Últimas indefectivações

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Para ganhar em Salónica

"O empate de ontem na Luz obriga o Benfica a marcar na Grécia. Um eventual 0-0 serve aos gregos e essa é uma das razões por que o clube da Luz deverá jogar ao ataque em Salónica. A superioridade dos encarnados é evidente. Mais talento, mais capacidade competitiva, mas quem quer seguir em frente na Liga dos Campeões não pode falhar tanto.
Pena o Benfica não ter disponíveis Jonas e Castillo. Faltaram ali claramente soluções diferentes para abrir a baliza do PAOK. Ferreyra parece pouco confortável ainda e qualquer um dos lesionados teria sido, provavelmente, melhor ajuda do que o outro peixe fora de água que é Seferovic. Ainda assim, foram demasiadas as chances falhadas. O Benfica precisa deste dinheiro e prestígio da Champions. Há que reverter a situação na Grécia, seja como for.
Obviamente, ter o dérbi no meio dos jogos decisivos para os 43 milhões não ajuda nada. Mas não acredito que tenha sido isso a pesar no subconsciente dos jogadores e levado a um relativo abrandamento na 2.ª parte. Rui Vitória terá de perceber o que falhou. Por que razão perdeu o Benfica o controlo do jogo?
Em Alvalade mais uma rábula com uma contratação. Desta vez N’Jie. É verdade que a tarefa não é fácil, mas que leão tão amador este..."

Alvorada... do Guerra

Longe vão os tempos em que os 0-0 nos aborreciam

"Sempre se disse que um jogo de futebol sem golos é como um prato de comida sem condimentos. E, de facto, quem é que gosta de ver hora e meia de futebol sem um único remate certeiro? Provavelmente ninguém! Por muita qualidade futebolística que exista em campo, a ausência de golos retira – automaticamente – grande parte da beleza (e da emoção) do desporto-rei. Durante muito tempo a Liga não era conhecida por nela se verem muitos golos. Dessa forma, os cinzentos 0-0 surgiam com naturalidade. Para os analistas, a ditadura do ponto levava a que muitos treinadores jogassem deliberadamente a pensar em não perder antes de equacionar algo que pudesse levar a equipa ao triunfo. Quando a vitória valia dois pontos, efectivamente, a ideia até fazia algum sentido. Porém, quando passaram a ser três os pontos correspondentes a cada sucesso tudo se alterou. Matematicamente, mas também do ponto de vista da mentalidade. Não foi de imediato, claro, mas a tendência agora é ver as equipas, quase sempre, a pensar em correr riscos para chegar às vitórias. Basta perceber que um triunfo e uma derrota valem mais do que duas igualdades...
Esta temporada, após as duas primeiras rondas, ainda não tivemos nenhum jogo a terminar sem golos. Nas últimas seis épocas, no mesmo período, nunca houve mais do que um encontro com esse desfecho. Curiosamente, entre 2009 e 2012, foram sempre quatro as partidas com nulos nas duas primeiras jornadas. Parece, de facto, que algo está a mudar e, convenhamos, esta é uma alteração que se saúda. Os 0-0 sempre foram (e serão) aborrecidos...
Para já, em 18 embates, registaram-se 9 vitórias caseiras, enquanto os forasteiros conquistaram 6 e houve 3 empates. A distribuição dos golos também favorece as equipas locais (33-25), sendo que existe igualdade entre ‘tiros’ certos nas primeira e segunda partes (29-29), algo que contraria o habitual domínio dos segundos 45 minutos, período em que o número de golos costuma ser mais alto. Devido à proximidade do final dos duelos, claro, e também pelo tempo extra que se joga.

Sabia que...
Foi ‘disparado’ o mesmo número de remates nas duas primeiras jornadas?
Tanto na ronda inaugural como na do último fim de semana, registaram-se 214 ‘tiros’. Curiosamente, as equipas que somam mais remates (Benfica e FC Porto) estão empatadas (32).

O Portimonense é a única equipa que ainda não marcou?
Os algarvios, paradoxalmente, lideram o ranking de cantos (20) e somam outros tantos remates, o que equivale a dizer que já visaram mais vezes a baliza contrária do que Feirense e Aves (19), Belenenses (18), Chaves (15) e Boavista (13). Acertar no alvo... é que nada!

As equipas madeirenses são as mais beneficiadas com penáltis?
Nacional e Marítimo tiveram um castigo máximo a favor em cada uma das rondas. No caso dos maritimistas a situação não deixa de surpreender, pois a época passada o clube não conquistou um só penálti!

Não houve expulsões na 2.ª jornada?
Na primeira houve 4."

E garoupa arrefecendo na travessa...

"De cada vez que penso nos personagens que povoam esta minha coluna semanal recordo-me daquela curiosíssima declaração do Reynaldo Ferreira, o formidável Repórter X: «Já uma vez escrevi um folhetim quilométrico em três dias - trezentos quartos de papel. Também confesso que cheguei ao final e já não me lembrava do que sucedera aos heróis da obra. E o público gostou. Eu nunca o li: e, por isso, não sei se era bom ou mau. Admiro-me apenas por não ter assassinado duas vezes os mesmos personagens e por não os fazer avós antes de terem filhos».
Claro que, aqui, não decido sobre a vida ou sobre a morte de ninguém, limito-me a trazer-vos episódios de gente que foi ficando, por uma razão ou por outra, na memória das pessoas, mesmo que muitas vezes tenha sido a morte a torná-los perpétuos. Ora bem, era aqui que queria chegar: na pré-história da Humanidade, ou seja, antes dos telemóveis, volta e meia, aí pelo meio-dia, recebia em casa uma chamada que autenticamente me chamava: «Afonso, hoje temos almoço?» Do outro lado, a voz em tom baixo de Chaliapine do Vítor Damas, que também era Afonso. E íamos ali ao Areeiro, ao Manel Caçador, às cabeças de pescada ou de garoupa até ao momento de eu me levantar da mesa e o deixar na companhia fatal de uma amiga traiçoeira à qual se agarrava como se teimasse em querer ver sempre o fundo de ambos.
Duas, três, meia-dúzia de vezes, o Vítor trazia consigo Carlos Gomes, aquele a quem os espanhóis chamavam El Más Grande Portero del Mundo, e então a conversa ia para além da memória e desenvolvia-se por entre fantasmas e lendas num lugar que não existe mais porque ambos deixaram já de viver na realidade simples das palavras, partindo injustamente cedo para a eterna planície da saudade.
Carlos Gomes tinha uma relação complicada com a modéstia, mas talvez fosse isso que o fazia especial. «Os melhores guarda-redes de sempre do futebol português fomos nós dois», dizia. Eu provocava o Damas: «És capaz de dizer o mesmo?» E o Vítor sorria: «Eu? Nunca! Essa é a maior diferença entre o Carlos e eu...»
Uma figura, uma figura, esse Carlos Gomes. Quando jogava, antes de entrar em campo, em Alvalade, vinha à porta buscar os miúdos que ali se juntavam à sua espera e levava-os para dentro, sem pagarem nada. Tinha sempre um público especial entre a rapaziada de Lisboa. «Uma vez o dr. Góis Mota, que era dirigente do clube, apanhou-me a sair do balneário e ficou furioso: “Onde é que vais?” E eu, encolhendo os ombros: “Vou só num instante arrumar a motorizada...” Começou aos gritos: “Não vais nada, vais é buscar essa cambada de garotos. Proíbo-te! Nunca mais!” Então voltei para trás e comecei a despir o equipamento. E ele: “Mas, que estás a fazer? És louco?” E eu: “Não jogo. Se eles não entrarem não jogo. Jogue você!” A partir daí deixou de me chatear».
Puseram-lhe a alcunha de O Bocas: não perdia a oportunidade discutir com os dirigentes, era um boémio, apreciador de vinho, adorava surgir por toda a parte na companhia de mulheres vistosas, descontavam-lhe metade do ordenado em multas mas ele estava-se nas tintas, dizia que recebia uma mesada da avozinha. E era um brincalhão nas balizas, procurava os truques de circo, ansiava pelos aplausos. Segurava a bola com uma mão, passava-a por cima da cabeça do avançado que estivesse na sua frente, apanhava-a do outro lado e ficava à espera da reacção das bancadas. Ou atirava-se em direcção de uma bola chutada com perigo, mergulhava por debaixo dela e repelia-a com os calcanhares. Em Espanha, no Granada, farto de não receber o que lhe deviam, recusou-se a jogar: «No hay dinero, no hay portero!»
Nesse Portugal salazarento a preto e branco, foi acusado de comunista e proibido de ir à selecção durante um ano por se recusar a ver o Papa. «Foi antes de um jogo em Roma, frente à Itália. na véspera tinha dado umas voltinhas até tarde, queria dormir de manhã, e vieram acordar-me para ir ver o Papa. Ora, eu não tinha nada contra o Papa, mas como estava ressacado reclamei: “Que se lixe o Papa!” Um ano de suspensão imposto pela federação».
Certo dia, fugiu do país. Acusado de tentativa de violação de uma menina. «Foi no dia de um jogo do Atlético. O agente Marques avisou-me: “Estás perdido!”. E eu pensei para comigo: “Tenho que me pirar pela porta do cavalo”. Ao intervalo, com a ajuda do Juanito, do Casal Ventoso, arranjei um sêlo para o passaporte e saltei a fronteira. Depois, em Madrid, pedi um visto na Embaixada de Marrocos e meti-me no comboio para Tânger onde pedi asilo político. A história da menina não passou da vingança de um taxista que não gostava de mim».
Contava tudo isto com um gozo infinito. E eu e o Damas escutavávamos com um gozo infinito. Carlos Gomes tinha o dom da palavra. E o dom de falar sobre si mesmo. A cabeça de garoupa arrefecia na travessa..."

O que Mourinho foi perdendo e que (ainda) não soube recuperar

"Ainda a parolice que voltou com a Liga, e um ou outro ponto sobre as eleições do Sporting

Eu sou do tempo de ver uma equipa de José Mourinho jogar muito bem à bola. Lembro-me do seu FC Porto e das primeiras versões do seu Chelsea, sobretudo. A expressão ilustra, penso, que não se trata de um passado recente.
Ainda sou mais do tempo de ver o seu Inter ser uma equipa controladora, matreira, e perceber perfeitamente como iria enganar os adversários. Um jogar bem diferente, mas defensável e sólido e que também pode e deve ter adeptos, que culminou com uma conquista mágica para o clube: a Liga dos Campeões. Olha-se para o Inter de depois, porque o de imediatamente antes também beneficiou da falta de concorrência por via administrativa – o célebre Calciopoli, que diminuiu muito a Juventus e também o Milan –, e percebe-se a enormidade do feito.
Deve olhar-se igualmente para o Chelsea de 50 anos antes da sua chegada para perceber o impacto estrondoso que teve. Ou para o Real Madrid campeão perante uma das melhores equipas da história, o Barcelona no mais alto tom da sua expressão futebolística e artística.
Mourinho entrou no futebol como um revolucionário. Os seus treinos eram inovadores, e a injecção de moral que dava praticamente a cada jogador tinha efeitos extraordinários. Cada um pensou, a certo ponto, que era o melhor do mundo no seu posto. Tenho dúvidas de que algum deles o negue.
Também é verdade que Mourinho nunca fugiu à polémica, nunca foi monocórdico nas salas de imprensa. Tinha a largura de ombros para aspirar a carregar todos os males da equipa às costas. Depois, sabia sempre o que dizer, como dizer e quando, e as suas palavras podiam inclinar um jogo a seu favor antes do pontapé de saída. Controlava na perfeição todos os aspectos do jogo, dentro e fora de campo. Era o melhor.
A meio de todo este caminho algo, talvez muito, se perdeu.
Já o escrevi antes, Mourinho tem de se reinventar. Não pode achar que lhe basta ser o que é para voltar a ganhar os títulos mais importantes, quando todo o mundo muda à sua volta. Talvez até nos vários aspectos do jogo.
Há muito dinheiro em Inglaterra. É uma realidade que nenhum treinador desdenha, nem sequer aquele que muito apregoam como um dos maiores da história. Pep Guardiola gastou nas suas três épocas de Manchester City mais de 600 milhões de euros. Aliás, dos crónicos candidatos, e excluo aqui o Arsenal dos últimos anos e o Tottenham, que até teve a proeza de não se reforçar neste verão, o Manchester United foi aquele que menos gastou, cerca de 430 milhões. Chelsea (531) e Liverpool (526) ultrapassaram a fasquia dos 500.
Há ainda alguma diferença, mas Mourinho está muito longe de não ter ovos para fazer omoletas. Contratou 10 jogadores, quase uma equipa inteira: um guarda-redes (Lee Grant), um lateral (Dalot), dois centrais (Lindelof e Bailly), três médios (Matic, Pogba e Fred) e três avançados (Lukaku e Mkhitaryan, que depois trocou com Alexis Sánchez).
O que mais impressiona é que o Manchester United não ficou mais perto de jogar um futebol, se não bonito, pelo menos sólido e consistente. Está melhor, mais estável, do que estava antes, nesses anos difíceis do pós-Ferguson, mas parece muito longe de uma candidatura séria ao título. Parece também um círculo vicioso: ao jogar tão pouco e ao ser tão pensado de trás para a frente será assim tão capaz de convencer os melhores jogadores no recrutamento? Fica a dúvida. A verdade é que Sarri, Guardiola e Klopp, por exemplo, conseguem fazer acreditar os futebolistas de que irão evoluir. Será que o treinador português ainda se consegue vender dessa forma? Repito: fica a dúvida.
Mourinho, ele mesmo, ganha já poucas batalhas verbais, e já são poucos os que o acham genial na gestão da comunicação para fora e de fora para dentro. Não terá também aqui um efeito contraproducente? Jesus chegou ao Benfica e disse que os jogadores iam jogar o dobro, e na altura já se achava que era o que acontecia com o Special One. Será que ainda consegue levar os atletas bem para lá dos seus limites?
Foi só a primeira derrota e vale o que vale. Não é por ter sido perante o Brighton e não frente a um dos outros multimilionários. Nem é por aí. É o que não muda semana após semana, ano após ano, que está contra ele. E a imagem imutável de que continua certo e que a culpa é sempre apenas dos outros. 

P.S. A Liga começou como a anterior acabou, e não é surpresa. Benfica e FC Porto – o Sporting tem ainda muito internamente com que se preocupar, e até a mudança de actores principais fez mudar o tom – arrancaram para mais um campeonato muito próprio, em que reina a falta de bom senso e a parolice. Uma perda de tempo, com objectivos claros: enfraquecer o rival seja de que maneira for. Nada disto é novo, apenas continua a ser muito mau. Ano após ano, o futebol português bate no fundo.

P.P.S As eleições do Sporting pertencem aos sócios, e serão estes que devem fazer a escolha. Em termos gerais, parecem-me demasiados candidatos, uma vez que isso não significa que na realidade existam sete ideias diferentes para o futuro. Com a intranquilidade que ainda há à volta do clube, com providências cautelares, conferências marcadas por cima de eventos em que deve a equipa de futebol ser a protagonista e queixas-crime, a maior parte da informação que estes querem ver passada perde-se pelo caminho. Existe, também, parece-me, alguma agressividade a mais em alguns candidatos, quando depois tudo o que se passou o discurso deveria ser bem positivo. Contudo, repito: o futuro deve ser decidido pelos sócios. A eles pertence."

Ministério da Defesa/ Ministério da Educação

"Não ter existido, nas últimas décadas, qualquer articulação entre os dois ministérios revela pura ignorância

Sem Educação não há Defesa possível, para uma Nação Moderna” (Prof. Max Cunha). É possível, em Portugal, ser Ministro da Defesa, sem perceber nada de Defesa, e, até sem ter cumprido o Serviço Militar (obrigatório).
Prova disto é nunca ter existido, nas últimas décadas, qualquer articulação entre os dois Ministérios, o que, em nossa opinião, é espantoso e revela pura ignorância.
Mas comecemos pelo Ministério da Educação: devia estar estruturado de forma a poder fazer frente ao futuro, preparando as novas gerações para as necessidades futuras do País, mas também com uma estrutura capaz de acudir e ajudar a resolver problemas, imediatos, de outros Ministérios, no presente, em vez da actual posição de isolamento total, em relação a outros Ministérios, nomeadamente ao da Defesa Nacional. Quer isto dizer que o Ministério da Educação é o denominador comum da Política Portuguesa e deve ser assumido, por todos, como a primeira prioridade do País.
O Ministério da Defesa deve estar sempre em contacto com o da Educação, pois é este que lhe vai formar os seus Recursos Humanos, que deverão estar sempre a ser preparados conforme as necessidades do País, com cursos específicos e em articulação, permanente, com a Defesa.
Parece que o, ainda, Ministro da Defesa, ao fim de um tempo considerável, percebeu e sugeriu (?) o regresso do Serviço Militar Obrigatório, segundo alguma comunicação social.
É exactamente isso que urge, neste momento, e qualquer Professor, de qualquer grau de Ensino, sabe isso, dada a falta de preparação cívica (social) da maioria da Juventude, quer em relação ao seu comportamento quotidiano, quer à solidariedade com terceiros, quer, sobre tudo, com as gerações mais velhas. Comportam-se como, no passado, os Países não Alinhados, em relação ao Direito Internacional, quando diziam que não tinham que o respeitar, por que não tinham participado na sua “Feitura”, nem tinham sido consultados sequer, daí não assumirem qualquer vinculação.
Ora o Serviço Militar Obrigatório é o 1º Contrato Social que os Jovens fazem com o País, para se vincularem a uma Sociedade que já é muito mais que uma Comunidade da qual são originários.
E é esse Contrato que os torna Cidadãos, que lhes dá Direitos e Garantias, mas também que lhes impõe Obrigações, entre as quais a primeira, e mais Honrosa, a Defesa da Pátria, atitude que merece o respeito e consideração de toda a Nação, por Eles, que, a partir desse momento, são Cidadãos de Pleno Direito e que, são, e devem ser, o orgulho da Nação.
Quem isto não entenda, não assuma, e não o sinta “debaixo da pele”, nunca poderá compreender o que é uma Nação, como ensinou Renan, ou seja, “um conjunto de pessoas, com um passado comum, com um presente comum, e com a vontade e determinação de terem também, um futuro comum”, ou, como diria Malraux, “uma comunidade de sonhos para o futuro”.
Só alguém que assuma isto poderá ser membro do Governo, na Pasta da Defesa.
De uma maneira mais clara, diríamos que poder, pode, só que nada realizará, nada mudará, e quando sair do lugar, não será recordado por ninguém, mesmo os de boa memória.
A Sociologia do Desporto, através da Prática Pedagógica, é uma Disciplina Fundamental para entender o que se escreveu, mas, infelizmente, só muito poucos sabem o que isso é.
Nos Ministérios da Educação e da Defesa nunca ninguém, entre civis, ouviu falar nisso. Daí a realidade presente: ninguém sabe para que serve o Ministério da Defesa."

105x68... Rescaldo... e antevisão...

Cadomblé do Vata

"1. EhPA OKazia... estou tão aziático que se estiver parado num corredor de uma loja de chineses mais do que 1 minutos, os clientes vêem-me fazer perguntas sobre os produtos que estão à venda.
2. Só à pala de Pizzi e Ferreyra falhamos um massacre goleador à moda antiga... apetecia-me gritar o nome do Pistolas, mas tive medo que os gregos pensassem que estava a chamar pelo presidente do PAOK.
3. Vlachodimos parece aquele homem muito educado, boa gente, que todos adoram, mas que tem 45 anos e ainda vive em casa dos pais... homem, emancipa-te, sai da pequena área, vai conhecer pessoas, ver o Mundo, acabar com 1 ou 2 cruzamentos perigosos ou chutar para a bancada umas bolas metidas nas costas dos nossos defesas.
4. João Félix só precisou de 15 minutos para fazer 2 passes de morte e um remate a rasar o poste grego... alguém do Benfica tem o número de telefone daquele hotel em Lagos onde escondemos o Eusébio? É para um amigo que quer ir passar férias ao Algarve até dia 1 de Setembro.
5. Este resultado tem o condão de facilitar a estratégia para a 2ª mão: "temos que ir à Grécia ganhar os 43 milhões de euros"... isto é o tipo de conversa que faz todo o sentido para um adepto de futebol, mas que deixa o pessoal da Troika sem saber o que dizer."

Benfiquismo (CMXXVII)

Quem é o mais alto?!

Vermelhão: desperdício... ao intervalo!!!

Benfica 1 - 1 PAOK


Não há muito para dizer... foi mesmo um festival de golos desperdiçados, num jogo onde o nosso guarda-redes praticamente não fez um defesa digna desse nome...!!!

Em condições normais, estaria descansado com o jogo da segunda mão, mas as ausências, e o desgaste físico, preocupa-me:
Jogámos este jogo sem o Jonas, o Krovi e o Salvio (provavelmente os três maiores criativos do plantel...), além do Castillo (provavelmente seria titular...) - e ainda temos a lesão do Ebuehi e agora parece que o Corchia também se lesionou esta manhã no treino!!!
Além disso, enquanto o PAOK se tem preparado exclusivamente com a qualificação para a Champions, o Benfica vai para a 3.ª jornada da Liga, logo com um derby... antes do jogo da 2.ª mão!!!
E a questão física, foi muito importante no jogo desta noite: a forma como o PAOK pressionou alto, com dois jogos por semana, seria impensável aguentarem mais de 15 minutos a pressionarem a nossa 1.ª fase de construção!!!

O grande trunfo do adversário foi mesmo esse: o posicionamento táctico, na pressão alta... também demonstraram serem eficientes no contra-ataque, principalmente após bolas paradas defensivas, e como já se sabia, fortes nas bolas paradas, defensivas e ofensivas!!!
O Pizzi seria normalmente o MVP, mas depois de tantos golos falhados não sei... se merece!!! O Cervi voltou a ser na minha opinião o jogador que deu menos à equipa ofensivamente, e o Grimaldo mostrou os seus problemas defensivos...

Mais uma vez não gostei do apitadeiro, mesmo com a dúvida naquele lance com o Rúben, no estádio não me pareceu falta... no resto foi um fartar de anti-caseirismo: lançamentos laterais, cantos, até os amarelos que foi perdoando, até que mostrou um disparatado ao Gedson... e depois no final ainda foi cúmplice no anti-jogo grego...
Adenda: Ainda não vi uma imagem que me mostre o Ferreyra a tocar na bola no golo anulado ao Gedson...!!!
Além da recuperação do Salvio, espero que mais ninguém se lesione até Sábado!!! Na jogada do golo dos gregos fiquei com medo, pois pareceu-me que o Pizzi fez um entorse!!! Vamos ver...
Nada está perdido, mas esta parte final de Agosto (até ao jogo da Choupana) vai ser sofrida, pois a questão física, e a 'falta de opções' vão se fazer sentir...

Alvorada... do Bernardo