Últimas indefectivações

sábado, 12 de setembro de 2015

Justo

Benfica B 2 - 0 Académico de Viseu


O jogo não foi entusiasmante, mas dominámos sempre... os golos só surgiram na 2.ª parte, mas já podíamos ter marcado mais cedo... aliás, marcámos, mas o apitadeiro achou que um frango/auto-golo a favor do Benfica, deve ser ilegal!!! Mais uma arbitragem horrível de Hélder Malheiro, um dos delfins do Desdentado!!!
Num jogo sem grandes destaques, realço a estreia do jovem Belga Scholl.

Reviravolta...

Benfica 33 - 27 Fafe

O caminho não vai ser fácil, aquele final da 1.ª parte foi muito mau (13-15 ao intervalo), mas no 2.º tempo recuperámos, defendemos melhor, e conseguimos a vitória... Nota-se a falta de um Pivot dominador.
Destaque para o regresso do Semedo... o Cavalcanti também já se equipou. 

De raiva...!!!

Benfica 4 - 2 Leões de Porto Salvo

Não foi um dos nossos melhores jogos, mas mesmo assim quando o Leões empatou (1-1), já podíamos estar a golear, tantas foram as oportunidades falhadas...
Como as coisas não estavam a correr bem, teve que ser à bomba: Patias, por duas vezes, na raiva, acabou por decidir o jogo a nosso favor...

Desta vez, acabou por ser o Brandi a ficar de fora por opção. Quando não houver lesões, nem castigos, será sempre uma decisão complicada do treinador: qual dos estrangeiros fica de fora Chaguinha, Fernando, Henmi, Patias, Juanjo, Brandi... Como treinador de bancada o Brandi num jogo de hoje poderia ter sido fundamental a ultrapassar o muro, mas...

O país habitual

"O presidente do Rosario Central, o clube argentino que vem negociando um jogador seu ora com o Sporting ora com o Benfica, confessou-se inclinado a dar preferência à proposta financeira do Benfica visto que do lado do Sporting o dinheiro lhe chegaria, disse ele, pela via de "um grupo de investidores de um país a que não estamos habituados". Aparentemente, o futebol argentino é um luxo. Nós, por cá, já estamos habituados a tudo.
Vítor Baía é senhor de uma imagem reverenciada pelos apaniguados do Porto, o que não espanta, mas também de uma imagem respeitada por adversários e rivais, o que já espanta um bocadinho em função dos fundamentalismos que campeiam no país do futebol a que estamos habituados. A verdade é que Baía alcançou um estatuto de sobriedade que não está ao alcance de todos. O antigo guarda-redes do FC Porto, do Barcelona e da Selecção Nacional entendeu recentemente alimentar as discussões em torno da viagem de Jorge Jesus da Luz para Alvalade, afirmando, em público, a existência de um telefonema do presidente do Benfica para o presidente do FC Porto com o propósito de se assegurar que a viagem em perspectiva não seria da Luz para o Dragão. A isto, o Benfica respondeu com silêncio e o Porto respondeu através do seu presidente com um desmentido formal e quase ofendido. O que colocou a opinião pública perante um dilema. Devemos acreditar em Baía ou em Pinto da Costa? Normalmente, um tal episódio telefónico só poderia ser considerado inverosímil, inimaginável sequer. Mas sendo Baía a falar, e logo um tipo sério e pouco dado a folclores como Baía, o alegado telefonema assume uma dignidade que, no mínimo, agita consciências. Cada um acredita no que quiser ou no que lhe for mais conveniente. Mas Baía é Baía. E se um dia o ouvíssemos explicar, em altas instâncias, a presença de um árbitro em sua casa para café e bolinhos por motivos de aconselhamento matrimonial, quem teria qualquer tipo de razão para duvidar da palavra do fidedigno e sereníssimo guarda-redes?
Ontem, a única crítica que ouvia Rui Vitória foi a de não ter deixado Mitroglou e Jonas em campo para tentarem o hat trick. São críticas que até dão gosto. Em resumo, o Benfica chegou ao intervalo a vencer por 3-0 e na segunda parte marcou mais três lindos golos. Foi o regresso a um país a que nos tínhamos habituado."

Leonor Pinhão, in Record

Vitória 'responde' só... com seis golos

"Nélson Semedo (21 anos) e Gonçalo Guedes (18) na asa direita, Samaris (26) na cobertura e Talisca (21) na ligação/organização como elementos titulares ontem utilizados por Rui Vitória diante do Belenenses, tendo ainda de reserva Lisandro Lopez (26), André Almeida (25), Ederson (22), Raúl Jiménez (24), Nuno Santos (20) e Victor Andrade (19). É o certificado de renovação e a correspondente assunção de mudança na política do futebol benfiquista, convidando à entrada do talento de gente jovem para coabitar em segurança com o saber e a classe dos 'trintões': todos unidos e confiantes na prossecução de mais conquistas, guiados por Luisão, a referência do plantel. Existe futuro, mas o presente não se adivinha fácil, porque a concorrência é forte. No entanto, tratados os medos, soprados os fantasmas e acautelados procedimentos que salvaguardem a paz no grupo, ficam asseguradas as condições para lutar pelo tri, sem pressa, mas com a noção de não se perder tempo, como sublinhou Filipe Vieira em recente e oportuna entrevista publicada em A BOLA.
Regressou o campeonato, com a realização da 4.ª jornada. O Benfica assinou exibição soberba e recheada de golos, com mais cérebro e menos coração, mais controlo e menos correria: a prova de que o seu treinador, afinal, tendo ideias muito válidas, não precisa de sentenças alheias, nem para motivar os jogadores nem para granjear a confiança do exigente tribunal da Luz. Grande espectáculo e admirável resposta de Rui Vitória... sem nada dizer: seis golos.
Hoje, o FC Porto joga em Arouca e, amanhã, o Sporting defronta o Rio Ave, em Vila do Conde. Dificuldades imensas para os dois candidatos, embora o favoritismo que ambos carregam não seja posto em causa, na medida em que são significativas as diferenças quer nos objectivos, quer nos orçamentos..."

Fernando Guerra, in A Bola

O 'lifecoach'


"Uma coisa é o indivíduo que se julga treinador de futebol. Pode ser qualquer um de nós. E qualquer um de nós. Outra coisa é o indivíduo que é treinador da vida dos outros, o aparatosamente chamado life coach. É gente que antes se ficava por papelinhos nos para-brisas sugerindo afrodisíacos africanos, feitiços para desamores, magias para pedras nos rins e poções para o mau-olhado mas agora, aproveitando uma certa democratização da estupidez, escreve livros e dá aulas.
Eu que, ingenuamente, julgava saber viver - e não me refiro ao pacote básico de respirar, alimentar-me, dormir -, acreditava dominar razoavelmente a minha existência dentro dos acasos da - portanto - vida, confesso que já dou por mim, cedendo às pressões das estantes dos supermercados, a pensar se não precisarei desses treinadores quando eles me aparecem lembrando em capas com horizontes crepusculares: 'o sucesso depende de ti', 'o tempo certo é agora', dizendo 'não há problemas, só soluções', como se tivessem inventado a frase, 'O amanhã pode esperar', 'aproveita o dia'.
Tudo isto é uma evidente irresponsabilidade, viver o agora, ignorar o amanhã, por esperto que soe. Até porque julgo que se trata duma impossibilidade do cérebro: como humanos o instinto leva-nos a crer na continuidade, na nossa sobrevivência para lá do agora, logo, impede-nos de viver só o próprio dia. Se perdermos este mecanismo morremos. O carpe diem pode ser mortal (e, já agora, toda a gente viu O Clube dos Poetas Mortos). As únicas pessoas que os treinadores de vida ajudarão serão eles próprios se bem-sucedidos neste negócio de bem-dispostos armados em psiquiatras.
Se você, leitor, acha que é treinador de futebol, no que respeita à vida, à generalidade da vida, tem mesmo de continuar ignorante. Deve ser por isso que há tanta gente a gostar mais de futebol que da própria vida. O futebol é tão fácil que ninguém nos ensina nada."


Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Estranho silêncio no futebol português

"Presidente da Liga espanhola acusa a UEFA e a FIFA de estarem a transformar a Liga inglesa num género de NBA do futebol europeu.

Uma das grandes e universais discussões do mundo do futebol profissional prende-se, hoje em dia, com as limitações impostas pela UEFA e pela FIFA no que respeita ao financiamento à contratação de jogadores pelos clubes com menos capacidade financeira. Esse foi, aliás, um dos temas principais do importante Fórum que o ICSS (International Centre for Sport Security) promoveu na última semana, em Genève, e que teve como principal organizador, o português Emanuel Medeiros, CEO da organização para a Europa e países da América Latina.
A questão afecta, em especial, as ligas menos ricas da Europa e, em particular, os principais clubes portugueses que viram muito limitada a sua capacidade para contratar jogadores de qualidade internacional, através do apoio de fundos que aceitavam partilhar os direitos económicos dos jogadores, num investimento que manifestava total confiança na capacidade dos clubes portugueses poderem valorizar esses jogadores. 
A pressão exercida, muito em especial pela Premier League, levou a UEFA e a FIFA a proibirem os chamados TPO (Third Party Owernship), o que em português vulgarmente se traduz por propriedade de terceiro.
Claro que alguns clubes (incluindo em Portugal) trataram de driblar essa proibição, conseguindo manter o apoio de fundos de investimento através de supostos empréstimos de clubes (por norma sediados na América Latina) e que passaram a dar o nome apenas para tornar possíveis as transações. Nem todos, porém, decidiram experimentar as linhas tortas desse jogo ilegal e perigoso. A questão foi colocada de uma forma clara e frontal, no Fórum de Genève, pelo atual presidente da Liga Espanhola de Clubes, Javier Tebas. Para o líder dos clubes espanhóis de futebol profissional, a UEFA e a FIFA estão a contribuir para que a Liga inglesa se distancie de tal forma de todas as outras ligas que se tornará, em breve, num género de NBA do futebol.
Tebas foi muito duro com os dirigentes do futebol internacional, que acusou de irresponsabilidade e de incompetência. «Esses dirigentes da FIFA e da UEFA não têm de facto, qualquer noção do que é o mercado do futebol» - disse o espanhol, que ainda afirmou ser contrário à ideia de que existem cinco ligas ricas na Europa: «Existe apenas uma Liga rica, a inglesa, a larga distância de qualquer outra» - considerou 
Os defensores da posição da UEFA ainda tentaram argumentar com a questão da opacidade de alguns desses fundos de investimento, questionando a proveniência desses dinheiros, que poderiam estar a ser investidos no futebol apenas com o intuito de lavagem de lucros de negócios sujos. Tebas replicou que seria fácil à UEFA e à FIFA regularem no sentido de fazer a defesa da transparência, aceitando apenas Fundos de investimento que mostrassem de forma clara quem eram os seus donos. É particularmente curioso que um assunto tão importante para o futebol português não faça parte da agenda prioritária dos nossos principais clubes e apenas esteja a ser publicamente pensada e discutida por alguns especialistas em direito desportivo, como é o caso de Fernando Veiga Gomes, autor de um interessante artigo que tem por título Dos direitos económicos no direito do futebol e que apresentou em recente Congresso.
Faz obviamente falta a discussão pública do assunto por parte dos clubes e da Liga portuguesa de futebol. Tal como é essencial uma estratégia de lobby da maioria dos países europeus para obrigar a UEFA a rever a sua posição, antes que os tribunais europeus o façam, porque é inaceitável que a indústria do futebol possa ser discriminada em relação qualquer outra.

Uma abraço para o Salvio
momentos difíceis na vida de um jogador profissional de futebol, mas dificilmente se encontra um momento mais difícil do que uma lesão grave, que obriga a parar por tempo prolongado. É o caso do jogador argentino do Benfica, Eduardo Salvio. E, no entanto, a força como continua a apoiar os seus companheiros e o modo paciente e racional como se tem relacionado com a infelicidade que lhe bateu à porta faz dele um grande e bom exemplo. Um abraço para o Saçvio e que regresse depressa.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

Benfica escolheu um caminho

"A 'Seixalização' do Benfica está em definitivo na agenda dos encarnados. Nelson Semedo veio para ficar, Victor Andrade já experimentou a titularidade, e esta noite há a possibilidade de ser Gonçalo Guedes a entrar de início. Nuno Santos aparece pela primeira vez numa convocatória e nos corredores da Luz existe a convicção de que em breve chegará a hora de Renato Sanches e João Carvalho.
Está instalada uma nova ordem no futebol das águias. A aposta na formação não era um capricho e muito menos uma promessa, daquelas que se esquecem rapidamente. O assunto fazia mesmo parte de um plano estratégico - e aí estão, já lançadas, as bases daquilo que Luís Filipe Vieira idealizou. Se é este ou não o caminho certo, só o tempo o dirá. Mas não faz sentido condenar, logo à partida, o projeto que visa construir uma equipa mais jovem, mais portuguesa e com mais formação. O cenário pode ser demasiado romântico e, na prática, até acabar por não funcionar. Ou demorar alguns anos a dar frutos sabendo-se, como disse Toni, que no Benfica "não há tempo para pedir tempo". Por isso é que estes processos têm de ser aceites, acarinhados e suportados pelos mais experientes. E quase tão importante, nesta fase, o papel de Rui Vitória quanto os de Luisão, Júlio César, Jonas ou mesmo Gaitán.
A questão essencial é saber se há ou não qualidade de base. E isso é o que iremos perceber nos próximos anos. Gonçalo Guedes e Nélson Semedo, entre outros, têm a oportunidade de ser o futuro do Benfica. Coisa de que Yannick Djaló, Bebé, Luisinho, Michel, Djavan ou Bruno Cortez não foram capazes. Essas, sim, foram apostas falhadas. E tempo perdido."

Eficácia e mais alguma coisa...

Benfica 6 - 0 Belenenses
Mitroglou(2), Jonas(2), Gaitán, Talisca


O melhor jogo da temporada, e não foi só por causa dos golos. A estratégia do Belenenses facilitou, o golo madrugador também ajudou, fomos eficazes pela primeira vez, mas os processos ofensivos do Benfica, nesta partida, melhoraram mesmo muito... A bola rolou entre os jogadores, rapidamente, com poucos passes errados, sempre à procura dos flancos, e acima de tudo a intranquilidade dos jogos anteriores desapareceu, os jogadores quando recebiam a bola, já sabiam o que tinham que fazer.
Defensivamente, não fomos verdadeiramente testados, mas pelo menos não 'oferecemos' contra-ataques, como nas partidas anteriores...
Ao contrário do que se disse, as paragens das Selecções no Benfica, têm normalmente um impacto negativo, porque a maioria dos titulares, vão para as respectivas Selecções. Mas desta vez, vimos um Benfica, mais mecanizado, com os jogadores bem posicionados, a saberem o que fazer... É caso para dizer: 'santa' paragem das Selecções... fez mesmo bem!!!
Agora, foram só 3 pontos. É preciso manter a tendência de melhoria, temos muito trabalho pela frente...

O Imperador foi mais um espectador (fez uma defesa), só os livres laterais 'inventados' pelo apitadeiro, criaram a ilusão de perigo!!!
O Jardel regressou em grande, muito seguro a defender e com a bola nos pés... O Luisão esteve quase sempre bem, apesar de uma ou outra hesitação... acabou por cometer muitas faltas, quando subiu para pressionar alto, e com medo de perder em velocidade, 'matou' as jogadas. Tenho defendido a dupla Jardel/Lisandro o Capitão será sempre o Capitão, é uma voz importante em campo, mas neste momento analisando friamente o jogo, o Lisandro devia ser titular...
O Nelsinho voltou às boas exibições... no outro lado, o Eliseu fez um dos seus melhores jogos da época, voltou com confiança da Selecção, onde também foi um dos melhores, apesar das críticas!!!
Samaris simplesmente dominador... Talisca foi titular pela primeira vez no Campeonato, e na minha opinião foi um dos principais responsáveis pela melhoria de jogo do Benfica. Simplesmente magnifico nos passes. Não me recordo de um passe errado. Passes tensos. Recebia e passava, simples. Sem dribles, ou cavalgadas inúteis e perigosas... E até fez coberturas defensivas!!!
O Nico acabou por ser considerado o MVP da partida, mas até nem começou muito bem, na 1.ª parte foi algo inconsequente, mas no 2.º tempo elevou a nota artística... e é disso que o povo gosta!!! O Nico não jogou na madrugada de Terça para Quarta, mas foi obrigado a uma viagem de 10 horas e praticamente só treinou na Quinta, por isso foi substituído cedo... O Gonçalo Guedes estreou-se a titular, e teve alguns problemas... como não tem rotinas como extremo, tem muitas dificuldades quando recebe a bola na linha, quando vai para o meio, e aparece na área, melhora imediatamente...
A dupla de avançados, marcou 2 golos cada... com golos cheios de oportunidade. O Mitroglou voltou a confirmar que é um ponta-de-lança de área, não lhe peçam mobilidade, dribles e afins, mas quando a bola vai ter com ele... O Jonas, caiu muitas vezes nas laterais, combinou em grande com o Nico e marcou dois golos, só porque sim!!!
Boa entrada do Jiménez, numa fase onde o Benfica reduziu o caudal ofensivo, o Mexicano mostrou-se sempre muito disponível, bem nas recepções, nos passes curtos e longos... temos jogador. Suspeito que nos jogos de grau dificuldade maior, onde o ponta-de-lança esteja mais isolado, a escolha vai recair sobre o Jiménez no lugar do Mitroglou, é especulação minha, mas...
Estreia do Nuno Santos, com alguns cruzamentos perigosos (pouco tensos), mas é mais um puto, a jogar sem medo...
Não posse deixar de falar da forma irritante, como o Bruno Paixão voltou a apitar uma partida!!! Já não tem cura...!!!

Terça-feira vamos ter a estreia da Champions. O nome do adversário não entusiasma, mas é preciso ter cuidado... A motivação do outro lado é altíssima. Será importante manter esta onda de confiança, até porque logo de seguida vamos ao antro Corrupto!!!

Não sei o que despoletou os incidentes nos sectores do NN , mas mais uma vez não compreendo como é que se usa a Policia de Intervenção nas bancadas da Luz. Independentemente do que aconteceu, a grande maioria das milhares de pessoas que ali estavam, nada fizeram para fugir à Policia. Existem câmaras de vigilância, existem revistas à entrada, se alguém não se sabe comportar no Estádio, então que seja isolado, identificado, e detido, sem que para isso seja preciso 'varrer' as bancadas... E se o problema são os petardos, então têm todo o meu apoio, na detecção e irradiação dos 'animais'!!! Já deviam ter sido barrados à muito tempo...

Jesus é passado

"O passado fim de semana foi dominado pelas entrevistas de Luís Filipe Vieira e de Jorge Jesus, que muito alimentaram a especulação jornalística e o amor clubista. Gostei do essencial da entrevista do meu presidente. O melhor favor que o Benfica pode fazer a Rui Vitória é deixar de falar de Jorge Jesus. Jorge Jesus é passado no Benfica, um passado de êxito e de títulos, mas é passado, e tem que ser tratado como Sven-Goran Ericksson ou Jimmy Hagan, ex-treinadores que ganharam. Muito obrigado pelas vitórias e seguimos em frente para conseguir mais títulos, com outros protagonistas. Já Jorge Jesus, muito bom treinador (não mudei de opinião por Jorge Jesus ter mudado de clube), não conseguiu ultrapassar o facto de passar para um clube sem a mesma dimensão (embora grande) e fala mais do antigo que do actual clube. Devia estar mais concentrado em conseguir os seus objectivos ao leme verde e branco do que em tentar que o seu sucessor não tenha êxito na sua ex-cadeira. Excelente notícia para o Benfica o facto de ter renovado com Jonas. A qualidade do jogador, a sua entrega e o seu profissionalismo são um seguro para o ataque encarnado.
Hoje volta o futebol, o verdadeiro, dentro das quatro linhas (como eu gosto), com um difícil Benfica-Belenenses, jogo de dificuldade máxima, numa altura em que não são permitidos desaires. Como dizia Jardel em entrevista, esperemos que estes dias tenham servido para «apertar alguns parafusos» na engrenagem benfiquista. Precisamos da máquina oleada e preparada para os desafios que aí estão. Belenenses, Astana e FC Porto em nove dias é agenda de sobra.
Por agora só o Belenenses é importante. Os de Belém começaram bem a época, estão com vários jogos competitivos de rodagem, jogam melhor fora de casa, onde têm aliás melhores resultados. Será difícil logo a noite."

Sílvio Cervan, in A Bola