Até porque, como todos vimos, o gajo picou o Jorge Jesus no fim do jogo. Pois, estava todo cagado de ter jogado na Catedral, e com mau perder!
Últimas indefectivações
domingo, 26 de abril de 2015
Juntos, estamos mais perto...
Benfica 0 - 0 Corruptos
Mais um passo na direcção certa. Foi um passo curto, mas foi um passo seguro. Acabámos por conquistar 1 ponto do confronto directo. A ladainha do 'só dependemos de nós', agora, só pode ser usada pelo Benfica.
Não deixa de ser curioso, que estamos mais perto do 34.º título nacional, logo numa época, onde o Jesus, tantas vezes criticado por ser demasiado ofensivo, nos dois jogos com os Corruptos, usou estratégias conservadoras!!!
O jogo não foi bonito. Um jogo sem oportunidades de golo, dificilmente será bonito. Apesar do jogo ser na Luz, eram os Corruptos que tinham menos 3 pontos, e portanto, eram eles que tinham que arriscar mais... Apesar de toda a bazófia no final do jogo, o onze titular dos Corruptos, foi construído para não deixar o Benfica jogar. A troca do Herrera e do Oliver, pelo Neves e o Evandro, foi para reforçar as marcações... e conseguiram...
O Benfica manco do Salvio, optou pelo Talisca (que como eu previ, não se adaptou à posição), mas de resto jogámos com a mesma estratégia...
Após o intervalo, com as substituições nos Corruptos (colocou em campo os habituais titulares), as marcações no meio-campo ficaram mais 'leves', e o Benfica melhorou, bastante. Não tivemos muitas oportunidades, mas pelo menos chegámos várias vezes à baliza do adversário...
No final da partida, a estatística dá muita posse de bola para os Corruptos, mas a maior parte dessa posse de bola, foi 'desperdiçada' em trocas de bola entre os defesas Corruptos, em zona recuada. Territorialmente, o jogo foi quase sempre jogado a meio-campo...
Sendo que a única verdadeira oportunidade de golo dos Corruptos, nasce de um erro 'individual' do Benfica, quando 3 jogadores nossos, foram 'marcar' o Brahimi e deixaram o Danilo sozinho para fazer o cruzamento (e depois parece-me que o Jackson faz falta sobre o Luisão). A outra suposta oportunidade na 2.ª parte, o Eliseu e o Júlio César resolveram bem a situação (parece-me que o Jackson estava fora-de-jogo).
Não vale a pena fazer analises individuais. Houve muita entre-ajuda, nem sempre as decisões foram as correctas, principalmente na saída para o contra-ataque... A adaptação do Talisca não foi feliz, o Pizzi esteve escondido... o Fejsa entrou bem (foi pena o golo desperdiçado)... O Maxi é sempre um dos melhores, o Luisão e o Jardel voltaram a estar muito bem. O Samaris já é dono da posição 6... O Lima e o Jonas acabaram por ter pouco apoio, já que o Benfica durante a maior parte do jogo, não conseguiu 'acampar' perto da área do adversário como costuma fazer... Até o Eliseu depois do Amarelo, se portou razoavelmente!!!
O Jesus no fim, concluiu que a entrada do Fejsa deu consistência ao meio-campo do Benfica. Espero que o Jesus não se esqueça desta evidência. Um dos problemas nos jogos fora do Benfica, é a dificuldade em controlar o meio-campo... É perfeitamente possível jogarem Samaris/Fejsa, inclusive com o Sérvio a fazer de '8'. A equipa não perde capacidade ofensiva. Bem pelo contrário, porque sem bola não podemos atacar... Em Barcelos jogava com os dois.
A arbitragem vai ser elogiada, é verdade que já assisti a muito pior... inclusive do próprio Jorge Sousa. Mas aquele critério disciplinar, que dá Amarelo ao Eliseu e ao Nico no 1.º tempo, e permite ao Alex Sandro e ao Casemiro chegar ao final do jogo sem qualquer cartão, é absurdo... além do 2.º amarelo para o Jackson!!! Uma referência também para o lance do cartão ao Gaitán, que nasce de uma falta descarada, para amarelo sobre o Talisca, que não foi assinalada... aliás, logo a seguir, outra falta não assinalada sobre o Maxi, ia dando outro lance de perigo...
Esta semana, assistimos a uma das mais vergonhosas campanhas de apoio a um Clube, contra o outro, em toda a (des)comunicação social desportiva. A forma como foi branqueada, a humilhante derrota por 6-1 em Munique, dos Corruptos, foi vergonhosa. Todos os profissionais, ditos independentes, deviam corar de vergonha, pela maneira como contribuíram para a motivação Corrupta, para o jogo da Luz... E agora, no final da partida, parece que vai começar outra lenga-lenga: "o Benfica não jogou nada, o Benfica não quis ganhar, os Corruptos é que jogaram para ganhar"!!! É assim em Portugal que se constroem mitos... Flopetegui, com um investimento brutal, arrisca-se a chegar ao fim da época, sem um único título... Talvez por isso, o nervosismo no final do jogo, era grande... E o Benfica, desinvestindo, arrisca-se a ser Bicampeão!!!
Nada está decidido. Só dependemos de nós. Podemos perder um jogo, nestas últimas 4 jornadas. Mas a melhor gestão, é vencer todas as partidas, a começar por Barcelos. Não podemos arriscar ir a Guimarães na penúltima jornada, a precisar dos 3 pontos. Não podemos voltar a dar esperança aos Corruptos.
Não temos jogadores castigados para a próxima jornada. Espero que o Salvio recupere, será muito importante... Apesar da posição do Gil Vicente na tabela, o jogo irá ser complicadíssimo... ainda nesta jornada o Soares Dias, resolver dar uma nova vida ao Gil (coincidência ter sido na véspera do jogo com o Benfica!!!), assinalando dois penalty's a favor do Gil, na vitória por 1-2 em Coimbra!!! Além dos obstáculos normais, não podemos desvalorizar o efeito: 'homem da mala'!!! O Gil está na luta pela permanência nem deve precisar de muitos incentivos (além disso, o Gil é dos clubes que paga 'bem'), agora em Guimarães...
Hoje foi um jogo de marcas especiais: o Jesus como treinador com mais jogos no campeonato; o Luisão, isolado no número de jogos como Capitão; o fim da série sempre a marcar na Luz... Mas no final, a única coisa que conta verdadeiramente, será o título de Campeão!!!
Hoje foi um jogo de marcas especiais: o Jesus como treinador com mais jogos no campeonato; o Luisão, isolado no número de jogos como Capitão; o fim da série sempre a marcar na Luz... Mas no final, a única coisa que conta verdadeiramente, será o título de Campeão!!!
PS1: Morreu hoje, José António Martinez, ex-Presidente da Assembleia Geral do Benfica, os meus pêsames à família.
PS2: Os nossos Campeões do Hóquei em Patins estiveram hoje no relvado, onde receberam uma justa ovação. Mas ainda falta a Taça, para a época ser excelente...
PS3: Em boa hora o Presidente, deixou uma mensagem. Aos adeptos e aos jogadores!!! Aqui fica:
"Ainda não ganhámos nada
Primeiro que tudo, quero agradecer a todos os sócios e adeptos que hoje estiveram no Estádio da Luz a galvanizar a equipa, fazendo-me lembrar dos meus tempos de menino e moço. Um ambiente fantástico e fascinante!
As condições estão criadas para continuarmos juntos, mas há que ter sempre presente que o jogo mais importante é o próximo. Ainda não ganhámos nada, há que respeitar todos adversários como sempre e hoje estiveram em campo três grandes equipas. Não vamos entrar em euforias desmedidas, bem pelo contrário No sábado temos mais um jogo, e vamos encará-lo treino a treino, com seriedade. Acreditem que vamos dar tudo para conseguir mais uma vitória. Estejam lá!
Até ser matematicamente possível, ou já impossível, temos de encarar todos os jogos assim! Estarmos com os pés bem assentes no chão, com humildade, e sempre juntos! Não vai ser fácil. Faltam conquistar nove pontos para sermos Campeões. O próximo jogo, com o Gil Vicente, vai ser mais difícil que este. Obrigado mais uma vez pela forma como apoiaram a equipa."
PS3: Em boa hora o Presidente, deixou uma mensagem. Aos adeptos e aos jogadores!!! Aqui fica:
"Ainda não ganhámos nada
Primeiro que tudo, quero agradecer a todos os sócios e adeptos que hoje estiveram no Estádio da Luz a galvanizar a equipa, fazendo-me lembrar dos meus tempos de menino e moço. Um ambiente fantástico e fascinante!
As condições estão criadas para continuarmos juntos, mas há que ter sempre presente que o jogo mais importante é o próximo. Ainda não ganhámos nada, há que respeitar todos adversários como sempre e hoje estiveram em campo três grandes equipas. Não vamos entrar em euforias desmedidas, bem pelo contrário No sábado temos mais um jogo, e vamos encará-lo treino a treino, com seriedade. Acreditem que vamos dar tudo para conseguir mais uma vitória. Estejam lá!
Até ser matematicamente possível, ou já impossível, temos de encarar todos os jogos assim! Estarmos com os pés bem assentes no chão, com humildade, e sempre juntos! Não vai ser fácil. Faltam conquistar nove pontos para sermos Campeões. O próximo jogo, com o Gil Vicente, vai ser mais difícil que este. Obrigado mais uma vez pela forma como apoiaram a equipa."
Mais difícil...
Benfica 98 - 86 Oliveirense
(2-0)
23-25, 29-14, 21-22, 25-25
Partida bastante diferente do 1.º jogo, não entrámos bem no jogo, aliás permitimos demasiados pontos ao adversário durante toda a partida... A percentagem nos Triplos baixou, e a equipa ressentiu-se.
No próximo fim-de-semana, temos jogo em Oliveira de Azeméis, para decidir estes Quartos-de-final...
PS1: Fiquei estupefacto, quando li hoje no jornal, criticas do treinador da Oliveirense ao trabalho dos árbitros, no jogo de ontem!!! O Benfica marcou 120 pontos, deu 44 pontos de 'avanço', e mesmo assim, no final, a culpa foi dos árbitros?!!!
PS2: Parabéns à Dulce Félix, pela excelente Maratona de Londres, onde terminou no 8.º lugar, com 2h 25m 15s. Batendo a sua melhor marca. A Dulce esteve sempre no grupo da frente, até aos últimos 4Km, e acabou por ser a melhor Não-Africana!!! À frente da Dulce, só Etíopes, ou Quenianas!!!.
Hegemonia, prazer e dor
"Hoje, joga-se a hipótese de o Benfica bicampeão, joga-se parte do futuro. Joga-se prazer e dor. Joga-se o fim, ou não, da hegemonia do FC Porto.
1. Já presenciei, no velho e no novo Estádio da Luz, a muitos, mas muitos, Benfica-Futebol Clube do Porto. Já tive prazer e já senti a dor. Vibrei, naturalmente, com as vitórias. Sorri, em certos casos, com alguns empates. E sofri, evidentemente, com determinadas derrotas. Porventura, um dos primeiros a que assisti sozinho, e em que vibrei, foi um Benfica-Futebol Clube do Porto em finais de Novembro de 1966. Há quanto tempo! O Benfica ganhou por três bolas a zero com dois golos do saudoso Senhor Eusébio da Silva Ferreira e um de José Augusto. E trago esta recordação em razão de a saudosa Senhora Minha Mãe ter guardado largas dezenas de cartas que lhe escrevi durante os anos em que estudei, com muito orgulho, no Colégio Militar. A segunda circular - na altura quase uma novidade ao nível das infraestruturas de Lisboa! - era a única fronteira física entre o Colégio e o velho Estádio da Luz. O mais eram quintas. Onde hoje são urbanizações e interessantes espaços comerciais. E numa dessas cartas dava conta, com uma letra arrumadinha, da minha presença nesse jogo, das suas incidências, do ambiente que presenciei e do que havia comprado - queijadas de Sintra!!! - no final do encontro. Na verdade, e durante alguns anos, e em razão de meus queridos Pais viverem em Viseu - a mais de oito horas de carro de Lisboa!!! - só me ausentava do Colégio para saltar a segunda circular e ver o Benfica a partir do denominado peão ou, então, do terceiro anel. Com a consciência, também hoje, que a «recordação é o perfume da alma»!
2. Há cerca de trinta e um anos o Benfica ganhou, pela última vez, um bicampeonato. Foi no ano em que comemorou o seu 80.º Aniversário. Em rigor na época 1983/84. Com três pontos de avanço em relação ao Futebol Clube do Porto. E tendo ganho o jogo da Luz por uma bola a zero e com um golo de Diamantino. Não esquecemos essa equipa vitoriosa. E o seu treinador Sven-Goran Eriksson. Mais o Toni, o escolhido para adjunto em substituição de Fernando Caiado. E o conjunto dos seus jogadores. Entre outros Bento e Pietra. Os irmãos Bastos Lopes. Nené e Chalana. Stromberg e Filipovic. Maniche e José Luís. Álvaro e Veloso. Humberto Coelho. Carlos Manuel e Oliveira. Shéu e Delgado. Sim, o nosso - aqui deste jornal - Delgado. Que foi titular, como há bem pouco tempo recordava numa noite de quinta feira, em Portimão no jogo final dessa época - a 13 de Maio de 1984! - e com uma vitória do Benfica por duas bolas a zero. Com golos de Nené e de Shéu!
3. Dois anos antes, em 23 de Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa havia assumido a liderança do Futebol Clube do Porto. Com três promessas eleitorais bem precisas: contratar José Maria Pedroto, fazer regressar Fernando Gomes do Gijón e rebaixar o Estádio das Antas «para aumentar a sua lotação para vinte mil lugares». Há trinta e três anos que Futebol Clube do Porto e Jorge Nuno Pinto da Costa se casam. Com a consciência de que, principalmente a partir da última década do século passado, o Futebol Clube do Porto tem sido o clube hegemónico do futebol português. Houve uma hegemonia desportiva e, de certa forma, uma hegemonia desportivo-cultural - muitas vezes condicionante - do Futebol Clube do Porto. Na minha modesta opinião o jogo de hoje é um jogo determinante para a perturbação dessa hegemonia. E só havendo perturbação é que há condições para a substituição e alteração de ciclo! A partir do Estádio da Luz o Benfica tem condições para agarrar a conquista do bicampeonato - trinta e um anos depois! - e, com um ecletismo também ele vencedor, assumir a liderança desportiva em Portugal. E, por excelência, a liderança do futebol português. E a liderança implica domínio e não apenas direcção. E, neste âmbito, as estabilidades directiva e técnica no Benfica são, claramente, elementos potenciadores. Incluindo no âmbito intelectual e ideológico já que estes vectores não podem deixar de estar presentes nas emoções desportivas contemporâneas. Onde a BTV, por exemplo, é um sinal de identificação, de afirmação e de diferenciação.
4. Jorge Nuno Pinto da Costa está na liderança do Futebol Clube do Porto há trinta três anos e o Benfica conquistou, na época passada, o 33.º título de campeão nacional de futebol. Hoje, na Luz, e para lá dos jogadores envolvidos, da equipa de arbitragem designada, do sistema ou do modelo de jogo que cada um dos treinadores adoptar, o Benfica pode dar um imenso salto no sentido da conquista do seu 34.º título. Com a consciência de que vai defrontar um Futebol Clube do Porto que, sabe que é na frente interna - nos campeonatos nacionais - que se ganha e perde hegemonia. A hegemonia desportiva. E sabendo nós, todos nós, que vencendo duas vezes seguidas um campeonato nacional de futebol se fica mais forte. E o outro mais fraco. Porventura bem mais fraco nestas concretas e históricas circunstâncias. Mesmo num tempo pacificador - que é bem necessário, neste ambiente de múltiplas crises, para a indústria do futebol profissional em Portugal - o domínio mede-se, também na sua frieza, em números. E o mais relevante é aquele que mede, com números concretos, as conquistas do principal campeonato. Mesmo que os tempos contemporâneos lhe tenham introduzido a palavra »Liga» e, com ela, os seus patrocinadores.
5. Hoje, na Luz, joga-se, por isso, e nesta perspectiva, parte do futuro. Joga-se prazer e dor. O passado, bem próximo ou mais longínquo, é importante. Como facto e como recordação. Mesmo que seja recordação de vida como é o meu caso. Mas como nos ensina, sempre, o Padre António Vieira, «nenhuma coisa se pode prometer à natureza humana mais conforme a seu maior apetite, nem mais superior a toda a sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros»! Verdades de sempre. De ontem e de hoje. Como será sempre, e para a geração que a viveu, o 25 de Abril. Com o seu imenso prazer e os seus instantes de dor!"
Fernando Seara, in A Bola
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