Últimas indefectivações
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Derrota na Alemanha...
Melsungen 28 - 26 Benfica
14-12
Os Alemães eram claramente favoritos, mas acabámos por fazer um bom jogo, e com um bocadinho mais de acerto no ataque, até podíamos ter sacado mais deste jogo. Defensivamente bom jogo, talvez o melhor da época...
Este é o adversário teoricamente mais forte do grupo, mas o Sorteio mais uma vez, não nos favoreceu, mas a jogar assim, temos hipóteses...
Hoje jogámos contra dois ex-nossos: Palasics e o Mano Velho dos Cavalcanti!
QUER PRENDER OS PIRATAS QUE TÊM SPORTTV SEM PAGAR!
"Haverá prisões em Portugal que cheguem para tantas centenas de milhares de piratas que Nuno Ferreira Pires quer que sejam presos? E onde colocariam os verdadeiros delinquentes? Queixa-se que a lei não o ajuda, coitado, se ajudasse o Estado ia ter que construir prisões em vez de hospitais!
Este cobardolas sem vergonha saneou-me da Sporttv através de um comunicado público, sem prévio conhecimento meu, onde anunciava a minha dispensa e pedia desculpas - vejam bem, desculpas! - à FPF pelo que eu tinha dito no programa da véspera.
(Várias importantes figuras do futebol português dos mais variados quadrantes me mandaram mensagens a solidarizar-se e a confirmar que eu não tinha dito nada demais, apenas tinha emitido uma opinião legítima e fundamentada.)
Como pode ser CEO de uma empresa de comunicação alguém que cede a pressões de terceiros - Luís Sobral, à data CEO da FPF, fez o trabalho sujo - para sanear um comentador cujas incómodas opiniões só o comprometem a si mesmo e não ao canal onde as profere? E agora quer prender os "Inácios"? Mas julga-se quem?
E se ajustasse os preços das mensalidades à oferta do serviço que diminuiu nos últimos anos? Talvez houvesse menos "Inácios".
E se tratasse de impor justiça e imparcialidade às transmissões de futebol, nomeadamente às do Benfica fora de casa, nas quais as realizações e os comentários são altamente tendenciosos e criam revolta nos adeptos do clube? Talvez houvesse menos "Inácios" Benfiquistas.
E se não obrigasse os assinantes a pagar por um bolo que tem muitas fatias que não interessam a uns, e outras a outros, e várias sequer ao Pai Natal? Talvez houvesse menos "Inácios"."
Comunicado da MAG
"Para os devidos efeitos estatutários, a Mesa comunica o seguinte:
1. Face à oposição ao voto eletrónico das listas encabeçadas por João Ferreira Leite, João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes, as eleições disputar-se-ão integralmente no modelo tradicional de voto físico, da forma apontada no edital da sua marcação;
2. Todas as candidaturas apresentadas foram admitidas e terão a ordem aqui referida;
3. As candidaturas são compostas pelos seguintes candidatos – ver aqui;
4. Os procedimentos estatutários que se seguirão são os seguintes – ver aqui;
5. Os programas eleitorais apresentados serão publicados no Site Oficial do Clube no dia de amanhã, após o início da campanha;
6. Serão de imediato contactados os mandatários das candidaturas para a primeira reunião de acompanhamento do processo eleitoral."
O Outono quente do Benfica
"Insultos e agitação não são permitidos em Assembleias Gerais.
A Assembleia Geral do Benfica aqueceu tal e qual este mês de outubro. Os sócios recusaram aprovar as contas, bem como o novo regulamento eleitoral. Houve agressões e insultos. E, nunca visto, o ex-presidente Luís Filipe Vieira foi, num primeiro momento, impedido de falar.
Sim, mais do que o terceiro lugar no campeonato, a campanha eleitoral é o tema do momento no Benfica: a 25 de outubro será escolhido o presidente do maior clube português e tudo parece estar em aberto e renhido. Seis candidaturas: Rui Costa, presidente cessante; Luís Filipe Vieira, ex-presidente, Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho apresentam-se a votos. Parece, pelo que temos visto, que a luta será entre os três primeiros. Antecipa-se uma segunda volta a 8 de novembro e nessa altura as alianças e os apoios serão decisivos, ou seja, todos vão ter peso na decisão final.
Não me recordo de umas eleições tão abertas no clube. Parecem as que vão acontecer, em 2026, para a presidência da República, o que não deixa de ser divertido. Vários candidatos podem ganhar, o que não é costume. A diferença é que isto acende paixões, o que não acontece na política, porque os clubes são bem mais queridos aos adeptos do que a política nacional. Verdade? Talvez aconteça porque sabemos o que significa cada candidato: o treinador que quer (todos dizem que vão manter Mourinho), os jogadores que vai adquirir, e nos casos de Costa e Vieira, o que fizeram no passado.
Porém, insultos e agitação, não são permitidos em Assembleias Gerais. Acredito que as coisas não tenham justificado o crivo do Ministério Público, que, bem, tem mais que se preocupar que com uns empurrões e insultos. Salvo, claro, haver queixa.
Não deixa, porém, de haver crime: o art.º 516, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais, diz que «aquele que, com violência ou ameaça de violência, impedir algum sócio ou outra pessoa legitimada de tomar parte em assembleia geral de sócios (…) ou de nela exercer os seus direitos de informação, de proposta, de discussão ou de voto, é punido com pena de prisão até 3 anos (…)». Ora, que os comportamentos visíveis nos vídeos se enquadram nesta previsão, não restam dúvidas. E quanto aos insultos e injúria, é crime previsto e punido no Código Penal. Mas sejamos realistas, ninguém se importa com insultos, ninguém quer saber de agressões, dizem «é futebol». No fim penso que todos desejemos umas eleições livres e ordeiras, seja no Benfica, Sporting ou FC Porto.
Deixo um alerta, caro leitor: a não aprovação das contas é mais uma censura a Rui Costa do que reais efeitos práticos no que respeita ao futebol. Sim, o futebol do SLB está na SAD e por isso não é afetado por esta decisão. Já as outras modalidades podem sofrer com isso. Interessa para o caso?
Direito ao golo
Hoje o Direito ao Golo vai para os rapazes da Seleção sub-19 de futsal, campeões europeus diante da Espanha. Mas também para o Sporting, campeão do Mundo de hóquei em patins e para a Seleção Nacional de futebol que ganhou à Irlanda."
João Caiado Guerreiro, in A Bola
Portugal nunca é realmente bom
"Luiz Felipe Scolari, curiosamente brasileiro, terá sido o último selecionador nacional realmente reconhecido e admirado pela generalidade dos portugueses. Tem de haver explicação
Desde Luiz Felipe Scolari não houve um selecionador nacional que gozasse de amplo consenso ou, no mínimo, fosse objeto de simpatia e muito menos empatia por parte dos adeptos portugueses. Sobretudo os que seguem em permanência o futebol — a verdade é que a Seleção congrega à sua volta muita gente que não se desunha semanalmente por mais um bom resultado, mas gosta de ver Portugal. Esses sim, são por norma mais simpáticos e empáticos, mas o mais provável, por maioria de razão, é que não estejam a ler este texto num jornal desportivo.
Carlos Queiroz, homem com lugar mais que reservado na divisão da história entre um antes e um depois no futebol português de seleções, já se sabe que nunca foi o mais bem-amado dos treinadores.
Paulo Bento terá sido o mais neutro em termos de emoções do adepto. Era recorrente a crítica de um futebol nem sempre vistoso, mas há um Europeu que podia ter-se tornado inesquecível e isso não foi tão valorizado como as meias-finais de Scolari ou de Humberto Coelho.
Fernando Santos viveu o período mais romântico do futebol português e era figura venerada após a conquista do Euro-2016. Mesmo assim tinha infinitamente maior tração entre o tal adepto da Seleção do que entre os mais atentos e dezenas ou centenas de experts. Não acabou em alta, como sabemos, embora ninguém lhe tire o lugar no coração dos portugueses.
Veio depois Roberto Martínez, e mesmo a falar Português desde o primeiro dia demorou a conquistar as massas. Ainda demora, aliás.
Referiu, ontem, que Portugal joga muito e bem. Já conquistou troféus, mas como qualquer treinador tem dificuldades em transpor autocarros como o que a Irlanda estacionou em Alvalade no sábado passado.
Tem razão, porém: Portugal, regra geral, joga muito e bem. Mas, se não chega a deslumbrar, já não convence os índios e os especialistas.
A principal razão para isso, escrevo-o e digo há uns anos, é que antes de jogar nos achamos, invariavelmente, um bocadinho melhores do que realmente somos e depois de jogar achamos, quase sempre, ter sido piores do que realmente fomos em campo. O 8 e o 80, eis o adepto português."
Sobre um abraço e não só
"1. A Federação Portuguesa de Futebol teve a sua gala
na passada terça-feira. Chamou-lhe Portugal Football Globes, assim mesmo em língua inglesa para
dar mais sainete à ocasião. Estes tempos modernos obrigam-nos a achar muito bem que se dê
nomes em línguas estrangeiras a acontecimentos
nacionais que, pela sua importância, reúnem todos
os ingredientes para despertar a curiosidade em
Badajoz e para lá de Badajoz angariando vastas
audiências internacionais.
2. Deve ter sido por isso, pelo interesse que em Badajoz se tem por estas nossas coisas, que a FPF de
Pedro Proença, o presidente que se entretém a fazer
“mapeamentos” das afinidades clubistas entre os
seus colegas, se engalanou com os seus melhores
trapinhos para produzir semelhante evento. E lá
compareceram os seus premiados, os seus homenageados e até os seus amargurados, como foi o
caso do presidente do FC Porto, que, 48 horas depois
do clássico, chegou à conclusão de que o seu clube
foi muito prejudicado pela arbitragem.
3. Destes grandes acontecimentos mundanos à escala da nossa pequenez natural, cada um escolhe o
que mais gostou de ver ou de ouvir ou de ler sobre
o assunto. Com toda a franqueza, e se me é consentida uma escolha pessoal de um acontecimento
dentro do acontecimento nestes Portugal Football
Globes, o único instante de verdadeiro interesse foi
aquele em que Bruno Lage, ex-treinador do Benfica, se cruzou com José Mourinho, atual treinador
do Benfica.
4. O instante foi relatado por Lage nestes bons termos: “Tive a oportunidade de estar com o míster
José Mourinho. Dei-lhe um abraço e desejei-lhe
sorte.” Disse ainda que vai “acompanhando” o Benfica
e que esteve na gala da FPF na “qualidade de
desempregado” e a convite de Pedro Proença, o
presidente da organização e a tal mesma pessoa
que se entretém a “mapear” as preferências clubistas
dos seus colegas para depois conversar sobre
esses assuntos com o presidente do Sporting.
5. Mas nada destes folclores coloridos tem importância. O importante foi o abraço trocado entre o ex e
o atual treinador do Benfica. O resto só tem importância em Badajoz.
6. O Benfica portou-se bem no Dragão e nunca se
deixou intimidar pelo líder do Campeonato e dono
da casa. As circunstâncias eram-nos extraordinariamente adversas, mas o Benfica saiu de campo
em melhor estado do que entrou. Já do nosso
adversário não se pode dizer a mesma coisa.
7. Agora vêm aí 23 dias com 7 jogos. Chaves, Newcastle,
Arouca, Tondela, Vitória SC, Bayer Leverkusen e
Casa Pia. Taça de Portugal, Liga dos Campeões,
Taça da Liga e Campeonato Nacional. De 17 de
outubro até 9 de novembro, carrega, Benfica."
Leonor Pinhão, in O Benfica
Um dia à Brigitte Bardot
"EM LONDRES, COSTA
PEREIRA FOI TRATADO
COMO UMA ESTRELA
Num tempo em que o futebol se entrelaçava cada
vez mais com os holofotes da televisão e com a
febre mediática que fazia nascer
ídolos à escala global, Costa
Pereira teve uma experiência
inesquecível.
Com o brilho das campanhas
europeias da década de 1960, o
Benfica encantava a Europa. Os
seus jogadores tornavam-se
símbolos de excelência, e a
curiosidade da imprensa estrangeira era insaciável. Na temporada 1964/65, o convite do Chelsea
para um jogo de beneficência foi
o ponto de partida para um episódio inusitado.
Na primeira vez que os dois
clubes se encontravam, a im -
prensa inglesa aproveitou a ocasião para saber mais sobre a
equipa que deslumbrava nos relvados europeus. Solicitou a presença de um jogador para se
encontrar com os media e para
participar num programa de televisão. A escolha recaiu em Costa
Pereira. Sem saber o que o esperava, partiu para Londres duas
semanas antes do encontro.
Assim que pisou solo britânico, o guarda-redes português foi
engolido pela voragem mediática.
“Mal saí do avião, fui logo rodeado
de jornalistas, fotógrafos e operadores de TV, que me tratavam
como seu eu fosse a BB”, contou,
incrédulo. Num salão apinhado
de jornalistas, foi bombardeado
com inúmeras perguntas sobre o
Benfica, acerca das características da equipa, mística do Clube,
sistema disciplinar, temas de
ordem técnica, táticas adotadas,
projeção do Clube no desporto
português e quais as modalidades desportivas praticadas.
A curiosidade sobre o universo
encarnado era imensa.
A entrevista estendeu-se além
do tempo previsto. Quando chegou ao programa de televisão
onde devia participar, o momento
já tinha passado. Por isso, nos
intervalos dos programas seguintes, em vez de passarem os spots
publicitários, eram transmitidas
imagens suas e excertos da sua
conferência de imprensa.
Após um dia digno de estrela
de cinema, Costa Pereira confessou um episódio que achou
engraçado durante a conferência
de imprensa: “Ofereceram-me
um whisky, que muito me apetecia, mas, como momentos antes
falara de determinadas restrições que são impostas aos jogadores do Benfica, por uma questão de coerência, não aceitei.
A minha recusa admirou muito
os presentes, mas eu não queria
deixá-los a pensar que, por estar
só, não respeitava o regulamento
do Clube.”
Saiba mais sobre este excecional guarda-redes na área 23
– Inesquecíveis, do Museu Benfica – Cosme Damião."
António Pinto, in O Benfica
Ganhar… o Campeonato!
"A frase de José Mourinho, na
conferência de imprensa pós-
-jogo do Dragão, segundo a
qual o Benfica joga sempre
para ganhar, mas para ganhar
o Campeonato, foi certeira e
elucidativa daquela que deve
ser a postura da nossa equipa,
não só no Campeonato como
em todas as competições em
que participa.
No Benfica fez escola uma ideia
segundo a qual a equipa tem
obrigatoriamente de apresentar um futebol ofensivo e
encantar as bancadas. Transformou-se isso numa identidade histórica, quando, na verdade, o Benfica nasceu, cresceu e
chegou ao topo da Europa,
ainda antes de Eusébio, com
equipas predominantemente
operárias e lutadoras. Os violinos tocavam noutro lado.
Todos nos lembramos das tenebrosas arbitragens do Apito
Dourado. Não podemos ignorar,
porém, que, pese embora essa
influência, tantas vezes decisiva, teimámos com frequência
num futebol aveludado, que sis
-
tematicamente perdia para um
FC Porto em versão tanque de
guerra, e sem quaisquer pruri
-
dos em defender resultados que
lhe eram convenientes.
Nos últimos anos, o próprio
Sporting adoptou um estilo bastante mais pragmático, e que
tem igualmente rendido dividendos.
Todos gostamos de futebol de
ataque, aberto e com muitos
golos. Temos de entender que,
por vezes, esse não é o melhor
caminho para conquistar os
títulos.
Não festejo empates, tal como
não festejaria uma vitória à 8.ª
jornada. Quero é ir ao Marquês
em Maio, onde (como também
disse Mourinho) não nos lembraremos, nem da 8.ª, nem da
7.ª, nem qualquer das restantes
jornadas.
Nessa medida, gostei de ver a
forma como o Benfica manietou
um FC Porto que até àquele
momento contava por vitórias
todos os jogos nacionais e internacionais que realizara. E como
interpretou um momento competitivo em que o adversário
tinha, por diversas razões, mais
argumentos do seu lado."
Luís Fialho, in O Benfica
Djunta-mon
"Há palavras que nos definem
por inteiro. Em Cabo Verde, djunta-mon significa juntar as mãos,
unir esforços, ser comunidade,
faz parte da identidade cabo-
-verdiana, representando que
a ideia coletiva “nós” está antes
da ideia individual de “eu”. Foi
com esta filosofia a um tempo
simples e profunda que os cabo-
-verdianos sempre souberam
enfrentar as suas maiores dificuldades, com coragem, proximidade e uma solidariedade que
nunca se deixa abater, mesmo
nos momentos mais duros.
A tragédia recente em São
Vicente voltou a lembrar-nos da
fragilidade da vida e do peso que
cai sobre famílias e comunidades inteiras. Perder é doloroso,
mas mais doloroso ainda seria
não encontrar apoio, não sentir
que outros se alinham em sintonia com o sofrimento e a esperança dos que sofrem. É justamente nestas alturas que a
ajuda humanitária ganha o seu
verdadeiro significado.
O envio de medicamentos e
material hospitalar pela Fundação Benfica é, por isso, mais do
que uma doação: é um gesto de
partilha, um abraço que atravessa o Atlântico e chega a um
povo irmão. Uma forma concreta de aliviar a dor, de reforçar a
resposta dos hospitais e de
transformar palavras calorosas
em solidariedade palpável.
O Benfica, fiel à sua história de
proximidade e compromisso,
disse presente uma vez mais.
Não apenas como clube, mas
como comunidade que se reconhece na luta e na dignidade dos
cabo-verdianos. Porque resolver à maneira de Cabo Verde
– com um djunta-mon gigante
que junta vontades, braços e
corações – é também a forma
benfiquista de estar no mundo.
E é nesse espírito de união que
ajudamos a esperança a renascer, mesmo diante da tragédia.
Quando se juntam mãos, tudo
é possível, e o Benfica tem
milhões de mãos e um coração
gigante para oferecer!"
Jorge Miranda, in O Benfica
Subscrever:
Comentários (Atom)








