"Presidente do Benfica decidiu remodelar a estrutura do futebol; algo parece cada vez mais claro
O futebol do Benfica sofreu renovação e aquilo que há algum tempo era rumor nos corredores do Seixal e do Estádio confirmou-se. O verão na Luz seria sempre inquieto pelo tempo que o Mundial de Clubes retirou à equipa. O Benfica está em contrarrelógio e talvez por aqui se perceba que quando o argumento é a preparação da época, as eleições devam ser mesmo em outubro.
O Benfica anunciou a troca de Lourenço Coelho por Mário Branco e a direção de Rui Costa será criticada por alguma oposição por fazê-lo em fase tão crucial; mas também será alguma dessa mesma oposição, ou meros críticos sem objetivo político, que terão opinado sobre eleições antecipadas e de como elas deviam ocorrer, precisamente para gente nova preparar a temporada. Só uma poderá ser válida, diria…
A BOLA noticiou também em primeira mão que Rui Pedro Braz vai sair do clube. O diretor desportivo foi a herança mais jovem que o maestro recebeu de Vieira. Em 2021, entre o anúncio de Braz como o homem das contratações e a detenção do antigo presidente passaram 23 dias. Quando chegou ao Seixal, Braz era uma figura mediática pelo comentário televisivo, mas trocou os estúdios pelos bastidores e executou oito mercados de transferências. Os críticos lembrarão nomes como Jurasek, Beste ou outros jogadores que ficaram aquém; Braz responderia com Enzo Fernández, que na sua vigência no clube foi um dos melhores negócios da história, na perspetiva da compra, da venda e do rendimento desportivo – ainda hoje se reflete sobre o que teria sido aquele Benfica de Schmidt a nível internacional se o argentino tivesse ficado.
Como A BOLA sempre disse, o Benfica quer um craque para o meio-campo e como A BOLA noticiou em tempo oportuno, mesmo que outros negassem, esse jogador é Thiago Almada. A remodelação no futebol encarnado está em curso, mas Rui Pedro Braz ainda tem aqui uma última oportunidade de um grande negócio e, assim, fazer mais uma caminhada com ar triunfante pelo aeroporto: a última memória pode ser significativa. E se Braz era mediático e não tinha currículo dentro de clubes, Mário Branco é o oposto. Um não substitui o outro, mas o passado dos dois homens que ontem saltaram para as notícias é bem diferente. Branco cresceu longe do mediatismo dos três grandes, longe da TV, mas é figura que a indústria conhece e «reconhece».
Um e outro trabalharão em conjunto e podem determinar o que vai ser de Rui Costa no outono e do que será do Benfica em maio. Está cada vez mais claro que o 'Benfica do Estádio', dependerá muito do 'Benfica do Seixal'."

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