"O passado fim de semana foi dominado pelas entrevistas de Luís Filipe Vieira e de Jorge Jesus, que muito alimentaram a especulação jornalística e o amor clubista. Gostei do essencial da entrevista do meu presidente. O melhor favor que o Benfica pode fazer a Rui Vitória é deixar de falar de Jorge Jesus.
Jorge Jesus é passado no Benfica, um passado de êxito e de títulos, mas é passado, e tem que ser tratado como Sven-Goran Ericksson ou Jimmy Hagan, ex-treinadores que ganharam. Muito obrigado pelas vitórias e seguimos em frente para conseguir mais títulos, com outros protagonistas.
Já Jorge Jesus, muito bom treinador (não mudei de opinião por Jorge Jesus ter mudado de clube), não conseguiu ultrapassar o facto de passar para um clube sem a mesma dimensão (embora grande) e fala mais do antigo que do actual clube. Devia estar mais concentrado em conseguir os seus objectivos ao leme verde e branco do que em tentar que o seu sucessor não tenha êxito na sua ex-cadeira.
Excelente notícia para o Benfica o facto de ter renovado com Jonas. A qualidade do jogador, a sua entrega e o seu profissionalismo são um seguro para o ataque encarnado.
Hoje volta o futebol, o verdadeiro, dentro das quatro linhas (como eu gosto), com um difícil Benfica-Belenenses, jogo de dificuldade máxima, numa altura em que não são permitidos desaires. Como dizia Jardel em entrevista, esperemos que estes dias tenham servido para «apertar alguns parafusos» na engrenagem benfiquista. Precisamos da máquina oleada e preparada para os desafios que aí estão. Belenenses, Astana e FC Porto em nove dias é agenda de sobra.
Por agora só o Belenenses é importante. Os de Belém começaram bem a época, estão com vários jogos competitivos de rodagem, jogam melhor fora de casa, onde têm aliás melhores resultados. Será difícil logo a noite."
Sílvio Cervan, in A Bola
Nota 6 pelo texto.
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