Últimas indefectivações

domingo, 23 de novembro de 2025

Nova vitória na Taça Hugo dos Santos...


Oliveirense 88 - 98 Benfica
23-33, 23-22, 20-21, 22-22

Continuamos a caminhada entre as desilusões Europeias, e as vitórias claras internamente! Hoje, contra um dos mais fortes adversários no Tugão, mesmo com o Dziewa e o Betinho fora de jogo, vitória clara, em jogo onde os Triplos chegaram a 'dominar'!!!

Vitória em Matosinhos...

Leixões 0 - 3 Benfica
19-25, 19-25, 16-25

Contra uma equipa complicada, nova vitória rápida, com números esclarecedores e com as contratações a ganharem entrosamento...

Vantagem mínima...

Belenenses 29 - 30 Benfica
14-15

Vitória demasiado apertada, entre jogos Europeus decisivos!

Rabona: Who’s in, who FAILED & play-offs are SET for the 2026 World Cup

É a minha opinião, vale o que vale!


"Tal como Giovanni Trapattoni, Mourinho chega à Luz com um rótulo de treinador ultrapassado.
Quem coloca o rótulo?
Malta que nunca treinou na vida, malta que na sua carreira toda conquistou menos do que ele nos últimos 5 anos se for preciso…e olhem que conquistar o que ele conquistou nos últimos 5 anos já o coloca isolado no topo dos melhores treinadores portugueses da história…se não vejamos…
1 Liga Conference - Roma 2021/22
Ah…mais isso tem algum significado?
Talvez não…ganhar com a Roma que nunca tinha ido a uma final europeia na sua história…e com ele foi duas vezes…mas pronto…isso é alguma coisa comparando com malta que escreve/opina e vomita opinião?
Claro que não!
Mourinho não necessita da minha defesa para nada!
Mas, em 2001 foi um erro histórico a sua saída, graças a Manuel Vilarinho que pode ter salvo o clube de JVA, mas percebia tanto de bola como eu de lagares de azeite…e olhem que já estive em alguns!
Mourinho vai além das conquistas, Mourinho transforma mentalidades!!!
Eu percebo a perseguição que lhe fazem, já assisti a isso com Jorge Jesus, outro que até de senil foi apelidado a quando da sua segunda passagem e cuspido e quase agredido na sua primeira passagem!
Mudar a mentalidade de uma equipa é uma tarefa hercúlea, e isso só está ao alcance dos grandes!
Mas essa tarefa não pode ficar refém apenas do treinador, Mourinho irá fazer uma limpeza no balneário, é normal, irá apostar em atletas que mais vale quebrar que torcer, irá meter não o dedinho mas o punho todo!
E para isso precisa de tempo!
Eu estou disposto a dar-lhe esse tempo, porque só dessa forma se inverte a situação atual,caso contrário continuaremos a viver de fogachos ocasionais !
Para os que dizem que as direções é que mudam as coisas, esses não percebem de futebol, lamento!
As únicas direções que mudam algo são as que ficam na história por factores extra futebol, como Tapie, Pinto da Costa ou Varandas, de resto quem cria e molda a identidade dos clubes são os treinadores!
O Benfica de Guttman, Erickson ou Jesus;
O Inter de Herrera; Mourinho O Barcelona de Cruift ou Guardiola;
O Ajax de Rinus Mitchel e Van Gaal;
O Real Madrid Muñoz; Del Bosque; Zidane e Ancelotti…
Etc etc etc…
Poucos clubes se tornam históricos pelas mãos dos presidentes!
As conquistas são uma conjugação de tudo, mas quem tem a batuta é o TREINADOR!
Melhor exemplo…o City…quantos treinadores de topo mundial por lá passaram desde que se tornou um colosso mundial???
Quantos ganharam aquilo que ambicionavam???
O PSG??? Outro…o presidente não mudou desde que os milhões começaram a jorrar…mas quem lhes deu o título foi a capacidade do técnico!
Neste momento temos o melhor técnico para mudar a mentalidade dos jogadores, quem estiver com ele, vai ganhar, quem não estiver é a andar!
Tem de ser assim!
Aqui estou 100% do lado do TREINADOR!
Não tens estofo mental ou físico para jogar no Benfica, então não sabes o que é o Benfica!
Mourinho que tente formas bases sólidas para o futuro, só assim se vence mais!
Foi o que se fez com Jorge Jesus durante 6 ANOS, é isso é fundamental para darmos a volta ao texto!
Neste momento Mourinho é um tudo em um! Para ele conferências de imprensa são peaners, lidar com planteis favas contadas, a direção do tem de lhe dar as armas para ele triunfar, nada mais!"

Mourinho: algo mudou no Restelo


"Um treinador queixar-se da atitude dos jogadores desta forma como fez o técnico das águias é típico de fins de ciclo, não de projetos em fase inicial

O Benfica venceu mas continua a não convencer. Frente a um adversário da Liga 3, as águias voltaram a apresentar um futebol cinzento, nem chama nem alma. O problema para as águias é que esta nem é a má notícia, porque só é notícia aquilo que é novo e o que se assistiu no Restelo foi a repetição de um padrão, embora na sua representação mais pobre. O que realmente surpreendeu foram as duras declarações de José Mourinho no final da partida.
Disse mais tarde, na conferência de imprensa, que as críticas na flash interview foram também a si próprio e não só aos jogadores, porque ele é o responsável pela gestão do plantel. Mas quando se ouve um treinador dizer qualquer coisa como «depois não me venham bater à porta para saber porque não jogam» significa que entrámos numa nova fase. Até agora o ex-técnico do Fenerbahçe mostrara uma paciência invulgar, talvez justificado pelo clima à volta do clube: primeiro, um regresso que convocou o lado mais emocional; depois, as eleições que pediam recato e discursos polidos para não ferir suscetibilidades, ainda que aqui e ali já se suspeitasse que ele não estava satisfeito com muito do que via, do que tem... e do que não tem.
Mas agora são outras as circunstâncias e o jogo com o Atlético poderá ficar gravado como um ponto de viragem na forma como Mourinho exerce a sua autoridade no Benfica, num estilo muito mais próximo daquele que conhecemos: mais agressivo e menos complacente. É por demais evidente que, se pudesse, teria um plantel formado por outro tipo de laterais e de extremos (pelo menos) e isso já foi percetível pelos próprios jogadores. É dos livros que quando há muita gente descontente num balneário o resultado não é positivo, o que obriga a ações mais drásticas do ponto de vista da comunicação para dentro e para fora.
Com a experiência que tem, parece que foi essa a intenção de Mourinho com as duras palavras no Restelo, colocando o ónus nos futebolistas a partir de agora, nomeadamente ao colocar a responsabilidade nos ombros deles sobre o que de diferente possa ser feito (ou não) para o jogo frente ao Ajax, na Champions, um gigante que vive uma situação muito pior que o Benfica. Mas não deixa de ser preocupante para o universo encarnado que a chicotada ainda não tenha realmente surtido efeito. Um treinador queixar-se da atitude dos jogadores desta forma é típico de fins de ciclo, não de projetos na fase inicial, o que pode indicar que o problema é de maior dimensão."

BF: Mourinho...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Que efeito tem o ataque de Mourinho aos jogadores?

Rola a Bola #48 - A selecao joga melhor sem CR7, Taca de Portugal ronda 4 ( SCP,FCP,SLB )

A Verdade do Tadeia - Sexta-feira a 3 #10 - O futebol para o público

Pimpim por Pimpim !!!

Encontra alguém que olhe para ti como Pep olha para Bernardo


"«É um dos melhores jogadores que treinei na carreira. Não é o mais produtivo em golos ou assistências, mas dá-nos, e dá a ele próprio, algo que não aparece nas estatísticas, muita coisa que permite à equipa vencer. Pode fazer tudo.»
Pep Guardiola, treinador do Manchester City, ontem, em conferência de imprensa, respondendo a pergunta sobre Bernardo Silva

De vez em quando, alguém pergunta a Pep Guardiola por Bernardo Silva. E, invariavelmente, o treinador do Manchester City derrete-se. Aconteceu ontem, em conferência de imprensa, de novo. Como habitual, o treinador não poupou nos elogios ao português.
E o mais revelador é que nem precisava de o fazer. Há várias formas educadas, simpáticas, de elogiar um jogador sem tantos superlativos.
Não há dúvidas nenhumas, Pep tem uma paixão (futebolística) por Bernardo Silva como raramente se vê, que nasceu ainda do outro lado da barricada – quando o Mónaco de Leonardo Jardim, com o português e um jovem Mbappé a despontar, eliminou o City nos oitavos de final da Champions, já lá vão oito anos.
Quatro meses depois, o português rumava ao Etihad. Na ala direita, no meio-campo, até como uma espécie de lateral-esquerdo, uma vez por outra, Bernardo nunca deixou de jogar, e esta época foi escolhido, pelo próprio treinador, como capitão – Guardiola mudou a regra de deixar os jogadores votarem para se assegurar de que a escolha seria a desejada.
A pouco mais de seis meses do final do contrato, é improvável que Bernardo Silva continue em Manchester. Mas seguramente que não será por falta de vontade do treinador."

Cristiano Ronaldo, o capitão e o cidadão


"Creio que já o escrevi nesta página, há alguns meses, e como ponto de partida para outra análise: estive, em agosto de 2003, na inauguração do Estádio José Alvalade, e no jogo que, verdadeiramente, constituiu a ignição de Cristiano Ronaldo para uma carreira de sonho no futebol internacional.
Aquela noite, o triunfo do Sporting, por 3-1, sobre o Manchester United, e sobretudo a exuberância da atuação de um miúdo de 17 anos, que seduziu absolutamente jogadores e equipa técnica dos red devils, foram, portanto, a primeira página de um livro dourado, em que quase tudo foi conquistado, em que recordes foram sucessivamente pulverizados e em que o então desconhecido jovem madeirense se tornou um fenómeno de rendimento desportivo e de popularidade universal.
Desde o Euro-2004 que Cristiano não perde uma fase final de grande competição internacional, para o que muito contribuiu a sua crescente influência no jogo e nos desempenhos da equipa principal de Portugal e uma notável capacidade de superação, seja nos objetivos sucessivos que o próprio jogador foi criando a si próprio, seja na quase inigualável capacidade física.
Arrisco dizer que Cristiano Ronaldo é, para muitos, o melhor jogador da História do futebol. Porém, será decerto para todos um dos maiores e, essencialmente, o protótipo dificilmente igualável de um atleta de eleição e de altíssimo rendimento e competência.
Aqui chegados, também surgem as responsabilidades que, decerto, não incomodavam a mente do prodígio brilhante que encantou Sir Alex Ferguson naquela noite de verão, em Lisboa, há mais de 22 anos.
Elas — as responsabilidades — aparecem com o tempo, com a experiência mas, essencialmente, com o que do tempo e da experiência fazemos. E Ronaldo, o madeirense dotado, devotado e esforçado, rapidamente se tornou referência maior das equipas por onde passou e da Seleção do seu país. Daí a ser seu capitão foi um passo, natural e aguardado, nunca questionado durante uma ampla época do seu reinado como o melhor português, pelo menos, da sua geração.
O que se pede a um capitão de equipa, no futebol, no râguebi, no andebol, no hóquei em patins, em qualquer modalidade em que as representações nacionais tenham crescente implantação competitiva, seja pelos resultados o tidos, seja pela frequência de presença em grande palcos mundiais e consequente exposição aumentada, é que seja muito mais do que ele próprio. É que seja o espelho da garra e da vontade da equipa em representar a bandeira nacional. É que dê o corpo às balas, notabilizando-se pela defesa do coletivo sobre a soberba individual, que divida os louros das vitórias e que seja o primeiro a assumir responsabilidades pelas derrotas. Ser capitão implica isso mesmo, como acrescida valia de uma braçadeira que deve ser muito mais do que um objeto identificativo em campo. Deve ser sinónimo de exemplo dentro e fora dele, deve ser extensão da equipa técnica durante o jogo, deve ser visão periférica e leitura com faróis de nevoeiro de todas as situações e respetivas implicações fora do retângulo de pura competição.
Houve, recentemente, dois momentos que contribuíram para questionar a posição de Cristiano Ronaldo. Num deles (a ausência do funeral de Diogo Jota), e independentemente da justificação aduzida pelo próprio, de um foro muito pessoal e familiar, quase na intimidade do seu círculo mais fechado, Cristiano Ronaldo não foi capitão. Alguém com a braçadeira seria o primeiro a chegar de todos os seus colegas de Seleção, para fazer o que o Liverpool fez em Gondomar: prestar uma singela mas muito sentida e presencial homenagem à memória do jovem companheiro de equipa que acabara de partir. Por tão súbita e violenta, a morte de Jota reuniu, das quatro partidas do mundo, o planeta futebol.
À exceção de um capitão que, nesse momento, não conseguiu discernir o pessoal do coletivo e a força da braçadeira.
Do mesmo modo, expulso em Dublin e, por via desse cartão vermelho, desde logo afastado do encontro que se revelaria decisivo para carimbar o apuramento português para a fase final do Mundial-2026, era sua obrigação moral e dever físico a presença junto aos companheiros, no Estádio do Dragão.
Não há nenhuma justificação plausível para a sua ausência da consagração lusa, por mais previsível (e obrigatória) que ela fosse, em face da fragilidade do adversário em questão.
Bem sei que a situação de Cristiano Ronaldo (sobretudo a sua completa liberdade financeira) lhe permite a tomada de qualquer posição pessoal. Já la vamos. Mas esta não é uma posição pessoal. É uma posição do capitão da Seleção de Portugal, tomada no âmbito de um estágio de preparação para um jogo decisivo. Portanto, neste caso, o jogador também não foi, verdadeiramente, capitão.
Escrevi «já lá vamos» no parágrafo anterior. Justamente porque, esta semana, o cidadão (naturalmente por força da sua carreira e da sua dimensão universal) Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro esteve na Casa Branca, num encontro privado com o POTUS (o curioso acrónimo que designa President Of The United States), integrado numa delegação chefiada pelo príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, que é, também, o número um do Al Nassr.
Aqui, é Cristiano cidadão a decidir o que muito bem pretende fazer nos seus dias privados. Na América, em Hong Kong, em Ibiza ou na sua mansão de Riade. Não deve nada a ninguém nem deve temer as análises (muitas delas na espuma os dias) dos novos especialistas e tudólogos dos canais 24/7 news ou das redes digitais.
Neste caso, quem esteve em Washington, na elegância incontestável do smoking e no sorriso das selfies, foi o cidadão, que também é futebolista de eleição. E, embora onde Cristiano esteja também acabe por estar Portugal, ele ainda tem a liberdade suficiente para decidir com quem se quer sentar à mesa…

Cartão branco
A impressionante caminhada da Seleção Portuguesa de sub-17 continua. No Golfo Pérsico, faltam dois jogos (e duas vitórias…) para o grande sonho ser tornado realidade. O novo Mundial da categoria, juntando 48 seleções num modelo de disputa idêntico ao que vai caraterizar o Mundial-2026, está a ser testado com sucesso, intensidade e competitividade. E a equipa treinada por Bino Maçães dá mostras de uma incrível personalidade e consistência. Faltam dois jogos, mas o belo exemplo, nos seis entretanto realizados, já fará parte da História."

Ronaldo banhado em petróleo


"É impossível sermos indiferentes à história de vida de Cristiano Ronaldo. Do Funchal a melhor jogador português de todos os tempos foram três décadas de distância, muito cheias de trabalho e de títulos. O país e o mundo veneram o madeirense, orgulho de uma nação inteira em tantas batalhas da bola. O povo prestou e presta-lhe o devido tributo. Mas Ronaldo é apenas um jogador de futebol.
Visto de fora, nem sequer um bom capitão da Seleção é, dentro balneário desconheço, portanto, posso admitir que seja. Mas quererem fazer dele uma espécie de embaixador do país ou voz do povo, calma lá, porque é um bocadinho diferente. Pelo que só posso discordar quando o selecionador nacional diz precisamente o contrário, a propósito da visita de Ronaldo à Casa Branca.
Aliás, se me preocupasse com estas coisas ou tivesse tempo para andar com todos os males do Mundo às costas, a presença do jogador na receção e jantar de segunda-feira em Washington só me devolveria um sentimento: vergonha. Desde logo porque Ronaldo ganhou lugar à mesa por acompanhar a comitiva da Arábia Saudita. Com todos os problemas, Portugal é um país democrático, nos antípodas do regime saudita, um dos mais opressores do Planeta, onde vigora a pena de morte e onde direitos das mulheres, dos trabalhadores, das minorias e a liberdade de informação são violados todos os dias. Mesmo assim, Ronaldo é servido, ou aceita ser servido, ou pagam-lhe para ser servido em bandeja dourada com molho de petróleo como embaixador do futebol saudita.
Tudo isto de sorriso fútil na cara, orgulhoso por estar associado ao país onde a modalidade depende dos fundos de um Estado que se aproveita do desporto para, junto da comunidade internacional, limpar a terrível imagem que tem. Ora, os portugueses não podem nem merecem ser associados a isto. Apenas um português pode, e esse é Cristiano Ronaldo."

Ronaldo foi pago para marcar na própria baliza


"Ronaldo já me fez saltar muitas vezes da cadeira ou do sofá. E não foi apenas porque joga na seleção portuguesa. Devo esclarecer que, além de não ser nacionalista, não sou um fanático da bola. Mas reconheço que vejo futebol, por vezes, com algum entusiasmo. E Ronaldo é um daqueles jogadores que, ao longo de várias décadas, ajudou a cimentar a minha paixão pelo jogo mais popular do planeta. Ou, pelo menos, na parte do planeta onde me calhou viver.
Não sei, nem me interessa, se Ronaldo foi ou é melhor do que outros jogadores que tive a sorte de ver jogar, como Messi, Maradona, Ronaldinho, a dupla Xavi e Iniesta, ou aquele maravilhoso grupo de samba brasileiro do Mundial de 1982, em Espanha. São, ou foram, todos artistas que, dentro das quatro linhas, me fizeram levantar da cadeira ou do sofá muitas vezes, por causa de uma finta, um passe rasgado, um golo espetacular e, por vezes, todos esses gestos na mesma jogada.
A minha paixão pelo jogo e pelos seus artistas esgota-se, no entanto, quando o árbitro apita para o final do jogo. Fora de campo, são homens (e cada vez mais mulheres) como quaisquer outros. Cheios de qualidades e ainda mais defeitos, como todos nós. Ter marcado muitos golos, ter feito as melhores fintas, ter marcado golos impossíveis, ou mais golos do que qualquer outro, não faz de ninguém um ser humano especial. Para isso são necessárias outras qualidades.
Se era preciso melhor prova dessa, por vezes, miserável condição humana, seja no académico, no taxista, ou no futebolista, temos esta última visita de Ronaldo à Casa Branca. Não se exaltem, não tem nada a ver com o facto de ter andado a trocar cromos circunstanciais com Trump ou as fotografias na Sala Oval. O problema é o pretexto que o levou até lá. Ronaldo foi o troféu que um ditador chamado Mohammed bin Salman levou no bolso na sua operação para lavar a imagem junto dos americanos e do Mundo.
Ronaldo foi o alfinete na lapela, enquanto se assinava o contrato de compra de uns quantos caças F35 e se anunciava que a Arábia Saudita fará investimentos de um milhão de milhões nos Estados Unidos da América.
E porque precisa bin Salman de lavar a sua imagem e de levar um troféu nessa operação de marketing? De forma resumida, porque é o líder, de facto, de uma ditadura, uma monarquia absolutista, em que as mulheres são tratadas como criaturas de segunda categoria, em que se pode ser condenado a umas centenas de chicotadas ou à morte por delito de opinião. E porque, segundo os americanos, a quem foi agora oferecer dinheiro, foi bin Salman quem ordenou a morte de um jornalista que, depois de morto, foi esquartejado.
Foi a este indivíduo sinistro que Ronaldo decidiu emprestar a sua imagem e a sua popularidade. Nada de surpreendente, uma vez que já é bin Salman quem lhe paga as muitas centenas de milhões que cobra por jogar nas arábias.
Dentro de campo, e em particular noutros tempos, que a idade não perdoa a nenhum de nós, Ronaldo corria, fintava e rematava na direção certa. Pelo menos, dentro de campo. Desta vez, marcou um golo na própria baliza. E o que é pior, para um apaixonado pelo bom futebol, Ronaldo foi pago para marcar na própria baliza."

A espanholização continental


"Palmeiras e Flamengo, nos últimos 10 anos, têm domínio de 70% no Brasileirão e de 71,4% na Taça dos Libertadores. Tal como Real Madrid e Barcelona em Espanha, mengão e verdão ameaçam usurpar as taças todas no Brasil.

A espanholização do futebol brasileiro é uma das discussões mais recorrentes do país do futebol. Tanto que, há cerca de ano e meio, já se escrevia nesta mesma coluna o seguinte:
«O futebol brasileiro sofre de muitas doenças, o calendário insano e o amadorismo de algumas direções são as mais graves, mas em dois pontos é até mais saudável do que as cinco principais ligas da Europa: na quantidade incomparável de novos talentos que produz e, acima de tudo, no número generosíssimo de clubes grandes, logo, de candidatos ao título que se apresentam a cada edição do Brasileirão.»
«Esse número generosíssimo, que inclui quatro gigantes de cada um dos dois principais centros, Rio de Janeiro e São Paulo, mais dois de Belo Horizonte, outros dois de Porto Alegre, fora clubes de Curitiba, de Salvador, do Recife e não só que já conquistaram títulos nacionais, é a força motriz do futebol no país do futebol, a vantagem competitiva que o aproxima do potencial económico e geográfico da NBA e dos outros desportos americanos e o distancia das citadas ligas europeias de topo.»
«Mas alguns observadores, os mais pessimistas, acham que ela já está a ser perdida (...) acreditam que, tal como o Real Madrid e o Barcelona em Espanha, o Palmeiras e o Flamengo ameaçam usurpar as taças todas no Brasil.»
O tema entrou em hibernação, entretanto, porque no ano passado o campeão foi o Botafogo. E, à final da Libertadores, foram o mesmo alvinegro carioca e o Atlético Mineiro. No ano anterior, o Fluminense levantara a taça continental.
Este ano, como está fácil de adivinhar, o tema voltou em força. Flamengo e Palmeiras, desde a jornada passada por esta ordem, correm quase sozinhos pelo Brasileirão; e na final da Liberta, lá estão o Real Madrid e o Barcelona em versão tropical outra vez.
Os números, realmente, assustam um pouco os democratas da bola: mengão e verdão, contando já com a atual, ganharam sete das últimas 10 edições do Brasileirão — só Corinthians, Atlético e Flu romperam a ditadura.
Mas o pesadelo desses democratas expande-se também pelo subcontinente sul-americano todo: mengão e verdão, contando já com a atual, ganharam cinco das últimas sete Libertadores.
Ou seja, domínio de 70% no Brasileirão e de 71,4% na Libertadores.
Além da citada LaLiga, de Real Madrid e Barça, também a Premier League, a Serie A, a Bundesliga e a Ligue 1 lidam com monopólios mais intensos do que o Brasileirão. Mas na Champions, pelo menos, houve seis campeões diferentes nos últimos sete anos.
Já Palmeiras e Flamengo estão a criar uma espanholização do tamanho de um continente."

Nos oitavos de final da Taça de Portugal


"O Benfica ganhou, por 0-2, ao Atlético, apurando-se para a próxima eliminatória da Taça de Portugal. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Passagem justa
José Mourinho considera a vitória "normal e justa". "A nossa primeira parte é pobre, e é pobre ao nível daquilo que mais me dói, que é quando tu és pobre ao nível da atitude. Na segunda parte obviamente que melhorámos muito. Era só uma questão de tempo para fazermos golo", afirmou.

2. Estreia vitoriosa
Rodrigo Rêgo partilha o sente após o primeiro jogo pela equipa A: "Muito feliz pela minha estreia e por termos passado. O míster ajudou-me muito a estar calmo para o jogo e deu-me confiança para eu fazer um bom jogo."

3. Ângulo diferente
Veja, de outro ângulo, os dois golos do Benfica marcados ao Atlético.

4. Mundial Sub-17
Portugal está nas meias-finais da competição ao eliminar a Suíça numa partida em que foram utilizados sete jogadores do Benfica, incluindo José Neto, considerado o melhor em campo.

5. Outros resultados
A equipa B empatou a um golo com o Brighton na 2.ª jornada da Premier League International. Nesta manhã, os Iniciados perderam, por 3-0, na visita ao Belenenses.

6. Jogos do dia
Em andebol, visita ao Belenenses (15h00); em voleibol, embate no reduto do Leixões (16h00); em basquetebol, deslocação à UD Oliveirense a contar para a Taça Hugo dos Santos (18h00). A equipa feminina de basquetebol atua no pavilhão do Esgueira (21h00).

7. Protagonista
Leia a entrevista a Mayara Barcelos, voleibolista do Benfica.

8. Sport Vila Real e Benfica
Conheça esta filial do Sport Lisboa e Benfica através da lente da BTV.

9. Nota de pesar
Nota de pesar do Sport Lisboa e Benfica pelo falecimento de Sérgio Caetano, líder dos Diabos Vermelhos."

La selección contra la patria chica

Intenções!!!


"Este lance, estando a ver o jogo, mencionei num grupo de amigos…como não é marcado penalti?
O que se seguiria seria é um hino à reunião do “Hotel Altis”
Na RTP o comentador disse ao analisar o lance…”não há falta nenhuma porque o que se tem de analisar é que há uma clara intenção de jogar a bola!”
E é isto…"

PRECISAMOS DE MAIS FUTEBOL


"Atlético 0 - 2 BENFICA

Nunca é demais lembrar o pisão da última final do Jamor. O Benfica não devia deixar este assunto cair no esquecimento sempre que se entra em ação para jogo da Taça de Portugal.
Sou velho o suficiente para me lembrar dos confrontos do Benfica com o Atlético para a primeira divisão do futebol português. Agora o desiquilíbrio tem tudo para ser maior do que era nesses tempos, o Atlético está no terceiro escalão do nosso futebol.
Os dedos das duas mãos - e se calhar os dos pés - não são suficientes para contar as vezes que marquei presença no Restelo para ver o Benfica defrontar o Belenenses. Sempre no topo norte, sempre com problemas para lá entrar, sempre com bons resultados para o Glorioso. Diz-se que é o maior estádio do mundo: nunca enche!
Péssima entrada no jogo. Os dois primeiros remates a sério até foram do Atlético. E depois mais umas tantas jogadas. O número 11 deles a dar água pela barba aos nossos. Rodrigo Rego é que tem dado nas vistas lá na esquerda.
Entretanto, vamos dando aqui e ali uns fogachos, mais uns tantos passes errados, e o Fábio Veríssimo a mostrar por que é tão mau árbitro. E assim vai passando a primeira parte.
Acabaram os piores 45 minutos da época, época que já teve péssimos 45 minutos. Mourinho que substitua já dois ou três jogadores para ver se a equipa acorda.
Eu escrevi duas ou três? Mourinho fez quatro. Guardou uma para o que der e vier. Acho que se pudesse tinha mudado oito ou nove!
Segunda parte melhor, com mudança tática, equipa mais pressionante, mais rápida, a ganharmos mais duelos, a construir melhor.
Marcámos dois golos, podiam ter sido mais.
Resultado justo, vitória sem brilho mas incontestada, houve jogadores que não aproveitaram a oportunidade, estamos na próxima eliminatória da Taça.
Próxima terça-feira há mais, em Amsterdão, lá estarei para apoiar a equipa."

O Benfica sobreviveu ao embaraço que o sufocante Atlético lhe causou


"Os encarnados fizeram uma exibição sofrível na 4ª eliminatória da Taça de Portugal, sendo assustados pela ousadia de um adversário da Liga 3. O primeiro golo de Richard Ríos em 22 jogos pelo Benfica veio no momento certo. A partir daí, tudo pareceu mais fácil do que realmente foi (2-0)

Em tempos, o Atlético foi um cliente habitual da Primeira Liga, mas desde 1977 que se chateou com a forma como foi servido e não mais lá pôs os pés. Hoje em dia, é o clube que nos vem à cabeça quando atravessamos a Ponte 25 de Abril no sentido Lisboa devido ao cartaz com vasta audiência que tem no seu estádio.
A Taça de Portugal é diferente do que era quando o Benfica e o emblema de Alcântara se defrontaram pela última vez, em 1982, e, por isso, o Atlético não recebeu os encarnados na Tapadinha. O local escolhido para a equipa da Liga 3 sujar as camisolas que tão bem divulga nas redes sociais foi o Restelo.
José Mourinho não levou a Belém a barba com que se apresentou na conferência de imprensa de antevisão, traço que evidenciaria ainda mais a diferença de idade face ao seu homólogo. Com 29 anos, Pedro D’Oliveira desenvolveu um plano de jogo de que se deve orgulhar.
A postura arrebitada do Atlético fez muitas cócegas ao Benfica. Na tentativa de progressão, os encarnados perderam uma série de bolas como a que Joãozinho rematou para demonstrar aquilo que a ousadia na pressão podia gerar.
Enquanto isso, as águias expuseram-se ao embaraço, mostrando dificuldade até em executar princípios básicos como passar a bola a jogadores vestidos da mesma cor. Não parecia um encontro da 4ª eliminatória da Taça de Portugal, apenas um duelo da fase regular da Liga 3 entre adversário de nível semelhante.
As perdas constantes da posse por parte do Benfica dirigiam o Atlético à baliza de Samuel Soares com uma assiduidade constrangedora. O clube da Luz era incapaz de se impor frente a uma equipa que está a realizar a pior época em termos pontuais desde que, em 2023/24, ingressou no terceiro escalão do futebol nacional.
Não é sinal de saúde que a perspetiva de ausência prolongada de Lukebakio obrigue a tão profunda reformulação tática frente aos sétimos classificados da Série B da Liga 3. Apesar de tentar bater a pressão com quatro jogadores atrás, o Benfica organizava-se posteriormente com três centrais para que Amar Dedic e Rodrigo Rêgo se projetassem.
O lateral esquerdo em estreia foi o melhor em campo até ao intervalo, dado revelador da epidemia de marasmo que afeta o plantel principal e ainda não chegou ao jovem de 20 anos oriundo da equipa B. Os restantes colegas recebiam quase sempre de costas e, quando superavam essa dificuldade, o Atlético fazia faltas úteis.
Post Malone não foi o único a não conseguir encher o Restelo. Quem foi até ao estádio viu José Mourinho praticamente esvaziar o banco de suplentes ao intervalo. Saíram Tomás Araújo, Barrenechea, João Rêgo e Ivanovic. Com alterações em todos os setores, o Benfica passou a enfrentar um adversário mais recuado, mas igualmente eficaz na resolução das abordagens do conjunto da I Liga.
A única real oportunidade do Benfica vinha ainda da primeira parte, quando Dedic rematou para defesa de Rodrigo Dias. Foi preciso algo altamente incomum para o Benfica se colocar em vantagem. Richard Ríos demorou 22 jogos a marcar o primeiro golo em Portugal. Afastou a macumba num momento oportuno. O canto aberto de Aursnes foi o princípio do desbloqueio da aflição.
Caleb ainda tentou esticões que trouxessem os restantes jogadores do Atlético atrás. Honrada a participação na Taça de Portugal, a equipa da Tapadinha perdeu ímpeto, mas nunca atitude. Na altura de fazer a última substituição, Pedro D’Oliveira cumprimentou todos os jogadores que não teve oportunidade de lançar.
Foi num lance desenhado por gente que passou os primeiros 45 minutos sentada que o Benfica chegou ao segundo golo. Andreas Schjelderup, no primeiro jogo com cadastro, infiltrou a bola na área e Leandro Barreiro arrancou uma grande penalidade a Paulinho. Pavlidis foi à pinta branca confirmar o castigo.
Rodrigo Dias tinha ficado perto de defender o remate do grego. No entanto, na segunda vez que o Benfica dispôs de uma grande penalidade depois de António Silva ter sofrido falta de Duarte Henriques, o guarda-redes conseguiu mesmo a defesa que fará dele protagonista no resumo do jogo e de Otamendi um ser infeliz.
Os festejos da passagem do Benfica aos oitavos de final da Taça de Portugal parecem parabenizar a quantidade de erros que há para corrigir. Qualquer gesto de contentamento é tempo perdido no processo de desenvolvimento."

Um menino a aparecer e um peso a desaparecer


"Rodrigo Rêgo, 20 anos, estreou-se na equipa principal e deixou água na boca. Ríos estreou-se a marcar, abriu caminho à vitória e, no festejo do golo, começou a libertar-se das toneladas de pressão que carrega… ou seria do mau-olhado?

Samuel Soares (5) — Aos 2’ estava a voar para a esquerda depois de remate perigoso de Joãozinho ao lado do poste esquerdo, aos 4’ a sair da área para cortar um ataque adversário, aos 11’ agarrou um cabeceamento, aos 40’ atirou-se para a relva para travar bicicleta de Délcio, aos 43’ segurou a bola após canto. Ainda na primeira parte jogou duas vezes mal a bola com os pés. Foi quase espectador no segundo tempo.

O melhor em campo:
Rodrigo Rêgo (6) — Bom pé esquerdo, explosivo na aplicação do drible e na mudança de velocidade, sempre com o dedo no gatilho pronto a disparar, tão irreverente e atrevido como algumas vezes precipitado e inocente na última decisão, só pode ficar feliz e orgulhoso pela estreia na equipa principal. Participou nos melhores lances da primeira parte. Jogou como ala esquerdo no primeiro tempo e extremo direito no segundo e aproveitou a oportunidade. Podem contar com ele. Foi agradável surpresa e dificilmente há benfiquista que não tenha ficado com água na boca e desejo de ver muito e mais do jovem de 20 anos. Sempre em modo ofensivo, a arrancar cruzamentos ou a fazer movimentos interiores, também foi competente a defender — recuperou a bola e foi receber passe de Schjelderup para depois entregá-la a Barreiro, no lance do penálti do segundo golo.

Tomás Araújo (5) — Com o veloz Délcio pela frente andou sempre em cuidados defensivos. Não apanhou grandes sustos, mas não pôde contribuir no ataque. Saiu ao intervalo quando Mourinho mudou o sistema tático.

Otamendi (5) — Talvez dos poucos que na primeira parte se incomodaram com a exibição da equipa — aos 44’ irritou-se com Samuel Soares pela demora de reposição de bola. Antes teve de aplicar-se várias vezes em cortes de cabeça na área, onde a bola chegou através de centros ou lançamentos laterais. Bom corte sobre Caleb à entrada da área aos 61’. Falhou penálti aos 90+2’ — atirou para a direita e guarda-redes defender.

António Silva (5) — Central pela esquerda na primeira parte não teve tanto trabalho como Tomás Araújo. Aos 31’ não conseguiu reagir a desvio de Barrenechea para marcar na primeira área. Sofreu penálti de Duarte Henriques (90+2’).

Dedic (5) — Não deu a profundidade que a equipa precisou, procurou muitos movimentos interiores. Aos 29’ quase marcou num disparo cruzado que Rodrigo Dias sentiu dificuldade em defender para canto. Mais confortável e participativo no ataque na segunda parte.

Aursnes (6) — Meteu a bola na cabeça de Ríos no primeiro golo. Mais influente na segunda parte, organizando e apressando a equipa recuperar a bola e a sair para o ataque.

Barrenechea (4) — Aos 7’ escorregou e permitiu remate de Caleb à entrada da área. Aos 18’, num livre à entrada da área, rematou contra a barreira. Procurado nas bolas paradas, desviou uma vez bem de cabeça para António Silva (31’). Mas a equipa precisou de intensidade e energia que não ofereceu. Saiu ao intervalo.

João Rego (3) — Aos 2’ perdeu a bola e Joãozinho rematou com perigo ao lado do poste esquerdo. Foi médio-interior esquerdo e não teve impacto positivo no jogo ofensivo da equipa. Saiu ao intervalo.

Pavlidis (6) — Andou sempre a farejar o golo que surgiu na marcação de penálti, num remate forte e rasteiro para a direita. Serviu um remate perigoso de Dedic (29’). Na confusão onde andou metido também ameaçou aos 58’.

Ivanovic (3) — Jogou no apoio a Pavlidis, por isso, mais móvel. Entre perdas de bolas e atrapalhações sucessivas, apenas um lance interessante aos 21’, quando arrancou com espaço e foi derrubado à entrada da área. Perdeu boa oportunidade, num canto e sozinho, quando rematou ao lado do poste esquerdo.

Leandro Barreiro (6) — Jogou ao lado de Pavlidis para pressionar a saída de bola e deu mais intensidade à equipa no momento defensivo. No ataque, ofereceu-se para combinações e deu velocidade à bola. Foi derrubado na área, no penálti que Pavlidis converteu.

Ríos (6) — Entrou ao intervalo e aos 46’ já estava a rematar cruzado, por cima da barra. Aos 57’ voltou a disparar, agora à entrada da área, também por cima. Deu mais músculo ao meio-campo. Foi à área para marcar (de cabeça) pela primeira vez pelo Benfica. No festejo, tentou libertar-se do peso da responsabilidade. Ou seria do mau-olhado?

Dahl (5) — Com pouco trabalho defensivo, cruzou duas vezes para a área e empurrou Schjelderup para o ataque.

Schjelderup (6) — Deu ao Benfica a capacidade de desequilibrar mais no um para um, no último terço e na área do Atlético. Participou no lance que acabou no penálti cometido sobre Barreiro. E só uma grande defesa de Rodrigo Dias impediu que pudesse festejar o golo, depois de boa arrancada e remate forte.

Henrique Araújo (-) — Entrou aos 79'. Sem oportunidade de deixar marca."

No mercado do Restelo só havia golos de bola parada


"Aposta falhada nos três defesas do Benfica; aposta falhada na titularidade de (pelo menos) Ivanovic; aposta certeira da estratégia do Atlético: adiar o golo das águias e tentar um próprio. E a grande defesa de Rodrigo Dias no penálti de Otamendi...

Acabou por ser um daqueles jogos de ‘risquinho ao meio’: na primeira metade vimos o Atlético a jogar como se estivesse na Tapadinha e contra um adversário da Liga 3; na segunda, o Benfica, depois de quatro alterações ao intervalo, impôs-se sem grande dificuldade, fruto de um onze mais rotinado e também porque, como era previsível, a equipa de Alcântara começou a sentir o desgaste físico. O resultado é justíssimo, com o toque adicional de termos assistido, durante 45 minutos, ao Atlético a tentar assumir o papel de tomba-gigantes. Não o conseguiu, mas tentou. Tentou muito, embora sem efeitos que se traduzissem no marcador.
O Benfica apresentou a novidade de iniciar o encontro com aquilo a que Mourinho prefere que se chame de três defesas (Tomás Araújo, Otamendi e António Silva) e um quarto homem bastante recuado (Barrenechea), mas entrou no Restelo como um pardalito de telhado, esvoaçando entre o Restelo e a Tapadinha, quando deveria ser a águia-real que, em tempos não muito distantes, já foi. Havia a atenuante de estar a jogar apenas com sete titulares habituais (os três centrais, mais Dedic, Barrenechea, Aursnes e Pavlidis). Ainda assim, os primeiros 45 minutos dos encarnados oscilaram entre o medíocre e o fraco, com poucas ocasiões de perigo e com Ivanovic e João Rego — sobretudo o primeiro — a desperdiçarem a oportunidade de impressionar José Mourinho.
O Atlético, porém, mostrou-se imune a essas fragilidades do adversário. Seguro a defender a baliza de Rodrigo Dias e destemido sempre que se aproximava de Samuel Soares, equilibrou a partida até ao intervalo e até dispôs de ligeira supremacia nos remates perigosos. Quem esperava que os alcantarenses estacionassem um autocarro de dois andares — ou dois mais pequenos — à frente da baliza percebeu rapidamente que não seria assim. O Atlético não se limitou a defender; procurou o golo (e esteve perto), consciente de que teria mais hipóteses enquanto houvesse forças para disputar cada lance frente a jogadores fisicamente muito superiores.
Se a intenção de José Mourinho era testar o sistema de três centrais num jogo teoricamente mais acessível, é provável que não tenha ficado satisfeito. Ao intervalo retirou Tomás Araújo, lançou Dahl e regressou à linha habitual de quatro defesas, reorganizando a equipa num 4x2x3x1. A culpa não era, evidentemente, de Tomás Araújo, muito longe disso. O que ficou claro, pela exibição da primeira parte, é que era necessário ‘sacudir’ a equipa. E Mourinho fez bem não só em abandonar o trio defensivo, como também em dispensar a presença simultânea de dois avançados clássicos.
Depois do intervalo, com Dahl, Barreiro, Ríos e Schjelderup em campo, o Benfica melhorou: teve mais bola, mais ritmo e mais velocidade. Ainda assim, até muito depois da hora de jogo, continuou a criar poucas oportunidades claras de golo. O Atlético, ressentindo-se da diferença de rotação, recuou cada vez mais, e tornou-se evidente que, mesmo com o Benfica longe do seu melhor nível, dificilmente conseguiria evitar o golo.
O marcador acabaria por mexer em dois lances de bola parada: canto de Aursnes, cabeceamento de Ríos, 0-1 (73’); penálti de Pavlidis, após falta sobre Barreiro, 0-2 (77’). O Atlético defendeu quase sempre muito bem a baliza de Rodrigo Dias, com uma tenacidade notável, falhando apenas nos lances de bola parada. O Benfica ainda dispôs de outro penálti para fazer o 3-0, mas Otamendi atirou para o lado direito de Rodrigo Dias e o guarda-redes, esticando-se até ao limite, defendeu o remate do campeão do mundo — o grande momento da noite para os alcantarenses."

Terceiro Anel: React - Mourinho - Atlético

Vinte e Um - Como eu vi - Atlético...

Esteves: Atlético...

Terceiro Anel: Atlético...

BF: Atlético...

5 Minutos: Atlético...