"Faltam quatro jogos de qualificação, mas seguramente a Seleção não vai perder quatro pontos para a Arménia e seis pontos para Hungria e Rep. da Irlanda. Simplesmente, e respeitando todos os adversários, só há uma análise possível: a seleção portuguesa é de outro calibre
Portugal não pode «dormir», mas ninguém dorme descansado connosco… A segurança do play-off, a experiência da equipa, a pressão solta pela conquista da Liga das Nações eram fatores que faziam prever uma qualificação com alguma tranquilidade da Seleção Nacional. A qualidade dos jogadores é inegável e desde a conquista na Alemanha que o lugar de Roberto Martínez ficou bem seguro.
Melhor, desde a vitória em Munique na Liga das Nações e das declarações de Cristiano Ronaldo, a elogiar o treinador catalão. O grupo estava com Martínez e assim continua, tantos são os sinais no seio de um grupo que perdeu de forma trágica um dos seus principais integrantes.
A vitória frente à Hungria permitiu a Portugal reservar passagem para o Mundial da América do Norte em 2026. Faltam quatro jogos de qualificação, mas seguramente a Seleção não vai perder quatro pontos para a Arménia e seis pontos para Hungria e Rep. da Irlanda. Simplesmente, e respeitando todos os adversários, só há uma análise possível: a seleção portuguesa é de outro calibre.
Tanto assim é que Roberto Martínez se permite mudar sistemas e jogadores de forma regular, pois essa é a capacidade que o jogador português tem, derivado da sua formação e experiência. É preciso olhar adversário e estratégias também para se perceber quando essas mudanças resultam, mas Portugal já venceu jogos com uma linha de 4 na defesa, com uma linha de 3 e na Hungria até ganhou um jogo que começou apenas com um central de raiz em campo.
Isto é uma boa qualidade, pois causa sempre dúvidas ao treinador adversário na preparação dos jogos. É verdade que por vezes os adeptos portugueses ficam surpreendidos, mas o mesmo dirão os analistas do lado oposto e, no final do dia, creio que há suficiente qualidade técnica e sobretudo tática dos nossos futebolistas para o fazer. Nesse aspeto, Portugal deve tirar algum sono aos rivais…
A Seleção Nacional vive um belo momento futebolístico, mas ainda sofre em momentos que devia ser mais expedita. Ou estar mais desperta. Portugal não pode «dormir» em momentos como aquele que levou ao segundo golo húngaro – não tinha havido já o primeiro como aviso? -, sob pena de um dia o tempo lhe fugir. Mas também é verdade isto, com estes jogadores, com esta equipa, o adversário também não pode estar descansado até ao apito final, porque se há equipa que pode marcar um golo num piscar de olhos, e virar um jogo, essa equipa é Portugal.
A meia-final com a Alemanha, disse Martínez, foi ponto de viragem. E quem vira um resultado frente a alemães, pode virar frente a qualquer um. Portugal está nesse ponto de maturidade, ao ponto de que um golo sofrido não se transforma no fim do mundo. A Hungria que o diga. Duas vezes."

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