Últimas indefectivações

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Djunta-mon


"Há palavras que nos definem por inteiro. Em Cabo Verde, djunta-mon significa juntar as mãos, unir esforços, ser comunidade, faz parte da identidade cabo- -verdiana, representando que a ideia coletiva “nós” está antes da ideia individual de “eu”. Foi com esta filosofia a um tempo simples e profunda que os cabo- -verdianos sempre souberam enfrentar as suas maiores dificuldades, com coragem, proximidade e uma solidariedade que nunca se deixa abater, mesmo nos momentos mais duros.
A tragédia recente em São Vicente voltou a lembrar-nos da fragilidade da vida e do peso que cai sobre famílias e comunidades inteiras. Perder é doloroso, mas mais doloroso ainda seria não encontrar apoio, não sentir que outros se alinham em sintonia com o sofrimento e a esperança dos que sofrem. É justamente nestas alturas que a ajuda humanitária ganha o seu verdadeiro significado.
O envio de medicamentos e material hospitalar pela Fundação Benfica é, por isso, mais do que uma doação: é um gesto de partilha, um abraço que atravessa o Atlântico e chega a um povo irmão. Uma forma concreta de aliviar a dor, de reforçar a resposta dos hospitais e de transformar palavras calorosas em solidariedade palpável.
O Benfica, fiel à sua história de proximidade e compromisso, disse presente uma vez mais. Não apenas como clube, mas como comunidade que se reconhece na luta e na dignidade dos cabo-verdianos. Porque resolver à maneira de Cabo Verde – com um djunta-mon gigante que junta vontades, braços e corações – é também a forma benfiquista de estar no mundo.
E é nesse espírito de união que ajudamos a esperança a renascer, mesmo diante da tragédia. Quando se juntam mãos, tudo é possível, e o Benfica tem milhões de mãos e um coração gigante para oferecer!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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