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sexta-feira, 5 de junho de 2020

SL Benfica 0-0 CD Tondela: “Águias” sem asas para voar falham voo para o primeiro lugar

"A Crónica: Encarnados Não Aproveitam Escorregadela de Dragões em Famalicão
O SL Benfica entrou esta tarde, frente ao CD Tondela, ciente de que uma vitória podia significar a subida à primeira posição da Primeira Liga, depois do rival FC Porto ter perdido em casa do FC Famalicão.
Os encarnados entraram com vontade de marcar cedo, tendo Rafa, aos dois minutos de jogo, uma oportunidade flagrante de golo. Valeu o pé esquerdo de Cláudio Ramos, que desviou a bola do canto inferior esquerdo da baliza dos tondelenses.
A primeira parte prosseguiria, sempre com os encarnados no comando da partida, e com os auriverdes a espreitar o contra ataque. No entanto, as tentativas da equipa visitante saíam frustradas, uma vez que a pressão exercida pelas “águias” no meio campo ofensivo estava a estancar qualquer ímpeto ofensivo dos homens de Natxo González.
Na segunda parte, o CD Tondela entrou mais solto e conseguiu chegar com alguma frequência, nos primeiros cinco minutos, à zona mais recuada dos encarnados. Após esse período de jogo seguiu-se uma enchente de ocasiões de golo para os encarnados, que pareciam estar em dia não no que a marcar golos diz respeito. Destaca-se os cabeceamentos de Rúben Dias e de Dyego Sousa aos ferros da baliza à guarda de Cláudio Ramos, aos 77’ e aos 84’ respectivamente. 
Do lado dos visitantes destaca-se o lance individual de Richard Alexandre, que, aos 75’ minutos, disfere um remate rasteiro que passa a centímetros do poste esquerdo da baliza de Vlachodimos. Os encarnados perdem, assim, a oportunidade de assumirem a liderança do campeonato, continuando dependentes de uma escorregadela do FC Porto para sonhar com o título.

A Figura
Cláudio Ramos O internacional português foi uma muralha autêntica no caminho dos encarnados. Com uma grande intervenção aos dois minutos de jogo, Cláudio Ramos deu sempre tranquilidade aos seus colegas ao longo do jogo.

O Fora de Jogo
Bruno LageNão se percebe o porquê de Bruno Lage não levar nenhum médio para o banco, nem tão pouco se percebe a fixação do treinador em tentar promover um jogo mais direto, quando dispõe de jogadores com categoria para jogar um futebol mais apoiado. De resto, foi quando esse futebol apoiado apareceu que, surpresa, também apareceram oportunidades de golo…

Análise Táctica – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se no seu típico 4-4-2, que, em certas alturas, transformava-se num 4-2-3-1, com Taarabt a recuar nas costas de Vinícius para buscar jogo entrelinhas. Com o regresso de Gabriel anunciado, a verdadeira surpresa no onze das “águias” foi o ingresso de Jardel a titular, sendo que Ferro, habitual titular, ficou no banco. Os encarnados, ao longo da partida, forçaram muito o jogo exterior, apostando em cruzamentos para a área dos tondelenses, ao invés de fazer combinações no interior do terreno. Os homens de Bruno Lage tornaram-se demasiado previsíveis, sendo que só conseguiram “abanar” a defensiva tondelense quando faziam combinações curtas, algo que aconteceu poucas vezes.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (3)
André Almeida (2)
Rúben Dias (3)
Jardel (3)
Grimaldo (3)
Pizzi (3)
Gabriel (3)
Weigl (2)
Rafa (3)
Taarabt (3)
Vinícius (3)
Subs Utilizados
Dyego Sousa (2)
Seferovic (2)
Jota (2)

Análise Táctica – CD Tondela
O CD Tondela apresentou-se no Estádio da Luz num 4-4-2 clássico, com um bloco médio-baixo sempre à espreita de um deslize na circulação de bola dos encarnados para fazer uma transição rápida. Em termos defensivos a estratégia resultou, visto que conseguiram sair do reduto encarnado em golos sofridos, mas ofensivamente a equipa de Natxo González não conseguiu criar muitas oportunidades de golo – mérito também do Benfica que, durante grande parte do tempo, conseguiu pressionar de forma de modo a estancar os potenciais contra-ataques. 

11 Inicial e Pontuações
Cláudio Ramos (3)
Petkovi (2)
Philipe Sampaio (3)
Yohan Tavares (3)
Filipe Ferreira (3)
Richard (3)
Pepelu (3)
João Pedro (3)
Jhon Murillo (3)
Ricardo Valente (2)
Rúben Fonseca (3)
Subs Utilizados
António Xavier (2)
Pité (3)
Ricardo Alves (3)"

De perdas em perdas até perder o que há para perder

"«ele não perde a bola, e isso é muito importante para mim»
Pep Guardiola sobre Bernardo Silva

«É comumente aceite a negatividade da perda de bola, mas paralelamente sentimos que à mesma não é dada a importância que ela realmente tem, pela forma como afecta todo o jogo da equipa e a relação com o adversário. É constantemente desvalorizada em favor de outros comportamentos. Sendo a estatística hoje muito debatida, um dado geral, que depois carecerá de um contexto em relação à forma de jogar da equipa provavelmente à função ou espaço onde se encontra o jogador que perde a bola, sentimos que a perda de bola, poderá talvez ser, a seguir aos golos marcados e sofridos... o dado estatístico mais importante do jogo»
Retirado do “Saber Sobre o Saber Treinar”

Nenhuma equipa será verdadeiramente grande enquanto reunir um conjunto de jogadores que sistematicamente perdem a posse. Que a perdem porque não são suficientemente inteligentes ou porque não têm nível técnico ou motor o suficientemente eficiente para promover eficácia.
Por mais que ainda hoje se continue a valorizar jogadores que acertam apenas uma em cada dez, porque essa uma tem uma qualquer beleza estética, nenhuma grande equipa resiste sem que tenha na sua base jogadores capazes de terem regularidade na sua qualidade.
Ter Pizzi, Gabriel, por vezes até Rafa (embora com grande capacidade para criar, e de quem se pode sempre esperar mais – e não há outro assim) e Vinícius (não há melhor, é um facto) significa que se espera por momentos, mas que não se consegue na regularidade aproximar a equipa desses momentos – Afinal, são jogadores com erros sistemáticos. O oposto serão jogadores como Chiquinho, Weigl ou o próprio Tiago Dantas – Podem nem se fazer notar, mas porque não erram ajudam ao carrossel ofensivo, aproximam a equipa do último terço, são eficientes e ajudam a estrangular opositores que não conseguem roubar bolas e aproveitar para respirar.
Bruno Lage trouxe para o relvado na retoma do campeonato o mesmo conservadorismo nas escolhas com que atravessou a fase negra pré paragem. E curiosamente na temporada finda, foi quando trocou tais receios pelo lançamento dos jovens Felix e Florentino que fez o Benfica crescer.

«Já reparaste que nós muitas vezes substituímos um jogador e ele é que fica chateado connosco? Então mas eu estou a tirar um jogador do campo porque ele não está a render e ele é que se chateia comigo? Eu dizia-lhes: “Amigos, calma lá, vamos aqui perceber uma coisa: quem está lixado convosco sou eu. Não ponham as coisas ao contrário. Não vão por aí. A mim é que me apetece partir-vos todos, não são vocês a mim.»
Luís Castro

Surpreendente (analisando exclusivamente qualidades dos jogadores) a exclusão de Chiquinho e a persistência em Pizzi. Sim, o transmontano tem um registo estatístico que impressiona (número de golos), fruto de ser um jogador com grande capacidade para definir em Finalização. Contudo, é sempre um jogador a menos no processo defensivo, e sempre incapaz de ajudar sequer a equipa no processo de Criação. Para lá de que mais do que ser incapaz de criar, é uma fonte de problemas por perder sistematicamente bolas fáceis – É completamente ineficiente na forma como recebe a bola, e a sua velocidade de execução paupérrima é hoje um problema de dimensão gigantesca.
Sem surpresa é sempre o jogador encarnado com pior percentagem de passe (apenas superado pelo Avançado Centro), e uma fonte de perdas de bola. Não cria, não desequilibra ofensivamente, não defende e por isso torna toda a pressão colectiva insípida e limita-se a esperar que alguém o alimente para finalizar na grande área.
É curioso que muito dificilmente os melhores 10 goleadores do futebol mundial venceriam jogos se coabitassem todos o mesmo onze. É que sendo o golo o dado mais importante do jogo, para que alguém o possa marcar, é preciso haver quem construa e quem crie. Nos dias que correm ter Pizzi é ter alguém que o pode fazer, mas menos um para o criar, além do tempo que gastará à sua equipa – Afinal muitos dos ataques que passam por si passam a ser ataques do adversário. Embora neste particular ninguém na realidade clube grande em qualquer ponto do globo consiga bater Gabriel (tendo em conta o posicionamento sem pressão que ocupa).
A perda de qualidade individual do Benfica de ano para ano é uma evidência, e nenhum treinador no futebol mundial o esconderá – Embora alguns possam exigir outros “ovos”, e outros possam não compactar com quem tem mais estatuto que rendimento.

Taarabt tão adiantado parece um equivoco – Não tem habilidade motora e velocidade de movimentos corporais para definir em espaços tão curtos, e ainda mais se recordarmos que é de frente para a zona de criação que tem mais impacto pela forma como a alimenta. A saída de Weigl, único jogador de todo o onze capaz de valorizar a bola outro equivoco gritante, ainda para mais quando a opção passou por manter o melhor jogador do Tondela, pela quantidade de bolas que deu para os forasteiros atacarem – Gabriel Pires.
Se recordarmos que foi com Chiquinho que o Benfica cresceu na presente temporada, mais se percebe a importância de ter quem seja eficiente no seu gesto e nas suas decisões."

Ton(ba)dela

"A anedota da lâmpada tem várias versões. Um conto que é popular muito pela dinâmica que o DIY lhe confere e que nos permite criar vários episódios interminavelmente. Assim, da mesma linha da ‘quantos analistas e comentadores de rádio e TV são precisos para mudar uma lâmpada?’ surge, depois deste Benfica-Tondela, a versão ‘quantas identidades, estratégias, modelos e ideologias, são precisos para marcar um golo?’ Isto porque por mais que se mexa a gosto nas opções técnicas (já lá vamos) a ciência de acertar com a baliza ainda não minguou ao ponto de nos poder entrar pela caixa mental adentro. E assim, a principal nota de destaque desta partida (e porque não também da outra que envolveu o outro candidato ao título) terá que ser o elevado número de oportunidades de golo que o Benfica desperdiçou.
Algo incrível que foi cavalgando em número à medida que as águias foram deixando o #staysafe da 1ª metade de lado e foram adoptando um jogo mais de risco na etapa complementar. Se os primeiros 45 foram marcados por um esforço em evitar o vírus da transição, a segunda metade trouxe a inevitabilidade de explorar o espaço (pouco ainda assim) que o Tondela deixava quando os seus extremos encostavam, em organização defensiva, aos laterais, abrindo hipóteses de combinações interiores que o Benfica evitou, em boa parte, no primeiro tempo. Sendo que aí, com Rúben e Jardel praticamente à vontade, a meia-esquerda ia tentando atrair o espaço que sublinhámos acima. O problema, já o dissemos passou por evitar o aglomeramento social e manter o distanciamento, não forçando o suficiente para que o domínio territorial e superioridade encarnada se refletisse tão fortemente como no reatar.
A isto é de juntar, e relembrar, que à medida que as organizações ofensivas foram evoluindo ao longo dos últimos anos, também o outro lado da moeda catapultou para níveis superiores. Quem não concordar que olhe para este jogo do Tondela como manual para a ocupação de espaços mas que, se fizer o favor, não o enalteça nem eleve ao Olimpo como forma de vencer jogos. O Tondela, claro está, sairá nas crónicas como muralha competente pelo brio, atitude e inteligência (merecidos elogios) mas também pela falta de acerto na finalização do campeão nacional.
E quando aos 74 minutos, Seferovic (que não marca desde a 6ª jornada rendeu Vinícius (que cumpriu o 4 º golo sem fazer a bola bater no cordame) rapidamente percebemos que muito do afundar qualitativo do jogo benfiquista desceu à realidade muito pela falta de golo (principalmente o golo fácil e regular que criou hegemonia) e rrapidamente perceberemos também que depois deste período forçado de confinamento nada mudou. A boa notícia para os encarnados é que o maior rival padece exatamente da mesma maleita. E a luta pelo campeonato será a mesma de todos nós: encontrar uma vacina!
Benfica-Tondela, 0-0"

[FR] Bistrot - After Match Journée 26 vs Tondela

Benfica After 90 - Tondela...

Espanha...

Máxima exigência

"Falhada a oportunidade de passarmos para a liderança isolada do Campeonato, exige-se agora uma resposta imediata da equipa, com a ambicionada vitória na difícil deslocação a Portimão na próxima quarta-feira, 10 de Junho.
Neste carrossel de emoções que tem caracterizado a luta pelo título desta época, todo o foco tem de estar nas nove finais que faltam disputar e que terão de ser enfrentadas com o máximo de rigor e exigência competitiva de acordo com a ambição a que estamos habituados.
O resultado, ontem, foi injusto. A nossa equipa dominou o jogo, instalou-se no meio campo adversário na esmagadora maioria do tempo e criou oportunidades de golo mais do que suficientes para vencer a partida (só Odysseas não rematou à baliza adversária), mas a ineficácia ofensiva penalizou-a.
O regresso aos triunfos é fundamental para alcançarmos o bicampeonato, numa retoma caracterizada pela necessidade de nos adaptarmos a toda esta nova realidade de não se sentir o apoio dos adeptos no Estádio.
Mas infelizmente a noite também ficou marcada pelo cobarde e criminoso ato de apedrejamento de que foi alvo o autocarro que transportava os nossos jogadores à saída da A2, quando se deslocava para o Benfica Campus no Seixal.
São situações que se têm repetido com maiores ou menores consequências, sendo a mais grave, recorde-se, a que vitimou o nosso adepto Bruno Simões quando o autocarro de adeptos do Benfica foi apedrejado no regresso a Barcelos, após um Benfica-Braga na Luz, para além das diversas situações que têm sido recorrentes no futebol português. 
Em todos estes casos, sem excepção, importa e exige-se que as autoridades actuem com o máximo rigor, e identifiquem e punam os responsáveis destes actos criminosos, verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem excepção.
Estão a mais no futebol e devem ser punidos de uma forma exemplar."

Ontem...

"1. Ataque ao Autocarro. Ontem  Ontem tivemos um dos dias mais tristes da nossa história. A nossa equipa sofreu um ataque bárbaro e cobarde. Dois jogadores ficaram feridos. O Weigl parece estar bem, mas as primeiras imagens do Zivkovic - que os vídeos dos treinos pareciam muito promissores - não parecem nada boas. Nesta altura aparece sempre uma malta a dizer que isto é culpa de LFV ou de Bruno Lage ou do clima do futebol. Não é. Isto é culpa de uns criminosos. Eu não consigo perceber o que vai na cabeça do(s?) génio(s) que fazem isto. Se mandar um calhau contra a parte lateral do autocarro da sua própria equipa já é estúpido o suficiente, mandar também um calhau contra a frente do autocarro. A situação podia ter sido muito mais grave. Estas pessoas não estão a fazer um favor ao SL Benfica. Estas pessoas nem do Benfica são. São doentes que confundem a sua vida pessoal com os resultados de uns tipos que dão uns chutos numa bola. Estas pessoas estão a cometer um ataque contra o clube e, pior ainda, contra a vida dos jogadores. A polícia que os identifique e que os leve à justiça. Pessoas assim são um perigo para a sociedade.
2. O Jogo com o Tondela. De tudo o que aconteceu ontem, o resultado contra o Tondela é o menos relevante. Mas falando um pouco sobre o jogo, nota-se que pouca coisa mudou. A equipa continua sem ideias do que fazer em campo. Tivemos 3 ou 4 boas jogadas o tempo todo e quase todas em ataque rápido. Em ataque posicional ficámos reduzidos aos cruzamentos. Já estamos assim há algum tempo. A diferença é que antes marcávamos cedo e o adversário deixava de defender em bloco. Acho que faz falta um lateral direito que possa atacar tanto como o Grimaldo. Dou por mim a imaginar jogar com Cervi ou Jota ou Zivkovic a lateral direito - bem sei que dois deles têm pé esquerdo. Mas tanto André Almeida como Tomás Tavares já tiveram dezenas de oportunidades e nenhum mostra ser capaz de fazer aquilo que André Almeida fez no ano passado, que era atacar, estar envolvido em jogadas e fazer umas assistências. Neste momento o nosso ataque é previsível. Os adversários defendem o centro do campo com 4-5 jogadores. Nós não nos atrevemos a entrar por ali. O lado direito não dá profundidade nenhuma. Ficamos resumidos a atacar pelo lado esquerdo. Vê-se que faltam muitas dinâmicas entre Rafa, Pizzi e Vinícius. No entanto, também posso dizer que é possível jogar assim. Este sistema é exactamente o mesmo que vi o Shakhtar cilindrar o seu rival no fim de semana passado. Ambas as equipas jogam com quatro defesas, um médio defensivo, dois médios centros, dois extremos que jogam mais por dentro, um ponta de lança e com os laterais a fazerem as alas todas. A ideia é boa. Muito boa até. Mas a concretização ainda está bastante longe do exigido. A paragem não terá ajudado. Porque apesar de terem tido tempo para reflectir sobre o jogo, não treinaram com regularidade.
3. Bruno Costa Carvalho e José Boto. O candidato a Presidente do Benfica anunciou a semana passada que iria fazer tudo para trazer José Boto de volta. Prontamente surgiram notícias a citar José Boto que não estava interessado em regressar a Portugal. A situação foi um pouco bizarra, mas a meu ver só o facto de Bruno Costa Carvalho estar a pensar nisto já é um bom sinal. Já aqui falei disto. O Benfica decide muito mal a formação dos seus plantéis e especialmente a contratação de reforços. Não sei quem é o responsável pela criação do plantel, se calhar até é mais do que uma pessoa - o que é logo um erro - mas é preciso dar uma cara a quem é o responsável porque os resultados são ridículos - e nem estou a exagerar. Basta ver a lista de reforços dos últimos dois anos e vejam o tempo médio que o jogador esteve no Benfica. É surreal. Não vejo isto a acontecer em mais nenhum clube do mundo e se acontecesse, os seus responsáveis já estavam despedidos. A lista é esta: Gabriel (grande reforço), Nicolas Castillo (saiu 6 meses depois), Germán Conti (saiu 18 meses depois), Alfa Semedo (saiu 6 meses depois), Odysseas Vlachodimos (grande reforço), Cristian Lema (saiu 6 meses depois), Tyronne Ebuehi (0 jogos pela equipa principal), Yuri Ribeiro (saiu 12 meses depois) Facundo Ferreyra (saiu 6 meses depois), RDT (bom jogador, saiu 6 meses depois), Caio Lucas (saiu 6 meses depois), Chiquinho, Carlos Vinícius (bom reforço) e Julian Weigl (bom reforço). Estão a ver aqui alguma tendência ou não? Quem quer que o Benfica contrate neste verão, o mais provável é que em Janeiro já não esteja no clube. Por isso, sim, só o facto de BCC estar a pensar ter um responsável máximo no futebol que decida tudo o que acontece nos plantéis das nossas equipas é um excelente sinal e espero que os restantes candidatos pensem em algo semelhante.
4.Eleições no FC Porto.  As eleições no FC Porto estão aí à porta. Pouco interessa para mim como benfiquista, até porque já se sabe quem é que vai ganhar. Mas na minha opinião meteram uma barra no nível de democrático e espero que o Benfica tenha a coragem de pelo menos conseguir manter esse nível. Todos os candidatos foram entrevistados no canal do clube. É esse o mínimo que tem que acontecer no Benfica.
5. Camisolas do Benfica 2020-21. Já saíram os primeiros leaks das camisolas da próxima temporada. A principal vai ser vermelha como sempre, mas não terá qualquer branco. As três riscas da Adidas por cima serão pretas e o símbolo do clube será monocromático mas em amarelo. O equipamento principal, pelo menos a camisola, não terá branco. A secundária será cinza escura com o símbolo do clube também monocromático mas em prateado. Vou deixar nos comentários umas imagens que uns designers fizeram com base nestes leaks. Estes desenhos não são oficiais. Eu percebo que a Adidas tenha que mudar as camisolas todos os anos para continuar a vendê-las. Mas devo também confessar que já começa a enjoar um pouco termos sempre edições standards que todos os outros clubes têm e só mudam a cor. A Adidas tem uma história com o Benfica bastante longa, mas já há algum tempo que não nos dão a atenção que um clube como o nosso merece. Gostava que o clube tivesse os seus próprios designs, personalizados, relacionados com a história e a cultura do Benfica. A New Balance dá isto ao Porto, por exemplo. Temos um passado rico. Mas os nossos equipamentos fazem de nós um Wolverhampton qualquer. Por mim, há algum tempo que tinha deixado a Adidas e passado para uma marca mais pequena mas que nos tratasse como um flagship club. Há imensas marcas chinesas com tecnologias muito avançadas a entrar no Basquetebol. Eventualmente quererão entrar no futebol. Acho que seriam óptimas oportunidades para nós."

Vinicius, meu filho, há aqui um mal entendido qualquer: a ideia é cruzares os braços depois de marcares golo, não antes

"Vlachodimos
Sabem aquela sensação quando saíram de casa depois de 2 meses fechados e pensaram “ok, era só isto? bardamerda, vou voltar para dentro”

André Almeida
Depois de meses de confinamento, André Almeida pareceu pouco interessado em retomar a vida social, enfiando-se num beco algures na direita do ataque à espera que aparecesse uma ideia de jogo para o salvar.

Rúben Dias
Surpreendeu boa parte dos colegas ao entrar em campo com vontade de ganhar ao Tondela. Ainda que tenha usado uma bandolete de gosto discutível, merece a nossa admiração. Em todo o caso, eu deixaria a bandolete em casa.

Jardel
Bruno Lage diz que ele traz algo diferente à equipa, uma afirmação entretanto elogiada pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Jardel foi o ansiolítico de que precisávamos no centro da defesa e criou as condições para podermos mais friamente insultar outros colegas de equipa. 

Grimaldo
O Tondela esteve quase sempre mais interessado em defender, o que deu a Grimaldo tempo para tentar toda a espécie de cruzamentos inconsequentes: rasteiros para os pés dos centrais, a meia altura para as mãos do guarda redes, e ao segundo poste para ninguém.

Weigl
Destacou-se no primeiro quarto de hora com dois passes para as costas da defesa adversária a servir Grimaldo, acções que animaram os adeptos, há meses habituados a vê-lo a passar para trás ou para o lado. Manteve-se interessado no jogo e com vontade de ajudar, apesar das constantes partidas pregadas por Gabriel, que insistia em ver se Weigl era capaz de compensar.

Gabriel
Parabéns ao técnico de som do Estádio da Luz, que resistiu estoicamente à tentação de colocar os assobios dos adeptos durante a transmissão, mesmo após a vigésima segunda perda de bola de Gabriel.

Pizzi
Se os cachecóis tivessem pernas, teriam saído 20 minutos antes do fim. Desta vez, acho que compreenderia. É que o Pizzi nem chegou a aparecer no estádio.

Taarabt
Imaginem um restaurante com as melhores entradas do mundo e um bitoque saído de uns sapatos Camport usados desde a década de 90. Naturalmente, vamos enfardar as entradas. Sabemos que não correspondem a uma refeição, mas sabem lindamente, vão matando a fome e o valor nutricional pode esperar.

Rafa
Uma oportunidade logo a abrir a primeira parte que nos fez crer que a noite seria tranquila, e uma logo após o início a segunda parte que nos fez perceber que a noite ia descambar. Acabou rodeado de colegas no corredor central à procura de linhas de passe como numa mesa de matraquilhos, com muitas pernas do Tondela e poucas ideias que convencessem os adeptos a renovar a BTV em Julho. 

Vinícius
aqui um mal entendido qualquer. A ideia é tu cruzares os braços depois de marcares golo, não antes.

Dyego Souza
Segundo as estatísticas, esse parente afastado da verdade desportiva, foi um dos melhores jogadores em campo durante a meia hora que lá passou. Ninguém viu esta grande exibição e, se dependesse de alguns benfiquistas, Dyego Sousa já estaria num navio a caminho do seu clube na China, mas os números teimam em dizer que ele fez um bom jogo. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para os ignorar.

Seferovic
Talvez a DGS deva intervir para impedir problemas maiores de saúde mental.

Jota
jogadores acerca dos quais dizermos que têm golo nos pés. É uma síntese feliz, mas há outras. Por exemplo, a entrada do Jota ontem pareceu ter uma rescisão amigável da equipa técnica. Nos pés, estão a ver?"

Cadomblé do Vata (rescaldo frio!!!)

"As reacções a quente aos infortúnios só nos deixam expressar os pontos de vista maus da situação. Aguardando umas valentes horas e a frio, já dá para identificar o lado bom da coisa. Ontem seria impossível, mas hoje consigo ver como o desastre da Luz até pode ter sido positivo para mim. Primeiro descobri que sou a pessoa ideal para com quem trocar dois dedos de conversa durante a madrugada. Depois, tirei as dúvidas e posso-vos confirmar que não tenho medo do escuro. A minha esposa também adorou a minha noite em branco, porque pôde dormir sem alguém a ressonar ao lado e não precisou de discutir quem se levantava para dar a bucha "forra-estômago" ao pequenote às 5h15, que irá recordar durante anos, os 170 ml de leite bebidos no colo do pai que nem para ele conseguiu sorrir.
Se me pedissem para dar um título ao jogo de ontem, eu escrevia "Relatório e Contas Trimestral do FC Porto". Foram 90 dias à espera dele e depois quando chegou, foi merda igual ou pior do que o último. Bem sei que futebol é técnica e táctica, mas deixem-me comentar isto pelo lado romântico do treinador de bancada: o que mais é preciso acontecer para os jogadores do SL Benfica se galvanizarem e entrarem em campo como Papoilas Saltitantes de garras afiadas? O olhar acomodado e infeliz que havia sido detectado à Beira Sado nos nossos atletas, foi o mesmo que ontem se exibiu para os cachecóis ululantes das bancadas da Catedral.
Falava esta semana com o André dos Estores sobre a questão da motivação, ainda com a visita a Setúbal na memória. Um Glorioso que precisava dar uma machadada nos maus resultados foi (devia ter sido) espicaçado por declarações estúpidas do guardião adversário. Pode ser impressão minha, mas há 25/30 anos atrás, tamanha desfaçatez georgiana tinha dado direito a que os 2 primeiros cantos a nosso favor fossem batidos para a zona do guardião, com o Mozer a carregar sobre ele inopinadamente em ambas as vezes. De sorriso nos lábios e sem levar a mão à boca, José Carlos Nepomuceno Mozer esticava o braço a Makaridze e enquanto o ajudava a levantar repetia-lhe "respeita o Benfica cabrão". Samaris e Dias estiveram em campo no Bonfim e nem dele se aproximaram e se bem me recordo os 2 primeiros cantos surgiram já ia bem avançado o ponteiro do cronómetro.
A recepção ao Tondela podia significar a subida ao topo da tabela isolado, capitalizar a abébia azul e branca e marcar a posição de "tremam filhos da mãe, porque nós regressamos fortes para o que falta jogar". Esperavam-se 90 minutos de corta relva e BTV obrigada a desligar microfones, para poupar os telespectadores à gritaria e calão avulso. O que tivemos foi hora e meia de constante câmara lenta, enfado estampado nos olhos dos que por ali andavam passeando o Manto Sagrado e uma Catedral transformada em Santo Sepulcro de onde apenas emergia a voz de Cláudio Ramos mandando subir ou clamando por Pepelu... ou então era um adepto do lado de fora a gritar "não jogam um cú"."

Cadomblé do Vata (rescaldo)

"Lamento muito pelo Bruno Lage, que é um treinador que aprecio, mas 0-0 em casa contra clube pequeno (com todo o respeito pelo CD Tondela), é atestado de incompetência colectiva. Acresce que nos ultimos 3 jogos na Luz marcamos 1 golo e de penalty. O Estádio da Luz é o nosso terreno sagrado. Foi construido para ver golos do Glorioso. Se a bola não se estatela na rede adversária, a Catedral perde o seu propósito de existência. Dentro do retângulo pintado a cal mais lindo do Mundo não há sorte, azar ou guarda redes de engate. Há competência ou falta dela. E nisto da bola, ou dá ou não dá. Quando não dá, obrigado, foi um prazer e amigos como dantes. Novamente, lamento muito, mas... 0-0 contra"Tondelas" na Luz em jogos de ataque à liderança, definitivamente não dá."

Benfica 0-0 Tondela: A mediocridade perante o silêncio

"Quem não tinha já saudades do futebol caseiro? Estes 3 meses fizeram-nos esquecer o pobre futebol que praticávamos. Confesso que durante a quarentena, os inúmeros episódios do #BenficaDeQuarentena e os semanais do Benfica FM me fizeram visitar outros tempos, com os quais me apercebi que o Sport Lisboa Benfica, outrora, foi muito grande. Hoje em dia, os momentos que consideramos gloriosos não passam de raras situações de efemeridade, quando comparados com a História do Benfica. A História do Benfica fez-me mesmo esquecer o futebol que praticamos actualmente. Talvez não tenha realmente passado de uma ilusão, deixei-me iludir sonhando que o Isaías ia resolver o jogo de hoje da meia-lua, que o Ricardo Gomes ia cabecear para as redes num canto, que o Eusébio ia fazer das suas ou que o Carlos Manuel ia marcar um canto directo. Talvez até um livre do Cardozo, porque não?
Passando para a triste mediocridade actual, Gabriel falha inúmeros passes da meia-lua, Rúben Dias e Jardel contabilizam vários cabeceamentos falhados, Grimaldo desperdiça 14 cantos e nem um a livre à entrada da área temos direito. Quanto a Eusébio, esqueçam, não tem mesmo comparação possível. Posso tentar comparar apenas com o colectivo todo, que desaproveitou 26 remates, sabendo que o Rei apenas precisava de um. Passando rapidamente ao jogo de hoje, a equipa apresentou-se com apenas Jardel como novidade, no lugar de Ferro. Nas bancadas do estádio, 21 000 cachecóis vermelhos hasteados nas cadeiras representavam milhões de benfiquistas privados de ir ao estádio, por motivos pelos quais aguardámos 3 meses por este jogo. A motivação extra estava lá, o Porto havia perdido frente ao Famalicão no dia anterior e o Benfica podia passar para primeiro lugar. Para aproveitar a ajuda de Pote e alcançar o pote, isto é, passar para a frente, bastava uma vitória frente ao 14º classificado, o Tondela.
O jogo começou ao ritmo esperado. Os primeiros 15' foram a passo lento mas não causaram grande preocupação, era expectável. 3 meses sem jogos, regresso a estes sem adeptos, em condições novas para os protagonistas. O problema foi que esses 15' se traduziram na totalidade do jogo. Um Benfica que, infelizmente, nos reavivou a memória dos jogos anteriores e não apresentou fio de jogo. Apresentou, no entanto, uma táctica que consistia em cruzar a bola para o adversário, quase sempre sem sucesso. Foi uma fotocópia dos últimos jogos, nas crónicas anteriores ainda me dei ao trabalho de tentar reflectir sobre o estilo de jogo, agora já estou saturado. É preocupante acabar com 26 remates, nenhum golo e a melhor oportunidade de golo ser do adversário. O jogo acabou 0-0 e traduziu-se em mais um empate, que agrava a crise de resultados, apenas 1 vitória nos últimos 9 jogos.
Vendo pelo copo meio-vazio: O Benfica fez um jogo fraco e mostra grandes debilidades para o que resta do campeonato. O título só parece possível se o Porto perder mais do que um ponto, porque parece certo que nós também o faremos, perante o fraco futebol. Vendo pelo copo meio-cheio:
- Deixo um voto de esperança a todos os benfiquistas, acredito que ainda poderemos ter adeptos no estádio até ao final do campeonato, em condições de segurança. Talvez seja impossível estarmos todos presentes no estádio actualmente, mas vejo com bons olhos a integração da ocupação de 1/3 da lotação dos estádios, aí será mais fácil escrever estas crónicas. Cumpram as normas de segurança e encontraremo-nos lá, a festejar a conquista do campeonato. Melhores dias virão e viva o Benfica. 

Notas individuais:
Odysseas: 6
Não teve que fazer nenhuma defesa. 6 é a nota de quem cumpriu.
André Almeida: 4
Prefiro o Tomás, principalmente contra blocos baixos. Além de ser jovem e ter larga margem de progressão, ataca melhor do que o André que mostrou grandes dificuldades em ser objectivo.
Rúben: 7
O novo corte de cabelo à Maldini não tem ponta por onde se pegue mas foi dos melhores em campo. Ofensivamente, é o jogador que cruza melhor no Benfica e isso é assustador, no mínimo. 
Jardel: 7
Grande surpresa: primeiro, apareceu a titular inesperadamente e causou alguma preocupação sobre a sua condição. Depois, grande exibição, muito bem na antecipação e no posicionamento. 
Grimaldo: 5
Falta-lhe objectividade. É muito melhor aproveitado nas suas progressões associativas interiores, mas parece ter ordens para ficar na linha e dedicar-se apenas aos cruzamentos. É pena. 
Weigl: 7
A sua substituição acaba por ser algo inesperada. Saiu aos 60', mesmo tendo sido dos melhores em campo. Muito forte na recuperação de bola e a começar a apostar na verticalidade. 
Gabriel: 5
Parece um robô e nem sei se recuperou totalmente a visão. Sempre que recebe bombeia para a frente e para as aulas quase sem olhar. Perdeu 24 vezes a bola. O estilo de jogo é tão previsível que não consegue desequilibrar com os seus passes.
Rafa: 4
Muito apagado, a sua queda de forma é notória e até faz impressão.
Pizzi: 4
Escondeu-se do jogo, nem se viu em campo. Um pouco à semelhança de Rafa.
Taarabt: 6 
Não fez dos seus melhores jogos, principalmente na primeira parte. Na segunda, melhorou muito e foi dos poucos a arrancar com a bola para a frente, ao invés de se limitar aos cruzamentos. Ainda ajudou bastante na transição defensiva, principalmente no final do jogo.
Vínicius: 5
Esteve apagado do jogo, a bola não chega e o a ausência de processo ofensivo tira-lhe o potencial.
Dyego Sousa: 5
Copy-paste do Vínicius. Não vou julgar enquanto assim for.
Seferovic: 3
Não foi feliz.
Jota: -
Mais tempo para o Jota é essencial. 5' não dá para nada. É dos poucos que pega da bola e não se esconde do jogo."

[DE] SL Benfica - Tondela 0:0

"Drei Monate nach der Zwangsunterbrechung wird in der Liga NOS wieder Fußball gespielt. Auf und neben dem Platz ist fast alles beim Alten geblieben.
Wer gehofft hatte, die dreimonatige Pause würde die Akteure im portugiesischen Fußball ein wenig zur Besinnung bringen, wurde jedenfalls enttäuscht. Schon in der Debatte um die Wiederaufnahme des Spielbetriebs fanden die meisten Funktionäre schnell in den Normalmodus zurück. Wie gewohnt wurde gedroht und unterstellt, Ligapräsident Pedro Proença steht nach internem Zwist vor dem Aus. Aller Appelle zum Trotz versammelten sich zudem am Mittwoch und Donnerstag Fangruppen vor den Stadien in Famalicão, Lissabon und Guimarães.
Der „Restart“ selbst begann mit einem Paukenschlag, denn am Mittwochabend verlor Spitzenreiter FC Porto mit 2:1 beim Aufsteiger Famalicão und bot Verfolger Benfica damit die goldene Gelegenheit, Tags darauf die Tabellenführung zurückzuerobern. Dafür benötigten die Adler lediglich einen Heimsieg gegen den Tabellenvierzehnten Tondela.
Die leeren Plätze im weiten Rund des Estádio da Luz waren mit mehr als 20.000 Fanschals dekoriert, die die Anhänger der Adler in den Tagen vor dem Spiel zum Stadion gebracht hatten. Auf dem Spielfeld übernahm Benfica erwartungsgemäß die Initiative und kam schon nach 70 Sekunden zu einer ersten Gelegenheit durch Rafa.
Es folgte ein zähes Ringen, das den Zuschauern vor den Fernsehgeräten schnell die Freude an der Rückkehr ihrer Helden nahm. Während Tondela eigentlich gar nicht am Spielgeschehen teilnahm und sich über weite Strecken ganz auf die Verteidigung des eigenen Strafraums konzentrierte, fehlte es Benfica einmal mehr an Ideen, um den Abwehrriegel des Gegner zu knacken. Trotz 61 Prozent Ballbesitz blieben die Adler immer wieder im Mittelfeld stecken, im Angriffsspiel war die Mannschaft von Trainer Bruno Lage auf die sehr spärlichen Initiativen von Grimaldo, Rafa oder Taarabt angewiesen. Das torlose Unentschieden war am Ende das logische Ergebnis einer schwachen Partie.
Was bleibt, ist die Erkenntnis, das Benfica Anfang Juni keinen Schritt weiter ist, als am 7. März nach dem letzten Auswärtsspiel in Setúbal. Von den letzten neun Pflichtspielen konnten die Adler gerade einmal eine Partie gewinnen, trotzdem hat Präsident Luís Filipe Vieira dem immer umstritteneren Coach Lage erst am Montag eine Jobgarantie auch für die kommende Spielzeit gegeben.
Auf der Rückfahrt vom Stadion ins Trainingszentrum in Seixal wurde der Mannschaftsbus von Benfica dann mit Steinen beworfen. Scheiben gingen zu Bruch, Julian Weigl und Andrija Zivkovic mussten ins Krankenhaus gebracht werden. Es war das bittere Ende eines völlig missglückten Wiederbeginns.
Weiter geht es für Benfica am kommenden Mittwoch mit dem Auswärtsspiel bei Portimonense. Die Begegnung wird um 20.15 Uhr deutscher Zeit angepfiffen, DAZN und sportdigital übertragen live.
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SL Benfica - CD Tondela 0:0
Liga NOS, 25. Spieltag
Donnerstag, 4. Juni 2020, 19.15 Uhr
Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 0 Zuschauer
Mannschaftsaufstellung: Odysseas, André Almeida, Jardel, Rúben Dias, Grimaldo, Pizzi (83. Jota), Weigl (58. Dyego Sousa), Gabriel, Rafa, Taarabt, Vinícius (75. Seferovic)"

Rescaldo...

Energúmenos...!!!


Ciclos !!!

"Existe o ciclo da água. Existe o ciclo do Sol. Existe o ciclo do #portoaocolo.
Com ou sem pandemia, é um ciclo que se repete jogo após jogo.
No pré-jogo, temos a fase do “condicionamento” e "coação". O tal “pedido à terceira equipa” feito por Sérgio Conceição.
No jogo, temos o resultado prático, ou seja, a fase do “roubo”. Expulsão e penalty por assinalar, que resolveria desde logo o jogo. Foi tão evidente que é um escândalo pelo mundo fora, mas em Portugal tenderá a ser abafado.
Abafado porquê? Porque no final do jogo vem a fase do “choro”. Esta processo resume-se, normalmente, a ir para a conferência de imprensa reclamar que foram prejudicados e que jogam “contra tudo e contra todos”, quando todos viram o que se passou em campo. Normalmente, a fase do “choro” incluí tweets de vários tipos de personagens cartilhados e o auxílio do “jornal” “O Jogo”.
Na semana seguinte, o ciclo repete-se."

A covid-19 e o desporto: uma guerra pela sobrevivência

"A pandemia da covid-19, para além do rasto de morte que tem deixado — muito por culpa de políticos eugenistas, diga-se —, está também a deixar de pantanas o Desporto, essa actividade que obriga a preparação cuidada e intensa numa base científica e que exige competição na procura da superação pelo rendimento do melhor resultado, enquadrado na rota de excelência e do reconhecimento do mérito. A questão é de vista desarmada: logo que seja possível um depois, como vai ser? Que retorno vai haver depois das forçadas paragens em que o tempo foge definitivamente a uns e intervala demasiado para outros? Como recuperar? O que acontecerá às modalidades colectivas limitadas ao jogo executado por memórias distantes e impedidas de ampliar a determinante coesão técnica, táctica, estratégica dos seus elementos?
Se para as modalidades individuais, mesmo com a brutal falta de calendarização conhecida que permita uma periodização de treinos objectiva e adequada, ainda é possível uma manutenção da preparação em nível razoavelmente elevado, para os desportos colectivos o necessário distanciamento físico — e não social, que desse houve e há num fartote quotidiano de diversas formas comunicativas — impede tudo aquilo que cada modalidade obriga. E não se pense que é apenas o Rugby, desporto colectivo de combate onde a conquista de terreno se faz num palmo de respiração comum, que é incompatível com a actual pandemia — olhe-se para o Vólei, que se diz seguro porque tem uma rede a impedir contactos e que, afinal, não separa a respiração conjunta de um rematador contra um bloco de dois ou três adversários. Já o treino do Atletismo em pista é possível com separações de dez metros, se em perseguição, ou de dois corredores, se lado a lado — e à velocidade mais próxima possível do exigido no alto nível competitivo.
Durante uns meses, as modalidades colectivas ficarão limitadas a uma competição onde apenas participará um reduzido grupo de atletas do alto nível e sujeitos a regras de controlo constante, de enorme exigência e verificáveis antes de cada jogo. Jogo que se disputará, por falta do melhor entendimento das coisas, na frente do betão ou de truques a mascarar a verdade das bancadas vazias. É o que vemos no actual retorno do futebol português. Aos adeptos da modalidade ou das equipas restará — teoricamente, porque na prática a ver vamos — o sofá de casa ou um espaço comum de grupos de 20 na frente de um ecrã gigante de televisão ou virados uns para os outros, num faz de conta emocional, a lançar gritos de ânimo ou desânimo que os jogadores jamais darão conta. Mas, num golo transmitido por terceiros, saltos e abraços pela emoção coletiva que afirma o sentimento de pertença, não. Serão jogos que, para atores e espectadores, vão ter o sabor insonso das coisas por obrigação, mesmo que se comentem as vitórias e as derrotas sob o eterno prisma do mesmo culpado de sempre.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 já foram atirados para 2021, na quase certeza de que não serão realizados em terras japonesas, porque um novo adiamento será quase inevitável uma vez que, ao que se sabe, não haverá vacinas em tempo útil para permitir a necessária preparação dos atletas e para o controlo dos milhares de visitantes que chegariam de toda a parte do mundo. A isto junte-se o aumento da desigualdade conhecida das possibilidades preparatórias de ricos e pobres, com um desequilíbrio a aumentar muito entre uns e outros, entre aqueles que tiveram acesso às prevenções em tempo útil e aqueles que conseguiram, num resvés de aflitos, apresentar-se limpos de suspeitas infecciosas. E tudo numa mais que provável desvalorização de resultados. Porque a inexistência de factores de risco para os grupos etários jovens, nomeadamente para o grupo de 20/29 anos, dito saudável e ao qual pertencem a maior parte dos atletas, não passa de um mito — veja-se o caso português para dados de 31/5/2020: o grupo etário 20/29 representa 13,3% da totalidade de infectados, para 7,9% de infectados no grupo etário 70/79. Ou seja: o jovem grupo etário de 20/29 anos, não tendo praticamente qualquer risco de letalidade, constitui um risco enquanto grupo transmissor da infecção. O que exigirá cuidados especiais e testáveis para que seja possível iniciarem as suas práticas desportivas competitivas.
No fundo, os modelos de referência que atraem e seduzem e que estão na base da sequência circular da substituição rejuvenescida estarão longe do seu melhor, atraindo menos e abrindo espaços para outras naturezas que, insidiosas, se apoderarão do vazio com promessas de fácil atractividade e com apostas seguras, sem riscos aparentes ou dificuldades de acesso. Vai ser assim: por culpa daqueles que insistem em dar o nome de Desporto a tudo que mexe, ignorando as diferenças para a actividade física ou para o mero lazer de movimento e que insistem quer na sua insofismável e absoluta visão salutar, quer na dificuldade de entender que a importância do “Desporto para 2/2 Todos” se centra, acima de tudo, na preocupação pelo direito de acesso à prática desportiva competitiva por culturas de diferentes raças, religiões ou costumes, o e-sports, mexendo os olhos e os dois polegares, aí estará, com toda a naturalidade que possa aparentar nomeadamente mostrando a moralidade de preocupações antidopagem que usará como suas, para ocupar, com a sua enorme capacidade financeira, o vazio que ficará no buraco desta pandemia.
E se não houver percepção de que existem novas e diferentes exigências para salvaguarda do Desporto, preparando novos processos estratégicos de implementação e de acesso a apoios governamentais específicos, perder-se-ão, para além da importância da complexidade do seu modelo, as características do Desporto que definem o seu enorme valor social: integração, excelência, mérito. 
Como em tudo o resto na vida, o Desporto que conhecemos pode, por ignorância, equívoco ou distracção, não ser para sempre. E o outro dito desporto que nos espera, o e-sports, viverá pelas vistas curtas de manutenção de uma ignorante mistificação primária: que o elemento central do Desporto é a Juventude."

O martelo de Nietzsche V

"1. A natureza racional dos Homens permite-lhes desenvolver acções voluntárias que decorrem do livre arbítrio o que liberta a humanidade dos seus próprios instintos mais egoístas. Então, num hino à lei do menor esforço, a lógica é o Estado tomar conta da Sociedade, e, assim, monopolizar o altruísmo próprio da condição humana. Felizmente, os Homens também empreendem ações que, apesar de determinadas pelo livre arbítrio, parecem involuntárias uma vez que é o altruísmo próprio do instinto moral que se sobrepõe ao instinto natural. Então, a lógica é a Sociedade tomar conta do Estado, e, assim, colocar o altruísmo ao serviço do desenvolvimento humano.
2. Diz o Programa de Recuperação Económica do PSD apresentado por Rui Rio no passado dia 3 do corrente mês que o Partido quer um Estado que proteja e sirva os cidadãos. O problema é que, em matéria de desporto, foi precisamente a partir do XV governo Constitucional (PSD) que se desencadeou um “golpe palaciano” que institucionalizou um desporto clientelar subjugado por um Estado omnipresente que, depois, foi superiormente aproveitado pelos governos do PS. Hoje, se, por um lado, os resultados nos Jogos Olímpicos são miseráveis apesar de não faltar dinheiro, por outro lado, a prática desportiva dos portugueses é vergonhosamente a pior da União Europeia apesar de não lhes faltar vontade para praticar desporto.
3. Os políticos, dos mais variados quadrantes partidários, na sua infantilidade desportiva, têm um jeito especial para transformarem um assunto natural, espontâneo e gracioso como é o desporto num objecto partidário, burocrático, carregado de normas e sem graça nenhuma. Os piores acabam orgulhosamente na televisão a berrar futebol ou, exclusivamente preocupados, com o “dress code” obrigatório das olímpicas festarolas.
4. Perguntam-me quem é o homem do “dress code”. Toda a gente sabe e eu também, mas não digo. A mim só me interessa a metáfora. A gestão em geral e a do desporto em particular é, em muitas circunstâncias, realizada através da força das metáforas. E até há dezenas de metáforas desportivas que se aplicam não só à gestão como às mais variadas áreas do conhecimento. Assim, de imediato, lembro-me desta: Dirigentes medíocres não suportam atletas de excelência. Atletas de excelência não suportam dirigentes medíocres. A excelência nunca se deu bem com a mediocridade do espírito do “dress code”.
5. É na ludicidade pedagógica de cada jogo infantil onde se começa a construir a base ética de sustentação da educação desportiva de um país promotora de uma futura cultura competitiva justa, nobre e leal. Da prática desportiva para a vida ao alto rendimento é no jogo infantil onde tudo deve começar. E continuar na Disciplina de Educação Física pelo ensino do desporto e no Desporto Escolar através de amplos quadros competitivos. Depois, do lazer ao alto rendimento, cabe aos clubes proporcionar a prática desportiva aos portugueses.
6. Infelizmente, em Portugal o desporto, salvo algumas excepções, está cativo de um certo dirigismo desportivo que jurassicamente se afirma em algumas Federações, repetindo de ano em ano mais do mesmo quando não cada vez pior. Nem que para isso se tenha de servir de Testas de Ferro. A perversidade desta situação só muda se mudar a filosofia de financiamento estatal do mundo desporto.
7. É tempo de começar a mudar a lógica do financiamento estatal ao desporto. O atual modelo evoluiu mais em função das suas perversidades do que do desenvolvimento da prática desportiva que era suposto promover. Os dinheiros devem entrar no desporto por onde acontecem as actividades que é nos clubes e só deve chegar às Federações se estas justificarem aquilo que produzem.
8. Para além da estuporada orgânica do desporto nacional em que toda a gente manda mas nunca ninguém é responsável por nada, um dos seus maiores problemas é as Federações terem transformado o seu processo em produto. Quer dizer, num grande número de federações, o produto é o processo. Transformaram-se em máquinas burocráticas absolutamente inúteis em termos de desenvolvimento do desporto nacional ao ponto de, sem qualquer pudor e numa ode à incompetência, naturalizarem de aviário atletas estrangeiros (autênticos mercenários) a fim de representarem Portugal nos eventos desportivos internacionais. Claro que à custa do dinheiro dos papalvos, quer dizer, dos contribuintes. 
9. Entretanto, o Estado, para além de um pornográfico controlo político-partidário do desporto, tem vindo a perder cada vez mais o interesse por um verdadeiro desenvolvimento da prática desportiva dos portugueses em benefício do aumento exponencial dos consumidores acéfalos dos espectáculos desportivos que expressam as sus mais primárias frustrações a atacar academias e autocarros ou a transformar as relações humanas em autênticos campos de batalha que acontecem regularmente na comunicação social. Nada que há muito não tenha sido previsto. George Orwell num texto intitulado “The Sporting Spirit” publicado na revista Tribune de dezembro de 1945, para além de classificar os eventos desportivos como “orgias de ódio” explicava que o verdadeiro desporto “não tem nada a ver com fair play. Está ligado ao ódio, ao ciúme, à vaidade, ao desrespeito a todas as regras e ao prazer sádico de testemunhar a violência. Em outras palavras, é guerra menos o tiroteio”. Por cá, de acordo com Orwell, o desporto está transformado numa autêntica guerra civil.
10. A competitividade parece estar a surgir como o elixir que vai salvar o País dos estragos provocados pelo Codvid-19. Os políticos, os gestores, os gurus da rádio, da televisão e da net e quejandos andam com a boca cheia de competitividade. Tornar Portugal um dos países mais competitivos no quadro da zona Euro parece ser o novo karma político. Pergunta-se: Pode, alguma vez, um país ser competitivo se não tiver uma cultura competitiva? Pode, alguma vez, um país ter uma cultura competitiva se não tiver uma verdadeira educação desportiva?"

Benfiquismo (MDXLV)

Alinhados...