Últimas indefectivações

sábado, 10 de outubro de 2015

Sustos !!!

Benfica 3 - 1 Vilacondense
25-11, 19-25, 25-22, 25-12

O ano passado, com a excepção da Fonte do Bastardo, praticamente não perdemos Set's (acho mesmo que não perdemos um único Set, mas não posso confirmar...), este ano, estivemos muito perto de perder um ponto, logo na 1.ª jornada!!!
Houve demérito nosso, mas o 2.º Set foi daquelas situações onde saiu tudo bem ao Vilacondense, e tudo mal ao Benfica...
No 3.º Set foi diferente, estava tudo a correr normalmente, estávamos a vencer 16-8, quando após o tempo técnico, permitimos um parcial de 1-12 !!! Não sei se o João Oliveira está disponível, sei que o Roberto ainda não está a 100%, mas este parcial foi feito essencialmente com Serviços para cima do André Lopes, achei estranho a apatia do Professor... A perder por 17-20, lá conseguimos dar a volta, com algumas jogadas de 'Futebol'!!!
O 4.º Set foi um passeio, tal como tinha ser o 1.º!!!

Gostei de ver o Kolev, que não tinha sido utilizado anteriormente; o Mart ganhou vários pontos do Bloco... mas nota-se a falta de mais uma opção para o Centro, o Duff só chega no final de Outubro; o Gaspar voltou a ser o salvador; o Gelenski entrou sempre bem; em épocas anteriores, quando tínhamos problemas na Recepção, havia sempre o Magalhães para fazer a rotação defensiva, do nosso pior jogador na Recepção, quem vai fazer esse papel este ano?!

Complicado

Boavista 3 - 7 Benfica

Resultado mentiroso, num jogo muito difícil. Entrámos mal, praticamente a perder, com o Boavista a aproveitar praticamente a 100% os nossos erros individuais!!! Sempre a perder, após a expulsão do Henmi, conseguimos aguentar a desvantagem mínima até ao intervalo... Só não foi pior, porque continuamos a ter uma enorme eficácia nas 'bolas paradas'!
Na 2.ª parte tudo foi diferente, tivemos mais concentrados defensivamente, o adversário também começou a quebrar fisicamente, e os golos foram aparecendo naturalmente...
Já agora, os dois penalty's que beneficiámos, são clarissimos.

A gestão entre os compromissos Europeus (ou Selecções) e os jogos do Campeonato, nem sempre é fácil, e muitas vezes nem é a questão física, é a questão mental. Hoje, tivemos um Benfica desconcentrado no inicio da partida, algo muito raro com o Joel no banco...
Notou-se também a ausência do Chaguinha (problema muscular), mas com a nova expulsão de um 'não local' fica provado, que a opção de ter mais um 'estrangeiro' foi uma boa opção!

Mais um festival de azia - gigante - no canal público de televisão... Inacreditável como nada muda, o Benfica é tratado como fosse um estrangeiro, por gente que é paga com o dinheiro dos contribuintes.

PS1: Mais um episódio típico do Tugão desta vez na bola ao cesto!!! O jogo 1.ª jornada da Liga de Basket, Benfica-Guimarães não se realizou, por falta de árbitros!!! Em protesto, supostamente com dinheiros atrasados...  A FPB continua a demonstrar extrema 'competência'!!!

PS2: Só costumo acompanhar os nossos Juniores de Futebol na Fase Final, mas com os maus resultados das últimas jornadas, tenho que elogiar a forma como hoje os putos conseguiram a vitória, nos últimos minutos, acabando por vencer a Académica no Seixal, por 3-2. Com muitos Juniores na equipa B, temos um plantel com alguns Juvenis, e muitos Juniores de primeiro ano, acaba por ser normal estas dificuldades... O mais importante é a qualificação para a Fase Final (os quatro primeiros), depois logo se verá...

PS3: O Museu Cosme Damião, anunciou ter chegado ao bonito numero de 150.000 visitantes, com 2 anos e alguns meses desde da inauguração. Sinceramente, acho pouco...

Um colégio na Suíça

"Enquanto o Benfica demora eternidades a negociar o prolongamento do seu vínculo contratual com o indispensável Júlio César, o Sporting conseguiu em menos de uma semana resolver as injustiças de algumas situações internas duplicando o ordenado do seu presidente e triplicando o ordenado do seu lateral-esquerdo Jefferson. Também Teo Gutiérrez está na calha para lhe ser, no mínimo, triplicado o vencimento, tendo em conta as celebrações nas redes sociais oficiais suscitadas pela sua entrada feroz sobre André Carrillo no decorrer do jogo entre a Colômbia e o Peru a meio da semana.
Trinta e dois anos depois, a selecção portuguesa vai voltar a França para disputar a fase final de um Campeonato da Europa. As memórias de 1984 estão carimbadas pelo génio absoluto de Fernando Chalana. Veremos quem entre os nossos jogadores do presente se atreverá a marcar o torneio de 2016 com a distinção do seu talento. Candidatos, há uns poucos, Chalanas é que já não há mais.
Para Bruno de Carvalho poder vir a exercer na idade adulta, com modos básicos e maneiras elementares, o cargo de presidente de qualquer Junta, Fundação, agremiação social ou até desportiva - e nem refiro especificamente o Sporting - teria sido imprescindível que, logo na sua mais tenra idade, os previdentes serviços de assistência do Estado não tivessem hesitado em mandá-lo a educar num colégio na Suíça. E, mesmo assim, há dúvidas se não seria grande o desperdício do bom zelo helvético neste caso particular e tão desesperado.
Ainda a propósito da Suíça do esmero educativo e dos relógios de cuco, note-se que duas poderosas organizações sediadas naquele país viram os seus presidentes afastados de todas as funções por suspeitas de desvios de milhões em proveito próprio. O Comité de Ética da FIFA, composto por uns quantos velhotes educados com esmero em colégios suíços, decidiu suspender Joseph Blatter e Michel Platini das presidências da FIFA e da UEFA enquanto prosseguir o inquérito policial às alegadas actividades criminosas destes dois dirigentes que, entre outras disparidades no consumo, decretaram um limite máximo de 200 francos suíços para o valor dos 'souvenirs' atribuíveis pelos clubes de futebol do Mundo inteiro aos árbitros que os visitam. Para Blatter e Platini, o limite era o quase tudo. Para os árbitros, quase nada. Depois dá nisto."

«E o essencial é estarmos preocupados apenas connosco, apenas com o Benfica!»

"Quero começar por manifestar a minha satisfação por estar aqui, por continuar a testemunhar a profunda renovação e a dinâmica que estamos a conseguir implementar nas nossas Casas espalhadas por todo o País.
É um sinal da nossa vitalidade, mas é ao mesmo tempo o melhor indicador do nosso inconformismo.
É sinal da nossa dinâmica, mas é também a melhor prova de que, quando trabalhamos juntos, as coisas acontecem mais depressa.
Nunca esqueço – porque foi aí que muitas vezes procurei forças – que uma das minhas principais preocupações foi sempre a de devolver o Clube aos Sócios, aos adeptos, porque é aí que reside a verdadeira força do Sport Lisboa e Benfica.
Podemos cair na tentação de pensar que a força do Clube está no seu património físico ou, até, na sua história.
Tudo isso é seguramente muito importante, mas a verdadeira força do Benfica são os Sócios.
Foi por eles que conseguimos chegar até aqui!
As Casas do Benfica são uma garantia de defesa e promoção do Clube, fazem parte do património humano e da marca Benfica. E isso está bem patente nesta sala!
Este foi o espírito que nos trouxe até aqui e é o espírito que eu quero que se mantenha: Todos juntos, todos unidos em torno de um projecto comum que é o Benfica!
O Benfica tem sido impulsionado pela nossa capacidade, pelo nosso inconformismo, mas acima de tudo pela enorme vontade e determinação com que temos conseguido transformar sonhos em realidade.
E se hoje temos futuro é porque soubemos merecer o nosso presente e, acima de tudo, porque conseguimos – juntos – corrigir erros do passado.
Se um Clube como o Benfica consegue fazer tanta diferença na vida de tanta gente, é precisamente porque é um Clube que gera um entusiasmo verdadeiramente diferenciador.
A energia que os seus Sócios e adeptos nos conseguem transmitir, esse é o nosso principal património e algo que nunca podemos perder.
É claro que esta energia tem de ser alimentada, trabalhada, acarinhada, e é por isso que aqui quero deixar, na pessoa do presidente da Casa do Benfica em Castelo Branco, Pedro Lopes, uma palavra de reconhecimento a todos os que contribuíram para pôr de pé este projecto.
Já ontem [sexta-feira] falei, na Casa de Algueirão-Mem Martins, do nosso projecto desportivo, e hoje [sábado], na Guarda, da necessidade de continuarmos a crescer em número de Sócios.
Aqui, em Castelo Branco, quero deixar uma mensagem de optimismo e um apelo de apoio incondicional dos Benfiquistas a todas as nossas equipas. Desde o Futebol profissional até às modalidades!
É que acima deste ou daquele resultado está sempre o futuro do Benfica. Nunca se esqueçam disso!
Eu tenho essa responsabilidade sempre bem presente.
Durante anos, passámos por momentos que puseram à prova o valor das nossas convicções e a força da nossa união.
Conseguimos chegar até aqui porque acreditámos que era possível, porque decidimos avançar sem medo, porque conseguimos transformar os problemas em oportunidades.
É este o espírito que nos motiva e nos move. É esta a nossa força e aquilo que faz que, mais do que nunca, eu esteja esperançado no futuro.
Apesar das dificuldades que sei que irão surgir, não podemos baixar os braços, porque foi por isso que conseguimos chegar aqui.
Por mais que nos queiram desviar deste caminho, devemos ter a força e a convicção de ignorar as provocações, de nos mantermos concentrados no essencial.
E o essencial é estarmos preocupados apenas connosco, apenas com o Benfica!
Obrigado a todos, e viva o Benfica!"

«E a nossa reputação e bom-nome estão bem acima de qualquer insinuação, venha ela de onde vier.»

"Aqueles que sabem o esforço que sempre dediquei e a importância que sempre reconheci às Casas do Benfica imaginam a satisfação de poder estar aqui hoje.
A minha primeira palavra é, por isso, de reconhecimento para todos os que trabalharam e dedicaram o melhor do seu esforço para levar por diante este projecto.
Geralmente, em organizações com a dimensão do Benfica, com o passar do tempo, as pessoas acomodam-se, conformam-se com aquilo que em determinado momento conseguiram alcançar.
A verdade é que, no Benfica, nestes 14 anos, isso nunca aconteceu, e este foi o segredo para termos chegado até aqui.
Ninguém no Benfica se acomodou, todos nos mantivemos atentos a novas soluções e a novas formas de fazer evoluir as Casas do Benfica.
Lembrar-me do que encontrei no Benfica quando cá cheguei é a ferramenta mais importante que tenho e o maior estímulo que encontro diariamente para continuar a fazer coisas novas, para continuar a inovar, para continuar a fazer crescer o Benfica.
A nossa responsabilidade passa por acreditar sempre que podemos fazer mais e fazer melhor.
E é este pensamento que orienta todos aqueles que trabalham no Clube.
As Casas sempre foram para mim um pilar fundamental do Benfica e do seu crescimento, mas a essência de que vive o Clube são os seus Sócios.
Os Sócios são a nossa maior força, a força que mexe e faz crescer o Clube. Sem eles, nada disto faria sentido. Os Sócios do Benfica sempre souberam reagir perante as dificuldades, sempre souberam contrariar o pessimismo e sempre se bateram por garantir o futuro do Clube.
Juntos soubemos superar momentos muito difíceis, e se hoje vivemos uma época de grande estabilidade institucional e um justo reconhecimento internacional, é porque tivemos uma base de Sócios que sempre esteve presente nos momentos mais difíceis do Clube.
Se olharmos para os últimos 14 anos e pensarmos no que fizemos – todos nós – devemos sentir um tremendo orgulho no caminho percorrido. O Estádio, o Caixa Futebol Campus, a Benfica TV, o Museu Cosme Damião, tudo isto foi fruto do trabalho de todos!
Estamos – como sabem – num ciclo que continua a ser exigente do ponto de vista económico, que nos vai obrigar a um enorme esforço em que todos devem sentir-se envolvidos.
Quando olhamos à nossa volta vemos uma conjuntura difícil e em que a maioria dos grandes clubes de futebol já não pertence aos seus Sócios.
Comigo, como presidente do SL Benfica, e como sempre tenho repetido, isso não vai acontecer.
Os Sócios são e serão os donos do Clube.
Mas, para que isto nunca se perca, é fundamental – e este é o meu apelo – que a base de Sócios seja cada vez maior.
Como todos sabem, fizemos neste ano uma renumeração.
Temos nesta altura 160 mil sócios.
Em 2005, o Benfica tinha 95 mil. Crescemos e consolidámos nesta década mais de 50%.
Foi uma década terrível do ponto de vista económico, em que as pessoas foram sujeitas a grandes sacrifícios, e isso deve ser lembrado.
O nosso desafio, a partir de agora, é rapidamente voltar a ultrapassar a fasquia dos 200 mil sócios e continuar a crescer de forma sustentada.
- Por cada novo Sócio, seremos mais fortes!
- Por cada Sócio com quotas em dia, teremos maior capacidade de afirmação!
É verdade que a contribuição dos actuais Sócios representa anualmente para o Benfica – em números – o acesso a uma Liga dos Campeões.
Algo que nenhum outro clube em Portugal, nem de perto, nem de longe, pode reivindicar.
Mas o meu desafio é continuar a crescer. Porque foi a nossa dimensão que levou a Emirates a querer ser nosso patrocinador.
- É pela nossa dimensão que somos admirados e respeitados a nível internacional.
- É pela nossa dimensão que temos projectos na China, em Angola, Moçambique e Espanha.
- É pela nossa dimensão que a BTV está em 10 países, e que os nossos jogos são vistos em 135.
Esta é a realidade do Benfica e a razão por que somos uma referência internacional.
E a nossa reputação e bom-nome estão bem acima de qualquer insinuação, venha ela de onde vier.
Não nos importa o que outros digam. Eles que falem de nós.
O que importa é que nós continuemos apenas concentrados com o que importa. E o que importa é o Benfica!
Obrigado a todos, e viva o Benfica!"

Os programas feios, porcos e maus

"Quanto mais rasquice mais audiência e isso sugere aos 'media' que abdiquem de quem tem mais ideias e chamem que tem mais músculo

O povo, na sua paciente e santa sapiência, costuma dizer que não é por se gritar mais alto que se tem mais razão. Porém, o povo nem sempre acerta no que diz e conforme qualquer criança de cinco anos reconhecerá, apesar do que se afirma como lei universal dos Homens, o povo também está muito longe de ser quem mais ordena.
A verdade é que nos tempos que correm e nas sociedades civilizadas, o povo é, não raras vezes, um género de animal de estimação da sociedade. Uma entidade ingénua e passiva, porque acredita estar a ser permanentemente representada sem ter que descalçar os chinelos, apagar a televisão e sair de casa para o desconforto da rua.
É este povo tantas vezes inócuo e eunuco que se planta nos sofás do mundo a ler revistinhas cor de rosa, jornalecos metediços na vida alheia, programinhas que são, de facto, tesourinhos deprimentes, o que não invalida de serem também tesourinhos de audiências e, como tal, geradores de receitas, que os transformam em virtudes absolutas e universais.
A minha significativa diferença para o batalhão de ingénuos que recrimina a nova lógica de interesse do público é que eu não a desconsidero. Ou seja: não a desvalorizo, nem me atrevo a fazer parte da nobreza frágil e desencorajada da elite dos cidadãos que lastima este povo, considerando-o apenas uma vítima dos jornais, das rádios e das televisões, a quem condenam a insensibilidade do interesse público e a ausência da vontade de educar novos e velhos num género de escola nacional de princípios e de valores.
Lamento, mas os jornalistas não são o camarada Arnaldo Matos, que se afirmava, nos seus tempos de activista político, o educador do povo e da classe operária. Em boa verdade, a missão do jornalista nunca foi a de educar.
Mas também nunca foi a de deseducar. E nisso concordo com muitos críticos que acusam um certo de jornalismo de ser conivente com os poderes constituídos, passivo com as autoridades, conformado com as inverdades mais notórias; alinhado com os sistemas mais confortáveis.
É neste quadro que olho e analiso o que se tem passado em matéria de debates rascas sobre o futebol. Eles existem num quadro de audiências que progride na razão directa do primarismo e da rasquice. Sejamos claros: a única coisa que terá faltado no último programa televisivo que teve a presença do presidente do Sporting foi que alguém tivesse andado à pancada, ou que tivesse desafiado o outro para um duelo de morte, com transmissão directa na TVI. Foi só isso que faltou, mas o que houve e o que se viu chegou para a TVI 24 ter tido uma colossal audiência e isso sugere aos canais concorrentes que abdiquem de quem tem mais ideias e chamem quem tem mais músculo. Se o não fizerem têm as audiências em risco e se tiverem as audiências em risco têm o emprego e a própria sobrevivência em risco. E como deve então reagir um jornalista ou um responsável de canal de televisão se tiver a sua sobrevivência (e de toda a sua equipa) em risco? Claro, vai para casa estudar e planear um próximo programa ao estilo dos filmes realistas italianos, verdadeiramente feio, porco e mau.
Percebe-se, assim, que ninguém possa contar com essa demagógica ingenuidade de que tudo se resolveria se os media educassem o povo. Não. Tirem todos daí o sentido. Até já há quem diga, e com forte poder argumentativo, que a educação, nem sequer deve pertencer à escola. A educação pertence à família e à casa de cada um. A responsabilidade da educação pertence aos pais e não aos professores que têm o já difícil dever de ensinar, mas não a obrigação de educar os meninos que chegam à escola sem educação alguma.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

A Taça já não é para todos

"A Federação introduziu no regulamento da Taça de Portugal uma alteração há muito reclamada por significativa franja de apoiantes, entre os quais me incluo, com a intenção de valorizar o seu nível competitivo. Desde sempre encarada como a festa do futebol, por razões várias tem vindo a perder a sua amplidão territorial. É notória a concentração de jogos nos principais centros populacionais em que, regra geral, os mais fortes pisam os mais fracos.
Também no futebol, o interior do País e as pequenas localidades foram ignorados em nome das exigências do progresso. Tentou a FPF equilibrar as forças e enriquecer o espírito da competição ao determinar que nas 2.ª e 3.ª eliminatórias os clubes da Liga 2 e da Liga, por esta ordem, fossem visitantes. No entanto, no capítulo «requisitos dos estádios» diluem-se as boas intenções, na medida em que as instalações desportivas dos pobres visitados não oferecem as condições impostas. Assim, o Vianense recebe o Benfica em Barcelos e o Vilafranquense o Sporting no Estoril. O Varzim foi o único que resistiu, por apresentar uma casa que não fere a rigidez regulamentar e também por respeito à tradição e à comemoração do seu centenário.
A festa da Taça já não é para todos. Distantes os anos em que qualquer espaço servia para se jogar futebol, relvado ou não, e, na míngua de lugares sentados, em cadeiras ou em árvores, a multidão se apinhava no terreno envolvente para ver os artistas da bola. A Taça era mesmo de Portugal inteiro, apesar de se demorar mais tempo a viajar de Lisboa a Chaves do que a Moscovo, como ironizou o antigo presidente do Benfica, João Santos. Hoje, no emaranhado de autoestradas, dá a ideia de um país encolhido. E o mais desolador é que a Taça encolheu com ele..."

Fernando Guerra, in A Bola