"A frase de José Mourinho, na
conferência de imprensa pós-
-jogo do Dragão, segundo a
qual o Benfica joga sempre
para ganhar, mas para ganhar
o Campeonato, foi certeira e
elucidativa daquela que deve
ser a postura da nossa equipa,
não só no Campeonato como
em todas as competições em
que participa.
No Benfica fez escola uma ideia
segundo a qual a equipa tem
obrigatoriamente de apresentar um futebol ofensivo e
encantar as bancadas. Transformou-se isso numa identidade histórica, quando, na verdade, o Benfica nasceu, cresceu e
chegou ao topo da Europa,
ainda antes de Eusébio, com
equipas predominantemente
operárias e lutadoras. Os violinos tocavam noutro lado.
Todos nos lembramos das tenebrosas arbitragens do Apito
Dourado. Não podemos ignorar,
porém, que, pese embora essa
influência, tantas vezes decisiva, teimámos com frequência
num futebol aveludado, que sis
-
tematicamente perdia para um
FC Porto em versão tanque de
guerra, e sem quaisquer pruri
-
dos em defender resultados que
lhe eram convenientes.
Nos últimos anos, o próprio
Sporting adoptou um estilo bastante mais pragmático, e que
tem igualmente rendido dividendos.
Todos gostamos de futebol de
ataque, aberto e com muitos
golos. Temos de entender que,
por vezes, esse não é o melhor
caminho para conquistar os
títulos.
Não festejo empates, tal como
não festejaria uma vitória à 8.ª
jornada. Quero é ir ao Marquês
em Maio, onde (como também
disse Mourinho) não nos lembraremos, nem da 8.ª, nem da
7.ª, nem qualquer das restantes
jornadas.
Nessa medida, gostei de ver a
forma como o Benfica manietou
um FC Porto que até àquele
momento contava por vitórias
todos os jogos nacionais e internacionais que realizara. E como
interpretou um momento competitivo em que o adversário
tinha, por diversas razões, mais
argumentos do seu lado."
Luís Fialho, in O Benfica

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