"Disputada a penúltima jornada do campeonato português de 2015 (falta ainda o Boavista-Nacional), o essencial ficou definido. Gil Vicente e Penafiel são os clubes despromovidos e o Benfica é o campeão nacional, com o estatuto de bi, proeza que os adeptos do emblema da águia não tinham o prazer de desfrutar desde o longínquo 1984, ainda com Sven Goran Eriksson no comando técnico. Sinal inequívoco de ventos de mudança que podem prenunciar a transferência do ciclo hegemónico do FC Porto para o Benfica, objectivo que Luís Filipe Vieira persegue desde que aceitou a enorme empreitada de devolver à instituição a que preside, há uma dúzia de anos, a credibilidade roubada e o prestígio que a projectou no mundo do futebol.
Título merecido, não há margem de discussão. Conquista relevante e suficientemente impermeabilizada para resistir ao mau perder de Lopetegui, o qual, não sendo capaz de atingir os serviços mínimos, ganhar no Restelo, voltou a esgrimir insinuações pouco claras , uma prática, aliás, que muito parece apreciar, dada a frequência com que dela se serve. Ontem, nem um pingo de fair play, ao dar os parabéns não a Jorge Jesus, seu colega de profissão, mas a «todos os que contribuíram para o Benfica ser campeão», partindo-se do princípio que se quis referir a jogadores, treinadores, administradores e a um colectivo empenhado e competente, cujo peso cada vez maior obriga a inverter o movimento do fiel da balança... Há dois anos Jorge Jesus caiu de joelhos por causa da tropelia de Kelvin. Agora, foi Julen quem se ajoelhou, subjugado pelo atrevimento de Tiago Caeiro. É a vida, cá se fazem, cá se pagam. As coisas estão a mudar..."
Fernando Guerra, in A Bola
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