Últimas indefectivações

quarta-feira, 23 de março de 2016

É assim o futebol por cá...

"Jornada difícil para o Benfica. Uma vitória fruto do talento de um jogador precioso, Jonas, ao cair do pano e que pode ser determinante para as contas do campeonato e um castigo injusto para o Boavista que terá feito a melhor exibição desta época. O fatídico minuto 92 da era Jesus (FCP, Chelsea e outros) foi agora um minuto esperançoso para o SLB da era Vitória (ainda que, neste caso, continue a ser descoroçoante para Jesus). Os primeiros 2 pontos conquistados nesta Liga pelos encarnados depois da hora. É assim o futebol... Mas, o SCP já ganhou 8 pontos em tempo de compensação ao Tondela (96'|) num penalty após uma jogada irregularíssima, ao Arouca (90') depois de um penalty não assinalado aos arouquenses, ao Belenenses (94') num penalty de mestre de Tonel e ao SC Braga (90').
Agora anda também por aí a circunstância de o Benfica ainda não ter sofrido, nesta Liga, a marcação de uma grande penalidade. Às vezes, quem o diz finge ignorar a equipa com mais penalties a seu favor (Sporting, com 10!). Assim como já apagou da memória o recorde nacional (não sei mesmo se mundial) de uma equipa com mais jogos sem sofrer penalties. Recordo: o SCP desde 28/4/1996 (Gil Vicente) até 3/12/2000 (Benfica). Quase 4 anos e mais de 150 jogos! Curioso é que em 96, 97, 98 e 99, este recorde não teve como contrapartida a conquista do campeonato...
Um ponto final: no vale tudo soube-se que Renato Sanches foi registado 5 anos após ter nascido. Caso a data deste registo coincidisse com o nascimento teria agora 13 anos. E não 23. A aritmética de pernas para o ar!
Repito: é assim o sábio e coerente futebol por cá..."

Bagão Félix, in A Bola

Crise grega

"Júlio César, Luisão, Jardel, Fejsa, Gaitán e Mitroglou, seis titulares indiscutíveis do Benfica, pelo menos atendendo à hierarquia estabelecida por Rui Vitória ao longo da época, não marcaram presença no jogo do Bessa, assim como, pelos mais diversos motivos, em muitos outros encontros desde que se iniciou a Liga. Perante as ausências, a que até se pode acrescentar o nome de Salvio, o treinador dos encarnados foi encontrando soluções. Mais depressa ou mais devagar, com maior ou menor sucesso, as opções de recurso de Rui Vitória tornaram-se fundamentais para que as águias chegassem ao comando do campeonato.
Sem Júlio César, Vitória deu confiança a Ederson; privado de Luisão, colocou Lisandro no onze, apostando depois em Lindelof quando os períodos de ausência de Jardel ou do argentino coincidiram com o afastamento do capitão de equipa. No miolo, era óbvio utilizar Samaris em vez de Fejsa, mas muito mais difícil se tornou substituir Gaitán por Carcela e somar triunfos atrás de triunfos, estreitando a desvantagem pontual para o Sporting.
Rui Vitória não conseguiu, todavia, encontrar uma alternativa a Mitroglou, como o jogo do Bessa o demonstrou. Quando o Benfica tem de ser dominador, é o grego que dá profundidade à equipa, que segura a bola nas imediações da área e que oferece verdadeira luta aos centrais contrários. Jiménez tem outros atributos, mas não estes, de extrema importância para o instinto goleador de Jonas e até para que todo o conjunto encarnado possa explanar o seu futebol uns metros mais à frente."

Benfiquismo (LII)

Outros tempos...