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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

BF: Sudakov é a chave deste Benfica!

BI: Modalidades #172 - Semanada...

Benfica Podcast #566 - React - Benfica Independent J Noronha Interview

Terceiro Anel: Hungria...

O sonho Mundial


"Fomos do categórico ao sofrido, por culpa própria, no começo da qualificação da seleção para o Mundial. Sobre a fase final recaem esperanças que se vão repetindo e que decorrem, com naturalidade, do extraordinário grupo de jogadores de que atualmente dispomos. Além do muito talento existente, a mistura de idades dos convocados também dá, sem dúvida, o equilíbrio e a maturidade que se pretende para pensar nos mais altos voos.

Atrás
Nos dias de hoje, Diogo Costa e Gonçalo Inácio são as exceções entre os convocados que foram titulares, que ainda podemos ver por cá. No banco, os outros dois resistentes do nosso campeonato, curiosamente nas mesmas posições dos colegas titulares: Rui Silva e António Silva. Nas laterais, Cancelo e Mendes garantem a amplitude que qualquer ataque procura, acrescentando o seu poder ofensivo ao colega com quem dividem a ala. Numa defesa cuja segurança e qualidade é habitualmente difícil de superar, a bizarra variação tática introduzida em Budapeste por Martinez, quase punha em causa a vitória. Jogar só com um só central de raiz dificilmente é boa ideia ou dá resultado. O menos culpado é, claro está, Ruben Neves, o adaptado, que Martinez conseguiu que coubesse na equipa.

Meio
Enquanto isso, é a versatilidade dos médios de alto nível de que a seleção dispõe que permite prescindir de um médio defensivo típico. Vitinha, um portento de técnica, vem sendo normalmente a unidade central mais recuada, fazendo lembrar o italiano Pirlo, de quem alguns se lembrarão. Foi esse extra médio que revolucionou o meio campo do Milan, há já uns anos, iniciando de trás a construção atacante, com o mesmo talento que o tinha notabilizado enquanto unidade predominantemente ofensiva. Voltando aos nossos, João Neves e Bruno Fernandes completam com Vitinha um trio de referência do futebol europeu atual, que dá gosto ver jogar. Têm tudo.

Na frente
Quanto ao ataque, fala-se, claro, invariavelmente da idade e de algum individualismo de Ronaldo, cuja presença poderá, diz-se, condicionar as opções de passe dos seus colegas. Não digo que não, pese os exageros habituais dos críticos, porém, a sua eficácia continua viva e a intuição também. Quer queiram ou não, ainda está por aparecer alguém que justifique a sua substituição. Um concorrente que se afirme sem reservas e que marque golos numa boa equipa. Para já, não vejo quem. Quanto a João Félix é uma incógnita que se mantém. Dois golos para recordar, mas só isso, até ver. Os sinais exteriores parecem mostrar a mesma imaturidade que parece eterna, que receio, não queira dizer uma retoma do jogador, mas unicamente um sucesso pontual. Um ala na direita e um avançado esquerdo no lado oposto, foi o que vimos no primeiro jogo. Quis dizer, no caso, uma maior proximidade de Félix a Ronaldo. Diogo Jota era esse acrescento na área que agora teve Félix como intérprete. O jogo aéreo de Ronaldo reforçado antes por Jota e na Arménia por Félix. As outras opções para a esquerda são diferentes. Desde Leão, Conceição ou Neto, mas de diferente perfil, estes para abrir a ala e driblar.

Acomodar
Confirma-se a tendência de alguns treinadores em fazer caber nas suas equipas os melhores jogadores ou dar largas à sua criatividade. Talvez João Neves tenha protagonizado como ninguém esta teoria, pelo seu discutido encaixe como lateral direito num dos últimos compromissos da seleção nacional. O mesmo Neves, já tinha sido adaptado, ainda no Benfica, por Roger Schmidt à direita, mas então num sistema de três centrais. A humildade, o talento e também a idade do atleta, ajudam a explicar certas opções estranhas dos treinadores, que para as fazer, também consideram a natureza e disponibilidade do jogador em causa. Em Budapeste tivemos um novo exemplo deste fenómeno.

Novos tempos
Se olharmos ao último onze de Portugal, verificamos que Cancelo e Pedro Neto são dois atletas cujo trajeto mais visível se iniciou fora do país, em função da cobiça que o seu potencial cedo despertou em países de maior poder económico. Antigamente era impensável. Cancelo no Benfica e Neto no Braga, fizeram um par de jogos cada um pelos seus clubes formadores, mas deram-se a conhecer verdadeiramente aos adeptos portugueses, quando já cá não estavam. No tempo em que joguei, raro era o internacional que não jogava em Portugal. Os então chamados blocos do Benfica e FC Porto dividiam os convocados, constituindo, na verdade, um grupo mais rival que solidário. Hoje, o clubismo exagerado da altura é anulado pela realidade do mercado.

Mais perto que longe
Aquilo que aconteceu recentemente a Sudakov, a última aquisição do Benfica, e à sua família, faz-nos lembrar a infeliz realidade que se vive em vários pontos do mundo, neste caso, a invasão da Ucrânia. A guerra, pela sua duração, tende em tornar-se uma triste normalidade, com que diariamente nos confrontamos, mas que já vulgarizamos. Muita gente anónima morre, mas já quase só representa um número. O acontecido em Kiev é só mais um, mas reaproxima o conflito do nosso país, porque as vítimas desta vez têm nome. Entretanto, depois do susto sofrido, o jovem jogador do Benfica declinou a dispensa da sua seleção para jogar e esta sua personalidade acabou premiada com a obtenção do único golo da Ucrânia, no Azerbaijão. Lembrar que o jogador, já vivera há pouco a traumatizante perda do seu pai, a quem dedicou emotivamente o golo obtido. Melhores e mais felizes dias virão para este jovem talento."

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Os pontos positivos e negativos da jornada dupla de Portugal

Observador: E o Campeão é... - "De invenção em invenção...de vitória em vitória"

Observador: Três Toques - Afinal não é só Roberto Martinez o craque em português

Terceiro Anel: Entrevista Cristóvão Carvalho...

Sustentabilidade financeira


"No exercício 2024/25, a Sport Lisboa e Benfica SAD apresentou um lucro de 34,4 milhões de euros, tendo obtido o máximo histórico de rendimentos operacionais e diminuído o passivo e a dívida líquida. Este é o destaque da BNews.

1. Contas muito positivas
Em entrevista à BTV, Nuno Catarino, CFO do Clube e administrador executivo da Benfica SAD, sublinha que, "do ponto de vista económico, os resultados são muito bons". "Até mais positivo do que projetávamos inicialmente, com e sem Mundial de Clubes", afirma.

2. Lucro de 34,4 milhões de euros
O Relatório e Contas da SL Benfica, SAD relativo a 2024/25 já está disponível para consulta. Destaque para o lucro obtido, assim como para o crescimento do ativo pelo 10.º ano consecutivo, a descida do passivo e da dívida líquida, os resultados operacionais positivos, o máximo histórico de rendimentos operacionais sem direitos de atletas e os capitais próprios amplamente positivos, inclusivamente acima do capital social.

3. Contributos internacionais 
Acompanhe a atividade dos jogadores do Benfica em representação das seleções nacionais.

4. Triunfo em deslocação difícil
Em futsal, o Benfica ganhou por 1-2 no reduto do SC Braga.

5. Grupo definido
O Benfica já conhece todos os adversários na fase de grupos da EHF European League.

6. Convocatória
A mais recente convocatória da Seleção Nacional Sub-15 de futebol inclui oito atletas do Benfica.

7. Renovações
A hoquista Rita Batista e a basquetebolista Diana Baptista continuam de águia ao peito.

8. Campeão do mundo
O canoísta do Benfica Fernando Pimenta conquistou mais uma medalha de ouro no Campeonato do Mundo de Maratona ao vencer a prova de K2 (29,2 km).

9. Mais de 40 mil cartões ativos
Parceria entre o SL Benfica e o WiZink celebra 3 anos de existência.

10. Sport Castanheira de Pera e Benfica
A filial n.º 10 do Sport Lisboa e Benfica celebrou o 90.º aniversário."

3x4x3


No Princípio Era a Bola - A eficácia de Portugal que deixou o Mundial 2026 a um pequeno passo

Ainda não é matemático, mas a alegria é demasiada para ser contida... não esquecer que falta o 'quase'!

Qualquer-coisa-entre-vinte-e-trinta-milhões-não-se-sabe-muito-bem-por-que-carga-de-água


"O Benfica — ou o futebol português, vai dar ao mesmo — não passa de um entreposto de jogadores. Quanto a vocês não sei. A mim envergonha-me. E é preciso escolher. Ou bola. Ou bolsa. Os dois juntos não dá

Como passou o leitor este último defeso? Esteve atento aos negócios? Aquilo a que na gíria futebolística se chama “movimentações de mercado”? Há sempre uns padrões misteriosos. Umas coisas inexplicáveis, ou de exegese reservada a uns quantos iluminados em finanças e futebol. Bolsa e bola. Duas sombras do saber que, quando se tocam, destilam uma magia negra só ao alcance de um certo tipo, muito específico, de mediador. Meio bica, meio MBA de pacotilha: tipos talhados para vender aspiradores ou apólices, a perorar num dialecto de consultor para uma plateia que se sente na obrigação de entender. E estão autorizadíssimos a dizer o que lhes apetecer: em casa, o espectador ou faz que sim com a cabeça, ou muda de canal, ou adormece. Por vezes, as três coisas ao mesmo tempo.
O que é estranho, porque — a avaliar pelas conversas de café, as caixas de comentários ou as sempre vibrantes manchetes da especialidade — o tema é consideradíssimo. O que é natural: país pobre, tristonho, conformado com a mediocridade internacional dos seus melhores. É, por isso, mais que compreensível que o adepto, essa criatura descompensada e fiel, celebre as ocorrências do import–export desportivo como se de títulos se tratassem, segurando facturas como se fossem faixas de campeão.
Na estreita medida em que transacções financeiras são capazes de me prender o interesse, estive atento. E reparei nisto. Se, no que toca a vendas, há dez anos, vigorava o “15 milhões à Benfica”, hoje, nas compras, vigora o “qualquer-coisa-entre-vinte-e-trinta-milhões-não-se-sabe-muito-bem-por-que-carga-de-água”. Não sabemos como, mas alguém decretou que os jogadores de gama média — aqueles miúdos que há dois ou três anos custavam entre 5 e 10 milhões — passaram a valer entre 20 e 30. É um tempo muito particular este, no qual aquilo que se paga por um jogador não tem qualquer correspondência com o que ele vale enquanto atleta. Este texto não é sobre o barrete óbvio que é Richard Ríos, o colombiano que veio do futebol de salão. Ou Ivanović. Ou, dentro de três ou quatro jogos, Sudakov. O ponto é outro: andam-nos a enganar. Parece que os vejo. Numa marisqueira em Matosinhos. A toalha de papel com uns números rabiscados, entre a santola e o rodovalho.
É espantoso que os jogadores extraordinários que jogavam no Benfica há uns anos — e valiam entre 20 e 30 milhões — fossem vendidos sem dó nem piedade. Gaitán, Di María, Matić e companhia. E os que os adeptos amam verdadeiramente e querem ver jogar, os que sentem o clube e sabem o que pesa o manto sagrado são varridos como se estivessem a mais. Florentino, uma espécie de Shéu dos nossos tempos? Foi-se. Hugo Félix, craque quotidiano? Foi-se. João Rego, jogador evidente? Despromovido. Henrique Araújo, que poderia ser o novo Nené caso o deixassem? Apontem no caderno: “Seguirá dentro de momentos”.
Fica a impressão de que o Benfica serve primeiro os agentes e só depois pensa em futebol. Se, nesta janela de mercado, os principais clubes portugueses queimaram centenas de milhões de euros, a fatia de comissões não é de gente séria. E a inflação não elevou o espectáculo. Outro dia, dava o Arouca–Rio Ave na televisão do café. Contei, exactamente, 28 almas nas bancadas. Não havia mais. Vinte e oito irredutíveis dispostos a sair de casa para irem ver aquilo. Há mais gente na Cinemateca. Honra lhes seja feita.
E fala-se do “Futebol Português” como se fosse uma entidade com direito a maiúscula. Como se existisse uma roseira a florir por tudo quanto é campo pelado. Mas é o avesso. A única flor que existe chama-se Cristiano Ronaldo. Uma rosa no deserto. Um fenómeno anormal que sustenta muitas folhas salariais da indústria; o resto, sim, são sombras. Um exército delas que ninguém ousa combater.
Para nós, do Benfica, têm sido décadas obtusas de comércio tão insaciável quanto estéril. Outro dia falava com o meu amigo Lautaro Vilo. Um argentino, adepto do Boca, com quem festejámos o título de 2009/2010 enquanto fugíamos da fúria dos adeptos do Vitória de Guimarães. Dizia-me: “El Benfica es medio una franquicia de ingreso al fútbol europeo para jugadores que luego van a otro equipos. Lo escuché el otro día en la radio. Mencionaban el caso de Enzo Fernández dentro de varios.” A isto alguém um dia ousou chamar “política desportiva”. Com amplo reconhecimento internacional. Sustentada por uma estrutura exemplar. Valha-nos São Béla Guttmann...
O Benfica — ou o futebol português, vai dar ao mesmo — não passa disto. Um entreposto de jogadores. Quanto a vocês não sei. A mim envergonha-me. E é preciso escolher. Ou bola. Ou bolsa. Os dois juntos não dá."

Ninguém dorme descansado com Portugal


"Faltam quatro jogos de qualificação, mas seguramente a Seleção não vai perder quatro pontos para a Arménia e seis pontos para Hungria e Rep. da Irlanda. Simplesmente, e respeitando todos os adversários, só há uma análise possível: a seleção portuguesa é de outro calibre

Portugal não pode «dormir», mas ninguém dorme descansado connosco… A segurança do play-off, a experiência da equipa, a pressão solta pela conquista da Liga das Nações eram fatores que faziam prever uma qualificação com alguma tranquilidade da Seleção Nacional. A qualidade dos jogadores é inegável e desde a conquista na Alemanha que o lugar de Roberto Martínez ficou bem seguro.
Melhor, desde a vitória em Munique na Liga das Nações e das declarações de Cristiano Ronaldo, a elogiar o treinador catalão. O grupo estava com Martínez e assim continua, tantos são os sinais no seio de um grupo que perdeu de forma trágica um dos seus principais integrantes.
A vitória frente à Hungria permitiu a Portugal reservar passagem para o Mundial da América do Norte em 2026. Faltam quatro jogos de qualificação, mas seguramente a Seleção não vai perder quatro pontos para a Arménia e seis pontos para Hungria e Rep. da Irlanda. Simplesmente, e respeitando todos os adversários, só há uma análise possível: a seleção portuguesa é de outro calibre.
Tanto assim é que Roberto Martínez se permite mudar sistemas e jogadores de forma regular, pois essa é a capacidade que o jogador português tem, derivado da sua formação e experiência. É preciso olhar adversário e estratégias também para se perceber quando essas mudanças resultam, mas Portugal já venceu jogos com uma linha de 4 na defesa, com uma linha de 3 e na Hungria até ganhou um jogo que começou apenas com um central de raiz em campo.
Isto é uma boa qualidade, pois causa sempre dúvidas ao treinador adversário na preparação dos jogos. É verdade que por vezes os adeptos portugueses ficam surpreendidos, mas o mesmo dirão os analistas do lado oposto e, no final do dia, creio que há suficiente qualidade técnica e sobretudo tática dos nossos futebolistas para o fazer. Nesse aspeto, Portugal deve tirar algum sono aos rivais…
A Seleção Nacional vive um belo momento futebolístico, mas ainda sofre em momentos que devia ser mais expedita. Ou estar mais desperta. Portugal não pode «dormir» em momentos como aquele que levou ao segundo golo húngaro – não tinha havido já o primeiro como aviso? -, sob pena de um dia o tempo lhe fugir. Mas também é verdade isto, com estes jogadores, com esta equipa, o adversário também não pode estar descansado até ao apito final, porque se há equipa que pode marcar um golo num piscar de olhos, e virar um jogo, essa equipa é Portugal.
A meia-final com a Alemanha, disse Martínez, foi ponto de viragem. E quem vira um resultado frente a alemães, pode virar frente a qualquer um. Portugal está nesse ponto de maturidade, ao ponto de que um golo sofrido não se transforma no fim do mundo. A Hungria que o diga. Duas vezes."

Seleção: a fasquia mais alta de sempre


"Há algo no português que o leva a ambicionar mais, querer ir mais longe. Nem sempre de forma realista. Seja como for, esta Seleção carrega um peso que nenhuma outra carregou até hoje

Tem sido uma luta complicada nas fases finais das duas grandes competições de Seleções a que Portugal acede — entre as belas campanhas de 1966, 1984, 2000, 2004, 2006, 2012 e 2016, temos os fracassos de 1986, 2002 e 2014 e participações normais em 1996, 2008, 2010, 2018, 2020 (que foi 21), 2022 e 2024. E o que são participações normais? Passagem na fase de grupos e eliminação algures entre ela e as meias finais. É esta a dimensão natural de Portugal. Ultrapassá-la é um feito (sempre saudado, exceto em 2004, porque jogávamos em casa contra um ainda mais outsider Grécia), ficar aquém um insucesso, como muito bem foi considerado nas devidas alturas.
Este estatuto, para um país periférico com poucos habitantes, devia ser considerado um luxo. Mas não é. Há qualquer coisa de aventureiro e afoito no português que o faz, muitas vezes, dar o salto para lá do que seria expectável. Os exemplos são mais que muitos. A chatice é quando tomamos a exceção pela regra, decidimos por alta-recreação que somos os maiores do Mundo e depois cobramos a quem nos representa se por acaso até calhou a não bater grandes potências, equipas de países e futebóis (e outros óis) bem mais poderosos que o nosso. Somos assim, entre o 8 e 80, e pouco haverá a fazer quanto a isso.
Neste país de expectativas (ou falta delas) extremas, temos, hoje, a Seleção Nacional de futebol com a fasquia mais alta da história. Em 1966 ninguém ousaria dizer que ia ser campeã do Mundo, nem em 1984 da Europa. Nem mesmo em 2004, ou 2006 ou 2016. Podia vir a estar na luta, esteve, ganhou uma, perdeu duas.
Dizer com todas as letras que Portugal quer ser campeão do Mundo, como quem constata uma evidência em vez de falar de um sonho, é corajoso. Costumam andar por lá as multicampeãs Espanha, França, Itália, Alemanha; mais Brasil e Argentina. Estes sim, sempre candidatos.
Depois andam o Uruguai, o México, a Bélgica, a Croácia, os Países Baixos, a Inglaterra. E mais uma série de outsiders que podem sempre ser um novo Portugal ou uma nova Grécia.
Mas a fasquia vai alta: o objetivo é o título. Tendo isso em vista, convenhamos que começou bastante bem, com excelente resultado e uma exibição convincente frente a uma Arménia que já nos causou os seus dissabores...
Mas até chegar às Américas convém valorizar o que se for conseguindo vencer por aqui. Ninguém nasce apurado e muito menos candidato só porque diz sê-lo."

Jogo Pelo Jogo - S03E05 - Pausa para Seleções

Pre-Bet Show #148 - Top 5️⃣ Candidatos a vencer o Mundial 2026 🌍

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Futebol Polifuncional


"Com o respeito que os grandes homens têm por seus sábios, Marcelo Bielsa pede desculpa a Menotti - que acreditava profundamente na especificidade de cada posição - ao lançar para o universo a bomba da polifuncionalidade. Coisa, aliás, que me diz muito porque é assim que eu vejo o jogo desde que comecei a jogar futebol: amplo, abrangente, sem um necessário e aprisionado lugar definido em campo.
O super-jogador deve ser aquele que pode rodar no tabuleiro e continuar a produzir grande futebol porque entende a essência de cada posição, reconhece-lhe as virtudes e defeitos, sabe-lhe os caminhos. Não significa isto que um treinador deva abdicar de especialistas ou que, se tivermos no plantel um fabuloso finalizador, o devamos desprezar por uma ideia colectiva mais apelativa. Não, estudando o que todos os jogadores podem trazer ao nosso jogo, deveremos então incorporar uma fórmula que potencie ao máximo o talento que temos. Que pode perfeitamente passar por ter 6 ou 7 jogadores polifuncionais e outros 4 ou 5 menos capazes de girar no tabuleiro mas extremamente eficazes nas funções que lhes pedimos. Acabe-se de vez com os radicalismos de um lado e de outro.
O que defende então El Loco para os escalões de formação? Ao contrário do que é recorrente, Bielsa refuta a ideia de ter um mesmo sistema de jogo em todas as equipas, desde os 10 anos ao plantel principal. A ideia é precisamente a contrária: ter em cada escalão um sistema diferente que vá mudando assim que o jogador sobe um patamar na hierarquia. Compreenda-se: é o sistema que muda, não o modelo. Este deve ser transversal em todo os escalões: como sair, que tipo de pressão, predilecção por jogo interior ou exterior, linha defensiva, transições defensiva e ofensiva, que tipo de condicionamentos ao adversário e em que zonas do campo. A alma das equipas é a mesma com esqueletos diferentes.
Porquê? Porque o jogador aprende, desde miúdo, a adaptar-se a estímulos distintos dentro do campo. A posições diferentes. A dificuldades que lhe eram estranhas um ano antes. Um médio consegue perceber melhor o movimento do lateral do seu lado se lá tiver passado no ano anterior. Sabe-lhe melhor os movimentos, antecipa facilmente um posicionamento. Torna-se mais natural em campo. Mais funcional. O jogo dos colegas fundem-se mais facilmente com o seu. Começa a existir uma simbiose mais clara e eficaz.
Este jogador, que aos 10 jogou em 442, aos 12 em 433, aos 14 em 343, aos 16 em 4231, aos 18 em 352 vai chegar à equipa principal com um conhecimento táctico absolutamente maior sem ter deixado de se ir definindo como especialista. Aliás, mais facilmente se descobre qual a melhor posição em campo para um jogador se o virmos em posições diferentes ao longo da sua formação, tendo sempre um modelo de clube claramente definido desde que começou a jogar futebol.
O jogador polifuncional chega assim aos 18 anos muito mais capaz de dar uma resposta afirmativa quando é chamado a jogar com os melhores. A sua integração - que é sempre a grande incógnita, mesmo com jovens muito talentosos - far-se-á de uma forma mais fluida, mais orgânica. O jogador não sente que chegou a um muro intransponível. Pelo contrário, recebe os mesmos estímulos criativos que sempre recebeu nos escalões inferiores. Há ali um lugar de conforto que o potencia a impor-se e a impor a sua qualidade logo que chega à equipa principal.
O tabuleiro gira sem que a qualidade se perca. Com a vantagem extraordinária de criar problemas diferentes e mais complexos ao adversário. Jogadores polifuncionais para um futebol muito mais universal. Futebol cheio, criativo, desconcertante. Futebol total."

Seleções Nacionais


"Em pleno período de pausa no calendário da FIFA para encontros das seleções nacionais, é relevante analisar o seu enquadramento jurídico. A participação competitiva das seleções nacionais nos diversos eventos desportivos, bem como a respetiva organização, reveste-se de um papel essencial na promoção do desporto, no fortalecimento da identidade nacional e no reconhecimento internacional do país. Em Portugal, esta responsabilidade é atribuída exclusivamente às federações desportivas, conforme consagrado pela legislação nacional, sendo considerada uma missão de interesse público. Tal enquadramento jurídico encontra-se plasmado tanto na Lei de Bases da Atividade Física e Desporto como no Regime Jurídico das Federações Desportivas.
De acordo com as citadas leis, cabe às federações desportivas assegurar, de forma organizada e responsável, a participação competitiva das seleções nacionais. É, portanto, reconhecido o papel das federações como agentes diretos na promoção do desporto, estabelecendo que tal atuação se insere numa missão de interesse público. O artigo 45.º da referida Lei de Bases refere mesmo: «A participação nas seleções ou em outras representações nacionais é classificada como missão de interesse público e, como tal, objeto de apoio e de garantia especial por parte do Estado.»
As federações têm, deste modo, o poder público delegado pelo Estado de planeamento e organização da atividade competitiva no plano internacional, bem como a definição das estratégias para a participação das seleções nacionais. As nossas Seleções Nacionais de futebol, pela mão da sua Federação, promovem uma lógica de excelência desportiva e um rigoroso planeamento técnico, financeiro e logístico, de forma a garantir que as equipas nacionais dispõem das condições adequadas para competir ao mais alto nível."