Últimas indefectivações

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

E lá se foi a Noção, mais uma vez...!!!

"A Associação do Bem envia a todos os familiares e amigos do Carlos Rodrigues Lima os pêsames pelo falecimento da sua noção. Esta se encontrará em câmara-ardente até a missa do sétimo dia. Paz a alma da sua hipocrisia. Amem 🙏 SÁBADO
O Criador"

No peito de um desamparado

"Depois das derrotas, os Desamparados de San Juan cantavam nos balneários para não se deixarem abater pelo infortúnio.

Chovia em Buenos Aires. Água escorria pelas vidraças dos edifícios da Sánchez de Bustamante, água escorria-me pelas vidraças da memória e parecia-me ouvir ao longe a voz lavada a whiskys de Amelita Baltar:
«Y cruza lluvias de hace mucho tiempo
la que al final mojó tu cara triste
la que alegró el primer abrazo nuestro
la que llovió sin conocernos, antes».
Foi então que me falaram da digna tristeza de San Juan e eu nunca tinha ido a San Juan, mais de mil quilómetros para oeste, para lá da Sierra Chica de Zonda e do Valle del Tulúm, onde as montanhas são muito mais antigas do que os Andes e o condor também passa. Chovia em Buenos Aires e as pessoas corriam de um lado para o outro de Recoleta e Barrio Norte com seus paraguas e um som distante de milonga de Piazzolla:
«Vamos! que está lloviendo para arriba, llueve
y con los dos nuestro paraguas sube».
San Juan tem uma história de futebol digna de um conto de Roberto Arlt, filho de um prussiano de Posen, que agora se chama Poznan e fica na Polónia, jornalista de El Mundo onde escrevia uma coluna com o título de Aguafuertes, homem da suprema ironia dos humildes. E há lá nome mais humilde do que Sportivo Desamparados, El Orgullo de San Juan, que tem um lema que vai assim: «Dejen la vida y, si no se puede, bien igual». Não há. Ou se há, que venha uma chuva como a que caia em Buenos Aires e leve estas letras pela rua fora até ao seu destino de sarjeta.
Quando os alunos da Quinta Agronomica y de Fruticultura de San Juan resolveram juntar-se para fundar um clube, em 1919, talvez tenham sido mais irónicos do que humildes. Reuniam-se na Bodega Puyuta, na Plaza de la Virgen de los Desamparados, na esquina que dava para calle Nicolás Medina, e escolheram ficar conhecidos por Desamparados. Mais tarde, um deles, deixou de parte a humildade e a ironia e limitou-se à poesia: «Esa virgen es la de los pobres. Y por entonces, los que fundaron el club desparramaban pobreza por todos lados». Acrescentar Sportivo teve, por seu lado, o seu quê de prosaico. Vestiam camisolas às riscas horizontais verdes e brancas, ganharam a alcunha de Los Víboras, o seu campo era o Serpentário. Depois a terra tremeu na noite de 15 de Janeiro de 1944. Os Desamparados ficaram igualmente descamisados. No lugar onde tinham o seu estádio ergueram-se barracas para recolher as vítimas do terramoto - o Barrio de Emergencia Ameghino – que teve o seu epicentro na vizinha La Laja, atingiu 7.4 na escala de Richter e arrasou 80% da cidade. Parecia que tinha chegado ao fim o tempo dos dias claros...
As famílias fizeram sempre parte da história do clube triste. Irmãos na humildade mas também muitos deles de sangue. Por três vezes, três irmãos foram o centro das emoções dos hinchas. Primeiro vieram os Nehín, nas décadas de 30 e de 40, José, Pero Pablo e Nahún. Heróis tão épicos como Nenún Nehín,que obrigava os companheiros a cantar nos balneários após as derrotas para que nunca, mas nunca, deixassem abater pelo infortúnio. Ou como José Eduardo Nehí, capitão da selecção argentina que participou no Mundial de 1934, em Itália. Ou ainda como Pero, El Pito, que foi contratado pelo Estudiantes de la Plata.
Depois vieram os Roldán: Pablo, Orlando e Júlio, nos anos 60. Um trio de gente finíssima, de uma educação tão esmerada que lhes valeu um prémio especial pela sua forma impecável de encararem o jogo: a Copa de la Caballerosidad. Em seguida, La Dinastia, isto é, os Vega: Ismael, El Durísimo, defesa sem contemplações que batia em tudo o que ficasse para baixo das amígdalas; Vicente, El Incansable, médio que corria quilómetros e chegava ao fim dos jogos sem vestígios de ter suado a camiseta; Ángel, El Zurdo, avançado ao qual a bola obedecia com desvelos de amante apaixonada. 
Faz parte do destino dos humildes que os momentos mais importantes da sua vida sejam de profunda tristeza. Os Desamparados erguem como um facho a arder na noite escura aquele momento de Outubro de 1969 em que foram ao Monumental de Nuñez enfrentar o River Plate para o campeonato argentino. Os manos Vega subiram ao relvado. Juntamente com outros dos seus irmãos desamparados. O guarda-redes Armando Roque Palacios sofreu sete golos. Todos na primeira parte. No segundo tempo, os homens de San Juan revoltaram-se e lutaram até ao esgotamento na defesa da sua baliza e do seu companheiro ferido. O resultado ficou assim. No balneário, mal o jogo acabou, Los Viboras cantaram a uma só voz, espantando espíritos malignos. Nas árvores de San Juan surgiu, escrita a verde, esta frase: «El las mala, mucho más!». No peito de um desamparado bate o maior dos corações."

As regras são para se (in)cumprir

"Este fim-de-semana aconteceu um jogo com uma relevância especial na Primeira Liga portuguesa: o Sporting Clube de Braga recebeu o Sporting Clube de Portugal.
Não, não se trata só da importância desportiva deste confronto.
Estiveram dois treinadores que não são bem treinadores, a não treinar as suas equipas.
Pois, eu também não acho que faça sentido.
Nem Rúben Amorim, nem Jorge Silas completaram os cursos de treinadores de nível IV, conhecido como nível UEFA PRO, e portanto nem um, nem outro podem, legal e formalmente, ser treinadores principais das suas equipas. Este nível de qualificações é o exigido para se treinar equipas na Primeira Liga Portuguesa e nas competições europeias e como tal Amorim e Silas são, para todos os efeitos, treinadores adjuntos.
Ora, acontece que não só não têm esta formação, como podem ter de esperar bastante para a poder fazer. É que os cursos só abrem de dois em dois anos, de acordo com a regulamentação da UEFA e José Pereira, presidente da Direcção da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, já veio afirmar, em declarações ao jornal A Bola, que “Só há vinte lugares e, como tal, não há certezas de que Rúben Amorim e Silas possam ter acesso ao próximo curso...”.
Podemos, portanto, ter dois treinadores da Liga profissional de topo em Portugal, a treinar as suas equipas, sem poderem estar na área técnica, limitados na sua actuação, durante mais dois ou três anos.
Sabemos que a formação completa dos treinadores pode durar oito anos ou mais, isto quando houver vagas, custando também imenso dinheiro a quem a eles se candidata. Os mencionados cursos, ainda nos níveis mais baixos, podem chegar a custar mais de 800€ ou 1000€ cada. E falamos do grau I e II. 
É preciso gerir estas exigências de acordo com várias regras e imposições, internas e externas, desde a Lei n.º 40/2012, de 28 de Agosto às normas da UEFA, mas este acontecimento tem de nos fazer repensar a formação dos nossos treinadores de futebol. Somos internacionalmente destacados pela extrema competência dos nossos treinadores, profissionais com sucesso em vários continentes e nas mais difíceis provas do desporto-rei. Foi sendo apontada como uma das razões para esse sucesso a formação dos nossos treinadores, integrada, multidisciplinar e de imensa qualidade.
Temos é de definir o que queremos. Ou achamos que o caminho é longo e caro demais, que se deve valorizar a experiência como atleta profissional e que não pode um candidato a treinador esperar oito anos para chegar à Primeira Liga ou então assumimos que a formação é importante, que estas são as regras e são para cumprir.
Ter uma formação como máquina de fazer dinheiro, como obrigatória sem o ser de facto, fazendo regulamentos que sabemos não vão ser cumpridos e acabarmos a fechar os olhos a este problema é que não parece sensato. Ou se mudam os regulamentos e se permitem a estes profissionais treinarem no primeiro escalão ou se começam a penalizar as equipas que utilizam estes esquemas para ultrapassar as regras. As regras não podem ser feitas para incumprir."

A janela de transferências de inverno: notas e balanço

"Na passada sexta-feira, dia 31 de Janeiro, terminou o chamado segundo de período de transferências ou janela de transferências de inverno, se optarmos pela tradução da língua inglesa. Mas restam ainda algumas oportunidade para os jogadores que não conseguiram encontrar um clube ou uma sociedade desportiva que os queira contratar, nomeadamente na Áustria (até dia 6 de Fevereiro), na Bósnia e Herzegovina (até ao dia 14 de Fevereiro), na Croácia (até ao dia 17 de Fevereiro), na Arménia (até ao dia 28 de Fevereiro), na Bulgária (até ao dia 29 de Fevereiro), ou mesmo na Finlândia (até ao dia 8 de Abril). Ou se preferirem em mudar de continente, na Etiópia e no Gabão (até ao dia 8 de Fevereiro), na Argentina (até ao dia 19 de Fevereiro), ou mesmo no Benin (até ao dia 24 de Fevereiro).
Mas este período de transferências é, cada vez mais, uma fase em que os clubes e as sociedades desportivas optam por fazer um ou outro ajuste nas suas equipas, seja para dar tempo de competição aos jogadores até aqui menos utilizados, seja para melhorar um ou outro ponto mais frágil da seu plantel. Limitação esta que resulta de uma estratégia levada a cabo pelo organismo que tutela o futebol, a FIFA, e que visa em primeira linha a integridade das competições. Neste sentido os regulamentos vigentes em Portugal, mais especificamente no n.º 6 do artigo 77.º do Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, possibilitam a substituição de "jogadores da categoria sénior já utilizados, até ao limite máximo de cinco, desde que (...) não sejam ultrapassados os limites máximos do plantel" estabelecido no n.º 2 do mesmo artigo e os jogadores a substituídos tenham sido objecto de cedência, transferência internacional, ou o seu contrato tenha sido revogado. Sendo que no caso dos clubes com equipa B, o número de jogadores utilizados que pode ser substituído aumenta para dez, como acrescenta o n.º 7. Sendo certo que nos termos do n.º 5 do mesmo artigo 77.º. podem ser livremente substituídos os jogadores que "não tenham sido utilizados em competições (...) internacionais e nacionais".
Uma nota muito importante é que todo e qualquer jogador a contratar, na mesma época, não tenho sido registado em mais de dois clubes e não tenho sido utilizado por mais que um, como refere o n.º 3 do art.º 74 do referido Regulamento das Competições, ainda que nos termos do Regulamentos de Transferência e Estatuto de Jogador da FIFA é permitido que, na mesma época, um jogador possa ser utilizado por três clubes se uma delas competir num campeonato de calendário diferente daquela para a qual se pretende transferir.
Por fim, fica bem claro que este segundo período de transferências tenderá a desaparecer, ou ser amplamente reformado num futuro próximo."

5 heróis benfiquistas em clássicos frente ao FC Porto

"Uma das maiores rivalidades do futebol europeu e, sem dúvida alguma, a maior rivalidade no panorama desportivo nacional. A História entre Futebol Clube do Porto e Sport Lisboa e Benfica é centenária, repleta de momentos marcantes: do golo de Kelvin aos 92 minutos à remontada do Benfica de Bruno Lage em pleno Estádio do Dragão, o Clássico é um dos jogos mais intensos e aguardados da temporada.
Em semana de Clássico, decidimos recordar cinco heróis benfiquistas em jogos contra o FC Porto na última década.
1. Rodrigo Talvez o Clássico mais marcante da História do Sport Lisboa e Benfica. Numa altura em que a Luz ainda estava de luto devido à morte do Pantera Negra, 11 Eusébios entraram no rectângulo de jogo no dia 12 de Janeiro de 2014 e derrotaram os dragões por duas bolas a zero. Rodrigo deu o mote, através de um remate “à Eusébio”, e a raça que demonstrou nos festejos do golo catapultou quer a equipa, quer os adeptos, para uma exibição formidável.
2. Lima Num jogo de extrema dificuldade, o faro para o golo de Lima fez com que a águia voasse alto no reino do Dragão. Num jogo em que até nem era dado como garantida a sua titularidade – face ao bom momento do recém-chegado Jonas -, os dois golos do brasileiro permitiram aos homens de Jorge Jesus distanciar-se dos azuis e brancos na liderança do campeonato.
3. João FélixO jogo da Reconquista. O jogo que muitos davam como perdido em Janeiro, mas que, por força das mudanças ocorridas ao longo da temporada, caiu para o lado dos encarnados. João Félix tomou o Estádio do Dragão de assalto e deu o mote para a remontada das “águias”, materializada por Rafa aos 52 minutos de jogo. Os encarnados saíram do reduto portista na liderança e de lá não saíram até ao final da época.
4. Haris Seferovic Num jogo intenso e amarrado na zona intermediária do terreno, foi a tenacidade dos encarnados a superiorizar-se sobre um FC Porto adormecido. O autor do golo foi, talvez, o menos esperado entre a nação benfiquista: Haris Seferovic, aos 62 minutos de jogo, disparou um remate certeiro às redes defendidas por Iker Casillas, garantindo a primeira vitória de Rui Vitória frente aos azuis e brancos.
5. André GomesDepois do desaire no Dragão – onde os encarnados perderam o primeiro jogo por 1-0 -, os comandados de Jorge Jesus estavam obrigados a marcar de modo a sonhar com a passagem à final da Taça de Portugal. Com o placard a mostrar 2-1 no marcador, faltava apenas mais um golo para que o Jamor se vestisse de vermelho e branco. E assim foi. Aos 80 minutos de jogo, André Gomes tirou um coelho da cartola e marcou um golo com nota artística, dando a machadada final no encontro."

Vitória da raça

"Que grande jogo de Taça tivemos ontem no nosso Estádio. Muita qualidade e emoção mesmo até ao último minuto. É comum, no desporto, em circunstâncias similares às ocorridas ontem na partida frente ao Famalicão, que o desânimo se apodere de uma equipa e a condicione negativamente até ao apito final.
No entanto, a nossa, mesmo vendo-se subitamente em desvantagem quase à entrada do último quarto de hora da partida, após ter marcado primeiro ao fim de mais de 50 minutos de procura pelo golo, soube reagir a essa contrariedade e, com muita raça, muito querer e muita ambição, acabou por encetar nova reviravolta no marcador e obter uma vitória, por 3-2, que a coloca em vantagem para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Foi isso mesmo que Bruno Lage destacou ontem na conferência de Imprensa, ao referir: “Vencemos porque tivemos capacidade enorme de acreditar. Há dias em que as coisas não correm bem, mas temos de nos agarrar ao primordial, que é vencer.”
E vencer é o que a nossa equipa mais tem feito ao longo da temporada. Ontem tratou-se da 21.ª vitória nos últimos 24 jogos, sem qualquer derrota, nas competições nacionais, a 24.ª em 28 partidas nas frentes domésticas desde que a temporada começou.
O nosso adversário demonstrou porque é considerado a sensação da época e chegou às meias-finais da Taça de Portugal, além de estar a apenas um ponto do terceiro classificado da Liga NOS ao fim de 19 jornadas. A eliminatória está em aberto e só um Benfica forte e empenhado, como tem sido habitual, poderá ultrapassar este Famalicão no seu reduto, já na próxima 3.ª feira, às 20h45, e chegar assim a mais uma final da segunda prova mais importante do calendário competitivo nacional.

P.S.: Em vésperas de clássico, lá regressam em força as pressões, ameaças e coação sobre tudo e todos, em especial sobre as equipas de arbitragem. Só falta mesmo mais uma nova invasão do centro de treinos de árbitros."

"É-VAR" é humano!

"Cada segundo tem 25 frames. Mas há quem diga que são só 24, mas isso seria para outro texto. Não para este!
Parar a imagem significa parar a imagem num desses 25 frames.
Se o corpo se movimenta nesses 25 frames, quem nos diz que o VAR pára no frame exacto?
E pára quando o pé toca na bola? E como se mede? Se 1 segundo são 25 imagens, os tais frames, mede-se no momento que o pé toca na bola? Ou no momento que a bola sai do pé? A escolha deste frame tem implicações na posição do avançado! Não?
E a espessura da linha? Mede-se no centro da linha? Nas extremidades? Porque havendo espessura... um hairline não é uma linha de 2 ou 5 pontos. Qualquer entendido em imagem sabe disso! Quanto mais espessa a linha... vocês percebem! Não?
Em cima do pé? À tangente do pé?
E se for uma camisola? E se a camisola estiver larga? Conta no limite do tecido? Ou no limite do tronco do atleta?
E o cabelo? Se o jogador tiver um penteado, digamos que mais elaborado, ou comprido, com o movimento o cabelo poderá estar... em fora de jogo. Mas o cabelo... ninguém marca golos com o cabelo! Marca?
E a perspectiva? Ou será paralela? Perpendicular não é de certeza, e aqui sim: estamos de acordo.
A posição da linha conta, pois mais milímetro, menos milímetro... tudo influencia. Tudo! Onde se coloca o ponto de fuga? Sim. Ponto de fuga... da linha. A tal linha que o VAR acrescenta ao écran. 
Não sei... são demasiadas perguntas. Demasiadas variáveis. "É-VAR" é humano!
O que sei, é que o VAR acrescenta. E acrescenta mesmo? Agora fiquei com dúvidas..., mas no fim do dia eu agradeço, porque quando é o meu clube a perder um campeonato com um golo de cabeça em fora de jogo é mau. Muito mau! Lembram-se disso?
Na verdade, eu queixo-me das paragens excessivas. Da incerteza. Muitas vezes das injustiças. Quase sempre das injustiças. Até daquelas que só são injustiças... para mim.
Chegaremos ao dia que teremos um VAR a analisar... o VAR! Será?
E não há nada a fazer porque a máquina não decide sozinha.
A máquina decide sim, com a ajuda de um humano. E o erro é algo que nos assiste. E por vezes em demasiado.
É caso para dizer que "o VAR é humano"!"

O momento que não era de pressão e a técnica individual defensiva de Ferro


"Os golos do Famalicão na Luz ficam marcados por vários erros grosseiros individuais. Mas também do ponto de vista colectivo há reparos que podem ser feitos.
No primeiro golo, a equipa está posicionada para pressionar … sem pressionar. Isto é, se não está a condicionar o portador da bola deve fechar o espaço e não estar tão aberta para roubar a posse. Depois de erro de posicionamento colectivo, é inenarrável o comportamento defensivo de Ferro. Nunca em tempo algum pode um defesa sair na bola em tal situação. É Ferro quem cria o desequilíbrio no golo do Famalicão ao realizar o movimento oposto ao correcto – Sobe quando é momento de baixar.
No segundo golo da equipa forasteira tudo tem início no posicionamento encarnado, que não guarda nenhum médio de frente (E Perto) para a linha média adversária (Está Taarabt, mas longe). Com isso, torna-se impossível reagir imediatamente no momento da perda – Posteriormente, o lance é marcado pela displicência de Gabriel que não permanece na linha defensiva, e pelas habituais dificuldades de Ferro na sua abordagem, que termina com uma rotação pelo ombro contrário ao que garantia maior eficiência e com isso, perda de mais metros para o avançado Martinez, que faria mais um golo para o Famalicão."

Afinal, houve mesmo Taça

"Já aconteceu muitas vezes, e, por certo, continuaremos a ter, pelo tempo fora, o cenário de ontem à noite em dois jogos da Taça de Portugal.

Na Luz, o Benfica foi capaz de vencer o Famalicão pela margem mínima, mas pode-se dizer desde já que foi bastante melhor o resultado que alcançou do que a sua exibição produzida.
Em Viseu, um empate justo a remeter também o FC Porto para o desafio da segunda mão. Só que, neste caso, os dragões dispõem da vantagem de jogar em casa, três dias depois de ali receberem o Benfica no jogo mais importante deste campeonato.
No rescaldo dos jogos desta terça-feira é oportuno analisar, antes de mais, o comportamento dos encarnados, que suscita dúvidas sobretudo no que toca à sua produção defensiva.
Para já convém recordar que em 18 jogos do Campeonato, os comandados de Bruno Lage haviam sofrido apenas seis golos no estádio da Luz. Agora, em apenas dois embates, a defesa da Luz foi “furada” por quatro vezes, dois golos contra o Belenenses, ontem mais dois perante o Famalicão. 
Será que o sector mais recuado do Benfica está a perder consistência e a trazer preocupações para o clássico do próximo sábado? Sendo possível admitir essa probabilidade, só daqui por quatro dias ficarão dissipadas todas as dúvidas.
E a seguir, a deslocação a Famalicão também não deixa de suscitar preocupação, face à possibilidade de as águias verem interrompido o seu voo em direcção ao Jamor.
Na capital da Beira Alta os portistas julgaram oportuno actuar com uma equipa de segunda escolha. E ressentiram-se disso, pois em função da resistência visiense não conseguiram ir além de um empate, que no entanto pode ser perfeitamente rebatido na próxima terça-feira.
Portanto, houve Taça e da boa, numa jornada que deixou excelentes aperitivos para os encontros da segunda mão."

Inglaterra quer acabar com fora-de-jogo por milímetros!

"A análise dos fora de jogo milimétricos pelo VAR tem suscitado muita polémica no futebol mundial  
É assim em Portugal, em Espanha, no Brasil, em Inglaterra...
Por essa razão, a Premier League estará a pensar eliminar os fora de jogo tirados "no fio da navalha", se assim os poderemos denominar.
Para isso acontecer, já foi encetada uma sondagem, que demonstrou que os adeptos estão preocupados com o tempo que uma decisão demora a ser tomada, bem como a frustração que enfrentam quando um golo é anulado por um "fio de cabelo".
O resultado completo deste trabalho efectuado pela Premier League será dado a conhecer aos clubes amanhã na reunião trimestral que a liga inglesa realiza com os donos e proprietários dos clubes. 
Segundo Richard Masters, o novo C.E.O. da competição, " os fora de jogo por milímetros são um dos lados negativos do VAR, pelo que é preciso saber se é desejável que este tipo de situação sejam precisas ao milímetro ou se será melhor existir um pouco de tolerância. Será uma espécie de desafio técnico. Estamos em constante diálogo com a IFAB no sentido de interpretar o melhor possível as leis, bem como podemos aprender de outros dispositivos normativos." Refira-se que este órgão estabelece as leis de jogo em todo o mundo, sendo que a federação inglesa possui um dos oito votos que podem deliberar alterar as leis de jogo.
E, em Portugal, acham que esta medida seria viável?"

Play: Professores!!!

Play: Zezinho...

Cadomblé do Vata (Clássico...)

"Pelo segundo ano consecutivo, o SL Benfica vê-se na iminência de visitar o Estádio do Dragão sob a obrigação de sair de lá com os 3 pontos. A separar ambas as temporadas, apenas o motivo: se há 11 meses a vitória era indispensável para conseguir a almejada e decisiva ultrapassagem classificativa ao rival portuense, no sábado o triunvirato pontual exige-se para apagar os já poucos focos de contestação à liderança na tabela, consumada à data, por absurdas 18 vitórias em 19 jogos.
Um hipotético insucesso no relvado portista terá mais implicações a nível psicológico do que desportivo. 4 pontos de vantagem são (teoricamente) "geríveis" para o que falta de campeonato. 2 derrotas contra o principal rival são uma facada complicada de aceitar pelos adeptos. O Sport Lisboa e Benfica está a fazer a nível interno, uma temporada absolutamente épica. Mas mesmo sabendo que possivelmente só iremos voltar a ver 18 vitórias nas primeiras 19 jornadas daqui a 50 anos, falta ao Terceiro Anel um triunfo sobre o 2º classificado para "legitimar" o percurso dos comandados de Bruno Lage. O próprio treinador, que ganhou 36 dos 38 jogos de campeonato, já venceu no Dragão, bisou em sucessos em Alvalade, deu duas vezes 4 em Braga e saiu de Guimarães com uma dupla de vitórias pela margem mínima, ainda parece precisar de provar aos sócios e adeptos que merece ocupar o Banco de Sonho.
Não vou falar com paninhos quentes; o cardápio de Fevereiro é fodido. Um bocadinho mais de concentração na recepção ao FC Famalicão ontem, tinha-nos poupado uma das 7 finais destes 29 dias. Sair com "10 à maior" de propriedade inimiga, aliviava-nos a sacola da pressão e colocava uma pedra sobre o assunto interno dos méritos da equipa, porque honestamente, das avaliações externas não reza a História dos últimos 37 nem serão rodapé sequer de futuras conquistas. Sábado é ganhar ou ganhar, porque confessando que assinava já hoje o contrato do "38 sem vencer os andrades", a verdade é que a mão ia tremer tanto que me deixava o rabisco meio falsificado."

Taça...


Cadomblé do Vata

"1. Jogo empatado, treinador visitante mete Roderick, equipa visitada marca nos descontos, com golo a ser facturado por um canhoto... já vi isto em qualquer sítio mas recuso-me a lembrar onde.
2. Gabriel é Maradona quando faz 58 jogos seguidos e transforma-se em Uribe se pára 90 minutos... hoje voltou a falhar tantos passes, que aposto que o golo surgiu num cabeceamento que ele queria dirigir para alguém no segundo poste.
3. Seferovic não acerta uma e Vinicius está-se a transformar no craque da equipa... hoje quando o brasileiro entrou foi dar instruções ao suíço, que aposto terem sido "eu jogo fixo na frente e tu vai para a esquerda e não me atrapalhes".
4. Não é bonito dizer isto, mas o SLB peca por ter centrocampistas que fazem muito poucas faltas... cheguei a esta conclusão quando hoje dei por mim a gritar "porra Lage, mete o Bynia.
5. Rafa está de pé quente a meter bolas a beijar a rede, mas nunca aparece para defender... lesionou-se como extremo rápido, recuperou como Jardel-Mais-Pequeno-do-Mundo."

O amigo Gabriel já devia saber que não está num clube onde esta forma de estar é permitida. Se não sabe, façam um desenho

"Odysseas
A todos os que acordarem hoje de um coma e virem o número de golos sofridos pelo Benfica nos últimos jogos: a culpa é de todos menos do nosso Ody.

André Almeida
Um de dez corpos humanos que iniciaram o jogo na equipa de Adel Taarabt.

Rúben Dias
Um excelente desarme aos 40 minutos pressagiava uma noite intensa mas de sucesso para a defesa benfiquista, o que demonstra a minha falta de jeito para presságios.

Jardel
Saiu ao intervalo com queixas - dele e dos adeptos. Mal sabíamos nós que íamos sentir a sua falta na segunda parte.

Grimaldo
No final do jogo pediu satisfações à direcção sobre a estratégia desportiva, visto ter sido comido de cebolada por um atleta pertencente ao Benfica.

Gabriel
É raro não conseguir encontrar a mais pequena ponta de piada na exibição de um jogador. Aconteceu ontem com a aparente displicência do Gabriel em meia dúzia de lances de ataque do Famalicão. O nosso amigo já devia saber que não está num clube onde esta forma de estar é permitida. Se ainda não sabe, tentem fazer um desenho. Felizmente, os insultos por mim dirigidos a ele e à sua família acabaram por surtir efeito. Agora está tudo bem - desde que ele não volte a brincar com esta merda. 

Taarabt
O canivete suíço do nosso meio-campo foi adquirido em Marrocos e é melhor do que o original. Querem passes de ruptura? Ele encontra-vos. Querem slaloms pelo meio campo fora? É para já. Querem transições defensivas sem a ajuda do Gabriel? Que remédio, vamos a isso. Querem vê-lo em campo no Dragão? Eu diria que sim.

Pizzi
de penálti conseguiu facturar contra a terceira defesa mais batida do campeonato. Felizmente daqui a 4 dias tem um daqueles jogos feitos à sua medida (não digam nada, vamos ver se a psicologia invertida resulta).

Cervi
99% de transpiração e 1% de desinspiração.

Chiquinho
Não vou mentir. Ontem bateu uma saudade do puto Félix.

Seferovic
Matem-me.

Ferro
Está na origem do mais aterrorizante Preferes da época benfiquista: preferem um trintão com mentalidade de guerreiro e pernas de septuagenário ou um jovem pleno de frescura física que aborda alguns lances com a convicção de quem descobriu Kierkegaard ao intervalo?

Rafa
Quando vi o Rafa entrar em campo e pouco depois marcar um golo, lembrei-me da primeira vez que vi um tipo das Chaves do Areeiro abrir uma porta com uma radiografia e do quão estúpido me senti por achar que seria muito mais difícil.

Vinícius
Entre outras coisas, impressionou-me especialmente a sua capacidade de conseguir desmarcar-se sem ser apanhado em fora de jogo. Um exemplo para alguns colegas. Não vale a pena individualizar."

Não é preciso desconfiar deste Famalicão

"No último minuto de compensação, um canto fez Gabriel marcar o golo que deu a vitória (3-2) do Benfica contra o Famalicão de quem Bruno Lage disse ser preciso desconfiar, cheio de psicologia invertida. Este Famalicão prático, atacante, valente e atrevido, que jogou na Luz de uma forma que valoriza o bom futebol, contribuiu para um bom jogo e mantém esta meia-final da Taça de Portugal bem aberta para a segunda mão

Não querendo, de todo, spoilar-vos, pois ninguém o merece, em “1917” e na ilusão do seu infinito plano continuado há dois momentos em que o protagonista solitário, a ter que atravessar um trecho de França pintada de guerra, confia que haja recíproca confiança do inimigo e trama-se duplamente no filme que, como todos os que versam sobre a mais horrível versão dos homens, também é um conto de desumanidade.
Porque uma guerra será sempre isso, um lugar onde cabem as mais terríveis coisas que o desporto não é, nem prega, nunca será, mas o futebol, com os seus hábitos de fazer o que for necessário para ganhar, com o tempo foi apregoando apenas uma faceta que, se viu ou vai ver o filme, cedo despita qual é - a desconfiança, ou o não confiar no que se julga vir aí que Bruno Lage defendeu para lidar com o Famalicão.
Uma equipa que perde bolas, falha passes, tem as linhas espremidas contra a própria área e sofre, por instantes até sufoca, com a intensidade da pressão alta e rápida que o Benfica aplica, perdida qualquer bola, com Taarabt e Gabriel a impedirem que alguém se vire para o jogo.
A surpresa do campeonato aguenta. Sobrevive ao peito com que Pizzi teima um passe longo de Gabriel e logo liberta Chiquinho, a correr área dentro, que remata com força (10’), mas para a bancada e, contados 15 minutos, adapta-se ao avançado que sobra na pressão fazer sombra a Gustavo Assunção e a Pizzi fechar muito mais a linha de passe para o lateral esquerdo do que Cervi, do lado oposto.
As saídas de bola que os jogadores do Famalicão insistem em ser bravos e manter na relva, em trocas curtas, começam a muito sair pela direita, onde Ivo Pinto e Diogo Gonçalves arranjam forma de fugir à pressão com Uros Racic, o interior que os ajuda. É o médio que rasga um passe para o lateral cruzar uma bola rasteira, nas costas de toda a linha defensiva do Benfica, para encontrar, na área, a pessoa mais remota em campo.
Do pé direito de Pedro Gonçalves sai o escândalo que é falhar (18’) uma oportunidade destas, mas, também, a confirmação da desconfiança. A partir daí, o Famalicão iguala o Benfica nos momentos de pressão e fixa referências nos médios, sobretudo Gabriel, técnico e apto a evadir adversários para qualquer lado, mas lento a executar por mais brilhante que seja a pensar.
A desconfiança que Lage insistiu evocar justifica-se pelo bom que é para nós, que assistimos ao jogo, e o mau que é, particularmente, para o Benfica. O jogo de futebol na Luz é bom, rápido, intenso, com muitas posses de bola ao primeiro toque e pouquíssimos chutões sem nexo. As equipas enfrentam a pressão alta alheia fazendo mexer os jogadores, tentando usar referências para tabelar e insistindo no exercício de confiar na capacidade dos jogadores que têm.
Há uma tabela que Pizzi provoca com Chiquinho e o deixa, na área, a rematar cruzada e rasteira uma bola que Seferovic quase alcança. Toni Martínez encontra a baliza de Vlachodimos após um passe picado, mas um fora-de-jogo anula-o. A excepção é Jardel que, quase no intervalo, perde uma bola que acabara de cortar, Fábio Martins atrasa-a para o remate de Pedro Gonçalves rasar o poste direito. É uma das incapacidades e uma que merece desconfiança.
Porque, tanta é a pressão do bloco do Famalicão contra os médios, que a primeira filtragem de bola nos centrais do Benfica ganha importância e as limitações de Jardel são trocadas pelos passes rasteiros, fortes e limpos de Ferro. A equipa alivia a dependência em Gabriel na saída, cria dúvidas nos outros, volta a entrar de rompante no jogo, encosta o adversário em campo próprio e um cruzamento de Seferovic bate no braço de Riccieli.
Quando o penálti de Pizzi entra (53’), ainda a robusta aptidão de Taarabt em resistir à pressão - nunca perdendo a bola, virando-se sempre sobre o corpo do adversário e dando-a jogável para alguém - sustenta as posses de bola do Benfica, que nele confinam enquanto o pulmão e a cabeça atinada para a equipa pressionar duram. São, outra vez, uns 15 minutos.
Perdendo a pressão imediata e compacta pós-perda, o Benfica teria de confiar no resto quando, dando tempo e espaço para o Famalicão pensar o que faz às bolas recuperadas. O resto é ter linhas coesas, jogadores a fechar os espaços entre eles, uns a darem cobertura a outros, todos a olharem à volta e a terem noção de como, e onde, tapar. Ou seja, uma organização defensiva confiável.
Sem a passividade de Taarabt e Gabriel, sem Ferro a tentar (mais uma vez, em mais um jogo) um desarme à queima, sem coberturas próximas, sem uma equipa a recuperar rápido as posições, três evidências expostas quando Pedro Gonçalves se vira com a bola a meio do campo, arranca e tabela com o extremo de igual apelido já na área, onde empata (60’) o jogo de forma calma, como se nada fosse.
Com as baterias de Taarabt e o raio de acção de Gabriel a caírem, os ataques do Benfica dependiam cada vez mais do que produzia por fora, onde, chegado aos últimos 30 metros, a confiança crónica nos cruzamentos rasteiros, muitas vezes para trás, deixavam o Famalicão a jeito de recuperar bolas já com jogadores de frente para a baliza, a precisarem de menos um toque, uma virada de corpo ou um levantar a cabeça para partirem no contra-ataque.
Outra saída rápida fez Pedro Gonçalves lançar Toni Martínez, com todos os jogadores do Benfica apáticos, demasiado fixados onde estava a bola, a verem o espanhol rematar (73’) rasteiro e confirmar que, pelo terceiro jogo seguido, um adversário marcava dois golos na Luz, onde a urgência agora rebentava.
Rafa e Carlos Vinícius entraram para dar companhia a Seferovic, fixou-se mais gente na frente, mas só uma raridade desequilibrou o Famalicão, que deixou André Almeida receber um passe entrelinhas, ao centro, que tocou para o entrado brasileiro rematar, Vaná defender para o lado e o pequeno bip bip desviar (78’) a recarga para o 2-2. O empate desencadeado por um lateral direito experimentar o jogo interior que quase nunca ousa.
Até à compensação, mais e maior buracos se abriram nas reacções do Benfica às vezes em que o Famalicão teve a bola, o mesmo que descrever os últimos minutos como uma equipa a não querer acelerar assim tanto contra os hectares de espaço que era vagado por jogadores que não se posicionavam onde deviam. O Famalicão tinha o empate, ao Benfica sobrava insistir até ao fim e, num canto, Gabriel apareceu no meio da não reacção dos primeiros três elementos da defesa à zona para cabecear.
No último de cinco minutos de compensação surgiu o golo que fez o Benfica ganhar, nem por isso decidir a eliminatória e, muito menos, nublar o comportamento com bola, a valentia, o atrevimento dos jogadores e a postura geral do Famalicão, já não uma surpresa, mas um sério caso de como o bem-fazer as coisas, condimentado com coragem em fazer frente para ganhar em vez de evitar perder.
É tido como aconselhável aplicar desconfiança ao que não se conhece. Não ao que, cada vez mais, está a ser provado como confiável. Porque este não é o primeiro, nem será o último, bom jogo de futebol com o Famalicão em campo, em que o Benfica pode confiar uma coisa - não terá uma segunda mão fácil destas meias-finais da Taça de Portugal."

Benfica 3 -2 Famalicão: Late winner gives Reds lead in Cup semis

"Preview:
Tonight brought us the first leg of the Portuguese Cup semifinals against high flying Famalicão. Bearing in mind that our next match is against Porto, there was much less tweaking in the starting eleven than could have been expected. Jardel replaced Ferro, but had an unfortunate match. Gabriel played in lieu of Weigl, Chiquinho regained his place behind the striker and Vincius being rested meant Seferovic got a start.

Player notes:
Vlachodimos: 6.
After a very quiet first half, he conceded twice in the second period, with no fault of his own. Still pulled off a brilliant reflex save around the 70th minute, after a shot from a central position inside Benfica's box rebounded off Rúben Dias; with a fraction of a second, he sidestepped and tipped it over the bar for a corner.
André Almeida: 5.
Competent match from the captain tonight. Had a few good offensive contributions including a good ball into the area that led to Vinicius’ attempt on goal that led to Rafa’s goal.
Rúben Dias: 5.
An average match. He could have defended Pedro Gonçalves’ goal better. His under rated passing was once again on display for the second goal: his pass to André Almeida broke through Famalicão’s lines.
Jardel: 4.
Is far from his best. His age combined with his lack of competitive rhythm meant he struggled for 45 minutes and came off injured at the half. If Jardel can’t contribute to the team, it means that the only options besides the two starters are in the B team.
Grimaldo: 5.
The Spaniard isn’t in his best form, but no one can claim to be in good form at the moment besides Taarabt. Once again, the biggest take away from his game tonight was how resourceful he is in build-up: he has a near-perfect understanding of where he needs to be.
Pizzi: 5.
Another off day for the transmontano, who was unassuming offensively, failing to create chances. As usual, he also failed to contribute defensively, which becomes a bigger issue in open games like the one we saw tonight. Scored the first goal from the spot.
Gabriel: 3.
He scored the late winner with a difficult header at the death. The goal can’t erase what was a poor match overall from the ex-Leganés man, who didn’t even celebrate the goal. He hit a lot of “spray and pray” Hollywood passes that didn’t come off. On multiple occasions, with the ball at his feet and space to drive forward, he preferred to play 30 metre passes toward the wide midfielders with a low success rate. He’s at fault for both goals: got beaten by Famalicão’s Pedro Gonçalves for the first goal and failed to press him before he played the assist for the second. To add insult to injury, Ivo Pinto ran the ball between his legs around the 80th minute.
Adel Taarabt: 7.
By far Benfica’s best performer for the second match in a row. Tonight, he was flawless defensively, finishing the game with thirteen recoveries. At this point in time, he should be the first name on the team sheet, regardless of the opponent. He’s turned into a top class, complete two-way midfielder and improves the whole team around him.
Cervi: 4.
Came off at the hour mark: Lage decided to sub him off for the more offensive-minded Rafa when Benfica were chasing the result. He was as usual toothless in attack. His defensive workrate was missed as Famalicão attacked and Rafa lazily tracked back; however, in a big team like Benfica, the focus should lie on offense, and Rafa provided a crucial contribution to the victory.
Chiquinho: 4.
He also had an off night. Missed a clear-cut chance around the 10th minute and that was the most dangerous he was all match: there were several interesting plays that came to nothing because he played a poor pass that ended up at the feet of a Famalicão man.
Seferovic: 4.
Showed his usual flaws: his press is ineffective, his first touch and dribbling is poor, his passing is weak. His biggest contribution was crossing the ball that hit a Famalicão defender’s arm inside the box and led to Pizzi’s penalty goal.
Ferro: 3.
Came on at half time to replace the injured Jardel. He shares the blame for both goals: by going to ground but failing to get the ball during the first and by moving away from his position for the second, opening up the space exploited by Pedro Gonçalves’ pass. I’d argue his drop in form could be related to the fact that there’s no competition for his place, given the current state of Jardel.
Vinicius: 6.
He didn’t exert his usual influence in Benfica’s offensive maneuver but he still had a few good passes. He’s great at creating chances for himself: a lesser striker couldn’t have found the space to get a shot off in the play that led to Rafa’s goal.
Rafa: 5.
Had a peach of a finish for Benfica’s second: with little time to think, he managed to put it high so that Vaná, already on the ground, couldn’t reach it. He was lazy tracking back, and in an end to end match such as this one more is required of him defensively.

Overall:
Benfica’s disorganized press was beaten time and time again by Famalicão’s backline. This wasn’t a first: the team’s press is disjointed and leads to acres of space between our lines. When we come up against better sides, which is the case with his Famalicão team, the frailty of the press is further exposed. Once again, and following the trend highlighted by the matches against Paços and Belenenses, Benfica failed to exert any type of control over the match. The team isn’t comfortable or creative enough in possession, relying on the individual brilliance of Taarabt, Vinicius and sometimes Pizzi. The run of matches that preceded this Saturday’s difficult trip to the Dragão could have helped the team gain momentum; however, the team’s shaky performances cast doubts over our ability to perform at the Dragão."

Benfica x Famalicão: Bola cá, bola lá e vitória ao cair do pano

"A expectativa para este jogo estava na atitude com que o mesmo seria encarado. Se por um lado o Benfica de Bruno Lage tem estado muito bem no campeonato, nas taças e na Europa a conversa tem sido outra. O onze apresentado deu-nos confiança. A tão esperada inclusão do nosso melhor guarda redes e o facto de ter mexido pouco, deu forma a essa ideia. Na minha opinião, a pequena revolução do onze justificava-se. Entrámos num mês com muitos jogos, vem aí um jogo decisivo no campeonato e havia jogadores a necessitar de descanso. Se eram estas a peças que deviam ter alinhado? Aí não estou de acordo. O caso de André Almeida, por exemplo, confirma essa opinião. Mas, sempre se ouviu dizer, totobola à segunda feira é sempre mais fácil. Weigl vinha fazendo bons jogos e em crescendo, mas estava indisponível para o jogo. Para os especialistas em estatísticas de verticalidade deixem-me dizer-vos que fez muita falta. Deixo-vos um desafio, em vez de contarem os passes verticais, contem os toques que ele dá na bola. Não serão mais do que dois. Dá fluidez ao jogo e é daqueles que antecipa as jogadas. Olhem também para as recuperações e para o seu comportamento na transição defensiva. Hoje um tal de Pedro Gonçalves fez o que quis do nosso meio campo. Oxalá melhore e esteja disponível para o clássico. Voltando às opções, a inclusão de Gabriel acabou por ser a opção natural. A dupla Chiquinho e Seferovic também fez sentido, devido ao desgaste do ponta de lança e à forma física de Rafa. Vinícius tem trabalhado imenso na frente de ataque e Rafa vem de uma longa paragem e ainda não estará certamente na sua melhor forma.
Quanto ao filme do jogo, foi sempre muito dividido. O título desta crónica foi inspirado numa expressão utilizada por Lage na conferencia de imprensa e espelha bem o que foi o jogo. O Benfica teve mais posse de bola, mas nunca teve o jogo verdadeiramente controlado. Prova disso, é o facto de as duas equipas terem acabado a partida com o mesmo número de remates. O Benfica até entrou bem na partida e foi criando perigo principalmente com jogados entre Pizzi e Chiquinho no corredor direito. Contudo, a ocasião de golo mais flagrante acabou por pertencer ao Famalicão. A equipa sensação do campeonato foi equilibrando o jogo e foi sempre um perigo através da exploração da fraca transição defensiva do Benfica. Fiquei com a sensação que os jogadores estavam cientes das dificuldades que tinham pela frente, mas ao mesmo tempo queriam resolver rapidamente o jogo tomando decisões precipitadas. Talvez por vir aí um clássico…
Na segunda parte entramos algo apáticos, mas eis que surge o penalty. A partir daí a equipa soltou-se um bocado e tivemos um bom período. Ao contrário de alguns jogos, a ordem foi para procurar rapidamente o segundo golo. O problema é que este Famalicão sai muito bem em contra ataque e os jogadores sabem o que fazer à bola. Por isso, e contra a corrente do jogo o Famalicão faz o golo e acaba mesmo por dar a volta. Será necessário um grande exercício de memória para encontrar um jogo em que nos dão a volta ao resultado na Luz. Destaque também para os golos que temos sofrido nos últimos jogos, numa época que vinha sendo tão boa a nível defensivo. Há que rever o processo de transição defensiva, onde se vê que há jogadores que por vezes não se comprometem a correr para trás… quanto ao resto do jogo, houve alma. Virar um resultado que havia sido virado pelo adversário nunca é fácil. A equipa carregou e acreditou sempre e há que dar mérito por isso. As entradas de Rafa e Vinícius também concorreram para isso.
Deste jogo ressalta uma necessidade tremenda de encarar com seriedade o jogo da segunda mão. O Famalicão é das poucas equipas em Portugal que sabe tratar bem a bola e é muita organizada. Já só é surpresa a sua classificação para quem nunca viu esta equipa a jogar. Nunca é demais relembrar isto. Em 20 anos, 5 finais e apenas 3 taças no museu Cosme Damião. Estes números, não podem ser os do Sport Lisboa e Benfica. Há que dar ao Benfica o que é do Benfica.

Destaques Individuais:
Vlachodimos - 7
Enfim Ody na taça. Nunca saberemos o desfecho deste jogo se tem alinhado Zlobin. Mas pelo menos, sabemos que nos sentimos mais seguros assim. Fez uma grande defesa perto do fim segurando o empate que viria a dar vitória.

André Almeida – 5
Claramente que está em défice físico. Conseguiu na maior parte dos lances anular o melhor jogador do Famalicão, contudo apareceu pouco no ataque.

Rúben Dias – 7
Foi o único jogador esclarecido no quarteto defensivo. É impressionante a forma como lidera a defesa, mesmo com o capitão Jardel ao lado. Focado e com atitude. Reparei que pegou na bola quando sofremos o segundo golo e levou-a ao meio campo transmitindo confiança aos companheiros. Pequenos detalhes que fazem de Rúben um jogador à Benfica

Jardel – 5
Perdeu alguns duelos e chegou atrasado em alguns lances. Claramente sem minutos nas pernas, mas é o capitão. Tem um papel importante a desempenhar e contamos com ele.

Grimaldo – 5
Valeu o canto batido para o golo de Gabriel. Pouco esclarecido tanto a defender como a atacar. Com a saída de Cervi notou-se ainda mais dificuldades em parar um tal de Diogo Gonçalves.

Pizzi - 5
Boa primeira parte, com algumas jogadas interessantes. Mas na segunda parte simplesmente não se viu a não ser no penalty. Notou-se algum cansaço, sobretudo nas tomadas de decisão Talvez deveria ter sido o escolhido para sair ao invés de Cervi.

Gabriel – 6
Acabou por ser o herói do jogo, mas não fez uma grande exibição. A nível defensivo foi facilmente ultrapassado e revelou muitas dificuldades em recuperar. Na construção também já vimos um Gabriel mais esclarecido.

Taarabt - 7
Novamente MVP! Foi o grande organizador de jogo do Benfica, batalhou e carregou a equipa durante todo o jogo. Notou-se dificuldades na tal transição defensiva… Ainda assim, Taarabt diz “presente” no meio campo do Benfica e dificulta cada vez mais as opções de Lage…

Cervi - 5
Mais um jogo combativo do extremo argentino. Mas desta vez sem brilho. Esteve bastante apagado, mas a sua ausência fez-se notar a nível defensivo.

Chiquinho - 6
Fez uma primeira parte interessante, mas acabou por sair cedo porque o resultado e a necessidade de colocar um homem de área assim o exigiam. Pelo menos ficamos com a sensação que não se importou muito por ser relegado para o banco de suplentes com a chegada de Rafa e continua a jogar com a mesma vontade.

Seferovic - 3
O que acabei de dizer sobre o Chiquinho é a antítese da atitude de Seferovic. Onde anda aquele jogador que atacava a profundidade, que pressionava os defesas, que os arrastava, que se esforçava? Falta foco e atitude a este Sefe…

Ferro - 3
Entrou ao intervalo para substituir Jardel e veio a tempo de ser totalmente comido nos golos do Famalicão. Bem sei que no segundo não tem assim tanta culpa no cartório… Mas podia e devia ter feito mais. Quanto ao primeiro golo, está à vista de todos…

Rafa e Vinicius - 6
Decidi fazer esta em conjunto porque entraram ao mesmo tempo e vieram com a missão de dar vontade e engenho ao ataque benfiquista. Trouxeram apenas vontade e essa bastou. Rafa acabou por fazer um golo numa recarga de um remate de Vini.

Bruno Lage - 6
Desde o jogo com o Rio Ave para os quartos de final da taça que tenho reparado nas defesas adversárias mais subidas na Luz. Desta forma encurtam mais o espaço entre linhas que o BL tanto gosta. Cabe ao mister arranjar alternativas para este problema. Desta vez passou, mas tem sido cada vez mais difícil. Nota ainda para os golos que temos vindo a sofrer. Talvez devia ter considerado um jogador como Samaris ou Tino para contrariar a capacidade de contra ataque do Famalicão. Desta vez mexeu cedo, o resultado assim o exigia, acabou por ser recompensado ao cair do pano.

Benfica leva-me ao Jamor e traz lá essa vitória tão desejada no próximo Sábado."

SL Benfica 3-2 FC Famalicão: Um Estádio da Luz com cheirinho a Jamor

"A Crónica: Uma Primeira Mão De Grande Qualidade E Que Venha A Segunda!
De volta à festa da Taça e logo com um grande jogo (aliás, dois visto que há segunda mão) nestas meias-finais. As duas mãos deixaram o tónico a expectativa e calma durante o início da partida. Oportunidades? Houve algumas de parte a parte. Aqui vão as mais importantes: aos 14 minutos, um livre de Pizzi à figura de Vaná e, aos 29 minutos, também se gritou golo, mas foi invalidado, pois Toni Martinez estava acampado à espera da bola de Fábio Martins. Mas o equilíbrio foi o prato principal servido neste primeiro tempo. Tudo a zeros. Mas desengane-se quem ache que, por isso, estava a ser um mau jogo. Esta primeira mão das meias-finais estava a ser a prova viva de que não é preciso haver golos para se ver um bom jogo.
O Famalicão entrou na segunda parte um pouco mais instável defensivamente. Uma inspiração de Taarabt permitiu ao Benfica “cavar” o primeiro da noite. Depois de um cruzamento de Seferovic, Riccieli corta a bola com o braço. O penalti é assinalado por Hugo Miguel e convertido por Pizzi. Guarda-redes para um lado, bola para o outro. O Benfica até estava a crescer na segunda parte e estava a conseguir “encurralar” o seu adversário, mas, eis que surge um rasgo de inspiração de Pedro Gonçalves. Pega na bola e lá vai ele: passa por Grimaldo (quem viu o jogo sabe que não é novidade), passa por Rúben Dias e depois passa para o seu colega, Diogo Gonçalves. O extremo devolve e Pedro Gonçalves faz o empate na Luz.
O Fama estava a surpreender, mais uma vez, na Luz. Toni Martinez acaba mesmo por esfrear a noite em Lisboa para os encarnados. Depois de um grande passe de Pedro Gonçalves, o número 19 faz o 1-2 para o FC Famalicão. O jogo estava intenso e nesta segunda parte havia um bónus: aos 78′, Rafa restabelece a igualdade no marcador na recarga depois do remate de Vinicius defendido por Vana. Até ao cair do pano, ainda houve tempo para Vlachodimos ser chamado a intervir. Pedro Gonçalves, mais uma vez, faz um chapéu ao guarda-redes, mas sem êxito desta vez. Mas desengane-se em achava que as emoções ficavam por aqui. Para lá do período regulamentar, depois de um canto, Gabriel faz o terceiro e coloca a sua equipa em vantagem nos instantes finais da partida.
Foi um jogo de alto calibre entre dois conjuntos que, como se diz na gíria, jogam à bola. O final desta primeira mão da meia-final da Prova Rainha ditou a vitória benfiquista por 3-2 num jogo de alto calibre em que Fama jogou olhos nos olhos com o líder. Uma coisa é certa na segunda mão: espectáculo está garantido!

A Figura
Pedro Gonçalves O número 28 do Fama esteve muito bem esta noite. Foi a peça-chave do golo. Que grande trabalho individual de Pedro Gonçalves no primeiro golo e que passe a rasgar no lance do segundo golo do Famalicão. Sem dúvida o jogador preponderante esta noite para o jogo do Famalicão!

O Fora de Jogo
SeferovicÉ estranho alguém que foi o melhor marcador a época transacta não encontrar de todo os caminhos para a baliza. Não nos esquecemos daquilo que foi a salvação contra o Rio Ave FC, mas não está de todo bem. Sempre que tentava aproveitar o espaço nas costas da defesa famalicense muitas vezes era encontrado em posição irregular. Oportunidades não têm faltado e parece só ter acordado no final da partida. É preciso mais.

Análise Táctica – SL Benfica
Estamos habituados ao típico 4-4-2 por parte do SL Benfica. Gabriel saltou para o onze inicial por troca forçada de Weigl, devido a uma doença respiratória. Houve a entrada também de Jardel, Chiquinho e Seferovic, mas sem nenhuma implicação naquilo que era o sistema táctico de Bruno Lage, pois tudo continuava na mesma. Pressão forte de Gabriel e Taarabt na tentativa de estacar de forma eficaz o ataque rápido do Famalicão, que teve muita dificuldade em sair na zona de construção. A certa altura, o SL Benfica começou por procurar mais as malhas laterais para construir as suas jogadas. Quando se vê a perder, Bruno Lage coloca a “carne toda no assador”. As águias começam a jogar com dois pontas-de-lança – Vinicius e Seferovic. Para além disso, Rafa também entra a jogo para dar velocidade e mais consistência no ataque. Numa altura em que tem muita gente no ataque, a equipa de Bruno Lage, acaba por ficar mais exposta ao bom jogo do FC Famalicão e isso foi evidente em alguns momentos do jogo.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (7)
André Almeida (5)
Rúben Dias (6)
Jardel (4)
Grimaldo (4)
Gabriel (7)
Taarabt (7)
Cervi (6)
Pizzi (4)
Chiquinho (6)
Seferovic (4)
Subs Utilizados
Ferro (4)
Vinicius (6)
Rafa (7)

Análise Táctica - FC Famalicão
Quatro alterações no 4-1-4-1 do Famalicão de João Pedro Sousa para enfrentar o SL Benfica. Tivemos as entradas de Ivo Pinto, Racine Coly, Patrick William e Diogo Gonçalves para este onze inicial. As trocas rápidas de flanco em apenas dois três toques e aproveitamento da velocidade tanto de Diogo Gonçalves como de Fábio Martins permitia ataques muito perigosos. Assim que o Famalicão conseguia encontrar espaço para um dos extremos, era perigo iminente para Vlachodimos. O que por momentos podia parecer um ataque inofensivo tornava-se rapidamente numa bola na grande área encarnada. Diogo Gonçalves, principalmente, conseguiu muitas vezes levar a melhor sobre Grimaldo. O Fama conseguiu circular a bola com eficiência em todos o terreno do jogo e ocupar toda a largura do terreno.

11 Inicial e Pontuações
Vaná Alves (7)
Ivo Pinto (6)
Riccieli (5)
Patrick William (5)
Racine Coly (5)
Gustavo Assunção (7)
Uros Racic (5)
Pedro Gonçalves (9)
Fábio Martins (8)
Diogo Gonçalves (8)
Toni Martinez (7)
Subs Utilizados
Anderson (6)
Rúben Lameiras (-)
Roderick Miranda (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível fazer questões ao treinador do SL Benfica, Bruno Lage.

FC Famalicão
Não foi possível fazer questões ao treinador do FC Famalicão, João Pedro Sousa."

Benfica sai em Vantagem – Curtas

"- Famalicão fiel ao seu modelo de jogo na Luz e bem preparado para, dentro das suas ideias, conseguir ter a bola. A sair curto, além da habitual paciência da linha defensiva + GR, o posicionamento dos médios foi chave: o pivô Gustavo Assunção marcado por Chiquinho mas os interiores Pedro Gonçalves e Racic alternavam entre o espaço entre linhas e apoio ao colega mais recuado de sector. O elemento mais adiantado arrastava e fixava um dos médios, criando superioridade no meio-campo. Circulação também competente a procurar largura e os apoios frontais do avançado Toni Perez (que aproveita espaço dado pelo adiantamento de Pedro Gonçalves). Foi essencialmente por aqui que chegaram ao meio-campo adversário com frequência assinalável. O 1º golo do Famalicão é o espelho desta estratégia
- O Benfica trouxe duas ideias para combater a circulação do Fama: Seferovic a condicionar circulação para o seu lado direito e Chiquinho mais recuado que o habitual a marcar o pivô. Naturalmente, esta estratégia resultou no protagonismo do central Patrick William, que com a bola permitiu ao Benfica várias recuperações.
- Ofensivamente o Benfica viu-se também condicionado na sua 1ª fase de construção. Toni Martinez tinha como objectivo principal impedir que circulação de bola decorresse pelo lado esquerdo encarnado (tentativa de condicionar Taarabat que aparecia mais do outro lado?). Com a habitual linha defensiva do Fama sempre muito adiantada, o objectivo pareceu passar por fazer a bola avançar através de passes verticais para os 4 jogadores da frente, que de costas para a baliza adversária, davam no apoio frontal (destaque para Gabriel), e este procurava, variação rápida de corredor através de passe longo.
- Na sequência do ponto anterior, nota para o facto de o Benfica ter criado perigo desta forma, mesmo que sem a frequência desejada. Ainda que fosse complicado dar sequência aos passes verticais, ou até fazê-los, porque as linhas do Famalicão estavam mesmo muito compactas, quando conseguia variar o flanco e procurar o homem mais à largura e profundidade, o Benfica aproximava-se da baliza porque a sua 2ª linha de jogadores estava à frente dos médios famalicenses, conseguindo receber de frente já em zonas muito perigosas.
. Na 2ª parte os alas do Benfica, desde cedo, apareceram mais adiantados que no 1º tempo (e um pouco mais por dentro). O Famalicão passou a recorrer mais ao passe longo tendo sempre Toni Martinez como referência.
- A entrada de Rafa e Vinicius é o momento chave da tendência do jogo. Com os ataques a durarem cada vez menos tempo, a entrada dos dois jogadores alterou a estratégia do Benfica que passou a fixar o brasileiro e Seferovic na frente, sempre a ameaçar profundidade, com Rafa e Pizzi por dentro muito próximos dos avançados. Motivo para causar muita dificuldade ao Fama que gosta de ter a última linha subida, no entanto, com o adversário a ter tanta presença junto à sua última linha, houve indefinição no momento da linha média baixar e houve espaço para o Benfica ser perigoso (após passe vertical dos centrais que ganharam protagonismo nesta estratégia, ou quando a bola viajava da ala para o meio já no último terço). É assim o 2º golo dos encarnados.
- O reverso da medalha esteve na transição defensiva. Individualmente e colectivamente o Fama tem qualidade para sair e o Benfica expôs-se. Com 4 jogadores tão adiantados e próximos entre si e o adiantamento dos centrais qualquer perda de bola pode ser um problema, aconteceu no 2º golo do Famalicão (nota também para o fraco comportamento individual e colectivo da defesa encarnada). 
- Destaque individual para Taarabat. É nos dias de hoje provavelmente o melhor a actuar em Portugal. Capacidade técnica para retirar adversários da frente, como no 1º golo, e boas decisões aliadas, quando necessário a uma boa dose de criatividade."

Bello: Fama...

Benfica After 90 - Taça, Famalicão...

Material Pirotécnico legalizado nos estádios Alemães!

"A utilização de tochas nos estádios portugueses tem vindo a ser muito discutida nos últimos tempos.  
Surge, agora, uma decisão pioneira provinda da Alemanha e que poderá alterar o modo como as coreografias são realizadas.
Assim, no jogo do próximo Sábado da 2. Bundesliga, em que o Hamburgo se irá deslocar ao Karlsruhe, os adeptos do clube que irá jogar como visitante poderão utilizar material pirotécnico.
Tal decisão deve-se a uma derrogação das leis existentes, por parte da Liga alemã, devendo essa utilização ser monitorizada por autoridades competentes colocadas na bancada. Porém, apenas dez tochas poderão ser acesas mediante a vigilância de uma empresa especializada em pirotecnia, que, igualmente, aproveitará a ocasião para alertar dos perigos destes instrumentos por quem não tem capacidade de os usar.
A Liga alemã declarou, também, que os pedidos de utilização das tochas e fumos nos demais desafios, a partir de agora, serão analisados caso a caso, sendo que a sua utilização estará sempre dependente da autorização dos bombeiros."

Benfiquismo (MCDXXXIII)

Sven...

Vermelhão: vantagem ao intervalo... no último suspiro!!!

Benfica 3 - 2 Famalicão


Estava com viagem marcada para ir a Catedral, mas esta tarde mudei de ideias! Não foi a única razão, mas estava com um mau pressentimento!!! Em primeiro lugar havia a qualidade do adversário, muito provavelmente o terceiro adversário mais complicado no Tugão: depois do actual Braga e dos Corruptos (por motivos extra-futebol...); em segundo lugar, era previsível alguma rotação no nosso onze titular... e esta época sempre que isso aconteceu, correu mal; em terceiro lugar, independentemente de todos os discursos motivadores, apesar de todos os bitaites la palicianos, na melhor das hipóteses, os jogadores tinham a cabeça 'dividida' entre o jogo de hoje e a partida de Sábado no Dragay!!! 

Dito isto, relativizando o jogo de hoje, sabendo que as dinâmicas do jogo de Sábado serão completamente diferentes, que os níveis de motivação/concentração vão ser completamente diferentes: estou preocupado!
Na primeira metade da época, mesmo jogando mal em vários jogos, fomos ganhando com alguma facilidade, e isso aconteceu essencialmente porque defensivamente estivemos sempre concentrados. Nas últimas partidas, temos sofrido quase sempre golos, e nestes últimos dois, sofrermos mesmo dois golos em cada um! Algo que esta época, no Tugão, só tinha acontecido no jogo da Luz com os Corruptos!!!
O abaixamento de forma do Ferro já foi aqui referenciado, mas não é o único, o Almeidinhos também não está bem (o Tomás neste momento, dá-me mais garantias!), e a cobertura dada pelo meio-campo tem sido deficiente, o Gabriel por exemplo, apesar do golo decisivo hoje, também está longe daquilo que já fez... A 'linha' defensiva impecável, que chegámos a ter no tempo do Judas, que no tempo do Rui Vitória foi-se 'deteriorado', que recuperámos em parte com o Lage, em alguns momentos do jogo, 'desaparece' completamente!!! A reacção à perda de bola, também não está 'calibrada', nem pelo contrário!!!
A primeira parte, foi lenta, mas até conseguimos controlar, quase sempre, e tivemos algumas oportunidades, mas acabou por ser o Fama a desperdiçar a mais escandalosa!!!
Com o golo, parecia que o jogo ia 'cair' para o nosso lado, mas voltámos a demonstrar dificuldades em gerir uma vantagem... Sabendo que estamos numa eliminatória a duas mãos, todos deviam ter consciência, que não sofrer golos em casa, era fundamental para a 2.ª mão!
Com o Famalicão a dar a volta... apesar da equipa ter ficado completamente desequilibrada com as substituições, voltámos a ter capacidade de reacção nos últimos minutos, e com o adversário já sem forças, acabamos por chegar à vitória...
Com este resultado, fica tudo por decidir para a semana, após o jogo com os Corruptos, e na véspera do jogo na Luz com o Braga!!! Também é verdade que o Fama vai estar um bocadinho mais desgastado, porque não não estão habituados a jogar a meio da semana! Agora, vamos ter que marcar golos... e se calhar, a melhor estratégia, será aquela que usámos em Paços ou em Guimarães!!!
Se dúvidas havia, creio que hoje ficaram todos com a certeza que o Taarabt é claramente o nosso jogador em melhor forma... Também ficámos com a certeza que o Seferovic não pode ser substituto do Vinícius, em jogos deste nível de dificuldade! Curiosamente, mais uma vez, tivemos o Rúben a fazer o passe de ruptura, que deu um golo do Benfica, algo que tem sido recorrente nas últimas partidas!!! E o Ody com mais uma grande defesa, decisiva...!!!
Os Corruptos hoje empataram em Viseu, teoricamente até fizeram um pior resultado que nós... mas 'protegeram' quase todos os titulares! Além das questões físicas, e mentais, vamos quase de certeza levar com o Ladrão da Confeitaria... O Benfica normalmente não tem o instinto 'matador' nestas ocasiões! Uma vitória do Benfica, decide praticamente a Liga, mas das poucas vezes (não me recordo de ir ao Dragay com tantos pontos de vantagem!) que o Benfica chegou ao Dragay com alguma vantagem, normalmente somos 'moles', não vamos com tudo... Espero sinceramente que no Sábado seja diferente, esta sequência que se segue: Corruptos, Fama, Braga e depois UEFA com Barcelos pelo meio, é muito perigosa... A sequência vitoriosa do Lage como treinador, é fantástica, mas algum dia irá 'acabar', é uma daquelas inevitabilidades estatísticas, agora o 'esforço' final que a equipa hoje conseguiu, dá-me esperança... é importantíssimo que a 'fome' dos títulos não esmoreça, com a vantagem de 7 pontos!

A mensagem terá que ser efectiva: podemos 'ganhar' o Campeonato no Sábado e não vale a pena adiar para 'amanhã' aquilo que pode ser feito no Sábado!!! O jogo não vai ser 'justo', vamos jogar num relvado inclinado deste do primeiro segundo até ao último, e nem vale a pena 'falar do assunto' é uma inevitabilidade... Agora, temos mais do que talento e qualidade para ganhar...!!!