"Há palavras que nos definem
por inteiro. Em Cabo Verde, djunta-mon significa juntar as mãos,
unir esforços, ser comunidade,
faz parte da identidade cabo-
-verdiana, representando que
a ideia coletiva “nós” está antes
da ideia individual de “eu”. Foi
com esta filosofia a um tempo
simples e profunda que os cabo-
-verdianos sempre souberam
enfrentar as suas maiores dificuldades, com coragem, proximidade e uma solidariedade que
nunca se deixa abater, mesmo
nos momentos mais duros.
A tragédia recente em São
Vicente voltou a lembrar-nos da
fragilidade da vida e do peso que
cai sobre famílias e comunidades inteiras. Perder é doloroso,
mas mais doloroso ainda seria
não encontrar apoio, não sentir
que outros se alinham em sintonia com o sofrimento e a esperança dos que sofrem. É justamente nestas alturas que a
ajuda humanitária ganha o seu
verdadeiro significado.
O envio de medicamentos e
material hospitalar pela Fundação Benfica é, por isso, mais do
que uma doação: é um gesto de
partilha, um abraço que atravessa o Atlântico e chega a um
povo irmão. Uma forma concreta de aliviar a dor, de reforçar a
resposta dos hospitais e de
transformar palavras calorosas
em solidariedade palpável.
O Benfica, fiel à sua história de
proximidade e compromisso,
disse presente uma vez mais.
Não apenas como clube, mas
como comunidade que se reconhece na luta e na dignidade dos
cabo-verdianos. Porque resolver à maneira de Cabo Verde
– com um djunta-mon gigante
que junta vontades, braços e
corações – é também a forma
benfiquista de estar no mundo.
E é nesse espírito de união que
ajudamos a esperança a renascer, mesmo diante da tragédia.
Quando se juntam mãos, tudo
é possível, e o Benfica tem
milhões de mãos e um coração
gigante para oferecer!"
Jorge Miranda, in O Benfica

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