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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mãos entusiáticas e incompetentes

" 'Falência técnica' é para o adepto o momento em que o técnico entra... em falência. O resto são números tão absurdos que o melhor é entregá-los em mãos entusiásticas e, por regra, incompetentes


POR coincidência ou talvez não, Carlos Barbosa, o vice-presidente do Sporting responsável pelo marketing e comunicação, demitiu-se do seu posto no dia em que o Sporting convocou os jornais, as televisões e todos os boletins informativos da nação, para comunicar aos portugueses em geral e aos seus jogadores e equipa técnica, em particular, que a tesouraria do clube vive uma situação de falência técnica.

Ficará a dúvida sobre os motivos da demissão de Carlos Barbosa que, pelo seu currículo, jamais poderá ser considerado um amador ou um inapto nestes domínios profissionais do marketing e da comunicação, como foi feito crer graças ao recurso às fontes anónimas de Alvalade.

E porque há coisas a mais que não fazem sentido algum no Sporting, poderia talvez fazer sentido a demissão do vice-presidente da comunicação por, eventualmente, discordar da divulgação pública dos resultados da auditoria externa nesta malfadada altura do campeonato.

Fosse o Sporting o comandante do campeonato - e bastava isso... -, o impacto da divulgação da tal auditoria não tinha tido dimensão apocalíptica, como teve. Provavelmente ainda seriam os leões elogiados pela coragem da exposição pública de uma década de gestão ruinosa. E como o presidente do clube, numa conjuntura mais festiva, já previra receitas de 40 milhões «sem contar com a Liga dos Campeões», todo este drama que se verificou não teria passado de um fait-divers sem nada de ameaçador.

Aos adeptos em geral, independentemente dos afectos clubistas, dizem pouco estas novas sobre as contabilidades mais ou menos dramáticas dos clubes. Porque o que interessa é futebol e ninguém ama um emblema ou desespera com um clube por causa do brilho e da alegria que emanam do departamento da tesouraria.

Falência técnica é para o adepto da bola aquele momento em que entram em falência as capacidades do técnico. O resto são números tão absurdos, tão longe dos números da vida real, que melhor será entregar essas responsabilidades em mãos entusiásticas e, por regra, incompetentes.

No entanto, para os especialistas na matéria falência técnica é outra coisa. Pedro S. Guerreiro, director do Jornal de Negócios, explicou recentemente a situação: «Se o Sporting vender tudo o que tem (a activo) para pagar tudo o que deve (o passivo) ainda ficariam por pagar 183 milhões de euros. É isso que quer dizer falência técnica.»

Potenciada por uma série de resultados negativos, esta realidade fria dos números deitou abaixo o moral sportinguista? Pelo menos deitou abaixo o moral da equipa de futebol do Sporting que, no seu primeiro jogo depois da revelação da notícia, soçobrou em casa perante o Gil Vicente de um modo um pouco mais do que chocante.

Seguiu-se a proeza nas meias-finais da Taça, frente ao Nacional, com pouco brilho e com os madeirenses e queixarem-se muito do árbitro. Mas também não é caso para andarem por aí a dizer que o Sporting, este ano, vai ganhar a Taça Pedro Proença. Depois, sem sair da ilha, novo tombo, desta vez com o Marítimo para o campeonato.

Será ilegítimo olhar para esta série de acontecimentos como uma sequência lógica em que, invariavelmente, cada facto suscita outro facto ainda pior?

O Sporting escolheu, na verdade, a pior altura para entrar decididamente em crise. Porque o mundo mudou, a banca mudou, as linhas de crédito estão fechadas e os tempos adivinham-se cada vez mais difíceis para todas as tesourarias. Em Portugal são muitos os clubes à beira de fechar as portas, declarados como insolventes pelos tribunais.

Na região da Madeira, o famoso buraco descoberto pela troika ameaça a sustentabilidade de dois clubes de futebol, o Marítimo e o Nacional, habituados a dispor de meios que lhes permitiram um nível competitivo de qualidade média-alta. Daqui por poucos anos, o panorama do futebol português e dos seus clubes e das respectivas fidalguias não vai ser o mesmo. Mas, evidentemente, o Sporting, ao contrário de outros, continuará a existir e, espera-se, que de melhor saúde.

Até lá, as coisas vão ficar mais ou menos na mesma no que diz respeito às relações emocionais dos adeptos com o clube. Como é suposto acontecer com todos os adeptos de todos os clubes, acrescente-se porque é verdade.

Há coisa de duas semanas, vi amigos sportingusitas francamente mais incomodados com ida do Yannick Djaló para o Benfica do que com as verdades da dita falência técnica. Isto não é normal.


DA Alemanha chegam notícias de uma boa acção cometida pelo Bayern de Munique. Em 2003, o poderoso clube bávaro salvou o Borrusia de Dortmund da falência através de um empréstimo de dois milhões de euros. «Quando eles tiveram consciência de que já não conseguiam pagar os salários, demos-lhe dois milhões sem garantias durante alguns meses», revelou Uli Hoeness, o presidente do Bayern.

O presidente do Dortmund, Hans-Joachim Watzke veio logo a público testemunhar a ocorrência. «É verdade, posso confirmar esse empréstimo», disse Watzke, ainda agradecido.

Como adepta, mas, sobretudo, como curiosa por estes fenómenos, confesso que não sei, mas muito gostaria de saber, como é que esta amizade solidária entre dois clubes que competem nas mesmas provas é vista, analisada e dissecada pelos adeptos de todos os outros clubes alemães. Isto é, por todos aqueles que não são nem do Bayern de Munique nem do Dortmund.

Quando o Dortmund joga com o Bayern e não ganha dizem os adversários que o Dortmund ainda está a pagar o favor do empréstimo? Em Portugal era o que aconteceria, ninguém duvida, pois não? Ou somos nós que somos diferentes?

Quero dizer diferentes mas para melhor, mais espertos...


NA velha história do futebol português, há meio século, quando entre Benfica e FC Porto as relações institucionais eram não só normais como até bastante calorosas, deu-se um episódio que já provara, a seu tempo, como nestas questões de solidariedade financeira nós somos bastante diferentes dos tais alemães.

Em 1960, o FC Porto vivia com dificuldades para pagar os salários dos seus jogadores. Nas vésperas de uma visita do Benfica ao Porto, um dirigente portista chamado Aníbal Abreu tomou a iniciativa de mandar um telegrama ao presidente do Benfica, Maurício Vieira de Brito, rogando-lhe que o Benfica prescindisse da sua parte da receita do jogo em favor do clube amigo e aflito.

O presidente do Benfica nem foi a tempo de responder porque Aníbal Abreu foi imediatamente demitido por Ângelo César que, à época, presidia à comissão administrativa que geria o FC Porto. O telegrama com que Ângelo César afastou Aníbal Abreu é uma pérola: «Acabo de ter conhecimento do telegrama enviado ao presidente do Benfica. Rogo V. Exa. Apresente pedido de demissão por esta via. O FC Porto não precisa de pedir esmolas. A atitude do sr. Aníbal Abreu deixou-nos a todos indignados. Benfica terá achado o seu pedido uma autêntica loucura, um disparate sem pés nem cabeça.»

Naquela tarde de 3 de Abril de 1960, ainda que por via indirecta, acabou por ser o Benfica a ajudar o FC Porto na superação da dita crise porque foi com a receita da parte da bilheteira que coube ao clube visitado (490 contos), em dinheiro vivo, que Ângelo César pagou os salários aos seus jogadores antes de o jogo começar.

E já agora, o resultado do jogo?

2-2

Igual ao do último FC Porto-Benfica.


NO sábado, o Benfica teve uma noite de grande categoria e venceu o Nacional por 4-1. É caso para dizer que foi melhor a exibição do que o resultado. E mesmo que o Cardozo não tivesse desperdiçado aquele pontapé de penalidade, mesmo assim, com 5-1, teria sido melhor a exibição do que o resultado.


ONTEM, em São Petersburgo, a quatro minutos do fim do jogo o resultado permitia aquele devaneio frequentemente fatal: «basta o 0-0 em casa.» Mas o Zenit marcou logo a seguir e agora já não basta o 0-0. Assim sendo, Nolito & Companhia, façam-nos o favor de entrar para o jogo da segunda mão com toda a valentia que ontem exibiram na Rússia. E a boa notícia é que na Luz não vão ter de jogar numa pista de gelo como a de ontem. E o que dizer de Bruno Alves? Pouca coisa... É aquele tipo de jogador que dispensa túneis. É que não precisa."


Leonor Pinhão, in A Bola

Aimar

"Pude ver (e ler) duas entrevistas com Aimar, que fugiram ao figurino estafado de frases feitas e lugares-comuns.

Confirmei o que já achava dele. Jogador de inigualável classe, atleta que irradia a felicidade de fazer o que gosta (basta, em jogo, ler-lhe os olhos), profissional exemplar, pessoa inteligentemente sóbria que não se inebria pelo fascínio do efémero. Simplesmente... simples.

Com ele, não se pode falar de nacionalidades. É universal. Logo, também português. Só outro jogador não português deixou para a história do Benfica o mesmo lastro de classe e exemplaridade: Preud'homme. Aimar enche os campos com sinfonia, mestria, perfume. É um dos jogadores de quem até a relva e a bola devem gostar...

Há tempos, foi homenageado pela embaixada argentina. Disse então o diplomata: «O seu modo de ser torna-o muito valioso pela qualidade futebolística, mas impressiona ainda mais pelo humanismo. E, como dizemos na Argentina, é uma pessoa muito 'familiera', privilegia o espírito de família.»

O presidente do Benfica, na sua mensagem foi também certeiro: «Há jogadores que deviam ser eternos, e tu és um deles. A camisola do Benfica será sempre tua. Gostaria que o Benfica fosse sempre uma das tuas 'pátrias'.»

Boa notícia, a da renovação do seu contrato. A idade pode diminuir certas destrezas, mas reforça a sabedoria, a arte e a liderança.

Ele que, numa entrevista recente, definiu assim magistralmente o Benfica: «Sinto-me sempre melhor a jogar num clube onde a exigência está presente todos os dias e não se festejam empates.»"

Bagão Félix, in A Bola

Amar Aimar

"Todas as massas associativas têm os seus bem-amados e os seus mal-amados. Na Luz, Oscar Cardozo, mesmo quando marca golos, é criticado – e Aimar, mesmo quando comete erros, é endeusado.

Sou vizinho de Aimar, pelo que posso testemunhar que é um homem simpático, afável e bom chefe de família. Tem três filhos pequenos, aos quais dá atenção. Dentro do campo, como todos veem, é um senhor. Mas já tem 32 anos e é fisicamente frágil, precisando de ser gerido com pinças. É capaz do melhor e do pior: tanto pode pôr ordem na equipa e lançá-la para a vitória como pode perder bolas em zonas perigosas.

Entretanto, o nome de Aimar no Benfica vai ficar ligado a outro, não argentino mas bem português: Jorge Jesus. Quando Jesus chegou à Luz, Aimar era um jogador em fim de carreira, que parecia já não ter muito para dar. Ora Jesus deu-lhe uma segunda vida.

Como deu uma nova vida ao Benfica – que em 2009 era uma equipa em trajetória descendente, com o desgaste de muitas épocas com péssimas classificações (apenas um título conquistado em 10 anos, vários terceiros lugares e um sexto), e hoje é uma equipa alegre, pujante, capaz de exibições sublimes.

Aimar, que agora renovou, já não vai ficar muito tempo na Luz. Mas Jesus pode ficar. Independentemente do que suceder esta época, já se viu que o Benfica com ele é outra loiça. Jesus já ganhou 100 jogos, tornando-se o melhor treinador da história do Benfica, com 71% de vitórias nos jogos disputados, à frente dos lendários Bela Guttmann (70%), Eriksson (68%) e Otto Glória (65%). Luís Filipe Vieira deveria, pois, fazer com ele um contrato a longo prazo – tornando-o, como um dia escrevi, o Ferguson do Benfica."


A verdade de hoje

"Está confirmado: qualquer “forever” no Sporting vale como morte anunciada e próxima. Menos taxativo do que José Eduardo Bettencourt com Paulo Bento, Godinho Lopes repete a dose com Domingos Paciência. E nem vale a pena evocar a máquina que sacrificou Carlos Carvalhal, Paulo Sérgio e José Couceiro. Vejamos. Há oito dias, escrevia-se aqui mesmo: “Deixa-me a pensar que seja o treinador – não o adepto – a definir a Taça como o grande objetivo da temporada quando, em termos futuros, o tal terceiro lugar no Campeonato será seguramente mais útil e mais agradável (…). É por isso que podemos questionar-nos se, com a sua escolha clara, inequívoca, Domingos Paciência dá sinais de uma personalidade romântica ou se, pelo contrário, quer ganhar a Taça por saber ou intuir que, na próxima época, já não estará no comando técnico do Sporting”. Afinal, nem a Taça o deixaram ganhar, desviando-o sumariamente da hipótese do seu primeiro título como técnico.

À falta de melhor, inventa-se um “adultério” com dirigentes do FC Porto, denunciado por fontes não identificadas. Domingos desmente. Pergunto: quando foram buscar o técnico a Braga e o jogaram como a mais poderosa arma eleitoral não sabiam do amor clubístico do antigo avançado? E não sabiam que ele era um dos candidatos ao posto de treinador no Dragão, desígnio que há-de confirmar-se mais cedo ou mais tarde? E não aceitaram esse pressuposto com base no profissionalismo imaculado do homem, demonstrado em Leiria, em Coimbra e em Braga?

No domingo, o presidente do Sporting Clube de Portugal disse – sem que ninguém lhe encomendasse o sermão – que “não fazia sentido” questionar a continuidade de Domingos, já que este fazia parte da estrutura do clube. Na segunda-feira, Domingos era despedido. Pode dar-se o caso de, com a ajuda de um qualquer CSI, os responsáveis leoninos terem descoberto os crimes de alguém que, de repente, num ápice, passou a ser fraco psicologicamente (usando até a leitura de lábios para seguir os seus desabafos no banco), a ser um tirano com os jogadores a quem “não justificava as convocatórias” (como Paulo Bento…), a culpado das lesões (exemplos citados os de Izmailov, Rodríguez e Jeffren, reconhecidos crónicos do estaleiro), a andar em más companhias (falamos de um clube que oferece trunfos como João Moutinho e Yannick Djaló aos adversários diretos).

O poder resvalou para a rua. Ou para a claque. Era dispensável que Godinho Lopes, como presidente, gastasse tantas palavras só para mostrar que é algo de que não dispõe: palavra. Bom será, para todos, que Sá Pinto não falhe, porque os ativos começam a esgotar-se. E até Vítor Pereira vai ter que olhar mais vezes por cima do ombro – agora, Domingos Paciência é um homem livre."


Paciência

"A demissão de Domingos pode ser um erro colossal para a vida do Sporting. Mais um. Confessa um erro de gestão, destrói a ideia de um projeto em construção, dilui o crescimento do entusiasmo, desmonta o álibi das culpas de terceiros e hipoteca a confiança num rumo sufragado há menos de um ano.

Alegando o incumprimento de objetivos para a crueldade de impedir Domingos de estar na final da Taça de Portugal, a direção do Sporting transmite uma imagem de descontrolo, que faz vacilar não apenas os jogadores, mas em particular os adeptos e investidores, não obstante o efeito psicológico que a ascensão de um ícone do perigoso mundo das claques causará nos primeiros tempos.

Esta fuga para a frente representa mais um episódio próprio da desculpabilização habitual das elites leoninas, que sempre as conduz para longe da realidade e lhes aumenta a frustração para limites insuportáveis. Afastar um treinador competente já não devia ser opção, quando se vê onde estão hoje Paulo Bento, Carlos Carvalhal, Paulo Sérgio ou José Couceiro.

Domingos entrou no Sporting com uma carteira de 20 milhões em jogadores, para concorrer num quadro competitivo muito adverso, com adversários muito mais avançados do que os sportinguistas conseguem admitir. A aposta num baralho próprio das brincadeiras do Championship Manager legitimou, inclusive, a suspensão da prioritária linha de abastecimento da academia, sem que fosse completamente assumida o evidente desvio da política de formação, deixando o espírito leonino de orgulho na matriz a vogar no limbo, revoltado, mas amordaçado, sobre uma panóplia de nomes, línguas, currículos, promessas, experiências e óbvias sobrevalorizações.

O que Domingos estava a realizar, de acordo com o que parecia ser o projeto da nova direção, apontaria para uma aproximação às três equipas que nas últimas três temporadas se tinham distanciado dramaticamente. O plantel necessitaria de alguns ajustamentos, mas havia uma evolução em curso em parâmetros aceitáveis.

Apesar da série de maus resultados, há sectores a funcionar muito pior na retaguarda da equipa de futebol que, ao contrário, em zonas que nada melhoraram desde os tempos de Paulo Bento: estratégia, comunicação e liderança. Pelo contrário, a estratégia revela-se cada dia mais confusa, a comunicação é babilónica e a liderança não resiste a uma gritaria na Portela.

Não havendo qualquer evolução desportiva no horizonte, a reorganização do plantel não deixará de custar mais uma pequena revolução, tamanha é a distância ideológica entre o treinador que sai e o que entra. Numa analogia à entrada de Paulo Bento, cujo sucesso se pretende agora reeditar com Sá Pinto, podemos esperar uma nova sangria, tentando corrigir alguns dos erros de casting cometidos na ânsia de causar impacto entre os adeptos: o atual selecionador nacional dispensou 18 e contratou ou promoveu da academia outros 13 nos primeiros seis meses de função.

Sem dinheiro e vindo de onde vem, seria normal que Sá Pinto também se virasse, de novo, para o alfobre de Alcochete. Valores como Cédric, Adrien, Wilson Eduardo ou Nuno Reis representam mais esperança no futuro, mas não garantem títulos. Haverá paciência?"


Só mesmo em Portugal !!!

No último fim-de-semana Marco Fortes bateu o Recorde Nacional do Lançamento do Peso, isto após protesto, já que o seu lançamento tinha sido considerado nulo pelos Juízes. Após o visionamento das imagens, ficou provado que o atleta tinha razão (o protesto incidiu somente sobre um dos lançamentos nulos, aquele com a melhor marca, mas eles foram dois!!!)... Já o ano passado com os mesmos Juízes, a história foi a mesma... com uma agravante, os lançamentos considerados nulos não foram medidos, tornando assim irrelevante o protesto.
O Marco em jeito de desabafo honesto, confessou que teve vontade em abandonar a prova, criticando a incompetência dos Juízes.
O normal, digo eu, seria um pedido de desculpas por parte dos Juízes e da ADAL (Associação Distrital de Atletismo de Leiria), reconhecendo os erros, e prometendo tomar medidas para melhorar a eficiência do seu trabalho, mas não...!!! Numa atitude cooperativista , no pior sentido da palavra, a ADAL emite um comunicado afirmando que no futuro não vão aceitar a inscrição do atleta Marco Fortes em provas organizadas pela ADAL!!!
O Benfica também já reagiu em comunicado, que na minha opinião é 'curto'!!! Porque a verificar-se no futuro esta situação, o Benfica deve recusar participar em qualquer prova organizada por estas bestas quadradas:
"Em resposta à ADAL
Comunicado: Todos têm de evoluir!

Em resposta ao comunicado emitido esta quarta-feira pela Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL), o Sport Lisboa e Benfica vem esclarecer:
- Nem o Clube nem os seus atletas – seja qual for a modalidade – pretendem ser beneficiados por qualquer tipo de arbitragem desportiva;
- A reacção do atleta Marco Fortes não pretendeu ser ofensiva para com os juízes de Leiria;
- A indignação do atleta referia-se a quem anulou um lançamento (e os seguintes) que, posteriormente, ao ser reavaliado (o segundo ensaio), acabou por ser validado e corresponder a um novo recorde nacional e oitava melhor marca mundial do ano;
- Este era um segundo lançamento (de quatro possíveis) cujos seguintes poderiam ditar uma história na competição, no placard e na carreira do atleta completamente diferente;
- Perante toda a carga emocional, será aceitável a reacção do atleta, considerando que esta situaçãonão foi inédita – há cerca de um ano, sucedeu o mesmo;
- Felizmente, este ano, ainda que no secretariado, o júri aceitou ver as imagens comprovativas da razão do atleta e, assim, o Atletismo português pôde ver legitimado mais um recorde nacional;
- Surpreende, no entanto, que, perante tanta competência, a ADAL tenha decidido reagir contra o atleta Marco Fortes, não mostrando possivelmente qualquer vontade de fiscalizar a acção de um juiz sob a sua responsabilidade organizativa e que, provavalmente, se não tivesse existido protesto do SL Benfica, teria anulado uma marca de grandenível e prestígio para o atletismo nacional;
- Quanto ao castigo atribuído pela direcção da ADAL – legítimo ou não –, não sairá o atletismo português mais penalizado que o próprio atleta?;
- O atleta não quis colocarem causa a idoneidade e responsabilidade da ADAL;
- "Juízes fracos" por não terem conseguido demonstrar capacidade de avaliar o lançamento em tempo real, evitando constrangimentos emocionais – se os atletas portugueses (e a modalidade no seu todo) têm vindo a evoluir ao longo dos anos, em particular nas disciplinas técnicas, por que não esperar semelhante grau de exigência para com os juízes que têm o poder e a responsabilidade de decidir sobre a validade dos resultados? Independentemente do distrito que representam."


Comunicado do SL Benfica