Últimas indefectivações
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Sucesso absoluto nos Red Pass 2025/26
"Terminado o período de renovações (com uma taxa de efetivação de 99%), seguem-se as fases de troca de lugares e de venda.
É um sucesso absoluto! O período de renovação dos mais de 45 mil lugares Red Pass do Estádio da Luz para a época 2025/26 terminou na terça-feira, 8 de julho, e registou uma taxa de realização de 99%.
Já em marcha, a fase reservada à troca de lugares começou nesta quarta-feira, 9 de julho, e decorrerá até ao dia 18.
A venda de novos Red Pass incluirá também os mais de 1000 lugares criados através da remodelação do Estádio e será efetuada de 28 de julho a 3 de agosto. Atualmente, são 21 493 os sócios que estão em lista de espera para adquirir um lugar na Catedral, e os primeiros 1488 vão poder fazê-lo, divididos da seguinte forma:
- Do 1 ao 500 – de 28 de julho a 3 de agosto
- Do 501 ao 1000 – de 29 de julho a 3 de agosto
- Do 1001 ao 1488 – de 30 de julho a 3 de agosto"
Transição rápida
"Capítulo encerrado: foi uma participação positiva do Benfica na primeira edição do novo Mundial de Clubes, dentro das expectativas consideradas no início razoáveis de passar a fase de grupos. Foi possível contrariar um ilustre e poderoso adversário nunca antes batido e discutir até ao fim a qualificação para os oitavos de final, com o já semifinalista Chelsea. Mas isso tudo já lá vai.
O acabar e o recomeçar, desta vez, quase colam e não há tempo a perder. Uma transição atípica por ser curta, como nunca, que obrigará as equipas participantes no Mundial a trabalhos forçados. Uma gestão especialmente complicada, podemos dizer inédita, que obrigará à criatividade das equipas técnicas, em conjunto com a resistência física e mental dos atletas.
Serão as esperadas dificuldades possíveis de minorar para uma época de sucesso? Os clubes tentam, entretanto, e em tempo recorde, resolver os sempre complicados dossiers que no final das épocas se acumulam. Quem sai e quem entra, é a questão. Agentes, negociações, empréstimos e regressos. Uma canseira estendida até ao fecho do mercado.
PSG
A equipa mais portuguesa do Mundial mantém-se como uma das favoritas depois de ter vencido o jogo com o Bayern cheio de peripécias. Além da emoção e incerteza do resultado, a lesão do jovem Musiala foi chocante, semelhante a uma outra que vivi há já muitos anos.
Então como agora, a lesão não resultou de entrada especialmente violenta, mas sim da posição mais vulnerável em que o lesionado é atingido. A dor é mais mental e resulta da imagem assustadora que vemos e não tanto da dor física provocada pelo choque. Pelo menos, comigo foi assim.
Claro que será sempre uma lesão muito grave, mas relativamente ao passado, o jovem alemão tem a seu favor não só a sua idade, que ajuda às recuperações físicas, como também uma realidade científica bem mais hábil e estabilizada, no que diz respeito aos meios de cirurgia e recuperação. Têm a palavra agora, não só o staff clínico que acompanhará este jovem especialmente talentoso, mas também a sua própria persistência e solidez mental.
De regresso ao jogo, o Bayern foi superior ao PSG na primeira parte, mas sentiu e muito o drama de Musiala, cujo episódio diminuiu a equipa. Mas a vida e o jogo são mundos de momentos e contrastes. Por um lado, João Neves desarma um adversário no momento certo e sem falta, soltando imediatamente na frente para o golo de Doué. Por outro, a melhor maneira que os colegas Pacho e Lucas Hernández arranjaram para festejar foi fazerem-se expulsar incompreensivelmente, colocando em risco a vantagem conseguida. Normalmente quem sofre é que se desorienta, mas não desta vez. Um teste aos nervos de qualquer mister.
O adivinho
Ao contrário do que Neuer vociferou publicamente, condenando Donnarumma pelo sucedido com Musiala, tratou-se de um lance como muitos outros, mas que por vezes correm mal.
A frustração do resultado e o próprio rendimento descontrola alguns atores. No que diz respeito ao guarda-redes alemão, foi dos jogadores em pior nível desta eliminatória. Falámos no recente exemplo de Trubin e do golo sofrido perante o Chelsea. Tentar adivinhar a intenção do avançado é, por vezes, fatal. Foi o que voltou a acontecer neste jogo, agora com o alemão. Descurar o lado pelo qual se é mais responsável deu em golo de Doué, outro jovem fenómeno da atualidade.
Também as saídas a jogar de Neuer só não deram mais golos ao PSG por acaso, tal o ridículo das suas decisões. Para completar, achei cobarde e muito injusto, responsabilizar um colega adversário, ainda mais num momento tão infeliz e traumático para os intervenientes.
Os manos
Embora católico, cada vez mais duvido do critério divino.
Havendo justiça, ela devia manter os melhores em vida. Tolerância pede-se para quem mais a merece, para as boas pessoas.
O efeito da consolação é, nestas alturas, impossível para qualquer família que perde os seus filhos. Diogo Jota, como o seu irmão André, mesmo vítimas do acaso, do destino, ou do que raio for, são homenageados não pela sua capacidade com bola, mas pela sua bondade e valor humano. É por isso que todos nós um dia gostaríamos de ser lembrados. Duas pessoas conhecidas e queridas que não veremos mais.
Luis Enrique também perdeu a sua pequena filha. Quando a ela se refere, consegue extraordinariamente suavizar a perda e dar-lhe um raio de luz e algum sentido, contrariando a natureza que nos arrasta para o desgosto. É um exercício único e que admiro muito, mas que é quase sobrehumano.
É assustador, entretanto, o que o mundo nos continua a trazer diariamente, com a morte de crianças anónimas, sem cara e muito menos culpa. É uma normalidade triste que já ouvimos sem reagir.
Estar ou não estar
Cada um lida com as cerimónias fúnebres consoante a sua religião, vontade e liberdade. No entanto, sem os dramatismos que ouvimos e lemos, penso que a condição de capitão da Seleção Nacional teria merecido de Cristiano Ronaldo a sua presença.
As pessoas são livres de criticar, sim, e fazem-no de preferência pela negativa. Nesse aspeto somos fortíssimos. Mas também há liberdade para decidir estar ou não estar. Na minha vida pessoal, desde a morte dos meus pais, dificilmente vou além do velório da pessoa falecida. Hoje, vejo e sinto o fenómeno triste da morte muito mais espiritual do que presencial."
Rui Costa, Rui Pedro Braz e Mário Branco
"Presidente do Benfica decidiu remodelar a estrutura do futebol; algo parece cada vez mais claro
O futebol do Benfica sofreu renovação e aquilo que há algum tempo era rumor nos corredores do Seixal e do Estádio confirmou-se. O verão na Luz seria sempre inquieto pelo tempo que o Mundial de Clubes retirou à equipa. O Benfica está em contrarrelógio e talvez por aqui se perceba que quando o argumento é a preparação da época, as eleições devam ser mesmo em outubro.
O Benfica anunciou a troca de Lourenço Coelho por Mário Branco e a direção de Rui Costa será criticada por alguma oposição por fazê-lo em fase tão crucial; mas também será alguma dessa mesma oposição, ou meros críticos sem objetivo político, que terão opinado sobre eleições antecipadas e de como elas deviam ocorrer, precisamente para gente nova preparar a temporada. Só uma poderá ser válida, diria…
A BOLA noticiou também em primeira mão que Rui Pedro Braz vai sair do clube. O diretor desportivo foi a herança mais jovem que o maestro recebeu de Vieira. Em 2021, entre o anúncio de Braz como o homem das contratações e a detenção do antigo presidente passaram 23 dias. Quando chegou ao Seixal, Braz era uma figura mediática pelo comentário televisivo, mas trocou os estúdios pelos bastidores e executou oito mercados de transferências. Os críticos lembrarão nomes como Jurasek, Beste ou outros jogadores que ficaram aquém; Braz responderia com Enzo Fernández, que na sua vigência no clube foi um dos melhores negócios da história, na perspetiva da compra, da venda e do rendimento desportivo – ainda hoje se reflete sobre o que teria sido aquele Benfica de Schmidt a nível internacional se o argentino tivesse ficado.
Como A BOLA sempre disse, o Benfica quer um craque para o meio-campo e como A BOLA noticiou em tempo oportuno, mesmo que outros negassem, esse jogador é Thiago Almada. A remodelação no futebol encarnado está em curso, mas Rui Pedro Braz ainda tem aqui uma última oportunidade de um grande negócio e, assim, fazer mais uma caminhada com ar triunfante pelo aeroporto: a última memória pode ser significativa. E se Braz era mediático e não tinha currículo dentro de clubes, Mário Branco é o oposto. Um não substitui o outro, mas o passado dos dois homens que ontem saltaram para as notícias é bem diferente. Branco cresceu longe do mediatismo dos três grandes, longe da TV, mas é figura que a indústria conhece e «reconhece».
Um e outro trabalharão em conjunto e podem determinar o que vai ser de Rui Costa no outono e do que será do Benfica em maio. Está cada vez mais claro que o 'Benfica do Estádio', dependerá muito do 'Benfica do Seixal'."
O Ajax mostra ao Benfica como se faz
"O Sport Lisboa e Benfica é, em termos estruturais, um dos clubes com maior potencial da Europa fora dos cinco principais campeonatos. Tem um estádio próprio de qualidade superior, um centro de treinos de excelência, uma das academias mais reconhecidas do continente e uma base de apoio significativa. A SAD do clube tem apresentado receitas operacionais que, em épocas recentes, se aproximaram dos 200 milhões de euros, valores comparáveis aos de clubes como o Ajax, nos Países Baixos.
No entanto, ao contrário do clube neerlandês, o Benfica não tem conseguido traduzir essa base estrutural e financeira em sucesso desportivo consistente nem num modelo económico sustentável a longo prazo. Apesar de alguns títulos nacionais nos últimos anos, a instabilidade no projeto desportivo tem impedido a afirmação sustentada do clube, tanto a nível interno como na Europa.
Compare-se com o Ajax. Com uma dimensão semelhante em termos de orçamento e mercado, o clube de Amesterdão consolidou nos últimos 10 anos uma política desportiva muito clara: aposta contínua na formação, um treinador com visão de longo prazo, integração progressiva de talento e vendas em tempo útil, maximizando o retorno financeiro. O resultado não tem sido apenas a conquista de campeonatos nacionais, mas também presenças regulares nas fases finais da UEFA Champions League, incluindo uma meia-final em 2018/2019, e lucros operacionais expressivos.
O Benfica, por outro lado, tem oscilado entre modelos estrategicamente desconectados. Entre 2019 e 2023 contratou mais de 40 jogadores para o plantel principal. Vários deles não chegaram a cumprir uma época completa. As mudanças constantes de treinador, com seis em menos de cinco anos, não permitem estabilidade nem valorização eficiente dos ativos. As contratações, muitas vezes elevadas (com várias épocas a ultrapassarem os 30 milhões de euros em reforços), resultaram numa taxa de retorno baixa em termos de rendimento desportivo e valorização de mercado.
Do ponto de vista da gestão, o Ajax estabeleceu uma estrutura técnica blindada à política interna do clube, com figuras de referência no futebol a liderarem a área desportiva. No Benfica, as escolhas para cargos-chave na estrutura têm variado com os ciclos eleitorais ou com critérios pouco claros no quadro estratégico. Essa instabilidade é uma das razões pelas quais, apesar de um orçamento comparável ao do Ajax, os resultados desportivos e financeiros não têm acompanhado os do clube neerlandês.
O Benfica tem potencial para mais. Tem recursos humanos, base social e ativos que permitem construir um projeto ganhador. Mas, para isso, precisa de estabilidade, plano estratégico desportivo de médio prazo e profissionalização das decisões ao mais alto nível. A comparação com clubes de dimensão semelhante que conseguiram construir um modelo bem-sucedido mostra que é possível, mas que exige clareza de objetivos, continuidade e responsabilidade na gestão."
Crónica de um bloqueio anunciado
"Lia, ontem, no Record, que a última vaga na direção da Liga Portugal será decidida por sorteio. Sim, por sorteio. Porque os três ditos grandes não conseguiram chegar a acordo. Não é apenas insólito: é um sinal preocupante, e revelador, do estado do futebol português.
As juras de entendimento e de uma nova forma de estar já lá vão. Esta estranha coisa de haver apenas lugar para um vencedor nas competições é dilacerante.
Este mandato da Liga é apontado como um dos mais importantes de sempre, principalmente por incluir temas como a centralização dos direitos televisivos. Mas como levar a sério esse processo, se os principais protagonistas continuam a travar-se por questões de influência, mesmo em momentos que exigiriam visão e compromisso coletivo?
Entretanto, e num esfregar de olhos, um destes clubes já solicitou a suspensão imediata do processo. O que espero é que todo este imbróglio não faça parte de uma encenação que, inclusive, condicionou apoios. Um dia perceberemos. A verdade é que todos parecem mais preocupados em garantir que qualquer mudança não afeta o modelo que historicamente os favorece.
Já sabemos que tudo o que envolva redistribuição de receitas ou visibilidade gera resistência, mas a centralização só fará sentido se servir para reequilibrar o futebol português. Se for apenas para reforçar o que já existe, então não é uma transformação, é apenas mais uma jogada, com novos contornos, mas que lembra a velha história da Alemanha. Só que aqui, nem são precisos os onze."
Licenciamento na FPF — Muito mais do que um processo
"A implementação do sistema de licenciamento na estrutura da Federação Portuguesa de Futebol tem como finalidade geral elevar e uniformizar os padrões de qualidade em benefício de toda a comunidade do futebol em Portugal. Este sistema assenta num processo de certificação que avalia a boa gestão dos Clubes nos domínios desportivo, infraestrutural, organizacional e económico-financeiro e pauta-se pelo rigor e uma enorme exigência no cumprimento dos critérios que são avaliados, exigência que a Direção da FPF se compromete a aumentar nos próximos anos.
O licenciamento parte do princípio da promoção contínua da qualidade e da aplicação deste modelo a um conjunto alargado de competições. Ao adotar este sistema, a Direção da FPF faz, e continuará a fazer, um esforço para o melhorar, propondo-se atingir, de forma concreta, os seguintes objetivos:
a) Elevar o nível geral do futebol português nas vertentes competitiva, organizacional e de gestão;
b) Incentivar a formação, o acompanhamento e o desenvolvimento dos jovens atletas;
c) Fomentar a modernização das infraestruturas e dos equipamentos desportivos, de modo a responder às exigências crescentes em matéria de segurança, funcionalidade, conforto e qualidade dos serviços dirigidos ao público e à comunicação social;
d) Garantir padrões adequados de organização e gestão interna nos Clubes;
e) Promover a transparência, salvaguardar a integridade das competições, proteger a imagem do futebol nacional e reforçar a confiança na gestão financeira dos Clubes, com especial atenção à salvaguarda dos interesses dos credores;
f) Assegurar condições de equilíbrio económico-financeiro entre os participantes nas competições;
h) Valorizar a verdade desportiva e os princípios do fair-play entre todos os intervenientes do jogo — dirigentes, técnicos, atletas e árbitros — contribuindo também para uma melhor compreensão das Leis do Jogo."
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