Últimas indefectivações

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Beijos de Judas

"Judas é um escroque. Um personagem sujo, de vão de escada. Agora imaginem o Lambe-Botas-do-Judas... Esse então é digno de vómitos, de tal forma nos revolta o estômago. Vai louvaminhando, em voz sibilante: «Sr. Judas, genial!» E o Judas gosta, porque se alimenta desta porcarias  O Judas saiu da sombra por momentos e especou-se à saída do túnel. Queria ser visto, fotografado, filmado. O Judas é tão vaidoso como falso. Esperou, velhaco, pelo avanço das vítimas. Atrás dele, escorrendo baba da boca porca, o Lambe-Botas-do-Judas murmurava encantado: «Genial, sr. Judas, genial!»
Depois o Judas beijou-os, um a um. Sebento, esfregou-se-lhes nos pescoços, deixando implícito o seu cheiro azedo a algo que apodrece. Uns ficaram felizes: deram-se ao beijo, como se dele sentissem saudades.
Outros ficaram envergonhados: submeteram-se ao beijo como se a isso fossem obrigados. Nesse momento do ósculo, o Judas traçou-lhes o futuro imediato. Uma maldição barata caíu-lhe em cima. A vitória transformou-se numa miragem que se desfazia ao mais leve estender de braço. O Judas é mesmo assim: tem peçonha. Peçonha no abraço e no beijo. Quem encomendou os beijos de Judas? Alguém com muita maldade por dentro. Talvez ele próprio...

PS - Era uma vez um banco que decidiu fazer uns anúncios nos quais três jogadores saltavam do banco de suplentes para resolver os respectivos jogos. Um era do Sporting e marcava dois golos ao seu Gil Vicente; outro era do FC Porto e marcava um golo ao Salgueiros; finalmente, o terceiro era do Benfica e marcava dois golos ao FC Porto. Todos os dias continuo a ver os golos ao Gil Vicente e ao Salgueiros. E os marcados ao FC Porto? Têm-nos visto por aí?"

Afonso de Melo, in O Benfica

Lixívia 7

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica.........17 (-4 ) = 21
Corruptos......17 ( 0 ) = 17
Braga............14 (+1) = 13
Sporting.........7 ( +3 ) = 4

Foi uma semana extraordinariamente 'calma'!!!
Em Barcelos voltámos a ter que 'aturar' um apitador sócio da agremiação Corrupta!!! Acabou por não influenciar no resultado, mas demonstrou um critério disciplinar torto - como já era esperado!!! Enquanto qualquer falta com mais espalhafato dava cartão imediato aos jogadores do Glorioso, os Gilistas fartaram-se de dar pau, fartaram-se de simular, fartaram-se de pedir amarelos para os jogadores do Benfica - depois de simulações grosseiras -, e sempre que o árbitro marcava uma falta a favor do Benfica  fartaram-se de protestar: e mesmo assim, amarelos tá quieto!!! Sendo que o jogador de nome Pio, conseguiu chegar ao fim do jogo, sem um único cartão de forma absurda!!! Pessoalmente acho que o 2º amarelo ao Enzo foi exagerado, já que o contacto não foi suficiente para o 'mergulho', mas como estou bem disposto...!!!

Nos outros jogos,os maiores protestos aconteceram na Madeira, onde o Benquerença foi espalhar a sua genialidade canalha!!! Mas devido a uma estranha e casual sorte, no lance mais polémico acabou por decidir bem: no 2º golo do Braga a bola entrou mesmo dentro da baliza!!! No resto muitas faltas mal marcadas, principalmente perto da área do Marítimo...
No Estoril o erro mais grave do Capela foi um amarelo perdoado ao Fernando, portanto tudo normal: impunidade total, para os mesmo de sempre...
Os Lagartos, já nem garra para protestarem têm!!! Não existiu atraso no último minuto, decisão boa do árbitro; o guardião da Académica é que sofre falta quando saiu da área; o erro mais significativo acabou por ser um fora-de-jogo mal marcado ao ataque da Académica...


Anexos:
Benfica
1ª-Braga(c) E(2-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos)
2ª-Setúbal(f) V(0-5), Jorge Sousa, Nada a assinalar
3ª-Nacional(c) V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4ª-Académica(f) E(2-2), Xistra, Prejudicados, (0-3), (-2 pontos)
5ª-Paços de Ferreira(f) V(1-2), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
6ª-Beira-Mar(c) V(2-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado
7ª-Gil Vicente(f) V(0-3), Vasco Santos, Nada a assinalar

Sporting
1ª-Guimarães(f) E(0-0), Capela, Nada a assinalar
2ª-Rio Ave(c) D(0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar
-Marítimo(f) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
4ª-Gil Vicente(c) V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, (2-2), (+2 pontos)
5ª-Estoril(c) E(2-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-3), (+1 ponto)
6ª-Corruptos(f) D(2-0), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Académica(c) E(0-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar

Corruptos
1ª-Gil Vicente(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiado, Prejudicado, (1-1), Sem influência no resultado
2ª-Guimarães(c) V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicado, Sem influência no resultado
3ª-Olhanense(f) V(2-3), João Ferreira, Nada a assinalar
-Beira-Mar(c) V(4-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
5ª-Rio Ave(f) E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar
6ª-Sporting(c) V(2-0), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-0), Sem influência no resultado
7ª-Estoril(f) V(1-2), Capela, Nada a assinalar

Braga
1ª-Benfica(f) E(2-2), Soares Dias, Beneficiado, Prejudicado, (3-2), (+ 1 ponto)
2ª-Beira-Mar(c) V(3-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
3ª-Paços de Ferreira(f) D(2-0), Pedro Proença, Nada assinalar
4ª-Rio Ave(c), V(4-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
5ª-Guimarães(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado
6ª-Olhanense(c), E(4-4), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7ª-Marítimo(f), V(0-2), Benquerença, Nada a assinalar

LINK's
1ª jornada
2ª jornada
3ª jornada
4ª jornada
5ª jornada
6ª jornada

'Fair play' à moda de PC

"Se o presidente do FC Porto pudesse controlar a preferência dos sócios benfiquistas teria sugerido o voto em Rui Rangel, por ter sido uma candidatura atabalhoada, tipo sopa instantânea, que é pôr ao lume,mexer e, em meia dúzia de minutos, já está. Saborosa e pronta a comer, embora de ingredientes pouco recomendáveis para a saúde do consumidor. De outra maneira não se daria ao incómodo de, em vez de elogiar a desempenho da sua equipa, que acabara de conquistar com imenso esforço três pontos, na Amoreira promover a tema de capa o resultado eleitoral do clube da Luz e aproveitar-se da distorção que me parece ter sido feita sobre o significado de uma frase de Luís Filipe Vieira para uma demonstração de fair-play à sua moda. Através da ironia que o caracteriza, recordou a final europeia perdida pelos encarnados com o Anderlecht (Taça UEFA, 1983), a última a que terá assistido ao vivo, porque depois dela o Benfica esteve em mais duas, também perdidas, da Taça dos Campeões Europeias, em 1988 (PSV) e em 1990 (Milan). Aliás, em matéria de finais, o Benfica é o único clube português no top ten da UEFA, no nono lugar, com oito, atrás do Liverpool (11), Bayern(10) e Ajax e Inter de Milão, nove cada. Quem ande de boa-fé no mundo do futebol deve aplaudir o desejo do presidente do dragão, na medida em que com mais uma ou duas finais será possível ao emblema da águia reforçar a sua posição entre os dez notáveis da Europa e ao futebol português ampliar o seu prestígio.

Quando se discutem eleições, os vizinhos ou adversários, como aconselha a cortesia, ou nada dizem ou limitam-se a curtas e singelas palavras de circunstâncias, mas o presidente portista optou pela diferença, incapaz de esconder que a reeleição de Vieira foi a pior notícia que lhe podiam ter dado pelo facto de representar a mais perigosa das ameaças ao seu longo e prodigioso reinado. Nada é eterno e PC sabe que, por muitos e influentes que sejam os seus aliados, não lhe será possível retardar o despertar do monstro e com ele a cessação de um período de sucessos que o transformou aos olhos dos adeptos em figura reverenciada, a quem tudo se admite e perdoa, por fazer sempre bem mesmo quando faz mal...
Salvo melhor opinião, Vieira nada prometeu  Exigiu. Em dez anos o Benfica renasceu, voltou a ser respeitado e conseguiu apanhar o comboio do futuro. Hoje, é um clube financeiramente estável e dispõe de um complexo de instalações desportivas de muita qualidade. Falta agora atacar a derradeira fase, que corresponde à recuperação da hegemonia futebolística. Cumpridas as duas primeiras etapas, é altura de investir na terceira. Nunca antes Vieira fora tão assertivo em relação a esta área sensível, a dos títulos, por ter sido obrigado a desdobrar-se em várias frentes de combates intensos e arrasadores em nome da consolidação da gigantesca empreitada que o mantém determinado, com o entusiasmo do primeiro dia, e que só ficará concluída quando o Benfica alcançar o patamar que o projectou internacionalmente na década de sessenta. A obra avança, talvez mais demoradamente do que seria expectável, mas com inabalável firmeza, de aí captar-se a indisfarçada preocupação do rival portuense, porque quando mais a águia progride, amis encolhe e espaço de manobra do dragão. Sinónimo de uma mudança de ciclo inevitável e cuja proximidade se pressente.

Ainda sobre a campanha benfiquista, alguém explica as críticas por não se ter realizado nenhum debate para esclarecimento dos associados encarnados? Eleitorado que deposita mais de 80 por cento de votos na urna de um dos candidatos, ainda por cima degastado por cerca de dez anos no poder, sente-se perfeitamente esclarecido. A única coisa que o assustou, e por isso acorreu em massa, foi a candidatura apressada de Rangel e a sua insistência em apresentar-se como um «homem do Direito», espécie de casta superior: ter misturado insinuações e propostas e permitido a colagem de personagens de que a nação benfiquista quer distância..."

Fernando Guerra, in A Bola

Jesus e os ingratos

"Lá está ele, outra vez...” pensaram os benfiquistas quando perceberam que Jorge Jesus tinha sentado Melgarejo, Bruno César e Rodrigo para lançar Luisinho, André Gomes e Ola John. À beira de um ataque de nervos, foram, porém, forçados a mais uma vénia a um treinador que lhes respondeu com nova bofetada de luva branca. Os seus efeitos serão nulos, pois no próximo jogo lá estarão, como sempre, a olhar com desconfiança para as opções de um génio incompreendido feito treinador.
Para a maioria, e num ritmo de semana sim, semana não, Jesus é o verdadeiro eixo do mal, a origem de todos os pecados. Ingratos, digo eu. Esquecem-se, por exemplo, do bom par de anos que viveram em agonia antes da chegada de um treinador com nome de salvador? Jesus é culpado, sim, mas porque os habituou mal. Foi campeão na época de estreia e deu à nova Catedral algo que só a antiga conhecia: bola pra frente e futebol espectáculo. Bom futebol, o tal da nota artística, que galvaniza adeptos e mobiliza multidões.
Ficou-se por ali? É verdade. Lidera esta Liga mas perdeu as últimas duas. Porém, contra factos... ainda há argumentos: esquecem-se os mais selectos que o primeiro campeonato perdido foi ganho por um FC Porto que não se conhecia tão avassalador desde o de Mourinho. É verdade que o segundo fracasso, o da época passada, pode encontrar justificação nos modelos e opções escolhidos em Guimarães e Coimbra, quando a liderança era tão certa quanto assente nos 5 pontos de diferença para os dragões. Mas terá sido esse o único sistema a decidir? Pois.
Jesus tem problemas na comunicação? E então!? É pouco dado à relação com os jogadores, como sussurram alguns proscritos? Deve ser o único, deve... É teimoso que chegue para aguentar Robertos e Emersons ao ponto de comprometer objectivos? É, mas quanto teve Bento de ouvir até ganhar um dos melhores guarda-redes da Europa? Jesus só ganhou um campeonato e três Taças da Liga? Herege... Campeonato à parte, só estes últimos “trofeuzitos” dariam um jeitão para mascarar a crise na casa do vizinho.
Por falar “neles”, termina hoje a comissão de serviço de Oceano, o enésimo treinador atirado à fogueira de Alvalade. Pelo amor à causa, merecia deixar o comando com um triunfo, mas se fosse só por isso, Bettencourt ainda era o presidente e Sá Pinto o treinador... Vem aí Vercauteren. Pode ser que traga mais cabeça e menos coração."

Realeza, realidade e o resto

"No rescaldo da última jornada europeia, os três ‘grandes’ de Portugal voltaram às suas coisinhas internas e desembaraçaram-se com maior ou menor dificuldade dos seus adversários de trazer por casa.
Olhando para o topo da tabela, lá estão eles, os tais três ‘grandes’ que, uma vez mais, prometem discutir o título entre si. Em matéria de grandeza, a novidade continua a vir de Braga. Entusiasmado pela vitória moral em Manchester, António Salvador, o presidente dos minhotos, em vésperas de ir ao Funchal jogar com o Marítimo, resolveu picar o Sporting, reclamando para o seu emblema o estatuto de "terceiro grande". Os dois golos com que Éder despachou os madeirenses viriam a reforçar a candidatura do Sporting de Braga à realeza.
Da realeza para a realidade, conclui-se que com Jackson Martínez o FC Porto não tem "de que se queixar e que com André Gomes o Benfica descobriu, finalmente, um ‘reforço’ para o seu meio-campo, dois meses depois de ter perdido Javi García e Axel Witsel. O campeonato vai ser animado, não se duvide. A luta pelo ceptro de melhor marcador também promete: Éder em Braga, Martínez no Dragão e Lima e Cardozo na Luz não dão descanso às redes das balizas. É certo que a procissão mal saiu do adro, mas em nome do direito dos ‘pequenos’ à felicidade, é um regalo ver o Rio Ave e o Vitória de Guimarães nos postos europeus. Quanto ao Sporting, diga-se que interrompeu a sua incrível série de derrotas com um empate de cariz lisonjeiro frente a uma Académica a quem nunca foi superior. E isto já é dizer muito."

Negócio das arábias

"Depois da Inglaterra, da França e da Espanha é chegada a hora de também os clubes Italianos abrirem as portas a investidores estrangeiros. Os presidentes.mecenas, sempre prontos a abrir os cordões à bolsa, estão em vias de extinção, cansados de suportar prejuízos cada vez mais avultados. Massimo Moratti, por exemplo, desde que assumiu a presidência do Inter, em Fevereiro de 95, já torrou lá 1.200 milhões de euros! Berlusconi foi mais parcimonioso mas, mesmo assim, meteu no Milan 600 milhões. Tudo a fundo perdido. Os prejuízos da Série A contabilizados até Junho de 2012 atingiram a astronómica cifra de 2,5 mil milhões de euros! Sem a prodigalidade destes dois patriarcas e a generosidade de alguns outros, o futebol do bel paese não existira. O público não vai aos estádios, arcaicos e inóspitos (com excepção do da Juventus, acabado de inaugurar), o número médio de espectadores desce todos os anos entre 7 e 8 por cento (já não chega a 50 por cento, contra os 90% da Inglaterra e da Alemanha!), os bilhetes são caros, os jogos são todos transmitidos nas televisões, nos computadores, nos telemóveis...
É este o pano de fundo, adensado pela indiferença dos sucessivos Governos, que obriga os clubes a reconhecer a inevitabilidade de alienar parte do capital social a investidores estrangeiros, a fim de se recapitalizarem. O primeiro a concretizar a venda de 51 por cento a um grupo italo-americano de Boston foi a Roma; o segundo será o Inter, que já acordou com o chinês Kamchi Li a cedência de 15 por cento por 55 milhões; a seguir virá o Milan, que vai fazer um negócio das Arábias com o xeque Al Thani (o mesmo do PSG): 30 por cento por 250 milhões!!!"

Manuel Martins de Sá, in A Bola

Dia mundial da poupança

"Hoje, 31 de Outubro, é o Dia Mundial da Poupança. Confesso que não sou muito dado a comemorações de dias certas. Não pelo seu significado, mas pelo ritual formal e mecânico que adquirem. A celebração quase compulsiva de tantas efemérides comporta o perigo de a forma se superiorizar ao conteúdo. A proliferação de dias nacionais ou mundiais tem o mesmo efeito da inflação em relação à moeda: de tanto excesso, desvaloriza-se a valor.
Mas, olhando agora para a bola (que não A BOLA), a poupança assume maior importância nos tempos difíceis que atravessamos. Em primeiro lugar, poupando-se nas palavras (feitas) que nada resolvem e tudo baralham, numa atmosfera em que «não se poupam críticas» por tudo e por nada e em que, ao invés e encomiasticamente, « não se poupam elogios» a um golo por acaso ou a uma defesa por instinto, como sói dizer-se.
Poupar significa, acima de tudo, renunciar a gastar hoje para consumir amanhã. Isto é, usar o tempo para disciplinar a paciência, promover uma cultura de responsabilidade e uma estratégia assente em pilares seguros. Por outras palavras, poupar é uma atitude aliada do médio e longo prazos e adversária do imediato, do efémero e do ilusório.
A poupança é irmã gémea do investimento reprodutivo reprodutivo. Sobretudo nas pessoas. E em particular na formação. De desportistas como pessoas e de pessoas como desportistas.
Por fim, poupar implica olhar para a crise que crescentemente se vai sentindo no futebol e virar de agulha no até agora normal desiquilíbrio económico e fardo financeiro. O que implica separar o trigo do joio e perscrutar para além da ilusão do dia seguinte."

Bagão Félix, in A Bola