Últimas indefectivações

terça-feira, 19 de maio de 2015

Estruturante...

Num momento em que o mercado publicitário em Portugal está 'apertado' (palavras do Brunão!!!), este anuncio oficial do novo patrocinador principal do Benfica, é uma excelente notícia. Os valores de que se fala, são realmente muito bons... fica só a faltar o naming do Estádio, que poderá/deverá ser negociado à parte. É preciso continuar a alargar o fosso - que já é grande... -, nas receitas, sem transferências de jogadores, para com os nossos principais adversários. É a melhor forma de garantir o futuro...
Além da Emirates, tivemos também a confirmação oficial, do design da camisola do Benfica para 2015/16... outra excelente notícia!

PS: A presença do Maxi (sub-capitão) e do Jesus (treinador) no palco, pode não querer dizer nada, mas...

Parabéns...


Mensagem de Aimar
"El Mago" Aimar, agora no Club Atlético River Plate, deu os parabéns aos nossos heróis!#34Bicampeões
Posted by Sport Lisboa e Benfica on Segunda-feira, 18 de Maio de 2015

Mensagem de Matic
O Matic está no Chelsea Football Club mas não esquece o Benfica!
Posted by Sport Lisboa e Benfica on Terça-feira, 19 de Maio de 2015


Mensagem de Markovic
Markovic, agora no Liverpool FC, também deixou a sua mensagem aos Bicampeões: "Vocês merecem, são uma grande equipa com grandes adeptos!"#34Bicampeões
Posted by Sport Lisboa e Benfica on Terça-feira, 19 de Maio de 2015

Mensagem de Enzo Pérez
Parabéns, Enzo! Também és Bicampeão!#34Bicampeões Valencia CF
Posted by Sport Lisboa e Benfica on Segunda-feira, 18 de Maio de 2015
Mensagem de Isaías

O "Pé Canhão" também quis felicitar o Bicampeão! Recordas algum golo do Isaías? #34Bicampeão

Posted by Sport Lisboa e Benfica on Quarta-feira, 20 de Maio de 2015

Tira o cavalo da frente!!!

"No dia 26 de Fevereiro de 1984, os «Galos do Botaréu» receberam o Benfica num jogo único da história de Águeda. A gente era tanta que se sentava sobre as linhas laterais e ameaçava invadir o pelado do Municipal.

Quando o Recreio de Águeda jogava no velhinho Campo de São Sebastião, nas traseiras da capela, havia grandes enchentes mas o Benfica não ia a Águeda.
Os meus avós diziam: «Águeda é o Mundo!» E era.
Para nós o Mundo não tinha fronteiras. Ia para além dos campos de milho a arder ao sol, para além das lavadeiras do Sardão e dos lençóis a brilhar de branco nas areias do rio, dos ciganos do Souto do Rio e das águas do Alfusqueiro. Às vezes, quando o adro ficava curto para os jogos de futebol que tinham como baliza a porta do cemitério, corríamos no pelado do São Sebastião a imaginar «espectadores atentos nas bancadas de madeira».
Depois, o Futebol atravessou o rio. Deixou de haver bola nas traseiras da capela e passou a haver um estádio novo no Sardão, de onde as lavadeiras desapareceram de vez.
Na época de 1983/84 o Recreio de Águeda estava na I Divisão: pela primeira e única vez.
No dia 26 de Fevereiro de 1984, o Benfica visitou Águeda e nunca houve enchente igual. Estive lá e vi. E muito não vi.
Sim, porque não havia espaço para todos. O público transbordou das bancadas até às linhas laterais - os dirigentes do Benfica viriam a fazer um protesto, alegando que o campo tinha sido reduzido - encavalitava-se atrás da baliza, os guardas republicanos passeavam a cavalo procurando impedir que as pessoas saltassem para dentro do pelado.
Havia quem gritasse: «Tira o cavalo da frente!!! Quero ver a bola!»
Bem podia gritar... De nada servia. A autoridade cavalgava a passo, farda e condizer e uma certa vaidade mal escondida.
Hoje, não haveria jogo. Decretar-se-ia falta de condições de segurança. Mas eram outros tempos. Menos burocráticos. E o futebol ainda podia ser uma festa.
Nessa tarde, em Águeda, ninguém quis perder a festa.

Na estreia do Bicampeonato
Era a segunda época de Sven-Goran Eriksson como treinador do Benfica. Duas vezes campeão: sim, toda a gente se lembra, o último Bicampeonato...
A luta foi sendo renhida com o FC Porto que nessa jornada, a 19.ª, venceria o Sp. Braga por 1-0, golo de «penalty» por Jaime Pacheco. Repare-se o que escrevia Manuel Neto a propósito, no «Diário de Lisboa»: «A 'bronca' nas Antas - corriam os 20 minutos quando Sousa, de cabeça, faz um golo que o rapaz festeja exuberantemente par logo ver o feito contestado por um fiscal. Graça Oliva fica no centro da confusão mostra dois cartões e, daí a pouco, salva a pele marcando um inventado 'penalty' contra os bracarenses que deu o golo a Jaime Pacheco. Foi um escândalo esta arbitragem».
Pois é. O costume...
Em Águeda, a vida do Benfica não foi fácil no primeiro tempo. À vantagem adregada por Nené, de grande penalidade, pelos vistos indiscutida, aos 19 minutos, respondeu o Recreio com um golo de César, um brasileiro de categoria que ainda jogaria no Vitória de Setúbal - 23 minutos.
A festa continuava à beira rio, embora houvesse bem mais gente do Benfica nessa tarde no estádio do que propriamente do Águeda.
O árbitro foi Carlos Valente.
O Recreio de Águeda tinha Tibi na baliza. E Jorginho como central. Esse mesmo Jorginho que passou pelo Sporting e continua a viver em Águeda, amarrado aos encantos do Botaréu. Depois jogavam ainda Rodrigues Dias e Paulo César. O «capitão» Sá Pereira, Nogueira, o grande «Nogas» do Atlético, Belenenses e Sporting, que marcou pela selecção um golo à Espanha, nas Antas, com três túneis, um dos quais a Camacho, que foi treinador do Benfica. Havia também Orlando e Flávio, Belo e António Jorge... Enfim, uma bela equipa, mas que não deu para evitar a descida. E um adeus à I Divisão até hoje.
E que dizer desse Benfica de Eriksson? Bento; Pietra, Bastos Lopes, Oliveira e Álvaro; José Luís, Carlos Manuel, Shéu e Veloso; Nené e Dimantino. De fora ficavam Chalana, Stromberg, Manniche. E Humberto Coelho já a contas com o seu sofrimento no joelho.
Na segunda parte, para causar inveja aos plácidos e moderrentos guardas republicanos, de botas a brilhar de graxa no alto das suas cavalgaduras, a águia entrou a galope. E atropelou os «Golos do Botaréu»!
Dez minutos decorridos sobre o reatar da partida, Diamantino (que nessa época marcou 19 golos no campeonato, só menos dois do que Nené) fez o 1-2. Sobre o duro pelado do Municipal de Águeda, a história do jogo toma o seu rumo definitivo.
Nada poderá agora obstar à vitória encarnada.
O público bem que grita: «Tira daí o cavalo!!!» Quer ver os golos que faltam. Mas não são apenas os cavalos que percorrem as linhas laterais a tapar a visibilidade. São os magotes de pessoas sem assento que se acocoram junto ao campo, que saltam de vez em quando como se tivessem molas nos calcanhares, que erguem os braços e barafustam e festejam à vez segundo as cores das suas simpatias.
Aos 62 minutos, Nené resolve a questão: 1-3. Paulo César, esse rapaz duro e barbudo, tem a infelicidade de um auto-golo: 1-4.
O Benfica vinha de um frustrante empate caseiro frente ao Estoril (1-1) na jornada anterior (quem diz que a história se não repete?) e perdera Filipovic por expulsão para o jogo de Águeda. Mas tudo regressava aos eixos da caminhada para o título - uma semana mais tarde desfaria o Sp. Braga na Luz com um violento 7-0.
Mesmo depois do apito final de Carlos Valente, os cavalos não arredaram pé. Esperaram com paciência que, ordeiro, o povo regressasse a casa.
Nunca tal se viu em Águeda.
Nessa tarde de domingo, Águeda voltou a ser o Mundo!"

Afonso de Melo, in O Benfica

Conquistou o bronze... mas merecia o ouro!

"António Leitão foi o primeiro benfiquista no pódio olímpico ao conquistar a medalha de bronze em 1984.
«Para todo o trabalho que realizei não me sinto recompensado», foram as palavras de António Leitão após a conquista do bronze na corrida dos 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.
Apesar da brilhante conquista, era evidente a frustração estampada no seu rosto por ter perdido a medalha de ouro a menos de 400 metros da meta. Por todo o esforço que fizera, era o ouro o que tanto ambicionava e merecia.
A sua participação nas eliminatórias e meias-finais foi digna de um atleta campeão. Soube estudar os seus adversários e evitar o desgaste físico.
Num ambiente extraordinário, com os 92 mil lugares do Estádio Olímpico lotados, realizou-se a final a 11 de Agosto. A expectativa era enorme para a última prova do dia, a corrida dos 5000 metros.
Soou o sinal de partida. António Leitão assumiu cedo o comando, demonstrando toda a sua garra e determinação ao suportar este esforço até à fase final da corrida. Porém, quatro dos cinco adversários continuavam a pôr em perigo a sua subida ao pódio. Apesar do desgaste, insistiu e a cerca de 700 metros da meta apenas o seguiam o marroquino Aouita e o suíço Ryffel. À entrada dos últimos 400 metros procurou acelerar, dando o máximo de si, mas pouco depois foi ultrapassado pelos dois atletas. No fim culpou-se por não ter feito o arranque aos 600 metros: 'Hesitei, deixei-me ficar e só arranquei aos 400'.
Assumiu os riscos do comando e suportou a enorme carga psicológica. Conseguiu o seu segundo melhor tempo de sempre, 13min 09,20s.
Foi um atleta de excepcional talento, com uma autêntica postura de vencedor. Meio-fundista de excelência, ao longo da sua carreira no Clube, entre 1982 e 1991, conseguiu marcas e recordes impensáveis. A sua actuação, bastante prestigiante para Portugal e para o Benfica, é relembrada nas áreas 2: Ídolos de sempre e 4: Momentos únicos do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ana Filipa Simões, in O Benfica

Desorientados

"Recuemos ao início da temporada. O Benfica era uma equipa em desagregação: o plantel que havia vencido o triplete com nota artística parecia ferido de morte e as alternativas tardavam a aparecer. Já não havia Oblak, Rodrigo, Garay e Siqueira e ainda não havia nem Júlio César, nem Samaris, para não falar de Jonas. Enquanto se anunciava a saída iminente de Enzo Pérez, os jogos de preparação, disputados por uma mão-cheia de novas contratações entre o sofrível e o medíocre, tornavam o bicampeonato uma miragem distante.
No Dragão, a história era outra. Depois de uma temporada para esquecer, apostava-se forte e não vencer era uma impossibilidade. Um treinador novo, com um voto de confiança inusitado por aquelas bandas (três anos de vínculo), contratações em catapuda, empréstimos a peso de ouro e qualidade em todos os sectores - a contrastar com o leque de jogadores que Paulo Fonseca tinha tido ao dispor.
O Benfica iniciou a temporada derrotado e o Porto tinha tudo para vencer o campeonato. Mas não foi assim.
Jesus compensou fraquezas com a força da organização colectiva e fez do 'Manel' um jogador ao serviço de uma ideia de jogo consolidada. Depois claro está, Júlio César ofereceu a segurança defensiva que a equipa não havia tido nos últimos anos e Jonas foi um autêntico 'joker' - importante pelos golos que marcou, fundamental pela forma como participou no jogo atacante.
O Porto, pelo contrário, viu a temporada pautada pela desorientação. A abrir, Lopetegui entregou-se ao experimentalismo, mudando a equipa jogo sim, jogo sim, até à 16.ª jornada. As coisas começam a correr mal e não surge o campo inclinado a que os portistas se habituaram. Resultado: a 'estrutura' não compreende as razões do falhanço e coloca o treinador a dar o corpo às balas.
Tudo somado, a grande novidade desta temporada foi a desorientação revelada pelo Porto."

Os campeões...

"O Benfica nem precisou de vencer em Guimarães para garantir o 34.º campeonato, pois o FC Porto não foi além de um empate na sua vista ao Restelo. Estamos a falar de um campeonato repleto de simbolismo, pois trata-se de um bicampeonato, coisa que estava arredada da Luz há 31 anos.
Outro facto importante a reter para a história é o feito do treinador Jorge Jesus, que passa a ser o primeiro treinador português a conseguir ganhar um bicampeonato no Benfica.
Tirando os excessos, sempre condenáveis, podemos dizer que os festejos foram um pouco por todo o lado com o epicentro na rotunda do Marquês do Pombal.
Uma palavra justa e merecida para o presidente Luís Filipe Vieira pela estratégia, resistência, persistência, resiliência e paciência. Sucedeu a Manuel Vilarinho e não se desviou do caminho que tinha projectado para o Benfica. Ele também merece viver este momento de exaltação benfiquista pois é o principal responsável pela gestão do clube e do projecto.
Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus são os principais responsáveis pela caminhada vitoriosa do Benfica, a que se junta um grupo de jogadores muito forte e determinado, com o carismático Luisão como líder natural.
Quem ficou para trás foi o Penafiel e Gil Vicente que para o ano vão jogar na competitiva II Liga. Nesta competição o que não falta é emoção com o impasse sobre quem sobe. Tondela, Chaves, Covilhã, União da Madeira e Feirense são candidatos mas só dois vão conseguir subir. Não arrisco palpite, vai ser mesmo até ao último segundo, onde não vai seguramente faltar emoção.
Parabéns a Paulo Sousa e André Villas Boas, mais dois campeões portugueses na Europa do futebol."

Hermínio Loureiro, in A Bola

A grandeza do Benfica

"Só na comemoração do título de 2013, Pinto da Costa arriscou sair dos Aliados para destacar festejos em outros pontos, como no Funchal e em Luanda. Creio que não mais do isso...

O Marquês nunca viu nada assim, foi a frase escolhida pelo jornalista Miguel Cardoso Pereira para titular a peça de última página da edição de ontem de A BOLA, destinada à cobertura da «impressionante festa do bicampeonato» e que teria reunido mais de 200 mil pessoas. Em Lisboa, porque a «multidão de uma só cor: vermelho» estendeu-se pelo País, pela Europa, pelo Mundo, através de expressão de incomensurável grandeza que Pombal nunca presenciará até à noite de domingo, nem Pinto da Costa que tanto se esforçou para adiar o que, sabendo inevitável, jamais aceitou testemunhar: o colapso da até aqui inexpugnável estrutura que desde 1995 transferiu para o Porto o centro de decisões do futebol português, em consequência dos títulos (14 Campeonatos e oito Taças de Portugal), mais uma Taça UEFA, uma Liga Europa, uma Champions e uma Taça Intercontinental, e do poder que lhe trouxeram no campo das influências. É uma realidade: há vinte anos que o FC Porto põe e dispõe a seu bel-prazer, porque ganhou muito mais do que os outros, foi reconhecido internacionalmente e retirou desse prestígio benfeitorias imensas das quais se serviu como é do conhecimento público para eternizar a protecção do tal 'manto protector' que houve, mas cujo nome do beneficiário Lopetegui trocou.
Um bicampeonato bastou para fazer explodir a grandeza do Benfica e provar que duas décadas do ocaso futebolístico não foram suficientes para diminui-las: a 'força do SLB', como os seus adeptos gostam de dizer. Espantoso sinal de vitalidade que, com a perspicácia que o caracteriza, o presidente portista tenta, e desejava que não se verificasse, por jamais ter ultrapassado as fronteiras de bairro, em obediência à velha teoria da pequenez, do género nós contra todos. Que me recorde, aliás, só na comemoração do título de 2013, Pinto da Costa arriscou sair dos Aliados para destacar festejos em outros pontos do país, mais no Funchal e em Luanda. Creio que não mais do que isso...
Em contraponto, o objectivo de Luís Filipe Vieira desde o primeiro dia se norteou por uma perspectiva de futuro, que procurava uma base sólida de sustentação que lhe permitisse anular o domínio do rival portuense. Foi campeão em 2010, mas o salto revelou-se curto. Em 2011, o fracasso reinstalou-se em época para esquecer. Depois, mais dois anos de anseios frustrados. Finalmente, na temporada transacta, face a um FC Porto arrogante e convencido de que, a seguir a Vítor Pereira, qualquer nome, desde que respaldado na 'estrutura anti-sísmica', teria sucesso. Paulo Fonseca entrou em cena como solução barata e cómoda, apesar de impreparada. Como resposta, o Benfica voltou a ser campeão e Vieira viu ter-se-lhe deparado a oportunidade por que tanto esperava para desferir o contragolpe certeiro. Sentiu-se apoiado pela disponibilidade de um treinador que, em sua opinião, lhe dava garantias de estabilidade competitiva em período de desinvestimento financeiro. Além disto, ele próprio, habituado a andar depressa e a combater em várias frentes, além de proporcionar o melhor que existe no mercado em matéria de condições de trabalho, decidiu-se por uma presença próxima e mais assídua, embora discreta, junto do grupo do futebol profissional, como forma de corporalizar e robustecer, em todos os momentos, a união que tanto preza.
Este título reveste-se, por isso, de um significado especial, em função das alterações que provocará a breve prazo, parecendo-me serem cada vez menos as dúvidas sobre a inevitabilidade de uma mudança de ciclos no futebol, com o Benfica a recuperar a liderança perdida para o FC Porto. Pode argumentar-se que, em rigor, nas seis épocas que contabiliza ao serviço do emblema da águia, Jorge Jesus não conseguiu inverter a tendência conquistadora do dragão, mas pelo menos teve o mérito de travá-la. Não é muito, mas foi o primeiro passo..."

Fernando Guerra, in A Bola

Do Hemingway...

"O Hemingway criou talvez a mais desconcertante imagem do idealista: ao descobrir que o idealista (no seu pior sentido, claro...) é alguém que, partindo do princípio de que uma rosa cheira sempre melhor do que um couve deduz que uma sopa com rosas terá sempre melhor sabor do que tem uma sopa com couves - e, levado pela tentação da ideia, fá-la com as rosas em vez das couves. (E se depois de a provar continuar a fazê-la assim não é só idealista também é casmurro - ou pior: é estúpido...)
Domingo, querendo fugir à análise póstumados seus erros e suas responsabilidades, querendo salvar a cabeça através do bode expiatório que antes embrulhara num pouco sagrado manto sagrado, Julen Lopetegui enrodilhou-se, cínico, no seu zangado jogo de dioptrias:
- Estão de parabéns todos os que ajudaram o Benfica a ganhar o campeonato...
Para além da descortesia (e do mau perder...) não percebeu que com isso estava a dar parabéns a si próprio - ao idealista (casmurro...) do Hemingway que perdeu o campeonato exactamente onde Jorge Jesus o ganhou no banco e na cabeça. (Sim, acho que foi isso...) O FC Porto não tinha o melhor plantel da Liga? Tinha - e JL nunca conseguiu que o seu FC Porto fosse uma equipa a jogá-la, a jogá-la com uma ideia de jogo que puxasse por si, o seu ardor, o seu destino. Bastaria isso para que fosse campeão - até contra os erros dos árbitros. (E essa era a sua obrigação...) E na eloquência gaga das suas imperfeições, no Restelo o FC Porto foi a perfeita metáfora do que foi o seu campeonato: jogou a oscilar entre a ilusão rasgada e o disparate confuso, a apatia serôdia e a displicência traiçoeira. E quem joga assim: ao tiro no pé e ao engodo - nunca poderia ser campeão, nem poderá queixar-se de não o terem deixado sê-lo forças ocultas (em forma de mantos ou colinhos....) - podendo apenas queixar-se do idealista (casmurro...) que destruiu brilhos e almas aos seus jogadores, pondo-lhes os pés tortos nas cabeças a arder - com as rosas na sopa..."

António Simões, in A Bola

Este país não é para crianças

"As imagens transmitidas pela CMTV de um graduado da polícia de segurança pública a desancar um adepto do Benfica, junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, e perante um filho em estado de choque, rapidamente se tornou viral e logo se espalhou por todo o país.
Fez lembrar aquelas cenas de violência policial que nos chegam, por vezes, dos Estados Unidos e que obrigam o presidente Obama a esforçados pedidos de desculpa às comunidades. Outros hábitos, outros países e, sobretudo, outros presidentes.
O que se vê é, de facto, chocante. O filho, ainda criança, foge espavorido, sendo agarrado por um outro polícia que parece tentar acalmar o miúdo, enquanto o avó, idoso, tenta desesperadamente socorrer o filho e é afastado a murro. Tudo ali é desproporcional. Da força policial à insistência da agressão, com o homem deitado por terra.
Dirá o auto da polícia que o agredido teria proferido impropérios e cuspido no graduado, como se, mesmo a ser verdade, fosse razão para aquela resposta brutal. É ainda curioso que o homem agredido tenha relatado que o polícia o tenha criticado por ter levado o filho para aqueles lugares. Ora - aqueles lugares -, é tão-só um estádio de futebol, onde a polícia tem apenas de criar as condições para as famílias serem bem-vindas, de preferência, com crianças.
A confirmar-se que o principal protagonista desta história macabra é um alto graduado da polícia, só se pode esperar que o inquérito seja rigoroso e que, até à sua conclusão, o inquérito suspenda a sua função, até como modo de garantir a suspensão da sua fúria."

Vítor Serpa, in A Bola

O regresso do tabu de Jesus

"Consumada a conquista do bicampeonato, a questão incontornável: Jesus fica ou não? Se o Benfica não tivesse ganho o título, a maioria tinha a sentença definida: Jesus deve sair. Supostamente, a vitória na Liga apontaria para a decisão contrária: Jesus tem de ficar. As coisas, porém, não são assim tão simples. Por um lado, pergunta-se: como pode o Benfica abrir mão de um treinador que tem sido determinante para o sucesso do clube? Por outro, admite-se: como pode Jesus perder a oportunidade de sair pela porta grande se tiver convite para abraçar um novo projecto? - maior que o Benfica, claro.
O Benfica tem ainda muitos aliciantes para Jesus. O tri é um deles. Mas também o facto de ter como presidente uma figura com quem se entende. As seis épocas que leva de Benfica provocam desgaste, naturalmente. Mas a relação com o líder tem resistido. E, até hoje, Vieira e Jesus tornaram as melhores opções. Para eles e para o clube.
O Benfica e os benfiquistas não mereciam que a festa do 34.º título tivesse acabado como acabou. A qualquer celebração momentos de violência e terror. Foi, infelizmente, a cenas dessas que assistimos ainda o jogo de Guimarães não tinha começado. Foram episódios desses que desgraçadamente voltámos a ver madrugada dentro no Marquês de Pombal.
Luís Filipe Vieira tem toda a razão quando diz que é preciso que os responsáveis pela violência ocorrida em Guimarães e em Lisboa sejam identificados e punidos. Rematou o líder encarnado, referindo que o futebol não precisa de gente que provoca tais cenas. O problema é exactamente esse: há gente que se aproveita do futebol para promover a violência. Estúpida e gratuita. Própria de selvagens."

Um recorde histórico

"Portugal arrisca-se a ter um lançador de peso de nível mundial nos próximos dois a três anos, que seja uma referência para os jovens poderem ver a disciplina como algo motivador para as suas carreiras desportivas. Nos concursos, o primeiro atleta a ter expressão internacional foi Carlos Calado no comprimento e triplo e depois surgiu Naide Gomes a coleccionar medalhas no comprimento. Caberia a Nelson Évora colocar Portugal no medalheiro dos Jogos Olímpicos em Pequim (2008), revolucionando o triplo salto, abrindo uma nova era, tal foi a sua clara hegemonia na disciplina.
O recorde nacional de Tsanko Arnaudov no lançamento de peso é visto como uma marca histórica, pelo seu significado. Trata-se de um jovem com 23 anos, mas com inatas aptidões para o concurso, o que deixa antever uma apreciável e interessante evolução. Será curioso observar, a partir de agora, como serão os duelos com o seu colega e antigo recordista Marco Fortes, que, aos 32 anos, ainda está a tempo de recuperar o recorde. De um momento para o outro e de forma inesperada, o atletismo português tem dois atletas de ponta e a rivalidade só pode ser vista como um sinal de vitalidade e de força motivadora para outros recordes.
Tsanko Arnaudov tornar-se no melhor lançados de sempre em Portugal, em função de um somatório de razões: qualidade técnicas, apoio do clube, Benfica, desde há muitos anos, e uma boa interligação com o técnico ucraniano Vladimir Zinchenko. Mas há que não esquecer as condições que foram criadas no CAR Jamor Moniz Pereira. E aqui é justo recordar o papel importante que o antigo presidente Fernando Mota teve durante anos para ver inaugurada a nave em 2010.
Os notáveis progressos na velocidade e nos saltos são bem visíveis nestes últimos cinco anos. É por isso que Tsanko Arnaudov pode revolucionar o peso em Portugal, tal como Nelson Évora o fez no triplo salto. Há condições objectivas, conhecimento técnico e um cuidado tanto do Benfica como da Federação em acompanhar a carreira dos muitos jovens talentosos. Saber depois encaminhá-los, isso é outra conversa."

Manto...

Nortadas...



Famalicão

Benfica bicampeão 31 anos depois

"Não se vislumbram quaisquer boas razões para que Jorge Jesus não continue o excelente trabalho que está a realizar no Benfica.

A época já distante de 1983/84 correspondeu ao bicampeonato do Benfica, então liderado por Sven-Goran Eriksson, que tinha Toni como adjunto. Nessa temporada, o rival dos encarnados foi o FC Porto de Pedroto e António Morais, uma equipa sólida e séria. O Benfica colocou então dois jogadores, Nené e Diamantino, na luta pela Bola de Prata, que viria a ser ganha pelo dragão Fernando Gomes. E teve o primeiro jogo do título em Guimarães, onde acabou por perder por significativos 4-1.
Volvidos 31 anos, os encarnados voltam a ostentar o estatuto de bicampeões, têm dois jogadores, Jonas e Lima, a disputar a Bola de Prata com um portista, Jackson Martinez, mas mesmo sem terem vencido, saíram de Guimarães com rumo ao Marquês de Pombal, para a festa do 34.º título nacional.
Muitos pontos de contacto entre estas duas épocas de sucesso do clube da Luz, a que se junta um outro: Tal como acontecia no início a década de 80 do século passado, o Benfica voltou a ser ganhador e dominador, não só no futebol mas também nas modalidades, sinal de que o clube recuperou organização e credibilidade. Perante este cenário poderá colocar-se a questão da mudança de ciclo. Para já, não será abusivo dizer que o ciclo ganhador do FC Porto, como conhecemos entre 1990 e 2010, acabou. Aquilo com que devemos contar, em termos competitivos, daqui para a frente, é um equilíbrio grande entre estes dois emblemas, no futebol e não só.
Para o Sporting, que está a alguma distância não só de um, mas destes dois grandes clubes, será difícil que se abra uma janela de oportunidade. Porque é pouco crível que ambos tenham, em simultâneo, o apagão que permita o ressurgimento leonino. Para equilibrar as operações com o FC Porto - a quem ganhou vantagem com estes dois títulos consecutivos - o Benfica percorreu um longo caminho. Desde que, há 15 anos, Vilarinho chegou à presidência, o caminho encarnado foi árduo, teve vários ensaios e muitas experiências, até a este momento em que, com Luís Filipe Vieira, a estabilidade foi encontrada. No aspecto desportivo seria injusto não ter uma palavra para Jorge Jesus, que cresceu como treinador e é o principal obreiro do sucesso de 2014/15. E, por isso, não se vislumbram boas razões para que não continue à frente da equipa do Benfica.

Luisão sabe muito bem do que fala...
«Desde que cheguei, as mudanças no clube foram enormes. Mérito, acima de todos, do presidente, que tornou isto possível»
Luisão, capitão do Benfica

ÁS
Luís Filipe Vieira
Depois da consolidação financeira que conseguiu e das infraestruturas de que dotou o clube, faltava ao presidente encarnado uma vertente desportiva mais sólida. Com quatro campeonatos no currículo e com um bi que tardava na Luz há 31 anos, Luís Filipe Vieira pode orgulhar-se do que fez, até agora, no Benfica.

ÁS
Jorge Jesus
Três campeonatos ganhos em seis épocas correspondem a uma média superior à que o Benfica ostenta na relação épocas/títulos, desde 1934/35. Na presente temporada, com um plantel inferior ao do FC Porto, mostrou competência e capacidade. É um treinador que já está, por mérito próprio, na história do Benfica.

DUQUE
Julen Lopetegui
Não foi capaz de ganhar e não soube perder. Desaproveitou os excelentes meios que Pinto da Costa lhe colocou à disposição. Baixou o nível do discurso e teve, na Luz, um comportamento lamentável. Veio para um país que sempre soube bem receber e aprender com os treinadores estrangeiros e não trouxe nada de positivo. Lamentável.

JONAS
Foi graças a uma série de circunstâncias aleatórias e uma vontade séria entre jogador e clube que Jonas se tornou futebolista do Benfica. Chegou rodeado de dúvidas - afinal tinha sido dispensado pelo Valência - mas Jorge Jesus nunca hesitou quanto ao seu valor e cedo lhe encontrou o melhor enquadramento na equipa, aproveitando as características de Lima. Esta dupla fez esquecer que Rodrigo e Óscar Cardozo tinham acabado de abandonar a Luz. E Jonas, em muitas fases da época, trouxe ao Benfica a nota artística que alegrou o Terceiro Anel.

A grande despedida de Gerrard de Anfield
Vestiu, durante 17 épocas, a camisola do Liverpool, na Premier League. Pela excelência do seu futebol teve inúmeros convites para se mudar para outros emblemas, em condições financeiras mais vantajosas. A tudo resistiu. Por isso, a homenagem sentida que os reds lhe prestaram no adeus, teve tanto de justa como de emocionante."

José Manuel Delgado, in A Bola

Lixívia XXXIII

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica............... 82 ( -2) = 83
Corruptos........ 79 (+13) = 66
Sporting.......... 73 (+11) = 62
Braga................ 55 (+1) = 54


Devíamos ter sido Campeões na 29.º jornada, no Restelo, mas acabámos por ser Campeões na mesma, na 33.ª jornada, com a 'ajuda' do Restelo!!!

Se o Tiago Caeiro nos 'ajudou', indiscutivelmente, o Soares Dias em Guimarães só provou mais uma vez que o suposto 'colinho' das arbitragens nos jogos do Benfica, é uma das maiores fantasias alguma vez criadas em Portugal!!!!
Até podem dizer que o golo mal anulado ao Salvio (por fora-de-jogo inexistente), é da responsabilidade do fiscal-se-linha, pois bem, o golo mal validado ao Benfica na Luz contra o Gil Vicente, também foi um erro do fiscal-de-linha, e não é por isso, que não deixam de insinuar que o Capela é lampião!!!
Mas os erros do Soares Dias, foram outros: a forma como anulou todos os Cantos e Livres Laterais a favor do Benfica, com faltinhas atacantes na área do Guimarães é de 'génio'!!! A maneira como aproveitou as milhares simulações do Octávio para ir distribuindo cartões aos jogadores do Benfica, quando de facto devia ter sido o jogador emprestado pelos Corruptos a levar amarelos por simulação, também foi de génio!!! A forma como aos 50 segundos da partida já inventava Livres Laterais contra o Benfica, é de 'génio'!!!
Pelo meio, os fiscais-de-linha enganaram-se mais duas vezes, a favor do Benfica, mas a tónica é indisfarçável...
Mesmo assim deu para sermos Campeões...

No Restelo, aparentemente nada se passou, os Corruptos queixaram-se de 2 penalty's inexistentes, e o Herrera esteve quase a marcar um golo, em ligeiro fora-de-jogo...
Agora em Alvalade, tivemos mais uma Xistralhada!!! Penalty inventado a favor do Sporting (estavam a perder), mesmo no final da 1.ª parte. Um dos penalty's mais absurdos que alguma vez vi marcar... sem exageros!!! E depois, penalty não assinalado sobre o Pardo, que podia ter dado o 2-2...
Como as atenções estavam todas em Guimarães, esta nova Xistralhada, passou quase despercebida!!!

Anexos:
Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Cosme, Prejudicados, Sem influência no resultado
2.ª-Boavista(f), V(1-0), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Setúbal(f), V(0-5), Capela, Nada a assinalar
5.ª-Moreirense(c), V(3-1), Luís Ferreira, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
6.ª-Estoril(f), V(2-3), Vasco Santos, Nada a assinalar
7.ª-Arouca(c), V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Braga(f), D(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-3), (-3 pontos)
9.ª-Rio Ave(c), V(1-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
10.ª-Nacional(f), V(1-2), Bruno Paixão, Prejudicados, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
11.ª-Académica(f), V(0-2), Jorge Ferreira, Beneficiados, (0-1), Sem influência no resultado
12.ª-Belenenses(c), V(3-0), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
13.ª-Corruptos(f), V(0-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Capela, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
15.ª-Penafiel(f), V(0-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
16.ª-Guimarães(c), V(3-0), Rui Costa, Nada a assinalar
17.ª-Marítimo(f), V(0-4), Xistra, Nada a assinalar
18.ª-Paços de Ferreira(f), D(1-0), Paixão, Nada a assinalar
19.ª-Boavista(c), V(3-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
20.ª-Sporting(f), E(1-1), Sousa, Nada a assinalar
21.ª-Setúbal(c), V(3-0), Manuel Oliveira, Prejudicados, Sem influência no resultado
22.ª-Moreirense(f), V(1-3), Jorge Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Estoril(c), V(6-0), Capela, Nada a assinalar
24.ª-Arouca(f), V(1-3), Vasco Santos, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
25.ª-Braga(c), V(2-0), Soares Dias, Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
26.ª-Rio Ave(f), D(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto)
27.ª-Nacional(c), V(3-1), Xistra, Nada a assinalar
28.ª-Académica(c), V(5-1), Luís Ferreira, Nada a assinalar
29.ª-Belenenses(f), V(0-2), Rui Costa, Nada a assinalar
30.ª-Corruptos(c), E(0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
31.ª-Gil Vicente(f), V(0-5), Capela, Nada a assinalar
32.ª-Penafiel(c), V(4-0), Tavares, Prejudicados, Beneficiados, (5-1), Sem influência no resultado
33.ª-Guimarães(f), E(0-0), Soares Dias, Prejudicados, (0-1), (-2 pontos)

Sporting
1.ª-Académica(f), E(1-1), Soares Dias, Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
2.ª-Arouca(c), V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, (2-0), Sem influência resultado
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Belenenses(c), E(1-1), Cosme Machado, Nada a assinalar
5.ª-Gil Vicente(f), V(0-4), Xistra, Beneficiados, (1-4), Sem influência no resultado
6.ª-Corruptos(c), E(1-1), Benquerença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Penafiel(f), V(0-4), Rui Costa, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Marítimo(c), V(4-2), Manuel Oliveira, Beneficiados, (4-3), Sem influência no resultado
9.ª-Guimarães(f), D(3-0), Hugo Miguel, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
10.ª-Paços de Ferreira(c), E(1-1), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
11.ª-Setúbal(c), V(3-0), Soares Dias, Beneficiados, Impossível contabilizar
12.ª-Boavista(f), V(1-3), Jorge Sousa, Nada a assinalar
13.ª-Moreirense(c), E(1-1), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
14.ª-Nacional(f), V(0-1), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
15.ª-Estoril(c), V(3-0), Soares Dias, Nada a assinalar
16.ª-Braga(f), V(0-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
17.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
18.ª-Académica(c), V(1-0), Rui Costa, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
19.ª-Arouca(f), V(1-3), Jorge Ferreira, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
20.ª-Benfica(c), E(1-1), Sousa, Nada a assinalar
21.ª-Belenenses(f), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
22.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Jorge Tavares, Nada a assinalar
23.ª-Corruptos(f), D(3-0), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
24.ª-Penafiel(c), V(3-2), Bruno Esteves, Beneficiados, Impossível contabilizar
25.ª-Marítimo(f), V(0-1), Rui Costa, Nada a assinalar
26.ª-Guimarães(c), V(4-1), Jorge Sousa, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado
27.ª-Paços de Ferreira(f), E(1-1), Cosme Machado, Nada a assinalar
28.ª-Setúbal(f), V(1-2), Benquerença, Prejudicados, Sem influência no resultado
29.ª-Boavista(c), V(2-1), Luís Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
30.ª-Moreirense(f), V(1-4), Vasco Santos, Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
31.ª-Nacional(c), V(2-0), Cosme Machado, Nada a assinalar
32.ª-Estoril(f), E(1-1), Duarte Gomes, Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
33.ª-Braga(c), V(4-1), Xistra, Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Xistra, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-0), Mota, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4.ª-Guimarães(f), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
5.ª-Boavista(c), E(0-0), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
6.ª-Sporting(f), E(1-1), Benquerença, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Braga(c), V(2-1), Proença, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
8.ª-Arouca(f), V(0-5), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado
9.ª-Nacional(c), V(2-0), Nuno Almeida, Nada a assinalar
10.ª-Estoril(f), E(2-2), Soares Dias, Beneficiados, (3-2), (+1 ponto)
11.ª-Rio Ave(c), V(5-0), Benquerença, Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
12.ª-Académica(f), V(0-3), Manuel Mota, Nada a assinalar
13.ª-Benfica(c), D(0-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14.ª-Setúbal(f), V(4-0), Manuel Oliveira, Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
15.ª-Gil Vicente(f), V(1-5), Nuno Almeida, Nada a assinalar
16.ª-Belenenses(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
17.ª-Penafiel(f), V(1-3), Soares Dias, Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
18.ª-Marítimo(f), D(1-0), Capela, Nada a assinalar
19.ª-Paços de Ferreira(c), V(5-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Impossível contabilizar
20.ª-Moreirense(f), V(0-2), Xistra, Nada a assinalar
21.ª-Guimarães(c), V(1-0), Nuno Almeida, Nada a assinalar
22.ª-Boavista(f), V(0-2), Hugo Miguel, PrejudicadosBeneficiados, Impossível contabilizar
23.ª-Sporting(c), V(3-0), Soares Dias, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
24.ª-Braga(f), V(0-1), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
25.ª-Arouca(c), V(1-0), Jorge Tavares, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
26.ª-Nacional(f), E(1-1), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
27.ª-Estoril(c), V(5-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (3-0), Sem influência no resultado
28.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
29.ª-Académica(c), V(1-0), Duarte Gomes, Nada a assinalar
30.ª-Benfica(f), E(0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar
31.ª-Setúbal(f), V(0-2), Marco Ferreira, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
32.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Bruno Esteves, Beneficiados, Impossível contabilizar
33.ª-Belenenses(f), E(1-1), Rui Costa, Nada a assinalar

Braga
1.ª-Boavista(c), V(3-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-0)?!, Impossível contabilizar
2.ª-Moreirense(f), E(0-0), Paixão, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Estoril(c), V(2-1), Hugo Miguel, Prejudicados, (3-1), Sem influência no resultado
4.ª-Arouca(f), D(1-0), Proença, Nada a assinalar
5.ª-Nacional(f) E(1-1), Jorge Tavares, Prejudicados, Impossível contabilizar
6.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Bruno Esteves, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Corruptos(f), D(2-1), Proença, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
8.ª-Benfica(c), V(2-1), Marco Ferreira, Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
9.ª-Académica(f) E(1-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
10.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Manuel Oliveira, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-Penafiel(f), V(1-6), Hugo Miguel, Nada a assinalar
12.ª-Guimarães(c), E(0-0), Xistra, Nada a assinalar
13.ª-Belenenses(f), V(0-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
14.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
15.ª-Marítimo(f), D(2-1), Jorge Sousa, Nada assinalar
16.ª-Sporting(c), D(0-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
17.ª-Setúbal(f), V(1-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
18.ª-Boavista(f), D(0-1), Duarte Gomes, Beneficiados, Sem influência no resultado
19.ª-Moreirense(c), V(1-0), Soares Dias, Nada a assinalar
20.ª-Estoril(f), V(0-2), Manuel Oliveira, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
21.ª-Arouca(c), V(2-0), Tiago Martins, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
22.ª-Nacional(c), V(3-1), Bruno Esteves, Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Rio Ave(f), V(0-2), Xistra, Nada a assinalar
24.ª-Corruptos(c), D(0-1), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-1), (-1 pontos)
25.ª-Benfica(f), D(2-0), Soares Dias, Beneficiados, (3-0), Sem influência no resultado
26.ª-Académica(c), E(0-0), Paixão, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
27.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Capela, Nada a assinalar
28.ª-Penafiel(c), V(4-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
29.ª-Guimarães(f), D(1-0), Xistra, Nada a assinalar
30.ª-Belenenses(c), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
31.ª-Paços de Ferreira(f), E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
32.ª-Marítimo(c), D(1-3), Rui Rodrigues, Beneficiados, Sem influência no resultado
33.ª-Sporting(f), D(4-1), Xistra, Prejudicados, (3-2), Impossível contabilizar

Agora, foi Julen quem se ajoelhou...

"Disputada a penúltima jornada do campeonato português de 2015 (falta ainda o Boavista-Nacional), o essencial ficou definido. Gil Vicente e Penafiel são os clubes despromovidos e o Benfica é o campeão nacional, com o estatuto de bi, proeza que os adeptos do emblema da águia não tinham o prazer de desfrutar desde o longínquo 1984, ainda com Sven Goran Eriksson no comando técnico. Sinal inequívoco de ventos de mudança que podem prenunciar a transferência do ciclo hegemónico do FC Porto para o Benfica, objectivo que Luís Filipe Vieira persegue desde que aceitou a enorme empreitada de devolver à instituição a que preside, há uma dúzia de anos, a credibilidade roubada e o prestígio que a projectou no mundo do futebol.
Título merecido, não há margem de discussão. Conquista relevante e suficientemente impermeabilizada para resistir ao mau perder de Lopetegui, o qual, não sendo capaz de atingir os serviços mínimos, ganhar no Restelo, voltou a esgrimir insinuações pouco claras , uma prática, aliás, que muito parece apreciar, dada a frequência com que dela se serve. Ontem, nem um pingo de fair play, ao dar os parabéns não a Jorge Jesus, seu colega de profissão, mas a «todos os que contribuíram para o Benfica ser campeão», partindo-se do princípio que se quis referir a jogadores, treinadores, administradores e a um colectivo empenhado e competente, cujo peso cada vez maior obriga a inverter o movimento do fiel da balança... Há dois anos Jorge Jesus caiu de joelhos por causa da tropelia de Kelvin. Agora, foi Julen quem se ajoelhou, subjugado pelo atrevimento de Tiago Caeiro. É a vida, cá se fazem, cá se pagam. As coisas estão a mudar..."

Fernando Guerra, in A Bola