê ao espelho não o fará, nesse sentido supremo, por vaidade, antes por introspecção. Repare o leitor a força destas alusões usuais da cultura popular de percepção:
- «Espelho meu, haverá alguém mais bela do que eu?», pergunta a Rainha Má da Branca de Neve.
- Todo o Do Outro Lado do Espelho, de Lewis Carrol, tormento constante da consciência de Alice.
- O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, no qual Gray vai comparando a sua imagem com o retrato, enfeitiçado e progressivamente monstruoso, que dele pintaram.
- Drácula, de Bram Stoker, no qual a perversidade vampírica do monstro é de tal extremo que nem no espelho o outrora homem se reflecte.
Bruno de Carvalho conhecerá estas menções. Pelo menos uma destas quatro. Considero inconcebível ignorar todas. Em todo o caso, parece-me que lhe terá escapado o valor simbólico do espelho. Quando alguém perde o apoio dos sportinguistas depois das demissões em barda nos órgãos sociais que os sportinguistas representativamente elegeram é porque não se viu ao espelho. Ou os sportinguistas votam e depois têm de se debruçar sobre toda e qualquer questão do Sporting? Não é para não o fazerem que elegem  representantes? Não são assim as democracias? Quando Bruno de Carvalho vê Rui Patrício (além de William, Podence...), homem com mais jogos que Damas e a um passo, agora por dar, de alcançar Hilário, fugindo (sim, fugindo) do clube que sempre foi o dele, mesmo assim Bruno de Carvalho não consegue contemplar, no espelho, o que essencialmente se passa: está a tornar-se um personagem de fantasia, de extravagância, de devaneio. Um qualquer daqueles quatro, não sei bem qual."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

O presidente e o adepto

"Há um vídeo de Bruno de Carvalho a ser entrevistado ainda jovem líder em que dizia que se o Bruno presidente se portasse mal, o Bruno adepto o colocaria em sentido. Passe a referência à saudosa Ivone Silva, na ‘Olívia patroa, Olívia costureira’, era bom que o Bruno adepto desse prova de vida rapidamente. Está nas mãos de BdC salvar o que resta de um Sporting que desde Madrid é motivo de chacota ou pena dos adversários e de vergonha, mais ou menos assumida, de muitos adeptos.
Foi no clube do Bruno presidente que a Mesa da AG se demitiu e voltou atrás, Conselho Fiscal idem aspas, que o director do futebol foi indiciado por 18 crimes de corrupção, que a equipa jogou a final da Taça com um treinador despedido, que o plantel foi agredido de forma bárbara no próprio local de trabalho como nunca tinha acontecido, que dois jogadores com mais 10 anos de casa rescindiram e o Conselho Directivo usou um expediente ilegal para marcar uma AG também ilegal. Um líder que vê isto acontecer na sua gestão e não tem um pingo de vergonha para se demitir e ir a votos precisa de... ser alertado pelo Bruno adepto. Está nas mãos desse, o adepto, a ‘salvação’ do Sporting.
Os jogadores não querem sair a mal. Como não acredito que o adepto ainda respire, o presidente vai ficar agarrado ao lugar com medo de ir a votos. E sem pensar nas consequências."

Coro dos tribunais

"Os estatutos, as leis e os contratos assinados não se alteram com sessões de esclarecimento do presidente do Sporting

A Doyen, os ex-presidentes, Marco Silva, a Gestifute, os sportingados, as televisões, os jornais, os comentadores, Octávio Machado, Jorge Jesus, a Holdimo, a Liga, a FPF, José Meirim, a banda do Sporting, os jogadores, os médicos, os fisioterapeutas, o fulano do catering, Marta Soares, António Salvador, os membros da mesa da AG, os membros do Conselho Fiscal, os membros do Conselho Leonino e alguns eteceteras de que não me lembro agora. O problema não pode estar nesta gente toda, por mais sessões de esclarecimento que o presidente do Sporting faça para abater cada um. Ao contrário do que Bruno de Carvalho parece pensar, a chegada dos tribunais ao problema sportinguista não é uma boa notícia para ele, porque os estatutos dos clubes, as leis e os contratos assinados não se alteram com a retórica, nem com pequenos truques de manipulação (é para isso que lá está Nuno Saraiva?) como a repetida divulgação de comunicados em cima da hora de fecho dos jornais, para não serem mitigados pelo contraditório. O presidente não faz o que quer, por muito que ele o tenha repetido aos jogadores, segundo a carta de rescisão de Rui Patrício. Por outro lado, a retórica funciona junto de quem já está arregimentado, mas todos os outros (e são muitos) veem facilmente para lá das artimanhas, ou foram eles próprios alvos das constantes vagas de insultos, insinuações e, pelo menos no caso da Imprensa, de algumas mentiras. Bruno de Carvalho pode esperar justiça, como qualquer cidadão, mas seria pouco inteligente esperar também boa vontade. Os tribunais não o verão pelos olhos do público de uma sessão de esclarecimento."

A Republicana Bolivariana de Alvalade

"Cada vez que um órgão de soberania da Venezuela delibera contra o Presidente Nicolás Maduro, este arranja maneira de substituir os elementos a si desafetos e tornear as deliberações, permanecendo no poder, mesmo ao arrepio das disposições constitucionais.
Não há paz, segurança, nem pão na Venezuela, mas isso não parece inquietar Nicolás Maduro, que se autoproclama investido na profética e indeclinável missão de conduzir o país ao radioso destino dos amanhãs que cantam. Há uma irresistível similitude com o que se passa no Sporting e que importa detalhar.
1. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, e restantes elementos da Mesa, não tendo apresentado, por escrito, ao Presidente do Conselho Fiscal, a sua renúncia, permanecem em funções.
2. Mesmo que Marta Soares tenha dito verbalmente que se demitia, tal declaração não produz efeitos legais.
3. Mesmo que, por absurdo, se considere que Marta Soares se demitiu, ao abrigo do n.º 3 do art.º 37.º dos estatutos do SCP, está na plenitude das suas funções, até à tomada de posse dos seus sucessores. 
4. Nos termos do n.º2 do art.º 46.º dos estatutos do SCP, Marta Soares tem de convocar a reunião da Assembleia Geral - no caso de se ter demitido - para data não posterior a 45 dias sobre a ocorrência - neste caso a sua pretensa demissão - pelo que não estará em falta, mesmo nesta perspectiva.
5. Marta Soares tem toda a legitimidade e competência para nomear uma comissão de fiscalização, nos termos do n.º 1 do art.º 41.º dos estatutos do SCP.
6. Marta Soares tem toda a legitimidade de convocar a assembleia geral de dia 23, por sua iniciativa e face aos requerimentos que recebeu da Direcção e de sócios do Sporting, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art.º 51.º dos estatutos do SCP.
7. A Direcção do Sporting tem o dever estatutário de garantir a logística da reunião da Assembleia Geral e facultar os elementos de que a Mesa careça para a boa condução dos trabalhos.
8. Em circunstância nenhuma, a Direcção do SCP tem competência legal ou estatutária, para nomear uma comissão transitória da Mesa da Assembleia Geral ad-hoc, ou uma comissão de fiscalização. Esta é uma barbaridade jurídica.
9. Igualmente, não assiste à Direcção do Sporting convocar uma reunião da Assembleia Geral e estabelecer a respectiva ordem de trabalhos. Esta é outra barbaridade jurídica.
10. Tal como as coisas estão, só o tribunal vai conseguir desenvencilhar este enredo.
A Venezuela, para além das piores razões, é conhecida pelas suas intermináveis telenovelas. Será aqui também o caso?"

Ronaldo e Bale iniciam o fogo cruzado no Real Madrid, já com uma baixa: Zidane

"Os anos pares, e este é um deles, caracterizam-se pela celebração do Europeu, do Mundial e dos misteriosos planos de Cristiano Ronaldo em relação ao Real Madrid. A sua críptica mensagem depois de ganhar a Liga dos Campeões - nem tardou cinco minutos a referir-se à sua relação com o clube no passado - teve efeito de uma bomba atómica. Destruiu com um golpe o festejo madridista e converteu em notícia universal o descontentamento do jogador português.
O comentário de Ronaldo teve um efeito contagioso: imediatamente depois, Gareth Bale, o primeiro jogador de 100 milhões de euros da história do futebol, utilizou o seu golo prodigioso na final da Champions para atacar Zinedine Zidane, o técnico que tinha conseguido o título pelo terceiro ano consecutivo, e ameaçar com a sua própria saída do Real Madrid caso não tenha garantida a titularidade. O alvoroço foi de tal magnitude que o êxito foi enterrado pelos caprichos dos craques, cada um deles disposto a privilegiar a sua agenda pessoal em vez do espírito colectivo.
O foco da imprensa centrou-se em Ronaldo. Por muito que tente, Bale é, ainda assim, uma figura lateral no panorama madridista. Desde a sua chegada a Madrid, no verão de 2009, Ronaldo tem sido o centro da gravidade absoluto da equipa. Não há memória de nada semelhante desde os tempos de Alfredo Di Stéfano e desde então passaram 60 anos. As suas inoportunas declarações em Kiev apenas deixaram uma dúvida: se eram motivadas por uma birra infantil - Cristiano não marcou na final, ao contrário de Bale e Benzema - ou por uma rotura nas relação com o presidente Florentino Pérez. Ou seja, pelo pedido urbi et orbi de uma transferência para outro clube.
Não é preciso ser Freud para observar a natureza narcisista de Ronaldo. As suas manifestações intempestivas confirmaram a sua vertente vaidosa, mas isso nunca impediu de pensar que o seu peso na história do Real Madrid é quase inigualável. Ou Di Stéfano, ou Ronaldo. Todos os outros, e isso inclui Puskas, Gento, Pirri, Amancio, Butragueño, Hierro, Raúl, Casillas, Figo, Zidane e Sergio Ramos, ficam muito distantes do legado do avançado português. A partir desta perspectiva, Cristiano sente-se amparado pela sua formidável contribuição para o êxito e prestígio do clube, com o qual mantém uma peculiar relação desde há nove anos: parece que vai sair a cada época, mas acaba por ficar. A questão essencial encontra-se no dinheiro, claro.
Ronaldo tem 33 anos, mas acabou de dizer que tem uma idade biológica de 23, um motivo de optimismo que resultaria como piada não fosse a máquina goleadora que é. Sem ele, o Real Madrid apenas se converte numa equipa com menos apetite e com bastantes menos recursos ofensivos. A influência de Ronaldo é esmagadora. Os adeptos sabem-no e também o sabe o presidente, mas acima de tudo sabe-o o próprio jogador. Essa capacidade de influência no destino da equipa dispara a sua vaidade, mas também aumenta os seus méritos. Falamos de um jogador que ganhou quatro vezes a Bola de Ouro e é, com muita diferença, o máximo goleador da história do Real Madrid. Isso não se paga com dinheiro, mas sim com muitíssimo dinheiro.
É muito provável que Ronaldo mantenha contacto com as poucas equipas que podem assegurar a sua contratação. A sua mãe, figura chave no trajecto e na personalidade do jogador português, manifestou a sua gratidão a França, onde disse que o seu filho recebe um tratamento requintado. São declarações que fazem parte da estratégia montada por Ronaldo e pelos seus conselheiros. Outra coisa é o objectivo dessa estratégia: melhor o seu contrato no Real Madrid e superar o de Messi no FC Barcelona? Receber do Real Madrid o dinheiro que lhe permita pagar a sua dívida milionária com o fisco espanhol? Impulsionar uma transferência para o Paris Saint-Germain ou para a Liga Inglesa? 
Nenhuma destas variáveis é novidade. Aparecem periodicamente, geralmente a cada dois anos, quando o interesse do futebol se dirige para o Europeu e o Mundial. Isso significa uma sequência constante de notícias e especulações, território no qual Ronaldo se move como ninguém, mais ainda quando Portugal se encontra no mesmo grupo que a Espanha. “Falarei em breve”, disse durante a explosiva declaração em Kiev. Ronaldo, que tem visível um lado teatral, desfruta como ninguém destas situações. Sabe manter em suspenso o clube, os adeptos, a imprensa e esse novo fenómeno dos nossos tempos: as redes sociais.
O madridismo sabe que o caso Ronaldo levará à especulação durante todo o Mundial e quiçá mais além. Será um verão longo, mas com um cenário imprevisível. Zidane não estará à frente da equipa. Sem mais experiência do que duas temporadas no Real Madrid B, filial que milita na terceira categoria espanhola, Zidane, sucedeu a Benítez em Janeiro de 2016. Neste breve período, conquistou três Champions, uma Liga Espanhola, dois Mundiais de clubes, duas Supertaças Europeias e uma Supertaça de Espanha.
A este impressionante palmarés futebolístico juntou o seu exemplar comportamento e uma habilidade incomparável de gerir os egos, muitos deles monumentais, do plantel. Três temporadas com Zidane serviram para que o Real Madrid fechasse muitas das feridas que deixou abertas o violento e divisório mandato de José Mourinho entre 2010 e 2013.
A decisão de Zidane ficou conhecida quatro dias depois da final de Kiev e das declarações de Ronaldo e Bale. Enquanto que o conflito de Ronaldo está relacionado com a direcção do clube, as queixas de Bale foram dirigidas a Zidane. Aproveitou os seus golos para criticar o treinador. Foi um ato de egoísmo supremo, mais feio do que o de Ronaldo.
Bale sabe que é um dos jogadores predilectos do presidente, que estava disposto a despedir Zidane se o Real Madrid não ganhasse a Champions. O triunfo colocou o treinador numa situação de vantagem, mas com numerosas rachas ao seu redor: o caso Ronaldo, a veterania da Benzema, Modric e Sergio Ramos, a crescente desconfiança que percebia do presidente e o desgaste natural num clube que tende para a autofagia. As lamentáveis declarações de Bale foram o culminar de tudo. Zidane foi embora. De facto, o primeiro treinador que não é despedido por Florentino Pérez."

Benfiquismo (DCCCXLVI)

Adolfo...

Uma Semana do Melhor... Off-Side

Jogo Limpo... Guerra & Diogo

Circus Lagartus - XVI episódio

Bem encaminhado...

Corruptos 90 - 96 Benfica
19-17, 20-26, 21-24, 30-29

Excelente vitória, recuperámos a vantagem da potencial negra, numa partida, onde finalmente os nossos jogadores mais talentosos 'pegaram' no jogo!
Agora, estamos a uma 1 vitória da Final com dois jogos pela frente... mas será preferível resolver a 'coisa' já no Domingo... Até porque a Oliveirense, já está qualificada...

A cereja no topo do jogo desta noite, foi a choradeira corrupta no final do jogo, após mais uma partida onde foram beneficiados escandalosamente!!! Nada de novo...

Oposição desastrada

"Bruno de Carvalho pode não saber ganhar campeonatos, mas já mostrou ser especialista em ganhar eleições e em ganhar tempo.

Engana-se quem pensa que é positivo para o Benfica o clima de guerra civil no Sporting, como também se engana quem pensa que Bruno de Carvalho irá ser obrigado a sair pelos sportinguistas. Bruno de Carvalho pode até nem ter razão alguma, pode até a sua oposição ter todos os motivos para se querer ver livre do presidente, causa de quase todos os problemas que preocupam o Sporting, mas a verdade é que Bruno de Carvalho, mesmo sem a razão, tem feito tudo bem e a sua oposição, com toda a razão, mas feito quase tudo mal. Não me custa a acreditar que, na massa adepta do Sporting haja uma ampla maioria contra Bruno de Carvalho, mas não tenho dúvidas de que, nos sócios, há uma clara vantagem e sintonia com o presidente. Diminuindo a base de incidência, prevalecem os sectores radicais. Não sabemos se há assembleia. Não sabemos quem ganha se houver assembleia e vencer a destituição. Em resumo, ao levar para o plano jurídico, Bruno de Carvalho ganha sempre, porque tem o tempo a seu favor.
Bruno de Carvalho pode não saber ganhar campeonatos, mas já mostrou ser especialista em ganhar eleições e em ganhar tempo. Uma oposição desastrada pode ser o desastre do Sporting, mas Bruno de Carvalho mostra características de liderança a uma tenacidade que os seus adversários internos não deviam subestimar.
Num ano em que as modalidades não têm ganho, aquilo que os benfiquistas desejavam, a vitória na Taça de Portugal de andebol foi uma conquista com um relevo especial. Primeiro porque seria a modalidade em que a generalidade dos analistas reconhecia que temos um plantel de futuro, mas com menos recursos que os adversários; depois porque vencemos de forma esmagadora um adversário em alta de motivação. Parabéns ao Carlos Resende que está a fazer um trabalho fantástico e conseguiu um grupo que pratica andebol de muita qualidade. Terminar como vice-campeão e vencer a Taça de Portugal faz deste um ano positivo no andebol do Benfica e deixa um sabor doce com os olhos na próxima época. Na Régua, vencemos mais do que uma Taça, dobrámos o Bojador numa modalidade onde acreditámos num futuro de títulos permanentes do Benfica.
Última palavra para o episódio Ronaldo no final da Champions. Cristiano pode, pelo seu talento, arranjar um clube onde ganhe mais dinheiro do que no Real Madrid, mas não arranjará um clube onde ganhar mais títulos como nos merengues."

Sílvio Cervan, in A Bola

Rua da Constituição

"Nesta semana dei por mim a passear no Porto, na Rua da Constituição. E lá ia Pedro Proença, trajado com um fato da moda, camisa aprumada, gravata vistosa com nós exemplar e penteado impecável, brilhantina quanto baste.
Decidi seguir no seu encalço e tive a sensação de que reparou em mim. Disfarcei como pude e meu benfiquismo para não afugentá-lo, quase lhe elogiei a carreira na arbitragem numa tentativa de me passar por portista, que certamente revelaria frutífera, mas pareceu-me distraído. Depois vi vários jornalistas à entrada de um edifício moderno, Proença cumprimentou-os, atravessou a porta, e os tais jornalistas repetiram o movimento. Juntei-me ao séquito, seria uma conferência de imprensa na sede da Liga.

Bernardo Ribeiro, do Record, por estes dias algo desocupado por não lhe ser conveniente escrever sobre o Sporting era um dos escribas presentes. Perguntei-lhe sobre Bruno de Carvalho, amuou e sugeriu-me que entrasse na sala da conferência, pois Proença anunciara medidas importantes para o futebol português. Será que, passadas quatro semanas, a Liga castigaria, ou pelo menos censuraria, os jogadores portistas que, nos festejos do campeonato, insultaram o Benfica e os benfiquistas? Acordei quando Proença tomou a palavra. Ao contrário do pintor Piskariov, emanado da mente brilhante de Nikolai Gógol, que se apaixonou por uma mulher que sonhara ter visto na Avenida Névski, em Sampetersburgo, não sofrerei insónias. Piskariov, desesperado por não controlar os sonhos, tornou-se incapaz de adormecer por ansiar o contacto com a mulher sonhada. Já eu cairei no sono sem qualquer dificuldades. De Proença, positivo para o futebol português, nada espero..."


João Tomaz, in O Benfica

Sol, praia e... reforços para o Benfica

"Está aí à porta a estação mais quente do ano. Falar em verão é o mesmo que falar em calor, praia e, claro, reforços para o Benfica. Se o inverno ideal se traduz em estar deitado no sofá a ver o Sozinho em Casa, enquanto o balde de pipocas esvazia, a lareira flameja e a chuva esbarra no telhado, o verão perfeito não dispensa um bom banho de sol na praia da Rocha, de papel e caneta na mão para esboçar a nova equipa titular do Benfica. 
De há alguns anos a esta parte, um dos meus passatempos predilectos baseia-se na construção de um onze composto exclusivamente por guarda-redes. Só um pode ser o dono da baliza, pelo que o lado desafiante consiste em distribuir guardiões como Ochoa, Romero ou Karnezis pelo resto do campo. Para azar do Benfica, mas especialmente do Liverpool, este desenho táctico nunca passou de pura ficção. Se o esquema onde eu colocava o Karius a formar dupla de ataque com o Keylor Navas tivesse ido avante, talvez o Benfica tivesse ganho um ataque ainda mais demolidor... e talvez o Liverpool tivesse ganho a Liga dos Campeões.
Olhando só para os guarda-redes já é possível preencher o tempo, porém o entretenimento não se esgota neste posto. Também é possível estruturar plantéis apenas com laterais-esquerdos - Ansaldi costuma ser o capitão - ou encher por completo o Estádio da Luz unicamente com extremos - Robinho senta-se na bancada central.
Contudo, também eu já me deixei embalar pelos jornais, e a minha carteira acabo por sofrer. Sempre que foi noticiada da saída de Jonas para a China, meti-me de imediato num avião em direcção a Pequim para homenagear o Pistolas na chegada ao aeroporto. Esbanjei uns valentes trocos, mas este ano já não me apanham."

Pedro Soares, in O Benfica