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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ministério da Defesa/ Ministério da Educação

"Não ter existido, nas últimas décadas, qualquer articulação entre os dois ministérios revela pura ignorância

Sem Educação não há Defesa possível, para uma Nação Moderna” (Prof. Max Cunha). É possível, em Portugal, ser Ministro da Defesa, sem perceber nada de Defesa, e, até sem ter cumprido o Serviço Militar (obrigatório).
Prova disto é nunca ter existido, nas últimas décadas, qualquer articulação entre os dois Ministérios, o que, em nossa opinião, é espantoso e revela pura ignorância.
Mas comecemos pelo Ministério da Educação: devia estar estruturado de forma a poder fazer frente ao futuro, preparando as novas gerações para as necessidades futuras do País, mas também com uma estrutura capaz de acudir e ajudar a resolver problemas, imediatos, de outros Ministérios, no presente, em vez da actual posição de isolamento total, em relação a outros Ministérios, nomeadamente ao da Defesa Nacional. Quer isto dizer que o Ministério da Educação é o denominador comum da Política Portuguesa e deve ser assumido, por todos, como a primeira prioridade do País.
O Ministério da Defesa deve estar sempre em contacto com o da Educação, pois é este que lhe vai formar os seus Recursos Humanos, que deverão estar sempre a ser preparados conforme as necessidades do País, com cursos específicos e em articulação, permanente, com a Defesa.
Parece que o, ainda, Ministro da Defesa, ao fim de um tempo considerável, percebeu e sugeriu (?) o regresso do Serviço Militar Obrigatório, segundo alguma comunicação social.
É exactamente isso que urge, neste momento, e qualquer Professor, de qualquer grau de Ensino, sabe isso, dada a falta de preparação cívica (social) da maioria da Juventude, quer em relação ao seu comportamento quotidiano, quer à solidariedade com terceiros, quer, sobre tudo, com as gerações mais velhas. Comportam-se como, no passado, os Países não Alinhados, em relação ao Direito Internacional, quando diziam que não tinham que o respeitar, por que não tinham participado na sua “Feitura”, nem tinham sido consultados sequer, daí não assumirem qualquer vinculação.
Ora o Serviço Militar Obrigatório é o 1º Contrato Social que os Jovens fazem com o País, para se vincularem a uma Sociedade que já é muito mais que uma Comunidade da qual são originários.
E é esse Contrato que os torna Cidadãos, que lhes dá Direitos e Garantias, mas também que lhes impõe Obrigações, entre as quais a primeira, e mais Honrosa, a Defesa da Pátria, atitude que merece o respeito e consideração de toda a Nação, por Eles, que, a partir desse momento, são Cidadãos de Pleno Direito e que, são, e devem ser, o orgulho da Nação.
Quem isto não entenda, não assuma, e não o sinta “debaixo da pele”, nunca poderá compreender o que é uma Nação, como ensinou Renan, ou seja, “um conjunto de pessoas, com um passado comum, com um presente comum, e com a vontade e determinação de terem também, um futuro comum”, ou, como diria Malraux, “uma comunidade de sonhos para o futuro”.
Só alguém que assuma isto poderá ser membro do Governo, na Pasta da Defesa.
De uma maneira mais clara, diríamos que poder, pode, só que nada realizará, nada mudará, e quando sair do lugar, não será recordado por ninguém, mesmo os de boa memória.
A Sociologia do Desporto, através da Prática Pedagógica, é uma Disciplina Fundamental para entender o que se escreveu, mas, infelizmente, só muito poucos sabem o que isso é.
Nos Ministérios da Educação e da Defesa nunca ninguém, entre civis, ouviu falar nisso. Daí a realidade presente: ninguém sabe para que serve o Ministério da Defesa."

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