Últimas indefectivações

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Espírito de vitória...

Passos Manuel 23 - 33 Benfica

Jogo tranquilo, com o início mais ou menos equilibrado, mas à medida que o tempo foi passando, a diferença foi aumentando... Isto contra uma equipa que já nos deu trabalho na pré-época, e que também já deu trabalho aos supostos favoritos do actual Campeonato.
Apesar das ausências (Pujol, Carneiro, Pedroso, Fortes, Carvalho, Figueira), a equipa continua a vencer os jogos que tem que vencer...!!!

3 pontos

Benfica 3 - 0 Sp. Caldas
25-20, 25-16, 25-13

Obrigação cumprida, mesmo com algumas ausências, o equipa não deu hipótese...

Para todos um bom Natal

"Domingo passado, no Estádio do Dragão, contra o FC Porto o Benfica segurou a liderança do campeonato, mas não conquistou o título nacional. Faltam 63 pontos, ou seja, uma eternidade de minutos que têm que ser vencidos.
No último ano o FC Porto chegou a ter cinco pontos de vantagem, e perdeu por muitos mais. Na penúltima temporada, o Benfica esteve quatro pontos à frente, isolado na liderança, e deixou fugir o título. Antes disso, no ano anterior a equipa de Jorge Jesus dispunha de cinco pontos de vantagem no fim de Janeiro, e não foi campeã.
Podemos ser campeões se fizermos bem o que nos falta, e não apenas pelo que foi realizado até agora. Dito isto, não nos podem pedir para não estarmos contentes por ir em primeiro, com seis pontos de avanço.
O último fim-de-semana mostrou aquilo que já aqui escrevi várias vezes: a luta pelo título será com o FC Porto, será difícil e disputada até ao fim. Não seria sagaz não o perceber.
Contra o Gil Vicente no próximo domingo, nem os castigos nem as lesões podem tirar a margem de uma vitória essencial para um Natal tranquilo.
A Taça de Portugal mostra sempre muitas curiosidades. O Sporting teve mais dificuldades em eliminar o Vizela que o FC Porto nesta prova, e está apurado para os quartos-de-final.
O Benfica perdeu com um SC Braga muito competente e perde uma hipótese clara de ganhar a Taça de Portugal. Resta o campeonato e a Taça da Liga.
Domingo voltamos ao objectivo principal: ser bicampeão.
Naquela que é a minha última crónica antes do Natal não posso deixar de enviar os meus votos para esta quadra festiva: «Para todos um bom Natal»."

Sílvio Cervan, in A Bola

Maioridade

"Puxemos o filme atrás, até à pré-época, até às 6 derrotas nos 7 jogos de preparação que antecederam a Supertaça, e ao cepticismo com que muitos olhavam para a debandada de jogadores como Oblak, Garay, Siqueira, Markovic, André Gomes, Rodrigo ou Cardozo. Recordemos o que então se disse.
Depois de anos sucessivos em que um forte investimento na equipa escancarava as portas à esperança, o último Verão parecia deixar-nos uma amarga sensação de fim de festa: por motivos vários, o Benfica deixaria inevitavelmente a dianteira do panorama futebolístico nacional, devolvendo-a ao todo poderoso, e reinventado, FC Porto.
Confrontemos com a realidade actual. 11 vitórias em 13 jogos do Campeonato, 6 pontos de vantagem para o 2º classificado, e vitória categórica no reduto do principal adversário. Nem os mais optimistas julgariam possível tão eloquente desempenho. Mas ele aí está, e tem um nome: Jorge Jesus.
Se em épocas anteriores alguns argumentavam que o técnico do Benfica usufruíra de plantéis luxuosos, com os quais qualquer um seria capaz de brilhar (afirmação que, diga-se, está longe de corresponder à realidade do futebol moderno), nestes meses, com uma equipa desfalcada – além dos que saíram, também as lesões de Sílvio, Eliseu, Ruben Amorim, Fejsa, Jara e Sulejmani reduziram o lote de opções -, o que Jesus conseguiu é digno dos mais vivos encómios. E a vitória no Dragão (a sua 8.ª sobre o FC Porto), alicerçada numa estratégia de jogo imaculada, apenas confirmou aquilo que se vai tornando evidente desde 2009: temos, neste momento, um dos melhores treinadores da história do Benfica.
O triunfo de domingo significou, também, o atingir de uma certa maioridade desta equipa, na qual poucos confiavam no início da temporada. Aqueles jogadores mostraram estofo, e garantiram-nos que podemos contar com eles.
Com um calendário desanuviado, com uma vantagem pontual confortável, a aposta no Bi-Campeonato terá, agora, de ser um desígnio de todos. Chegados aqui, não podemos deixar escapar este título."

Luís Fialho, in O Benfica

De Maputo...

"Mais uma viagem, mais um universo de pessoas, de sensibilidades e de locais. No caso de Moçambique, locais deslumbrantes, capazes de cativar mesmo os mais exigentes turistas. E, claro, a pessoas... os cidadãos anónimos e as massas de que tão deliciosamente nos falava Ernest Hemingway nas suas crónicas de viagens. É sobre essas pessoas e o incrível universo Benfica que vos quero falar esta semana. Estava a pisar solo Moçambicano quando o nosso fabuloso Lima fazia o segundo golo. Enviaram-me entusiastas mensagens de confirmação da nossa superioridade. Não foi tanto isso que surpreendeu, visto que somos verdadeiramente uma grande família. Extraordinário foi ver nas ruas de Maputo, de rádios ao ouvido, crianças, velhos e mulheres a celebrar a mais que certa vitória do clube das águias. Foi o entusiasmo dos seguranças à porta do hotel e, claro, a nossa BTV sempre ligada no bar do hotel.
Pelo contrário, quando o FC Porto se aproximava da nossa baliza, o silêncio era a reacção unânime e as amplas avenidas da capital moçambicana cobriam-se de um manto de quietude impressionante. Quando o jogo terminou, voltei a ter o privilégio único: apitos de automóveis, camisolas do Benfica nos transeuntes eufóricos e faixas vermelhas em restaurantes, bares e casas anónimas.
Bem sei que a vitória seria um momento decisivo na revalidação do título nacional. O banho de táctica e técnica de Jorge Jesus a Lopetegui era uma revelação importantíssima nesta fase. Mas a celebração da vitória nas ruas, e tantos quilómetros de Portugal, por homens e mulheres anónimos, numa expressão incondicional de amor ao Benfica, fez-me recordar as palavras de Luís Filipe Vieira: 'O Benfica é a marca da lusofonia'. Quer se queira, quer não, há por detrás desta constatação uma verdade que todos deviam aprender, desde o Presidente do Bayern de Munique até ao Sr. Pinto da Costa: de Maputo a Lisboa, é só Benfica. E é o Benfica que a todos relembra Portugal!"

André Ventura, in O Benfica