Últimas indefectivações

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Mourinho


Treinador apresentado, e novo recomeço, tal como a última época... tal como a época em que Mourinho entrou para substituir o Heynckes, à 25 anos atrás!!!

Não sou fã, e com as eleições no horizonte, nunca pensei que a opção fosse por um treinador de 'longo prazo', mesmo com a promessa dum contrato 'ético'!!!

Não vale a pena recordar a novela com 25 anos, da sua saída do Benfica, e 'quase' troca com o Sporting... e mais tarde os comportamentos e palavras como treinador dos Corruptos, principalmente sobre arbitragens... Ironicamente, alguns mais tarde, até tivemos a oportunidade de ouvir as famosas escutas do Apito Dourado, sobre esses tempos!!!

Tecnicamente, nos últimos tempos tem apostado em projetos muito arriscados, e tem acabado por fazer por norma bons resultados nas Taças e menos bem nos Campeonatos! Os 'não títulos' acabaram por alterar a postura menos arrogante, mas tecnicamente na minha opinião não perdeu qualidades... Mantendo a matriz defensiva, que sempre usou!


No Benfica, dentro do campo, creio que não vai alterar muito posicionalmente a equipa, até porque o Lage nos últimos tempos, parecia que queria 'imitar' o Mourinho! Agora, vai exigir mais dos jogadores, principalmente na agressividade... Algo que esta época, em Agosto, o Benfica demonstrou ter, mas que nos últimos dois jogos, após as Seleções, baixou, por cansaço, ou devido à intimidação dos Apitos, após a expulsão do Dedic com o Alverca!!!

Ofensivamente, suponho que vamos tentar um jogo mais directo, mais vertical, mas vai demorar tempo a notar-se... devido à falta de tempo de treino! Agora, o Sudakov e o Lukebakio vão ter impacto significativo...

O principal impacto na equipa poderá ser na 'cabeça'! Como se viu com o Qarabag, a equipa estava a jogar sobre brasas, mal sofremos o golo, ficámos em pânico! Isso deverá mudar...

Creio que também poderá dar minutos a alguns dos jovens: Veloso, Prioste... e até talvez, o Ivan Lima e o Gonçalo Moreira da equipa B! Curioso também como vai gerir a baliza, entre o Trubin e o Samu... e a questão dos Centrais, será que vai apostar no Tomás e no António?!

Muito curioso, como observar o comportamento dos Apitadeiros com o Mourinho... provavelmente será expulso, nas Aves, ou com o Rio Ave!!! Este aspecto, para mim, será uma das grandes melhorias que o Mourinho trará para o Benfica... As conferências de imprensa vão ser engraçadas, e os ouvidos do CA vão arder...

Outro fenômeno interessante, será a mudança de 'camisola' dos comentadores e expert's! Será engraçado observar os defensores do Mourinho, os mais fiéis a 'defenderem' o Benfica (mesmo não sendo Benfiquistas), e os Anti's mais fanáticos, que por acaso até eram apoiantes do Mourinho, a mudarem de opinião rapidamente...

Independentemente de tudo isto, a partir de agora, é o meu treinador. Sem hesitações....

BI: Forúm - Sai Lage, entra Mourinho 🦅

BF: Estará Mourinho acabado? Mito ou realidade?

Rabona: Mourinho retorna a um Benfica PROBLEMÁTICO: isso é algo bom?

Oliveira: Mourinho...

Noronha na RTP

Noronha na SIC

Noronha na CNN

Terceiro Anel: Entrevista - Martim Mayer...

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Bastidores: Youth League...

DAZN: Champions - Golos III

DAZN: Champions - Golos II

Mourinho é só já uma vaga ideia


"Rui Costa compra a ideia romântica de um 'Special One' que já não existe e tenta, sobretudo, salvar-se a si mesmo. Nunca Mourinho fez tão pouco sentido para um clube com a identidade do Benfica

É Mourinho hoje garantia de futebol dinâmico, moderno e ofensivo? Não. Promove regularmente talentos da academia e aposta nestes com continuidade? Não é que tenha má relação com os mais jovens, porém prefere jogadores feitos para a sua abordagem e está longe de ter ligação profunda à cantera dos clubes em que trabalhou. Consegue potenciar os atletas ao ponto de parecerem muito melhores do que realmente são? Já o fez, entretanto, perdeu o toque. Ainda manipula estrategicamente o jogo ao ponto de virá-lo do avesso e inverter as hipóteses a seu favor? Há demasiado tempo que não. É sinónimo de vitórias e títulos? Também já não. Pode ainda ser figura central de um projeto de médio, longo prazo de um clube de classe média alta ou mesmo alta na Europa? Tenho sérias dúvidas. Mourinho vive do nome, do passado, dos rendimentos e das indemnizações.
Se as respostas são estas, então o que ganha Mourinho em relação a Lage, além da tábua rasa diante dos jogadores? Talvez a aura especial convença mais rapidamente os atletas das suas ideias. Talvez reúna à sua volta os adeptos, os que já ganhavam com ele e os que não se conseguem esquecer das muitas formas como perderam — a relação com os tiffosi foi, por exemplo, bela. Só que Mourinho não é diferente dos demais e não foge à dependência dos resultados. Nos últimos anos, quantas vezes o abandonaram, escancarando-lhe a porta da saída?
Mourinho, pelo perfil que ainda começou a construir em Madrid, tem muito por onde dar errado e pouco em que acertar na Luz. O que faz com que o único que tem algo a ganhar, se não pensarmos em rescisões, é Rui Costa, que tem saltado de desastre em desastre sem se afundar por completo. Porque toma uma decisão quando o acusam de não as tomar e entrega nada mais nada menos do que o Special One ao terceiro anel. Haverá quem se questione «Porque não?» e o atual presidente vai querer acreditar que essa é a voz de uma legião.
Falta dizer que só faria sentido deixar Lage de uma época para a outra sem grandes sinais negativos. Após tantos quases, não era só a qualidade dos jogadores ou o equilíbrio do plantel, mas sobretudo o modelo. Este não era a cara do Benfica, como dificilmente o será o próximo. Rui Costa procrastinou antes e, ao decidir agora, empurrou com a barriga para lá das eleições. O contrato de dois anos poderá ser suficiente para convencer Mourinho, como se por ser Mourinho valesse tudo. Não vale. Deixa o clube em má posição."

Pelas palavras de Rui Costa, Bruno Lage estaria a prazo... desde maio


"O que se interpreta do discurso do presidente do Benfica na noite do despedimento do treinador, é que estava convicto que seria melhor mantê-lo de uma temporada para a outra, perante os compromissos importantes da equipa em tempo apertado. Não disse que continuava a acreditar que Lage era o treinador certo

O regresso de Bruno Lage ao Benfica no final do verão de 2024 foi um erro de casting explicado por não haver, à data, alternativas à substituição tardia de Roger Schmidt. Ao alemão, cujo futuro no clube encarnado estava condenado ao malogro no final da temporada transata, foi deixado erradamente no cargo por Rui Costa, não se vislumbrava sucessor inequívoco. As primeiras escolhas, exequíveis, estavam indisponíveis, e Bruno Lage foi a opção, longe de ser consensual, a mais fácil.
Ao treinador, em segunda passagem pela Luz após uma saída acelerada pelo desgaste comunicacional, não se augurava sucesso. A temporada que passou veio a confirmá-lo. Perante um Sporting a convulsionar de um corte epistemológico, o Benfica recuperou de um arranque em falso, mas começou lentamente a perder fulgor até uma morte dolorosa, no final, decidida em confronto direto com o eterno rival, em pleno Estádio da Luz. Não foi muito menos duro o revés na final da Taça de Portugal. Até muito semelhante no modo.
A continuidade de Bruno Lage esteve, obviamente, em questão no termo da época e não causaria choque se o treinador fosse dispensado. Também não foi surpreendente, Rui Costa tê-lo mantido. Na madrugada de quinta-feira, em que, enfim, despediu Lage, o presidente do Benfica fez uma revelação curiosa, merecedora de reflexão. Tal como fez com Roger Schmidt, o líder benfiquista baseou-se nas perceções, ou talvez tivesse chegado a convicções, de que seria melhor manter Bruno Lage de uma temporada para a outra, no caso deste último, perante os compromissos elevados em tempo apertado que a equipa enfrentaria nessa transição. Do Mundial de Clubes, a ausência de pré-temporada, a iminência da pré-eliminatória e play-off de acesso à Liga dos Campeões e do início do campeonato (sem referir a Supertaça). O que Rui Costa não disse, é que continuava a acreditar que Lage era o treinador certo.
Rui Costa disse que tomou a decisão correta, porque o Benfica teve êxito em todas essas empreitadas. Mas só pelo facto de ter admitido que o fez pelo motivo que o fez, assume que o treinador estava tremido ou pior, que, não fosse o caráter excecional do momento, poderia tê-lo-ia dispensado no final da temporada transata. Ou seja, Lage estava numa posição fragilizada neste início de época e só a concretização do objetivo da Champions serviu de panaceia às dúvidas do presidente.
Depois de ter segurado Schmidt num final de competições e depois despedindo-o por muito mais do que quatro maus resultados na temporada seguinte, mas corrigindo, tardiamente, um erro, agora despede Lage após dois resultados igualmente maus, mas com os mesmos motivos do antecessor, e por alguns mais que levaram ao primeiro despedimento em 2020 – mau futebol, falta de liderança, péssima comunicação. Quando Rui Costa admite que não fosse a convição de que seria melhor para o Benfica manter o treinador perante circunstâncias extraordinárias, não parece descabido pensar-se que a equipa teria começado a época com um comando técnico novo.
Rui Costa salvou a Champions, agora tenta salvar o resto... Não se pode criticar esta decisão."

Mourinho pode salvar a pele de Rui Costa?


"Varandas teria cumprido apenas um mandato se não tem acertado em Rúben Amorim. André Villas Boas estava a ver a vida andar para trás e agora até os críticos elogiam a escolha de Farioli. Mourinho pode fazer o mesmo por Rui Costa? E as coincidências com o que aconteceu na Luz há 25 anos?

«O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo, que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem.»
Lembrei-me deste trava-línguas ao pensar em Bruno Lage. Ele é apenas mais um exemplo que o tempo se mede de forma diferente no futebol. 36 horas depois de ter dito que precisava de tempo para a equipa apresentar um futebol melhor, lembrando a integração de jogadores novos e a falta de pré-época, Bruno Lage teve o tempo que o Qarabag lhe impôs.
O tempo é, de facto, algo sobrevalorizado. Por vezes um argumento lançado para... ganhar tempo. Porque antes do tempo vem a competência, o carisma, a empatia, até a sorte se quiserem. Quando tempo precisou Farioli para, com um onze renovado, colocar o FC Porto a jogar futebol? Quanto tempo precisou Roger Schmidt, ao chegar à Luz, para colocar o Benfica a jogar excelente futebol e ser campeão? E se o tempo é o senhor do trabalho, porque Schmidt piorou a equipa com o tempo? Quanto tempo precisa um jogador para se adaptar? Olha-se em demasia para o tempo e menos para outros fatores, esses sim decisivos para o sucesso.
Sejamos também honestos: Bruno Lage não foi despedido por apenas dois resultados negativos: empate com Santa Clara e derrota com Qarabag. Bruno Lage sai por não ser capaz de projetar um caminho, por transmitir uma convicção de que tudo não passou de uma semana acidentada. Porque não projetou força, porque não projetou futuro. Porque não se percebia por onde queria levar a equipa. Também porque lhe faltou discurso. E por vezes teve discurso a mais. Nem sempre soube gerir os silêncios. Assumiu tantas vezes as dores de Rui Costa, defendeu-o para além do que seria exigível a um treinador do Benfica, irritou os restantes candidatos e acaba por cair às mãos do atual presidente.
(Permitam-me só um parênteses para dar uma palavrinha aos jogadores do Benfica. Com o devido respeito, deixar cair assim um treinador não é bonito. Não estou a dizer que o fizeram de propósito, longe disso, mas a vencer por 2-0 a equipa atrapalha-se? E comete erros de palmatória? E não tem pingo de agressividade? O Lage que pague pelas culpas que tem, não por todas.)
Rui Costa não tem maneira de ficar bem na fotografia. Uma vez mais aposta na continuidade de um treinador, uma vez mais mete travão a fundo e troca de treinador. Ao dizer agora que o importante é salvar a época do Benfica é porque faz um péssimo julgamento da capacidade de Lage guiar a equipa daqui para a frente. Há dois meses achava o contrário. Novo engano? Não gosto mesmo de bater em Bruno Lage, acho que é uma excelente pessoa, tem muitas virtudes, mas tem muito pouco carisma e fica a dúvida se tem o perfil para uma equipa como o Benfica. E voltou a pagar um preço alto pela disponibilidade que sempre revelou para o Benfica. Como será o futuro de Lage?
José Mourinho é um nome lógico. Estar livre, acredito, acelerou o julgamento sumário de Buno Lage. Assim funcionasse a justiça, desde que com direito efetivo a defesa. Nome mais consensual não haverá. E com a responsabilidade de colocar a equipa a jogar futebol, a não tropeçar mais e... salvar a pele de Rui Costa. Mourinho estava há duas décadas a desejar este regresso. Foi no Benfica que se estreou como treinador principal. Tal como há 25 anos, a pouco tempo de eleições. Na altura, Vilarinho derrubou Vale e Azevedo e não terá avaliado bem o fenómeno Mourinho. E este já reconheceu que esticou a corda na altura com Vilarinho. Agora não será assim, seguramente, de comum entrar a pouco tempo de eleições e com possibilidade de mudança de presidente. Certo é que Mourinho ficou com essa espinha atravessa na garganta e deu sempre a entender que gostaria de acabar o que não concluiu em 2000. Estava escrito há muito tempo. Estará feliz, vamos ver se será feliz.
Frederico Varandas dificilmente seria eleito para segundo mandato se não tem acertado na mouche em Rúben Amorim.... André Villas Boas estava a ser muito contestado e agora até alguns dos maiores críticos elogiam a escolha de Francesco Farioli. Rui Costa espera que Mourinho tenha o mesmo efeito. Ainda irá a tempo? O Tribunal da Luz costuma ser exigente. E por norma não é gratuito, até porque o tempo tem-lhe dado razão."

Despedir Lage e contratar Mourinho, sim. E os mais de €100 milhões investidos?...


"Começa uma nova era no Benfica. Com uma equipa que não é a de Mourinho e com Rui Costa pressionado pelos resultados.

Rui Costa voltou a falhar. Pela segunda época consecutiva. Há um ano despediu Roger Schmidt após quatro jogos do campeonato, agora despediu Bruno Lage após quatro jogos do campeonato – estamos na 5.ª jornada mas o Benfica tem uma partida em atraso.
É difícil compreender a estratégia dos encarnados. Rui Costa foi célere e em duas horas apagou o fogo que deflagrou na Luz. A derrota com o Qarabag foi humilhante e nada podia ficar como estava. A resposta foi a de sempre: dar a cabeça do treinador aos adeptos.
Perder com uma equipa do Azerbaijão em casa e depois de estar a ganhar 2-0 tinha de ter custos. O campeão azeri é limitadíssimo — basta dizer que na ficha de jogos estavam nove jogadores que jogaram nos escalões secundários do futebol português, seis deles a atuar de início —, pelo que considero o desaire na UEFA Champions League um dos maiores fiascos da centenária história dos encarnados. Contudo, Bruno Lage, apesar de a equipa ter jogado sempre muito pouco neste início de época, não é o único culpado.
O Benfica está já em período eleitoral, o que, necessariamente, torna a conjuntura diferente. Rui Costa é presidente e candidato e não pode num dia vestir um fato e noutro… outro. Assim, assumiu, e bem, o mau momento e explicou, e bem, o que o levou a despedir Bruno Lage. Compreendo-o perfeitamente. Tinha de tomar uma decisão e tomou-a.
Prometeu também um novo treinador já no próximo jogo, na Vila das Aves, no sábado. Rei morto, rei posto. Aí está Mourinho.
25 anos depois, o treinador mais conceituado e titulado do futebol português está de regresso à Luz. Com muito para conquistar e também, claro, com muito por fazer. Afinal, a época já está em andamento e o plantel não é o… dele. Ironias do futebol, Bruno Lage, que há três semanas eliminou José Mourinho da Liga dos Campeões, é agora substituído precisamente por ele. É assim o futebol.
Lage cumpriu com todos os objetivos propostos pela Administração para este início de temporada, Supertaça e entrada na fase de liga da Champions, e isto em contrarrelógio, dada a participação fora de época no Mundial de Clubes, mas sabe-se que basta um ou dois maus resultados — no caso foram dois, Santa Clara (1-1) e Qarabag (2-3) — e tudo muda. O problema é que no Benfica tudo está a mudar demasiado.
Rui Costa fez um grande esforço, sobretudo financeiro, para oferecer ao já ex-treinador os jogadores que pretendia. Em contrapartida, teve de abdicar de algumas mais-valias, como, por exemplo, Carreras ou… Akturkoglu. Sim, outra ironia… O extremo turco tão desejado por Mourinho acabou mesmo por rumar ao Fenerbahçe, mas desencontrado do português. Treinador na Turquia, jogador no Benfica. Treinador na Luz, jogador no… Fenerbahçe.
Contas feitas e mais de 100 milhões de euros de investimento depois, eis que começa uma nova era no Benfica. Com meia equipa nova. Excluindo a defesa, e mesmo aí há Dedic, praticamente tudo mudou. Barrenechea e Richard Ríos formam o novo meio-campo, Sudakov, Ivanovic e Lukebakio podem tornar-se no novo ataque. Vamos ver o que diz José Mourinho. E os sócios, daqui a um pouco mais de um mês. É que 100 milhões é muito, muito dinheiro. Um tremendo investimento que será escrutinado nas urnas e no campo. Os resultados terão um peso decisivo nas eleições. Como sempre."

Sem tempo a perder: a inevitável saída de Bruno Lage


"A saída de Bruno Lage do comando técnico do Benfica não apanhou ninguém de surpresa. Há muito que a relação com os adeptos tinha sido quebrada, era uma relação já muito desgastada e sem vínculo. Uma pré-época positiva, contratações que entusiasmaram a massa adepta e o importante apuramento para a fase de grupos da UEFA Champions League levaram a que muitas vozes da contestação se calassem. Mas bastaram umas exibições menos conseguidas, um empate e uma derrota para tudo voltar ao mesmo.
Na saída de Roger Schmidt, no meu artigo Uma nova era pós Roger Schmidt, fiz esta referência ao carisma (ou escassez do mesmo) de Bruno Lage e à sua relação (ou ausência dela) com a massa adepta. Mais tarde, em dezembro, expliquei a razão pela qual, na minha opinião, Bruno Lage não teria perfil para treinar neste momento e circunstâncias a equipa do Benfica, uma afirmação polémica, pois os resultados até aí ainda eram favoráveis ao treinador. Mas pouco tempo depois a derrota com o Casa Pia levantou a contestação e levou ao célebre episódio da garagem. A partir desse momento a situação sempre pareceu instável. Chegou a pensar-se na saída após o fim da época, mas não aconteceu. Rui Costa, como presidente, validou a confiança no treinador e investiu no plantel.
Vou tentar sintetizar e explicar este percurso de desgaste na relação em três teorias clássicas da psicologia, pois seguiu um padrão bem conhecido na psicologia das organizações e das equipas desportivas. Primeiramente, não nos podemos esquecer que esta não era uma relação sem história, Bruno Lage já havia sido campeão pelo Benfica, mas saiu do clube sob contestação da massa adepta. A sua chegada não significou um virar de página, mas sim um regresso ao passado. E, como tal, o nível de tolerância à falha estava inequivocamente mais baixo.
Adicionalmente, os adeptos têm sempre expectativas muito altas e, como nos explica a teoria da expectância, quando o desempenho de uma liderança é visto como um elemento antagónico às expectativas geradas, instala-se a frustração e, com ela, a erosão da confiança e consequentemente da relação (algo que já tinha sido quebrado no passado e, como tal, era demasiado frágil num momento em que se exigia uma mudança). Foi precisamente isso que se viu na época passada, exibições sem chama e uma crescente contestação.
Ainda que Rui Costa tenha optado por manter Bruno Lage, essa decisão foi recebida com cepticismo. O afastamento emocional dos adeptos já estava em curso e apenas foi momentaneamente suspenso. O início da nova temporada trouxe alento. A pré-época correu bem, os reforços entusiasmaram e o apuramento para a Liga dos Campeões devolveu algum otimismo. Mas essa calma foi apenas aparente. À luz da teoria da dissonância cognitiva os adeptos entraram num estado de reconciliação forçada entre aquilo que sentiam (desconfiança em relação ao treinador) e aquilo que queriam sentir (esperança e crença no sucesso da equipa). Assim se instalou uma aceitação silenciosa, frágil e meramente circunstancial. A reviravolta sofrida na Luz não foi apenas um episódio infeliz. Foi o catalisador de uma rejeição há muito latente. Com base na teoria do contágio emocional percebemos como, num contexto de elevada carga simbólica como é o futebol, a insatisfação se dissemina rapidamente.
Os adeptos atingiram o seu limite? A tolerância esgotou-se? É verdade que já vimos contestações maiores e sem resposta. Parece que o que se esgotou foi a crença de Rui Costa. Deixou de acreditar na capacidade do treinador de repente ou deixou de acreditar na sua reeleição se mantivesse o treinador? Foi uma decisão desportiva ou acima de tudo política? Se não existissem eleições tão próximas esta seria também a decisão? Rui Costa afirmou que o próximo treinador terá de ter um perfil ganhador. Bruno Lage, afinal, não o tinha?"

Só mesmo o futebol para ter anúncios de madrugada


"Não foi a primeira e não há de ter sido a última vez que uma decisão importante de um clube de futebol foi comunicada durante a madrugada. É mais uma cacterística sui generis desta indústria, nomeadamente em Portugal.
Haverá exemplos de conferências de imprensa de emergência fora de horas, mas assim de repente ocorrem-me situações como catástrofes naturais, acidentes gravíssimos, o rebentar de uma guerra. Coisas assim.
Explicar após a uma da manhã que se despediu um treinador é privilégio que só ao mundo do futebol é permitido. Até porque decisões importantes devem ser tomadas, tanto quanto possível, a frio. Mas nisto mandam, sobretudo, os adeptos/consumidores.

De chorar por mais
Isaac Nader merecia maior espaço mediático. Mas ganhou no dia errado, e quem manda são os adeptos/consumidores...

No ponto
Uma coisa é certa: as estafadas conferências de imprensa pré e pós-jogos vão voltar a ter algum sal cá pelo burgo.

Insosso
Simeone tem a sua graça como personagem, mas não consegue mesmo largar um certo registo rufia argentino.

Incomestível
Que falta para Israel ser banido das provas desportivas internacionais, como se fez (e bem) com a Rússia? Eu sei..."

Tony - Live Especial José Mourinho - Último jogo de Mourinho pelo Benfica !

Terceiro Anel: APRESENTAÇÃO DE JOSÉ MOURINHO - REACT E OPINIÃO À CONTRATAÇÃO E QUESTÕES EFECTUADAS!! 🦅🔴

5 Minutos: Mourinho...

SportTV: Primeira Mão - 🔥 Transferências fechadas: Quem se reforçou melhor na Liga?

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Vitória SC ou SC Braga: quem vai mais pressionado para o dérbi?

Observador: E o Campeão é... - O casamento entre Mourinho e Benfica vai resultar?

Observador: Três Toques - Nada para Nader na corrida ao ouro

Entrevista Diana Durães...

Kanal: 45 minutos...

O Resto é Bola #18 - O futebol pobre do Benfica, o penálti sobre Samu, Gustavo Sá e Inácio e a Champions ⚽️

3 Toques - ANÁLISE PÓS SL BENFICA 2 - 3 QARABAG: E VAMOS NOS ACOSTUMANDO A ESSES PAPELÕES (VERGONHA)

Mata Mata - Empate na Luz, crise de Amorim e… Florentino surpreende o Mata-Mata!

Pre-Bet Show #149 - FARIOLIBALL À MOSTRA NA LIGA EUROPA 🔥

Jogo Pelo Jogo - S03E06 - Sidney Sweeney no Benfica

PortugueseSoccer: Liga Portugal Match Day 6, Mourinho Back in Portugal, Braga Disappoints, Tough Times for Amorim

Tarifas e guerras comerciais no mundo da bola


"Podia estar a falar de tarifas, guerras comerciais, instabilidade global mas, na verdade, é neste mundo bizarro que a Oitava vai a jogo e coloca as ligas europeias de futebol em «guerra».
A tendência de se disputarem algumas competições no Golfo já não é nova, mas a perspetiva económica de que a exportação de mais jogos, em especial dérbis ou clássicos, parece ganhar forma.
E já existem calendários: Barcelona-Villarreal, em Miami, Estados Unidos da América.
AC Milan-Como, em Perth, Austrália!
A decisão final ainda não terá sido tomada, mas está - e segundo as fontes da Oitava -, em estudo por parte de várias federações e ligas. Mas com a oposição do Real Madrid (lembram-se de uma tal de Superliga Europeia?).
A situação ainda é confusa e inclui a necessidade de acordos considerados «caixas de Pandora». É uma procissão ainda sem adro!
Há uma certeza, porém: a Premier League inglesa já anunciou estar fora deste plano, pois as receitas brutais da principal competição de clubes do planeta esmagam as das outras 4 Big Ones.
Pelo meio, já temos litígio legal. Ccomo seria de esperar, por parte de uma empresa norte americana, a Relevent Sports!
Esta tendência já é comum nos US e, com o Campeonato Mundial 026 a chegar, a Oitava antecipa um ano muito agitado."

BolaTV: Entrevista a João Almeida...

BolaTV: Entrevista Gameiro, Ventura e Amarante...

BolaTV: Lado B - S02E07 - Será que a Georgina está grávida?

DAZN: F1 - Antevisão do GP Azerbaijão...